Meus caros, este material foi retirado do site http://vidademacumbeiro.blogspot.com.br/2008/11/dicionrio-yoruba-portugues-5a-ed.html e será publicado em partes. Pode haver diferenças entre o exposto aqui e outros autores e pesquisadores. Parte 13

e – vós
ebá – pirão de farinha de mandioca ou inhame
ebadó – margem do rio
ebaná – margem da estrada
èbá òkun – praia (vd. eti okun)
ebati – templo
ebé – sociedade, sopa (vd. omitoro)
èbga – pulseira
egbado – reino de menor importância ao sul de egba
ebí – família (vd. ibatan, aráilé, ìdì lé)
ébi – culpa
ebi – fome, faminto (vd. ódá)
ebi alubosa – alho ebi kò pa mí – não tenho fome
ebi npa mí – estou com fome
ebití – armadilha
ebo – comida feita de milho branco, especial para oxalá.
ebo – sacrifício ou oferenda. termo que designa, genericamente, oferendas e sacrifícios. usa-se também trabalho, despacho, feitiço para a limpeza do corpo espiritual, livramento de eguns e abertura de caminhos.
ebômin – pessoa veterana no culto; título adquirido após a obrigação de sete anos. opõe-se a iaô, sendo equivalente a vodunsi
ebú – abuso
ebu – olaria
èbun – presente
èbúte, èbúté okò – cais, porto (vd. ojú omi)
edá – natural (vd. ádamo, àdanidá, ìwa èdá)
èdá – ser humano (vd. ènia)
edá-elemi – reino animal
edá-eweko – reino vegetal
e dáke! – silêncio!
èdán àrá – pedra de raio, sagrada à xangô
edé – camarão
èdè – linguagem, idioma, dialeto
èdeàiyédè – desentendimento, atrito
edé nlá – lagosta
ede potoki – falar português
edinfin – mosquito (vd. kantíkantí)
èdò, edoki – fígado
èdòfóró – pulmão (vd. odoforó, fúkufúkù)
edu – carvão
edun – mico
edù – machado
edun – nome próprio, machado
edun aará – raio (vd. mànamaná, aará)
èdùn ará – meteorito
eebi – vomitar, empurrar (vd. bì)
éèdi – encantar, feitiço
eedogbón – vinte e cinco
eedogun – quinze
eegun – osso, antepassado, esqueleto (vd. egungun)
eegun àya – osso do peito
eegun ìhà – costelas
èèkánná – unha (vd. èkáná, isó)
eerin – quatro
eesan – nove (numeral)
eese – porque
èèwò – (em português chama-se quizila) interdito ritual; o mesmo que èèwò. na liturgia dos candomblés há um ciclo cerimonial, onde se realiza o rompimento dos tabus que circundam o noviço durante a iniciação, conhecido como quebra-de-quizila. dele fazem parte o panán e a quitanda-de-iaô.
èfà – seis (numeral)
efefe jeje – brisa (vd. afefejeje)
efí – fumaça
efin – fumo (vd. itàba, fifa)
èfo – verdura (vd. àipon)
efòn – búfalo
èfórí – dor de cabeça
èfó tètè – espinafre
èfufu lile, efufu nlá – tempestade (vd. ójí)
efun – nome dado à argila branca com que são pintados os neófitos. essa pintura corresponde ao que se chama de “mão-de-efun”. como sinônimo de efun ocorre, também, afin.
efun ìkòwé – giz, lápis
egàn – mata fechada (vd. igbó)
ègbà – bracelete (vd. kerewú)
egbá – mangueira
ègbà – paralisia
e gba mi o! – socorro!
ègbé– lado (vd. ni)
egbè – coro
egbé – sociedade, comunidade de pessoas com o mesmo propósito
égbéé – amuleto de proteção para o orixá ogun
egbére – fada, espírito (vd. kurekerè, alùjonnú, àroni, iwin)
egbo – milho cozido
ègbo – ferida, úlcera
ègbón obinrin – irmã mais velha
ègbón okùnrin – irmão mais velho
ègdé – sociedade
egé-etá – farinha de mandioca (vd. etagari, iyèfun)
ègé – mandioca, aipim
ègigbo – cidade da nigéria (vd. irè)
egún – nome genérico dos espíritos dos mortos, esqueleto (vd. ókú)
egun – maldição
egun apà – osso do braço
egun e – pessoas importantes do culto
egun-ehin – osso das costas (èhin)
egúngún – espíritos dos ancestrais, cultuados especialmente em terreiros situados na ilha de itaparica, na bahia.
egungun – ossos (vd. eegun)
egun-itan – osso da coxa
eguré – cidade (vd. ìlú)

