Cuidar dos nossos mais velhos é mais que um dever da religião, é base de nossa existencia como filhos de orixa.
O que é a Doença de Alzheimer?
• Definição:
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença degenerativa, lenta, progressiva e que age de maneira silenciosa. É caracterizada pela degeneração ou morte os neurônios (células do cérebro), havendo perturbação de várias funções cognitivas, entre as quais a memória, a atenção, o aprendizado, a orientação e a linguagem. É mais comum em indivíduos com idade acima de 65 anos, mas também pode acometer pessoas mais jovens.
• Sinais e sintomas:
Os sintomas mais comuns da doença de Alzheimer são: perda gradual da memória, declínio no desempenho para tarefas cotidianas, dificuldade no raciocínio, diminuição do senso crítico, desorientação temporal e espacial, mudança de comportamento ou da personalidade, dificuldade no aprendizado e dificuldades na área da linguagem.
Em geral, a perda da memória recente é acometida primeiramente, havendo certa preservação da memória para fatos mais antigos. Os relatos mais comuns são de pessoas que esquecem onde deixaram as chaves do carro, a carteira, o talão de cheques, o nome de um conhecido e até mesmo o local onde moram. Caracteristicamente, esses “esquecimentos” se agravam quando o paciente é obrigado a executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo.
A doença pode evoluir e acometer a linguagem, onde a pessoa apresenta dificuldade para encontrar palavras, dar nome a objetos, lembrar de nomes de parentes mais distantes. Dependendo da fase da doença pode haver certo comprometimento do comportamento como apatia, depressão ou até agressividade.
O grau de comprometimento varia de paciente para paciente e também de acordo com o tempo de evolução da doença.
• Estágios da doença:
De acordo com a intensidade do quadro degenerativo, é possível estabelecer três estágios clínicos: leve, moderado ou grave.
Existe grande variabilidade na duração desses estágios. Em alguns casos os sintomas evoluem lentamente possibilitando a manutenção de níveis funcionais por muitos anos; em outros, a deterioração é mais rápida, mas ocorre em velocidade constante; em outros, ainda, a doença evolui em surtos de piora seguidos de fases de estabilidade que chegam a durar um ano ou mais.
Na fase inicial da doença, a pessoa afetada mostra-se um pouco confusa e esquecida e parece não encontrar palavras para se comunicar em determinados momentos; às vezes, apresenta descuido da aparência pessoal, perda da iniciativa e alguma perda da autonomia para as atividades da vida diária.
Na fase intermediária necessita de maior ajuda para executar as tarefas de rotina, pode passar a não reconhecer seus familiares, pode apresentar incontinência urinária e fecal; precisa de auxílio direto para se vestir, comer, tomar banho, tomar suas medicações e todas as outras atividades de higiene. Pode apresentar comportamento inadequado, irritabilidade, desconfiança, impaciência e até agressividade; ou pode apresentar depressão, regressão e apatia.
No período final da doença, existe perda de peso mesmo com dieta adequada; dependência completa para realizar atividades de rotina da vida diária e fica restrita ao leito, com perda total de julgamento e concentração. Pode apresentar reações a medicamentos, infecções bacterianas e problemas renais.
Os estudos mostram que a duração de cada estágio também é extremamente variável. Em média, o primeiro estágio tem duração de 2 a 10 anos; o segundo, de 1 a 3 anos; e o terceiro, de 8 a 12 anos.
• Diagnóstico:
Não existe um exame específico para diagnosticar a doença de Alzheimer, mas a realização de exames para avaliação das funções cognitivas, por meio de testes para memória, linguagem e cálculo, pode auxiliar na definição do diagnóstico. Os testes laboratoriais e de neuroimagem também são importantes para excluir outras doenças que podem evoluir com quadros demenciais (exemplo: traumatismo craniano, depressão, intoxicação por drogas, deficiências nutricionais, etc).
Uma das dificuldades em realizar o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer é o fato das pessoas acharem que a demência é consequência do processo normal de envelhecimento. Por isto, é sempre importante lembrar: “esquecer não faz parte do envelhecer!”
• Tratamento:
Ainda não existe cura para a Doença de Alzheimer, por isso o tratamento destina-se a retardar a progressão da doença.
Para que o paciente tenha acesso ao tratamento, deve procurar os serviços de saúde com profissionais especializados. É importante ressaltar que o atendimento ao paciente com Doença de Alzheimer requer um atendimento multi e interprofissional, com profissionais.
Material retirado do site saude.gov.br