Na última década houve um exacerbado aumento de Sacerdotes no Candomblé, sobretudo, aqueles que se tornaram Ìyálòrìsàs/Babalòrìsàs, imediatamente após terem concluído sua obrigação de sete anos. Mas será que somente a obrigação de sete anos outorga a um iniciado o direito ao sacerdócio? A resposta é não, vejamos por que.

Criou-se nos últimos tempos, o indevido paradigma de que ao completar a obrigação de sete anos, o iniciado poderá instaurar o exercício do sacerdócio. Fato é que o sacerdote não nasce quando do término da sua obrigação de sete anos, mas muito antes, quando do seu nascimento. Na rica e bela cultura dos Òrìsàs, acreditamos que trazemos para o Aye (terra), a missão de nossas vidas acordada ainda no Orùn (céu). Em linhas gerais, isso quer dizer que a pessoa traz a missão de se tornar um sacerdote já no seu nascimento, isso está cravado irreversivelmente no seu destino, eles são os Omo Bibi (os bem nascidos).

Dessa forma, as pessoas que são “consagradas sacerdotes”, somente por terem completado o ciclo de sete anos, mas que não traz impresso no seu destino essa missão, poderá causar sério prejuízo a si mesmo e, principalmente aos seus seguidores.

Um Sacerdote de Òrìsà, além de obviamente zelar pela Divindade, zela pelos filhos dessas Divindades, ou seja, o sacerdote cuida de pessoas. É muito importante destacar esse ponto: “O Sacerdote cuida de Òrìsàs, de Pessoas. Ele cuida de Cabeças”. Nesse sentido, vale salientar que a obrigação de sete anos é um passo muito importante na vida de qualquer Omo Òrìsà e condição sine qua non para um futuro sacerdote, mas não é a obrigação de sete anos que tornará um Omo Òrìsà em sacerdote. Isso deve ser claro a todos.

Mas se não é a obrigação de sete anos que outorga o sacerdócio a um iniciado o que é então? Como dito acima, isso está impresso na memória ancestral daquele indivíduo, ele traz consigo essa missão do Orùn, que será revelada por meio do oráculo ou por voz pessoal do Òrìsà. Em uma primeira leitura, isso pode parecer utópico, no entanto, vamos lembrar a consagração sacerdotal de alguns dos mais importantes nomes do Candomblé.

A reverenciada Ìyálòrìsà do Opo Afonjá, Mãe Senhora de Òsun, recebera a navalha que fora de sua avó Ìyá Oba Tosí, ainda na sua iniciação, sendo que sua Ìyálòrìsà Mãe Aninha, anteviu que ela seria uma sacerdotisa. A querida Ìyálòrìsà do Gantois, Mãe Menininha, foi consagrada Ìyálòrìsà pelos Deuses, que a escolherem e a sentaram no trono do Ile Iya Omi Ase Iyamase, sem a interferência humana. Na nossa casa, o Terreiro de Òsùmàrè, nosso amado Pai Pecê, foi indicado como futuro Babalòrìsà logo no seu nascimento, sendo carregado no barracão pelo Òrìsà Ògún de sua Avó, a inesquecível Mãe Simplícia.

Não queremos em momento algum, dizer que a consagração dos sacerdotes deve ocorrer nos parâmetros mencionados, mas queremos sim dizer que é necessária uma consulta muito acurada ao jogo de búzios, questionando aos Òrìsàs se aquela pessoa realmente deverá ser consagrada sacerdote. É preciso saber se aquela pessoa realmente foi escolhida pelos Òrìsàs para ser um Babalòrìsà ou Ìyalòrìsà, isso é algo muito sério.

Aqui em Salvador, por exemplo, há muitos Egbon (Omo Òrìsà com suas obrigações de 7 anos completadas, mas não consagrados sacerdotes). Esses Egbon, antiguíssimos e de conhecimento requintado da Religião dos Òrìsàs não se tornaram Babalòrìsàs/Ìyálòrìsàs por um único motivo, a saber: Não carregam nos seus destinos essa missão. Esses antigos são felizes por serem Egbon, são felizes por zelar pelos Òrìsàs na casa onde foram iniciados. São felizes por serem consultados pelos mais novos, sobre as histórias do povo antigo. São felizes por dizer: “Eu sou egbon da Casa A ou B”.