Respostas de 10

  1. Mídia e religião sempre foram instrumentos de dominação das massas, e quando usadas em parceria a tendência ao desastre é sempre maior: fundamentalismo entrando em nossas casas e tentando invadir as nossas mentes em busca de um rebanho demente e de dinheiro aos montes.

    Axé.

    Dayane

    1. Olá Dayane, que bom sua visita. Hoje, numa reunião, eu citei seus textos (em particular o mais recente) para exemplificar a força e competencia dos mais jovens na nossa religião. Aqui no blog, no post “Sou filho de Orixa”, ao responder uma pergunta eu fiz referencia ao seu novo texto, que de fato é uma das melhores reflexões a respeito da decisão de permanecer na religião. Obrigado pelo texto, é belíssimo.
      Fundamentalismo não leva a nada, só aponta o caminho da intolerancia. E concordo com o que meu Pai Ogã Rubens de Ayrá falou hoje a esse respeito. Essas pessoas deveriam responder na forma da lei por seus atos, enquanto a lei e principalmente a educação forem permssivas com estes assuntos, a intolerancia vai existir. Grato pela presença, axé, Tomeje.

  2. E Tomege gostariamos que eles respondesem na forma da lei mas para quem tem laços estreitos com o governo fica dificil o lider dessa igreja até participou da posse da presidenta Dilma, como ela gosta de ser chamada. e outra ele tem até passaporte diplomatico.Se o merecimento para ter passaporte diplomatico e ser lider religioso mãe Estela,mãe Conceicão e muitos outros deveriam te esse passaporte Vip.É vamos ter fé quem sabe um dia esses previlegios para poucos acaba.

    1. Monica, eu tenho certeza de que a questão é muito mais complexa e que a resolução de grande parte dela depende exclusivamente de nós mesmos. Vejamos por exemplo o sucesso de público que é o Ocandomblé e outros blogs e sites e programas de rádio como o próprio Ori ou do Átilla Nunes aqui no RJ, ou os jornais distribuídos no Mercadão de Madureira. São ferramentas de mídia fortíssimas, as pessoas procuram para tirar dúvidas e se aconselhar, ou seja, procuram para resolver a própria situação, não pensam coletivamente. Sempre que falamos em política, eleger um representante da nossa religião, todo esse povo some como se fosse fumaça.
      Só percebo mobilização do nosso povo, pelo menos aqui no RJ para as “megas festas de pombagira e malandros”, as casas ficam literalmente lotadas, gasta-se pequenas fortunas com roupas e festas. Mas quando propomos uma reunião para falar com estas pessoas sobre consciencia política, elas riem sínicamente e falam que não creem em políticos.
      Nosso povo não é politizado, não tem cultura política e pouco se interessa com o que acontece com o terreiro alheio desde que não afete o seu umbigo (terreiro).
      Exemplo disso é que a festa de Yemonjá, promovida pelo mercadão de madureira, tradicional aqui no RJ, está ameaçada de nã acontecer este ano por falta de apoio da prefeitura. Por falta de representatividade política. Nada além disso.
      Do outro lado desta guerra, estão os que nos atacam. Eles também não tem um publico politizado, mas sabem pedir votos e ganham estes votos. Eles tem ambições políticas grandes. Eles formam bancadas e negociam acordos. Eles detem um poder midiático incrível e sabem utilizr isso a favor deles.
      Nós…. Nós ficamos discutindo e falando mau da festa do Yawo e avaliando se a roupa dele estava bonita ou qual orixa dançava certo ou errado. É uma pena que não tenhamos mais fóruns dispostos a discutir os problemas políticos da nossa religião. Axé e desculpe o tom de desabafo. Tomeje.

