Compartilho com vocês um texto publicado na Página do Facebook, “Sou Yawo”, onde várias questões acerca da vivência dentro das Casas de Axé são postas em xeque. Achei interessante para que possamos refletir sobre as nossas ações para com a nossa Casa de Axé e, principalmente, para com o nosso Orixá. Axé a todos. Cátia.

Mukuiu, Kolofé, Motumbá!
Hoje recebi um email de um parceiro de trabalho e somando com algumas situações que vivenciei e vivencio fico a refletir e pensar onde vamos parar…
Cada dia mais o ser humano perde o seu valor, a religião virou algo para separar pessoas e uma desculpa para guerras.
Vou partilhar a situação desse colega, o que ando vendo e ouvindo e por aí vai.

– A pessoa entra para fazer santo para ficar rica (Orisa não deixa ninguém rico, mas mostra caminho para que as coisas aconteçam);
– Virou moda processar o barracão e dar escândalo na porta, basta ser contrariado e todo o “amor” vira ódio;
– Nem se tira o cheiro do quarto de santo do corpo e já está na porta do bar, na farra e sem a mínima noção do tamanho da graça que se acabou de receber! Passar os mistérios de uma iniciação é uma das maiores emoções que uma pessoa pode vivenciar;
– É mania agora difamar pai de santo, família de santo, criar perfil falso e sair falando todas as asneiras (graças à Seu temos delegacias especializadas em crimes religiosos e virtuais o que impede algumas palhaçadas acabarem em problemas ainda mais sérios);
– A mão que te alimenta hoje é a que se cospe amanhã! Na hora das lágrimas todo mundo serve!
– E por outro lado temos as eternas e, porque não, tão antigas ladainhas e ameaças de pais de santo quando se afasta da casa (nem sempre o afastamento é culpa do filho, às vezes é do dirigente mesmo). Um inferno! Seria simples cada um para o seu lado!
– Antes existia mais o conceito de família: um precisava, outros corriam a ajudar. Hoje entre ajudar e ir pra farra, óbvio que se vai para a farra;
– Respeitar os irmãos mais velhos para muitos é peitar o mesmo. É um tão de “Quem é vc para falar”… É mais velho! Simples assim! O próprio tempo mostra que a experiência de um não vai chegar na do outro. Cada um no seu quadrado!
– “Não vou pagar mensalidade para sustentar pai de santo!” O ser humano não para e tenta entender o mecanismo que existe ali dentro. Você esta colaborando com o solo em que seu orisá nasceu e ajudando a manter o mecanismo de funcionamento que existe dentro disso.
– Quando um filho esta sempre pela casa, ajudando e colaborando e muitas vezes vindo de longe é bom dar valor. Filhos dedicados são sempre um benção do Orisa;
– Quando o Pai de Santo fica doente, ele com certeza ficará feliz com a sua visita pessoalmente. Da mesma forma quando um filho de santo fica debilitado, ele também fica feliz com uma visita feita pessoalmente pelo seu zelador e irmãos. Família é para as horas boas e ruins.
-Quem troca o Orisa pela farra não pode reclamar quando o mesmo não se mostra feliz em um jogo. O sagrado não te abandonará nas horas de dificuldade, mas isso não ocorrerá com seus “amigos” de farra.
– Alguns asés aderiram à distribuição de cargos, tipo liquidação. Basta ter dinheiro e você pode sair com 21 anos cantados. É a desvalorização do sagrado e a banalização dos Ancestrais;
Esses são alguns dos itens que venho vivenciando…
Hora de refletirmos sobre o assunto!
Ase para todos
(desconheço a autoria)

 

Texto retirado da página abaixo:

https://www.facebook.com/souyawo/photos_stream

Respostas de 28

  1. A benção meus mais velhos, gostaria de uma opinião, fiz santo a pouco tempo .Frequento a casa por 3 anos e há 8 meses fiz minha iniciação.
    O problema é que de uns meses pra cá, tenho percebido que minha Yá tem me tratado com indiferença, sempre se refere a mim com agressividade, com “patadas” mesmo, e antes não era assim.
    A casa é ótima, os meus irmãos todos são muito queridos, procuro sempre estar participando dos afazeres da roça, o problema que quando chego e começa a enxurrada de patadas me desanimo, tenho vontade de deixar ela falando e ir embora, já que meu sangue ferve
    Até hoje apenas bato cabeça pro meu orixá e peço a ele que me auxilie já que desde que me encontrei naquela casa as coisas tem sido perfeitas na minha vida, ou se chego na minha Yá e tenho uma conversa séria com ela.
    Me ajudem por favor já não sei o que faço e depois de fazer santo não quero por tudo a perde e sair da casa, e o pior que antes ela me tratava de outro jeito.

