Entrevista com Pai Marcio de Jagum

Meus caros irmãos, sugiro que vcs vejam este link, ele contém uma entrevista muito interessante veiculada no programa Globo Educação onde alguns líderes religiosos, entre eles o nosso querido Pai Marcio de Jagum, discutem os rumos da educação religiosa no Brasil entre outros temas como intolerancia religiosa.
http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/videos/t/edicoes/v/como-lidar-com-a-religiosidade-dos-alunos-e-professores-nas-escolas-brasileiras-integra/2116260/
Tomeje
Axé à todos. Sou o Tomeje. Iniciado em 27 de outubro de 1987 para o Orixa Ogun. Desde que conheci a religião dos Orixás eu sempre me preocupei em apreender qual a função da religião e da religiosidade na vida das pessoas. Eu quero entender como isso funciona. Como a religião e a religiosidade formam a fé de alguém. São muito anos de perguntas, muitos questionamentos pessoais e poucas respostas e creio que seguirei assim, aprendendo sempre.
Agora, graças a essa nova tecnologia, tenho uma oportunidade de interagir e trocar experiencias e vivencias dentro da religião e assim aprender uns com os outros. Eu mais que vcs, com certeza, aprendo a cada pergunta.
Eu tento compreender a nossa religião pensando sempre numa comunidade que se ajuda mutuamente. E não é diferente neste meio de comunicação, que assim como os livros, discos, cadernos, fitas, dvd's e outras ferramentas de divulgação de conhecimentos, este blog é somente mais uma forma de comunicação.
Porém este nova possibilidade não deve ser pressuposto para descuidarmos do aprendizado com nossos mais velhos nas roças, no seu dia a dia. Ainda que por vezes seja difícil, eu aprendi que é na roça que se vive a realidade da religião.
Meu trabalho aqui é muito mais do que só falar e responder questionamentos a cerca da religiosidade. Meu objetivo é promover a discussão de assuntos que nos afetam direta ou inderetamente, é lembra-los que somos parte do TODO, que somos uma só comunidade e que o indivíduo, apesar de dos seus anseios pessoais, está inserido numa família de axé e, neste contexto, quanto mais se pensa coletivamente, mais o individuo se fortalece.
Candomblé só se faz no coletivo.
Sejam todos muito bem vindo a este projeto e que nossos queridos Orixas nos encaminhem sempre no melhor destino. Axé, Tomeje.
3 comentários
Boa noite, Tomeje, tudo bem?
Acabei de assistir ao video…
Tema bem polêmico!
Acredito que se bem direcionada, seria uma disciplina muito favorável para ensinar as nossas crianças a conviverem com as diferenças. Creio que é o ponto central.
Acho que talvez fosse mais interessante, focar em varios tipo de diferenças como religião, opção sexual, raças etc. Dessa forma acredito que daria para englobar todos e teriamos resultados melhores. Uma pessoa tolerante em todos os setores, com certeza pensaria com mais carinho ao julgar a religião de outro.
Talvez o nome ‘ensino religioso’, assuste. Principalmente aos que não têm crença alguma ou até mesmo aqueles religiosos mais “fundamentalistas”. Talvez um nome que de um modo geral arremetesse a todos os tipos de diferenças existentes na sociedade, fosse mais adequado. Dessa forma, acho que ninguém se sentiria excluido.
Minha opinião! rs
Abraço,
Alex
Autor
Alex o que eu penso disso é que temos que acabar com a hipocrisia e falar abertamente sobre os diversos tipos de preconceito que o Brasil tem escancarado mas que a população, os líderes religiosos e as autoridades teimam em dizer que não existem. A educação religiosa já foi obrigatória no Brasil.A utilização de símbolos religiosos Católicos em repartições públicas e colégios públicos é ainda uma prática comun e ainda existem diversos colégios religiosos custeados pelo Governo. Nada contra que as ordens religiosas tenham seus institutos de educação, mas porque então não se pode ter uma educação religiosa ampla e irrestrita? Isso, para mim, é preconceito da própria sociedade, e pior, com a conivencia do Poder público. Temos que nos expor, temos que ter nossos direitos respeitados e não aceitarmos a “tolerancia” como uma benéci da sociedade conosco, temos o direito constitucional de professar a religião que desejarmos e temos o direito ao respeito e a aceitação, não uma mera “tolerancia”. Gosto muito dessas discussões e espero que muitos outros leitores colaborem com estes temas tão importantes a nossa cultura. Axé. Tomeje.
Gosto muito desses assuntos também!
Concordo com você. Realmente a simples idéia de ser ‘tolerado’, não é o suficiente.
Ser simplesmente admitido, creio que não resolvera as coisas de forma solida.
A sociedade como um todo precisa aprender a se respeitar. Acho fundamental isto!
O respeito mutuo fica complicado quando existe na sociedade, pessoas “donas da verdade”, seja no âmbito moral, religioso, etc.
Sempre falo que o melhor caminho é a educação, porém fica complicado pensar em educar as proximas gerações visando o respeito mutuo, sendo que muitas vezes os proprios educadores tem uma visão distocidas sobre alguns fatos.