  3. Ao ler seu desabafo me lembrei de um coronel aqui da minha terra que já se foi a um tempo, que defendia muito nossa religiao, apesar de nunca ter assumido ser filho da casa que ele frequentava o Gantois.mas para ter a ajuda desse coronel,rsrsr, era preciso retribuir ou seja trabalhar em favor dele.Peço a vc que leia o artigo da ISTOÉ Independente A guerra dos atabaques que vai entender melhor o que estou falando.

  4. Só para finlizar, hoje em Salvador tem muitas pessoas dentro do candomblé com saudades desse coronel,já ouvir muita gente falar, há se ele estivesse vivo.

    1. Monica eu li o texto e entendi o que vc quer falar. É uma faca de dois gumes. Ficar sem representação é tão ruim quanto ter uma representação ruim? Acho que devemos ter representantes. E acho, principalmente, que precisamos discutir o assunto. Axé, Tomeje.

  5. Obrigada pela menção do texto!

    Agô.

    Ficar sem representação é quase tão ruim quanto ter uma representação ruim. Por outro lado, alguns de nós reclamamos e não fazemos nada ativamente pra contornar esta situação. Às vezes, falo por mim, não falta coragem e nem vontade, talvez falte estômago pra ouvir e ver passadas de pernas e muita gente do meio religioso buscando mais visibilidade do que ações efetivas e mesmo assim seguir em frente. O que eu vejo acontecer aqui na região é a desunião religiosa prevalecendo também nestes meios onde alguns poderiam fazer algo a mais por nós. Na foto todos posam sorridentes e unidos, por trás querem um cargo melhor, um auxílio da prefeitura melhor ou maior visibilidade para sua casa de axé. E ainda dentro disso entram as fofoquinhas sobre a roupa do orixá do fulano ou a marmota do fulaninho de tal. Isso quando não perdem os argumentos e querem ganhar algo no grito somente.

    Os movimentos negros em si e as organizações religiosas “independentes” é que têm se unido e conseguido sacadas eficazes onde o Candomblé acaba se beneficiando.

    Já fui muito inflexível sobre esta relação de religião e política. Hoje percebo que há uma grande necessidade, me abro à conversas sobre o assunto, mas, repito, tem que ter estômago pra se enfiar no centro da questão e caráter firme. Eu ainda não tenho esse tipo de estômago e vou de zero à cem sem pestanejar quando vejo e ouço algum absurdo. Por isso, faço o meu pouco pelas beiradas pra evitar mais atrito.

    Axé.

  6. Tomege,que loucura e essa de aliança para a supremaçia cristã em Piracicaba! meu Dues eu não sabia que esses politicos tinham chegado a esse ponto.É realmente precisamos de alguem que nós represente na politica ,porque estamos sem voz e vez nos parlamentos só aparecemos por lá como folclore em alguma data comemorativa,

    1. Monica, nós acompanhamos este e outros casos e na sua maioria não deu em nada a tentativa de cercear.limitar ou mesmo proibir o direito que cada um de nós tem de professar sua religião. Neste cao em específico o texto do projeto de Lei fala proteção aos direitos dos animais, em outro epísódio tentarammudar o nome da cidade Exú, em PE, no RS tentaram proibir que os atabaques tocassem após as 22:00 e tantos outros casos. O problema disso é perceber a ousadia dessas em atentar contra nossa religião, mesmo que de forma disfarçada sem que tenhamos alguém ou algum órgão que defenda nosso povo destes parasitas religiosos. Temos que ter uma associação nacional de direito civil que possamos contar para nos representar. Axé. Tomeje.

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