    1. Angela seja bem vinda, desculpe a demora em responder. Acho que o primeiro ponto é fazer uma reflexão para ver s e o problema está nela em vc, se vc não está querendo mais do que ela pode te dar, isso acontece, as vezes por gostar demais de alguém, transferimos para aquela pessoa sentimentos e dependências emocionais que ela não quer na vida dela, Isso é bem comum nas Casas de Axé, as pessoas buscam um afeto que o sacerdote não consegue suprir. Mas também pode ser um momento difícil dela ou seu. O importante é que vc continue sendo sincera contigo e com ela, busque o diálogo sempre e seja fiel a vc e seu Orixa, somente isso vai te ajudar, se sincera com o seu orixa. E se no final não der mais, procure outra Casa e seja feliz. Axé, espero ter ajudado, Tomeje.

  2. Motumbá, meu mais velho.

    Ultimamente estou tão… esquisita (?) com relação a minha casa de axé. Sempre confiei, sempre estive lá e nunca vi nada errado. Mas ultimamente tenho tido vontade de conhecer outras casas e tenho tido umas dúvidas infundadas. Não sei como lidar com elas e não me sinto bem tendo essas dúvidas. Principalmente porque foram dúvidas que não vieram a partir de alguma coisa concreta, mas que surgiram aleatóriamente. Penso muito em me tornar uma yawo (e meu pai já me pediu isso mais de uma vez, mas continuo enrolando), mas às vezes me pego pensando coisas como “iniciação é apenas uma vez, não sei se quero fazer isso agora pois posso me arrepender” e não sei o que isso significa. Ao mesmo tempo, estou nessa casa de axé há mais de dois anos, me dou bem com todos, aprendo, tenho respeito pela casa e não sei se gostaria de sair de lá. Principalmente pelo motivo que já te disse: essas dúvidas não partiram de algo concreto, mas surgiram na minha cabeça do nada. Não duvido da capacidade da minha iya ou dos meus mais velhos, ou da seriedade deles. Só não sei se é este o meu lugar. E ao mesmo tempo, não sei se meu lugar é em outro lugar.
    Às vezes acho que deveria procurar um jogo, mas não quero comentar com minha iyalorixá estas dúvidas pois não quero que ela se sinta ofendida. E não quero procurar um jogo com outra pessoa porque interpreto isso como desrespeito.
    Esse falatório todo na verdade é mais um desabafo do que uma dúvida… sei que é difícil aconselhar essa situação e não cobro um conselho (embora ficaria feliz se você tivesse um para me oferecer), mas tenho muita confiança no senhor e na MSC (oi, Cátia! ainda não me acostumei a te chamar assim rs) e sinto-me segura a desabafar aqui, mesmo que seja um espaço público.
    Obrigada, axé.

