Qualidades do Orixá Omolú

Meus irmãos de religião, nosso objetivo é trazer informações a cerca de diversos assuntos.

Não podemos aqui falar de um único Axé. Não seria ético afirmar que se trata de material de um ou de outro Axé ou querer apontar um único caminho, presumivelmente correto.

Podem haver diferenças entre o exposto aqui e aquilo que é feito/dito ou praticado no seu Axé. Por isso indico que procure se certificar destas informações na sua Casa com seus mais velhos.

O diferente não é errado, só diferente. Axé, Tomeje.

Qualidades do Orixá Omolú

Omolu Afenan: É velho, dança curvado, veste a estopa e carrega duas bolsas de onde tira as doenças. Veste amarelo e preto. Todas as plantas trepadeiras pertencem-lhe. Tem caminhos com Oxumarê e Oyá, de quem é companheiro, dança cavando a terra com Intoto para depositar os corpos que lhe pertencem.

Omolu Afoman, Akavan ou Kavungo: (ligação com Exu) afomo; contagiante, infeccioso.

Omolu Ahosuji ou Segí (Ligação com Yemanjá, Oxumarê ou Bessen):

Omolu Ajunsun: É extrovertido; tem fundamentos com Ogum e Oxalá.

Omolu Arawe ou Arapaná (ligação com Oyá):

Omolu Arinwarun (wariwaru): Título de Xapanan.

Omolu Avimaje ou Ajiuziun (ligação com Nana, Ossain):

Omolu Azoani: É jovem, veste preto e branco. Tem caminhos com Iroko, Oxumarê, Yemanjá e Oyá. Come tatu na praia.

Omolu Azunsun, Azonsu, Ajansu ou Ajunsu: É ligado ao tempo, as estações do ano e ao culto da terra. É o verdadeiro dono do cuscuzeiro. Possui ligação com Oxalá e Oxumarê. Seu assentamento é feito no barro vermelho, leva 9 olhos de boi, duas muletas pequenas de cedro, suas lanças são sete sendo uma maior que as outras, no meio leva uma bandeira de aço e na outra um tridente. Veste vermelho, preto e branco, na perna esquerda leva uma pulseira de aço.

Omolu Intoto: Suas contas são vermelho e preto. É um orixá cultuado em seu assentamento e não vira na cabeça de ninguém. Antigamente recebia sacrifícios humanos por se tratar de um orixá antropófago, come a carne e destrói os ossos. O Iyàwó é feito de Oxum ou Azoani. Dá-se comida a terra. Este orixá é Abìkú, portanto não se raspa, pois representa o fundo da terra. Come com Ewá, Oyá e Ikú. Seus assentos são cultuados ao lado de Nanã e Yemanjá.

Omolu Jagu Jagun ou Ajagun: Em seu assentamento leva uma estatuazinha com olhos; tem dois kelês, um de búzios e outro de miçangas. Tem caminhos com Oxalá. É jovem e guerreiro; leva na mão uma lança chamada okó; tem caminhos com Ogunjá, Oxaguian, Ayrá, Exu e Oxalufan. É cultuado no dia 17 de dezembro. Seu cuscuzeiro leva uma seta só, vindo de dentro de uma bacia com 9 pratinhos brancos de barro. Não come feijão preto; come miúdos de boi no azeite doce. É o único que come Igbin (Caracol).

Omolu Jagun Agbagba (ligação com Oyá):Provisoriamente sem dados inerentes a este caminho do Orixá Omolu.

Omolu Obàluáyê: É o rei da terra, na Nigéria os Owo Érindínlogun adoram Obaluaiê e usam, no punho esquerdo, uma tira de Igbosu (pano africano) onde são costurados cauris esó. Sua vestimenta é feita de ìko, é uma fibra de ráfia extraída do Igí-Ògòrò, a “palha da costa”, elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados à morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto. Compostos de duas partes o “Filá” e o “Azé”, a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé, seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado “cauçulú”, em que oculta o mistério da morte e do renascimento. Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte. Sua festa anual é o Olubajé, (Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer; ou ainda aquele-que-come), são feitas oferendas e são servidas suas comidas votivas, seus “filhos” devidamente “incorporados” e paramentados oferecem as mesmas aos convidados/assistentes desta festa, em folhas de bananeira ou mamona. Suas quizilas (proibições) mudam de casa para casa, e de nação para nação; carneiro, peixe de rio de couro, caranguejo, carne de porco, pipoca, jaca… Tido como filho de Nanã, no Brasil, sua origem, forma, nome e culto na África é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomes é de conformidade com a região, Obàluáyê ou Xapanã em Tapá (nupê) chegando ao território Mahi ao norte do Daomé; Sapata é sua versão fon, trazido pelos nagôs. Em alguns lugares se misturam em outros são deuses distintos, confundido até com Nanã Buruku; Omoluem keto e Abeokutá. Seuparentesco com Oxumarê e Iroko é observado em Keto (vindo de Aisê segundo uns e Adja Popo segundo outros), onde pode se ver uma lança (oko Omolu) cravada na terra, esculpida em madeira onde figuram esses três personagens superpostos, também em Fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo Moru (Omolu), Dan (Oxumarê) e seu filho Loko (Iroko).

Omolu Possun ou Posuru: É o mesmo Azunsun do Gege, louvado como Possun no ketu e na angola, tanto é Iroko como Tempo. Come diretamente da terra. Sua dança mostra claramente sua ligação discreta com Exu e com a terra, dança com garras na mão. Seu assentamento leva uma bola de tabatinga que representa o mundo, e põe-se as garras. Come cágado e tatu. Tem caminhos com Intoto, Iroko e Oyá.

Omolu Sapona, Soponna, Sapata ou Sakpatá: É o mais antigo; é proibido falar seu nome. Na África quando se fala seu nome, coloca-se mel na boca. Come com Exu e tem fundamento nas encruzilhadas. Tem caminhos com Oxossi e é o deus da varíola e das doenças de pele. Usa contas brancas e pretas; em sua feitura são feitas sete qualidades de comidas, colocadas na folha de mamona e levadas com uma vela para o campo.Leva dois kelês, um no pescoço e um na perna esquerda (duas argolas de aço). No dia do recolhimento leva-se o Iyàwó na porta do cemitério para Ebó. É preparado no barro vermelho.

Omolu Savalu ou Sapekó (ligação com Nana):

Omolu Tetu ou Etetu: É jovem e guerreiro. Come com Ogum e Oyá. Veste branco, preto e vermelho. Seu caqueiro é tampado e não se abre nunca.

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