A ESTÚPIDA E INJUSTA VINGANÇA MOSTRA A VERDADEIRA FACE DO GOVERNO CRIVELLA
Crivella acaba de vetar projeto que declara Quilombo da Pedra do Sal na zona portuária como Patrimônio Imaterial do Rio. A justificativa do prefeito publicada no Diário Oficial de hoje é ridícula, quando alega que “interfere em demandas do Poder Executivo”.
O local recebeu este nome porque era ali que o sal importado de Portugal era descarregado por escravos africanos que trabalhavam nos cais de atracação e nos trapiches. A explicação é do Fernando William. Os degraus foram talhados na pedra pelos próprios negros e ali foram fundados os primeiros ranchos carnavalescos, afoxés e pontos ritualísticos na segunda metade do século XIX.
O veto do governo Crivella não é só extremamente (e bota extremamente nisso!) injusto com a história do negro em no país. É muito mais do que só (só?) injustiça.
Trata-se da falta de caráter de uma administração que se vale de vetos por parte do prefeito em relação aos projetos aprovados pelos vereadores que não votaram o aumento da alíquota dos servidores inativos e pensionistas.
Isso se chama vingança. Ou pode chamar de crueldade. Ou racismo. Ou intolerância. Ou simplesmente de injustiça, se preferir.
O que Crivella ignora – na qualidade de prefeito de uma cidade construída com o sangue dos negros -, é que a injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos.
Axé à todos. Sou o Tomeje. Iniciado em 27 de outubro de 1987 para o Orixa Ogun. Desde que conheci a religião dos Orixás eu sempre me preocupei em apreender qual a função da religião e da religiosidade na vida das pessoas. Eu quero entender como isso funciona. Como a religião e a religiosidade formam a fé de alguém. São muito anos de perguntas, muitos questionamentos pessoais e poucas respostas e creio que seguirei assim, aprendendo sempre.
Agora, graças a essa nova tecnologia, tenho uma oportunidade de interagir e trocar experiencias e vivencias dentro da religião e assim aprender uns com os outros. Eu mais que vcs, com certeza, aprendo a cada pergunta.
Eu tento compreender a nossa religião pensando sempre numa comunidade que se ajuda mutuamente. E não é diferente neste meio de comunicação, que assim como os livros, discos, cadernos, fitas, dvd's e outras ferramentas de divulgação de conhecimentos, este blog é somente mais uma forma de comunicação.
Porém este nova possibilidade não deve ser pressuposto para descuidarmos do aprendizado com nossos mais velhos nas roças, no seu dia a dia. Ainda que por vezes seja difícil, eu aprendi que é na roça que se vive a realidade da religião.
Meu trabalho aqui é muito mais do que só falar e responder questionamentos a cerca da religiosidade. Meu objetivo é promover a discussão de assuntos que nos afetam direta ou inderetamente, é lembra-los que somos parte do TODO, que somos uma só comunidade e que o indivíduo, apesar de dos seus anseios pessoais, está inserido numa família de axé e, neste contexto, quanto mais se pensa coletivamente, mais o individuo se fortalece.
Candomblé só se faz no coletivo.
Sejam todos muito bem vindo a este projeto e que nossos queridos Orixas nos encaminhem sempre no melhor destino. Axé, Tomeje.
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