    1. Oi, Maria, boa noite. Tudo bem? Fique à vontade para me chamar como quiser, ok? Rsrs. Bem, o que você traz desta vez é algo muito complexo (rsrs). Digo isto porque penso que seja algo muito pessoal, interno, entende? Mas, ainda assim, vou me ousar a falar um pouco do que pensei quando li tudo o que você disse. Na verdade, deixarei mais alguns questionamentos para que você reflita sobre os mesmos, pois acho que isso possa te ajudar de alguma forma. Se você nos diz que não houve nada na Casa de Axé e nem com as pessoas com as quais você convive lá, então, é bom você ficar mais atenta aos “sinais”, sejam eles dos seus Orixás ou até mesmo do seu inconsciente. Os questionamentos que eu citei são: você frequenta a religião dentro de uma Casa há quanto tempo, somente há dois anos, ou antes disso você já frequentava? Você tem a certeza de ter se “encontrado” na nossa religião? Você se sente totalmente segura, preparada para uma iniciação em breve? Você está disposta, de fato, a ter que abdicar de algumas coisas/situações da sua vida pessoal em prol da religião? Você está feliz com o Orixá que te escolheu para ser o dono da sua cabeça? (obs: digo isto porque conheço pessoas que não aceitam o Orixá que possuem porque gostariam de ser do Orixá “tal”). Você passou a frequentar o Candomblé por livre e espontânea vontade ou por “livre e espontânea pressão” de alguém ou de alguma situação pela qual você tenha passado? Acho muito importante que você reflita bastante sobre essas questões. É óbvio que não estou aqui querendo confundir ainda mais a sua cabeça, nada disso, mas acho tão importante que nós tenhamos essas coisas bem claras na nossa cabeça. Outro ponto que quero falar é sobre a confiança. Se você diz tê-la em relação à sua Ìyá e aos mais velhos da Casa, já acho isso muito bom. Portanto, por existir essa confiança, acho que se você se sentir à vontade para conversar com a sua Ìya sobre esses seus questionamentos seria bom, entende, para que você não faça nada de forma precipitada e que venha a se arrepender futuramente. Quem sabe não seja bom você abrir o seu coração para a sua Ìyá e, se for o caso, se afastar um pouco para que você consiga enxergar a situação de forma/ângulo diferente? Porque muitas vezes quando estamos mergulhados numa situação não conseguimos enxergá-la com um “olhar externo”, concorda? Tudo isso porque além da razão também entra muito a emoção, e quando falamos da religião acho que o que mais temos é emoção. Rsrs. Eu me preocupo muito quando eu ouço pessoas relatarem questionamentos parecidos com os seus. Sabe por que? Porque eu penso que nós precisamos estar bem e felizes, primeiramente, com os nossos Orixás, para depois pensarmos em iniciação, etc. Penso que tomar essa decisão de se iniciar seja algo que precisa estar muito bem resolvido na nossa cabeça para não haver arrependimentos depois. Penso também que ser abian seja um dos melhores momentos para irmos tirando algumas dúvidas, e o bom é que você já está nessa fase. Mais uma vez eu te direi, não se precipite com nada, pense, repense, pense de novo, e de novo (rsrs), até que você tenha a certeza do que você quer, ok? Espero que eu te ajude de alguma forma com essas palavras. Um beijo, e que Yemonjá te dê muito equilíbrio e muita sabedoria para tomar a melhor decisão. Axé, Cátia (MSC). Rsrs. Ah, já iria esquecendo, tenha certeza que em breve o babá Tomeje virá falar com você também. Rsrs. Axé!

    2. Maria, fico muito feliz que você esteja falando e desabafando porque, pela minha experiência, 90% das pessoas que saem da religião não tiveram com quem falar ou desabafar. Eu acredito que quando fazemos isso o nosso Orixá nos ouve e nos dá caminhos, portanto, eu fico muito feliz em ser para você um ouvido. Maria, religião e religiosidade são dois temas distintos, o primeiro depende de um grupo de pessoas, tem dogmas, liturgias e hierarquias. O segundo, eu acredito, é o melhor caminho para falar com Deus, pois só depende de você, da sua fé. Acho a religião importante e necessária para organizar e reunir as diversas religiosidades, mas uma não deve interferir na outra ou se sobrepor, muito menos te tornarem refém da religião ou da religiosidade. O ideal é conciliar as duas coisas, você pode ter a sua religiosidade e se manter na religião, ou, se você não estiver segura neste momento, atenha-se à sua religiosidade, isso é o que eu acho que você deve fazer neste momento, guiar-se por ela. Espero ter ajudado. Estaremos sempre aqui. Axé, Tomeje.

