Osún, senhora das águas que fluem suavemente……

 

Osún, senhora das águas que fluem suavemente, senhora dos rios, dos metais nobres, da fertilidade e da prosperidade Oxum, graciosa mãe, plena de sabedoria!
A estreita associação entre Yemonjá e Osun permite que essas duas divindades sejam apresentadas em conjunto. Narra o mito, ter sido Osun a primeira filha deYmonjá. Esta, não conseguindo engravidar, consultou Ifá, recebendo a recomendação de dirigir-se ao rio próximo a sua casa antes do alvorecer, a cada cinco dias, levando oferendas e carregando um pote pintado de branco sobre a cabeça, sempre acompanhada por um grupo de crianças cantando
em coro. As oferendas incluíam egbo (canjica branca), yanrin (verdura), ekuru (inhame cozido e amassado com dendê), eko (mingau de milho branco), obi e orogbo. Chegando ao rio deveria encher o pote de água e retornar, sempre acompanhada pelo coro infantil. A água devia ser despejada num pote chamado awe e durante o intervalo entre as caminhadas ao rio deveria beber dessa água e banhar-se com ela.Após repetir esse ritual durante muito e muito tempo, Iemanjá finalmente engravidou. Não interrompeu as práticas rituais que foram se tornando cada vez mais penosas à medida que o processo gestacional se adiantava. Uma manhã, logo após entregar as oferendas, sentiu forte dor. Pediu às crianças que se afastassem, ajoelhou-se e logo ouviu o choro do bebê: nascera
Osun! Chamou as crianças e pediu a uma delas que fosse dar a notícia a Orumilá que, muito feliz, enviou um mensageiro para saudá-la. No terceiro dia o umbigo da criança começou a sangrar e a despeito dos cuidados de Yemonjá, o sangue não estancava. Ifá foi consultado e configurou-se o Odu Ose Orogbo Ifá orientou quanto aos novos rituais necessários, complexos rituais que incluíam um agbo tutu, banho frio. Por isso, crianças nascidas graças à ajuda de Osun, chamadas olomi tutu, são aquelas que usam água fria, e devem banhar-se com água fria, seja qual for a temperatura
ambiente..
Yemonjá sentia-se insegura quanto à saúde da filha e pediu ajuda a Ogum. Osun estava apenas com seis dias de vida, quando ele adentrou a mata e, sob orientação de Ossaiyn, orisá da essência do mundo vegetal, apanhou folhas de yanrin e pimentas verdes e as colocou inteiras no pote. Somente quando a saúde da criança firmou, foi seu nome revelado por Ogun:

Ose-n’ibu omi – Oxé nas profundezas das águas.

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