Qualidades do Orixa Ogum

Meus irmãos de religião, nosso objetivo é trazer informações a cerca de diversos assuntos.

Não podemos aqui falar de um único Axé. Não seria ético afirmar que se trata de material de um ou de outro Axé ou querer apontar um único caminho, presumivelmente correto.

Podem haver diferenças entre o exposto aqui e aquilo que é feito/dito ou praticado no seu Axé. Por isso indico que procure se certificar destas informações na sua Casa com seus mais velhos.

O diferente não é errado, só diferente. Axé, Tomeje.

Ogum Ajàká: É o “verdadeiro Ogum guerreiro”, sanguinário, que em princípio se veste de vermelho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Xango. Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ogum, um militar acostumado a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente.

Ogum Akoró: É o irmão de Oxossi, ligado a floresta, qualidade benéfica de Ogum invocada no pàdé. Filho de Ogunté, Akoró é um tipo de Ogum jovem e dinâmico, entusiasta, era empreendedor, cheio de iniciativa, protetor seguro, amigo fiel, e muito ligado a mãe.

Ogum Lebede (Alagbede): É o Ogum dos ferreiros, e marido de Yemanjá Ogunté e pai do caçador Ogum Akoro. Representam um tipo mais velho de Ogum, trabalhadores conscienciosos, severos, que “não brincam em serviço”, ciente de seus deveres como de seus direitos, exigente e rabugento.

Ogum Massa: Um dos nomes bastante comum do Orixá, segundo os antigos é um aspecto benéfico do orixá quando assim ele se apresenta.

Ogum Meje: É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ogum completo, velho solteirão rabugento; lembrando sua realização em conquistar a sétima aldeia que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar seu filho Adahunsi.

Ogum Meme: Veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como Ogunjá, mas de uma tonalidade diferente.

Ogum Ogunjá: É um Ogum, como indica seu nome, particularmente combativo. Amigo do cachorro que lhe é consagrado em oferendas; é como ele um protetor seguro. Mas tem temperamento rabugento, solitário, veste-se de verde escuro e usa contas verdes. Dizem que acompanha Ogunté; um de seus mitos o liga a Oxaguian e Yemanjá quanto a sua origem e como ele ajudou Oxalá em seu reino fazendo ambos um trato.

Ogum Olode: É o Ogum chefe dos caçadores, originário de Ketu. Não come galo por ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha ao de Oxossi.

Ogum Oniré: É o título do filho do Ogum que reinou sobre Iré (Oni = senhor, Ire = aldeia), o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. Oniré é um Ogum antigo que desapareceu debaixo da terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se rapidamente.

Ogum Popo: Seria o nome de Ogum quando foi a terra dos Geges, é um tipo fanático.

Ogum Xoroke: Usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo do colar de Exu, seu irmão e amigo íntimo. “Xoroke é um Ogum que tende a confundir-se com Exu (soro = falar, ke= mais alto), agitado, instável, suscetível e manhoso, possui condição extrovertida.

Ogum Wori (Warri, ou wori: Yorübá): É um Ogum perigoso, dado da feitiçaria, ligado ao màriwò, aos antepassados. Se apresenta muitas vezes com forças destrutivas e violentas. Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de agradá-lo ele se aborrece. Um de seus mitos narram que ele ficou momentaneamente cego. Tem temperamento difícil, suscetível, autoritário o espírito dogmático.

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