      1. Tomeje, me perdoe a demora em responder. Estava sem internet em casa até ontem e no trabalho não tenho acesso a blogs.
        Primeiramente, a sua benção.
        A minha situação está cada vez mais complicada… Vou tentar resumir a história, tá? Frequento esta casa há dois anos, participo de todas as funções. pago minhas mensalidades em dia. Mas ultimamente, devido a correria da vida, não tenho tido tempo de estar presente em todos os momentos e tive que faltar algumas festas e dias de função para que conseguisse colocar meu trabalho e estudos em dia. E isso aparentemente incomodou algumas pessoas na minha casa de axé: nas últimas vezes que fui, não me senti acolhida e bem tratada como me sentia antes. Enfim, isso foi muito ruim, porque fiquei mal mesmo, entende? Não consegui abstrair e etc. E eu acho que não é assim que tem que ser. Casa de axé é lugar onde você tem que se sentir bem, em sintonia com seu orixá, e não ficar pensando em ‘cara… por que eu vim até aqui pra me tratarem desse jeito?’. Não sei se o senhor consegue entender o que estou falando e não sei se estou sendo clara.
        Paralelamente a isso, tive um problema recentemente com um irmão de santo. Um problema que não tem nada a ver com o barracão, mas que influenciou as relações lá dentro. Muita fofoca acontecendo, muita coisa que não gosto. Minha iya sabe, mas não se posiciona.
        Em resumo, acho que quero me afastar por um tempo, ter um tempo pra mim, colocar a vida em dia e, como o tempo disponível que tenho aparentemente não é suficiente, voltar a praticar a religião quando tiver tempo sobrando (o que acontecerá em uns dois anos, quando eu terminar a faculdade, por exemplo.).
        Mas não consigo ter certeza de que esta é a decisão certa, de que é isso que eu tenho que fazer. Decidi então procurar um jogo de fora, com alguém que não conheço e ouvir o que os orixás tem a me dizer. Uma conhecida me passou o telefone da iya dela pra que eu marcasse um jogo, mas esta iya é de outra nação e não sei se seria bom procurar um jogo em outra nação.
        O senhor acha que procurar um jogo é a atitude correta? Se sim, o senhor teria alguém de confiança para me indicar no paraná?
        Muito obrigada, me perdoe o desabafo e as palavras duras, mas estou muito confusa.
        Axe

        1. Maria, eu acho que você não deve procurar outro jogo, siga apenas o seu coração. Nossa religião é muito complexa, o aprendizado se dá dia-a-dia, e não falo do aprendizado litúrgico, mas do aprendizado familiar, aprender a conviver com pessoas e situações muito diferentes da nossa realidade. De certa forma, o Candomblé molda a nossa personalidade. Alguns aprendem a domar o seu gênio explosivo, outros trazem consigo um tipo de educação e comportamento que não são compreendidos por muitas Casas, seja para o bem ou para o mal, essas pessoas acabam não se encaixando na religião, ora porque querem a perfeição ou porque desejam mudar a realidade das Casas. Seja como for, o Candomblé nos exige sabedoria. Acho que o melhor para você, neste momento, é realmente se afastar, dar atenção aos seus projetos e buscar a sua felicidade. Independente do que você acha que vai ouvir, vá até a sua Ìyá e fale com ela, saia pela porta da frente. Não esqueça que eu sou um mais velho, estou lhe ajudando, isso quer dizer que você está me devendo um texto novo. Maria, eu não tenho nenhuma indicação para te dar, no Paraná. Grande axé, que Ogum te acompanhe, e que um dia você volte para a religião. Tomeje.

          1. Eu amo o candomblé, amo a cozinha de santo, amo varrer o chão onde meu orixá vai pisar. Amo meu orixá e consigo sentir o amor que ele tem por mim. Por isso me recuso a acreditar que ele me castigaria por me afastar por um tempo ou até mesmo preferiria que eu perdesse meus compromissos profissionais e me prejudicasse na vida para estar presente nas funções. Acredito que deve haver o equilíbrio. Nao quero viver PARA o candomblé, quero que minha religião seja parte da minha vida, nao a única coisa existente nela. Não acho que a religião deva prejudicar outras áreas da vida pra ser vivida. O candomblé e o orixa tem que ser parte da minha vida de forma que eu consiga vive-lo, e não viver para ele. É isso o que eu penso e é por isso que quero me afastar agora, mas com certeza pretendo retornar, quando me sentir em paz novamente para retornar.

            Perguntei sobre a indicação porque uma vez o senhor mencionou que tinha um irmão aqui na região de Curitiba, então achei que ele ainda estivesse por aqui… Se o senhor souber de alguém, promete que me avisa?

            muitíssimo obrigada e logo mais escrevo algo, rs.
            axe

          2. Maria, eu acho que você está certa no que está falando. A única coisa que posso te dizer é que você vá com calma, tranquilidade, e que seja feliz com o seu orixá, independente da religião. Cultive a sua religiosidade. Infelizmente eu não tenho mais contato com a pessoa que eu havia falado há um tempo. Se eu souber de outra pessoa, te avisarei, mas eu não acho que você deva procurar outra pessoa para jogar. Axé, e não esqueça do nosso texto. Rsrs. Tomeje.

