Situações vivenciadas dentro de muitas Casas de Axé

Compartilho com vocês um texto publicado na Página do Facebook, “Sou Yawo”, onde várias questões acerca da vivência dentro das Casas de Axé são postas em xeque. Achei interessante para que possamos refletir sobre as nossas ações para com a nossa Casa de Axé e, principalmente, para com o nosso Orixá. Axé a todos. Cátia.

Mukuiu, Kolofé, Motumbá!
Hoje recebi um email de um parceiro de trabalho e somando com algumas situações que vivenciei e vivencio fico a refletir e pensar onde vamos parar…
Cada dia mais o ser humano perde o seu valor, a religião virou algo para separar pessoas e uma desculpa para guerras.
Vou partilhar a situação desse colega, o que ando vendo e ouvindo e por aí vai.

– A pessoa entra para fazer santo para ficar rica (Orisa não deixa ninguém rico, mas mostra caminho para que as coisas aconteçam);
– Virou moda processar o barracão e dar escândalo na porta, basta ser contrariado e todo o “amor” vira ódio;
– Nem se tira o cheiro do quarto de santo do corpo e já está na porta do bar, na farra e sem a mínima noção do tamanho da graça que se acabou de receber! Passar os mistérios de uma iniciação é uma das maiores emoções que uma pessoa pode vivenciar;
– É mania agora difamar pai de santo, família de santo, criar perfil falso e sair falando todas as asneiras (graças à Seu temos delegacias especializadas em crimes religiosos e virtuais o que impede algumas palhaçadas acabarem em problemas ainda mais sérios);
– A mão que te alimenta hoje é a que se cospe amanhã! Na hora das lágrimas todo mundo serve!
– E por outro lado temos as eternas e, porque não, tão antigas ladainhas e ameaças de pais de santo quando se afasta da casa (nem sempre o afastamento é culpa do filho, às vezes é do dirigente mesmo). Um inferno! Seria simples cada um para o seu lado!
– Antes existia mais o conceito de família: um precisava, outros corriam a ajudar. Hoje entre ajudar e ir pra farra, óbvio que se vai para a farra;
– Respeitar os irmãos mais velhos para muitos é peitar o mesmo. É um tão de “Quem é vc para falar”… É mais velho! Simples assim! O próprio tempo mostra que a experiência de um não vai chegar na do outro. Cada um no seu quadrado!
– “Não vou pagar mensalidade para sustentar pai de santo!” O ser humano não para e tenta entender o mecanismo que existe ali dentro. Você esta colaborando com o solo em que seu orisá nasceu e ajudando a manter o mecanismo de funcionamento que existe dentro disso.
– Quando um filho esta sempre pela casa, ajudando e colaborando e muitas vezes vindo de longe é bom dar valor. Filhos dedicados são sempre um benção do Orisa;
– Quando o Pai de Santo fica doente, ele com certeza ficará feliz com a sua visita pessoalmente. Da mesma forma quando um filho de santo fica debilitado, ele também fica feliz com uma visita feita pessoalmente pelo seu zelador e irmãos. Família é para as horas boas e ruins.
-Quem troca o Orisa pela farra não pode reclamar quando o mesmo não se mostra feliz em um jogo. O sagrado não te abandonará nas horas de dificuldade, mas isso não ocorrerá com seus “amigos” de farra.
– Alguns asés aderiram à distribuição de cargos, tipo liquidação. Basta ter dinheiro e você pode sair com 21 anos cantados. É a desvalorização do sagrado e a banalização dos Ancestrais;
Esses são alguns dos itens que venho vivenciando…
Hora de refletirmos sobre o assunto!
Ase para todos
(desconheço a autoria)

 

Texto retirado da página abaixo:

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