  3. Olá Tomeje tudo bem? Não sei se você se lembra de mim,eu falei a algum tempo com você. Se calhar já não se lembra..foi por causa do meu filho que minha comadre me tinha dito que ele era abiku e me disse que ele não ia viver muito tempo. O meu filho,o menino que tem epilepsia..graças a Deus está muito melhor.. O que se passa é o seguinte. A minha comadre faz reuniões em casa dela e na última reunião depois de passar a Pomba Gira dela,passou a minha avó que segundo pessoas que estiveram a assistir,disse muita vez o nome da minha mãe que ainda é viva,e disse que o pequenino não ia durar muito,perguntaram se era o meu filho e não tiveram resposta..agora imagine como eu ando,ha um ano atrás eu tive com um pai de santo que me disse que o menino em um ano ia melhorar,e o certo é que está..agora o que me faz confusão é, no candomblé não se recebe só entidades evoluidas como pomba gira e assim..ou também é possível receber outros espíritos? E a minha avó esteja onde estiver não sabe o nome do meu filho,e ela que me criou era como uma segunda mãe para mim,vinha ne dizer uma coisa dessas? Estou aflita,com medo de perder meu filho,não sei o que fazer,por favor me ajude…

    1. Daniela, a minha opinião continua a mesma, você deve se afastar dessa pessoa, o que ela precisa e o que ela quer é plateia para as maluquices dela, se seu filho está bem continue cuidando dele com médicos. Procure auxílio espiritual com outras pessoas, sua comadre é louca, não tem o menor conhecimento da religião. Afaste-se dela. Desejo que seu filho continue melhorando, nunca dispense os médicos. Axé, e que Ogun te dê um bom caminho. Tomeje.

  4. Obrigada Tomeje,mas me diga uma coisa é possível os espíritos de nossos familiares saberem quando vamos morrer? Eu acho que não,mas como eu não percebo muito…claro o meu filho é sempre acompanhado pelo médico dele..muito obrigado..Axé

    1. Daniela, no Kardecismo essas manifestações acontecem sim. No Candomblé eu nunca vi e nunca soube disso. São caminhos muito diferentes. Continuo afirmando que essa sua comadre não presta para a religião. É absurda a pressão que ela tem feito sobre você. Tenha força e se afaste definitivamente dessa pessoa, ao menos para assuntos religiosos. Axé, Tomeje.

  5. Agô, meu mais velho, mas por que o senhor aconselha que eu não procure outra pessoa pra jogar?

    Minha vontade em buscar um jogo não vem nem da vontade de ganhar uma solução do oráculo, mas da vontade de achar uma casa de axé onde eu me sinta a vontade e bem novamente… Quando penso em me afastar, me alivio em poder me distanciar um pouco da casa e etc, mas fico extremamente triste de saber que não poderei ver os orixás, que perderei suas danças, seus abraços, que não poderei mais participar do sagrado. Isso me entristece de uma maneira absurda… e é o que causa a confusão! Pois se eu não fosse sentir falta dessas coisas, apenas me afastar da casa seria simples… Ai, ai… é difícil e eu sou confusa.
    Perdão por ficar batendo nesta tecla e muito obrigada pelas orientações.

    Axé

    1. Maria, eu pensei que você quisesse, simplesmente, se afastar por um tempo, pois, se fosse assim, um outro jogo só lhe traria confusão. Maria, se você me der um texto novo, eu vou procurar os meus mais velhos e vou pedir o contato da pessoa de Curitiba e te passo por e-mail. Rsrs. Axé, Tomeje.

      1. IIIIHHHH ó a chantagem! Hahahahahha
        Vou tentar fazer o texto essa semana, tá bom? Mas dessa vez acho que vai vir carregado de um outro tom, não um tom animado como foi o primeiro… infelizmente.

        Axé

        1. Olá, Maria, boa noite. Tudo bem? Eu imagino que o seu momento não seja dos mais fáceis, mas o importante é você não deixar de acreditar no seu Orixá e fazer tudo de acordo com o que você acredita ser o correto. Se algo não está lhe fazendo feliz na Casa onde você se encontra, acredito que se afastar seja o melhor. No mais, viva cada dia por vez, não tente atropelar nada porque, muito provavelmente, depois que esse momento pelo qual você passa se for, lições importantes você tirará dele. O baba Tomeje não sossegará enquanto você não estiver com esse texto pronto. Escreva-o logo. kkkk. Acredito que por tudo pelo que você está passando, o texto virá recheado de emoção. Acho ótimo. Rsrs. Que Yemonjá te dê equilíbrio e serenidade sempre. Axé, Cátia.

  6. Boa noite, por favor me ajude!

    Fiz um BORI, de socorro , a 3 anos atrás, pois estava grávida, com algumas complicações gastricas e intestinais, e estava com medo de perder minha filha, visto que já havia perdido 2 gestações. Graças a deus deu tudo certo e também foram acentados IANSA e OXOSSI ALÉM DA PADILHA . HA alguns meses inexplicavelmente o assentamento de oxossi pegou fogo e até hoje não foi me dado nenhum motivo pela mãe de santo,acredito que seja pelo fato de eu ser ambia. Hoje fui fazer um jogo em outra casa e a mae de santo me disse que não sou de iansan com oxossi e sim iansa com ogum.Disse tambem que minha filha e abiku. Tô bem angustiada. por favor pode me dar uma orientação? me informe também alguma pessoa de sua confiança aqui em Salvador -ba, para que eu possa fazer outro jogo. Grata

    1. Taís, seja muito bem-vinda ao blog. Vamos por parte: fazer um bori para auxiliar ou te aliviar os problemas que você relatou está correto, mas assentar orixás e entidades para abian é extremamente arriscado, pois como você viu nesse outro jogo pode acontecer de você ser de um outro orixá. A pessoa só tem orixá definido depois da iniciação.
      Sobre a questão de abiku: existe uma grande diferença entre ser abiku e ter ligação, por algum motivo, com a sociedade abiku, portanto, a pessoa que joga precisa ter esse conhecimento. Mesmo você tendo tido dois abortos anteriormente não significa, necessariamente, que sua filha seja abiku.
      A pessoa que eu indico a você aí em Salvador é Baba Pecê, do Axé Oxumarê. O telefone do Axé é este: 3237 2859. Espero ter ajudado. Axé, Tomeje.

  7. Boa Tarde Pai Tomeje, como vai?

    Conversei um pouco com o senhor pelo messenger do facebook e aqui estou para esclarecer algumas dúvidas, desde já agradeço a atenção dispensada.

    Resolvi expor minha situação no comentário desta matéria pois me identifiquei com a mesma, a história é longa mas tentarei ser breve.

    Desde os sete anos de idade vivenciei os rituais da Umbanda até os 21 anos boa parte deste período eu passei cuidando das entidades de minha mãe biológica. Como ela não se cuidava ou não tinha um zelador pra fazer isso, ela acabou deixando a Umbanda de lado (os espiritos obsessores tomaram conta da situação, por algum motivo ela deu passagem para eles) e começou a seguir a religião evangélica.

    Com isso fiquei muito triste e desamparada tinha a minha fé particular pela espiritualidade mas meu porto seguro tinha se desfeito e fiquei afastada por exatos 10 anos de centro espírita. Em 2008 aos 30 anos começou a minha caçada por lugares que me experirassem confiança mas foi em vão, comecei a ficar mais triste ainda com a deturpação que os dirigentes de algumas casas estavam fazendo perante a espiritualidade, prometendo e cobrando valores exorbitantes pelos seus trabalhos.

    Até que em 2009 fui acolhida por uma casa que naquele momento me dava o que eu procurava por 10 anos, equilibrio espiritual. Nesta casa conheci o Reiki, Alinhamento de Chacras, o Candomblé e o Jogo de Búzios, inclusive o dirigente tinha iniciação no candomblé mas tocava para a umbanda e fazia as miscelânias de rituais do Candomblé para a Umbanda, achava bonito por exemplo dar sangue pra um catiço, mas quando ia fazer o encantamento do Assentamento do Orixá, o fazia com água de côco, isso não poderia dar certo não é mesmo? E como tudo tem seus prós e contras a máscara do dirignete caiu em 2011. Mas neste período fui confirmada para Ogun e Oxum. Uma semana depois da minha obrigação de 01 ano eu fui convidada a me retirar da casa, graças por isso, mas a demanda havia se instaurado, porque o dirigente achou que eu iria implorar pra voltar mas isso não aconteceu, uma vez que até dúvidas sobre as incorporações que ele tinha veio a tona, pois ele fingia, em uma de nossas reuniões ele teve a coragem de dizer que eu era uma das poucas pessoas que conseguia perceber que ele e a entidade eram as mesmas coisas. Ora, então a moda agora é você ser atendido pela entidade ou pelo medium? Ressaltanto que o corpo mediunico desta casa era de aproximadamente 45 pessoas, e deste grupo hoje em dia se tiverem 05 da época aúrea é muito. Todos os outros descobriram a má índole deste dirigente.

    A partir da minha saída em 2011 desta casa, novamente comecei a procurar outras mas agora eu estava inclinada a Casas de Candomblé, infelizmente as referências que eu tinha não eram boas, gastei muito dinheiro fazendo trabalhos que não precisavam ser feitos, só que quando descobri já era tarde.

    Em maio de 2014 conheci uma casa de Candomblé Angola que tem sessões de Umbanda, eu sentia uma dor de cabeça terrivel, esta dor me acompanhava desde 2011. Segundo a entidade que me atendeu disse que eu precisava ser confirmada com urgência porque era o Orixa cobrando feitura. Então tratei logo de agendar o jogo porque somente os Orixás poderiam dizer ao certo o que se passava. Eis que a Yalorixá revelou os meus Orixás completamente diferentes agora o dono da minha cabeça seria (Kavungo / Omolu) e Zumba (Nanã). Em agosto deste mesmo ano deram comida a cabeça porque eu disse que não ia raspar de forma alguma e nem tinha dinheiro pra isso, já que a comida a cabeça o chão já era uma fortuna fora a lista enorme. Fiquei recolhida por 03 dias e quando saí fiquei de preceito em casa por mais 21 dias, com a umbigueira, contra-egun e tudo mais e tudo mais que o ritual necessitara para o preceito. Só que quando agendei para retira-los aconteceu algo inédito, eu nunca mais voltei ao local, os procurei em março deste ano de 2015 para dizer que eu não poderia mais me dedicar a casa.

    Só que este surto se deu porque os meus Orixás não são os que a Yalorixá disse que eram, eles são realmente Ogum e Oxum. Talvez eu precisasse dar alguma oferenda a Omolu e Nanã, mas não dar comida a cabeça, que foi um absurdo e total falta de responsabilidade desta dirigente. Isso porque foi só um bori ou comida a cabeça, imagina se eu tivesse caido na lábia dela deixasse ocorrer a feitura, o estrago teria sido irreparável. Hoje com 37 anos quase 01 ano depois desta loucura cometida por esta ultima Yalorixá eu já fui em algumas casas de Umbanda e Candomblé onde confirmaram que meu Orixá de frente sempre será Ogum e Oxum, e todos até mesmo sem eu perguntar disseram que ela fez muito mal a mim não só pelo erro que cometeu mas com todas as energias negativas que emana porque via em mim somente cifras, só queria o meu dinheiro. Estava pouco preocupada com a minha vida espiritual. E ela não aceita a minha saída.

    Eu gostaria de saber se terei que procurar uma casa para dar comida a cabeça a Ogun e Oxum para reparar este erro cometido por essa dirigente, se o senhor pode indicar alguma casa idônia em Belo Horizonte ou Região Metropolitana, sei que o que vai contar para esta idoneidade que procuro é a minha intuição em sentir-me bem, mas preciso de indicação.

    Peço desculpas pelo longo relato e aguardo anciosamente um conselho do senhor.

    Muito Obrigada, Axé!

    1. Rosi, seja bem-vinda. Independente da sua procura por uma Casa, você mesma deve dar comida aos seus Orixás. Ofereça um inhame assado com dendê e mel para Ogum numa estrada ou numa mata. Se você souber fazer omolocum, ótimo, se não, ofereça simplesmente flores amarelas a Oxum num rio. Converse com os seus Orixás e explique a situação diretamente a eles. Assim que eu tiver o contato da pessoa de BH, eu irei te informar. Espero ter ajudado. Axé, que Ogum te abra os caminhos. Tomeje.

      1. Boa noite Pai Tomeje.
        Muito obrigada pela resposta, eu sei sim fazer omolucum.
        Vou providenciar as comidas dos meus Orixás.
        O senhor me ajudou muito. Tudo muito simples.
        Axé!

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