Quando questionados por muitos a razão de não serem Babalòrìsàs/Ìyálòrìsàs, eles imediatamente respondem: “Oh meu filho, eu não nasci com essa missão não, minha missão é ajudar a casa onde eu me iniciei”. Alguns inconformados reiteram: “Mas com tanto saber, você tinha que ser sacerdote”. Esses antigos Egbon, por sua vez, no elevado grau de sabedoria, acumulada ao longo de anos, finalizam a conversa dizendo: “Oh meu filho, saber é o de menos, é preciso nascer para ser”…

Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!!
Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó

Respostas de 39

  1. Saudações.

    Peço vossa licença para dar minha opinião sobre o assunto:
    Concordo que, hoje em dia, não se dá mais valor ao “Oyê” da pessoa. Não interessa mais se ela tem ou não a missão do sacerdócio. O que interessa é qual Orisá que ela carrega consigo, se é raro ou não ou se o sacerdote tem esse Orisá em sua casa ou não.
    Poucas são as casas que respeitam esse valor.
    Penso que somente quem possui esse destino deveria ser iniciado no culto ao Orisá, já que passará a ter a religião como modo de vida.
    Iniciar quem não possui o destino para tal é jogar com a sorte do iniciado. Será que seu destino o permitirá abrir uma casa de asé e cuidar dos Orisá e de seus futuros filhos?, ou teremos mais um iniciado que abandona a religião devido as frustrações que certamente encontrará ao trilhar esse árduo caminho.
    Grato.

    1. Walmor Araújo eu concordo em parte contigo. Mas não vejo bem assim a questão da iniciação, não vejo como necessária somente aos que serão sacerdotes, se é que eu te entendi direito. O que vejo como problemático é que as pessoas não seguem a tradição de suas Casas. Há muitas Casas que não confundem sete anos com deká e as pessoas são felizes com seus cargos no Axé e cumprem muito bem suas funções de mais velhos. O problema é que a venda de deká é muito interessante e lucrativa financeiramente. Precisamos ensinar isso aos nossos mais novos desde a entrada dele na nossa Casas de Axé e explicar que nem todos serão sacerdotes. O candomblé tomou um rumo folclórico perigoso, vemos a descaracterização da religião em todos os aspectos e isso gera uma carnavalização e descrédito da religião. Tem muita gente que quer o status de ser pai de santo, mas não tem condição nem cuidar da sua própria cabeça. É triste ver pessoas dando má fama a nossa religião e ver muitos mais velhos frequentando estas Casas movidos pela remuneração oferecida para irem nestes lugares ou simplesmente pela cerveja farta. Axé, Tomeje.

  2. Tomeje, boa noite.
    Essa questão é muito interessante, e me paira tmb a dúvida c relação a ser ou não ser sacerdote. Visto que p ser um, é preciso um aprendizado acurado da religião de todos os ritos. Mas corrija-me se eu estiver errado: “muitas vezes não acabamos aprendendo no dia-a-dia, após receber o deká o próprio Pai ou mãe de Santo antes e depois, não fica responsável em repassar os ensinamentos necessários para o filho que irá receber sua cuia?”, ou é só receber o deká, e Zambi por todos, e cada um por sí?
    Pois tmb sofro um dilema, estou próximo de meus 7 anos, e desde que os búzios foram jogados p/ mim pelo meu antigo zelador, os búzios disseram que eu tinha cargo p Pai de Santo, fiz o santo por misericórdia, pois tinha perdido tudo que tinha. Sai do local que frequentava e estou com outra zeladora, no qual os búzios tornaram a confirmar meu destino no candomblé. Porém tenho medo, ou até mesmo receio em assumir tamanha responsabilidade, mas ao mesmo tempo tenho vontade de assumir tal posto, pois quando da minha feitura, muito aprendi no dia-a-dia de uma casa de candomblé, passei seis meses na roça, ajudando em tudo e aprendendo tmb. Creio que se for da vontade de Zambi, serei um sacerdote.

    1. Guto Andrade, seja bem vindo. Eu creio firmemente que há muito mais que a vontade de Deus (ZambiApongue, Olodumare,Ifá e outros nomes) no nosso caminho ao sacerdócio. Penso que é preciso que o filho tenha condições morais, intelectuais e físicas de assumir o comando de uma Casa de Axé. Veja, o texto da Dayane no blog ocandomble.wordpress, ele fala exatamente deste tema e eu concordo com cada linha do texto dela. O aprendizado que vc citou é importante sim, mas, muito além disso, é preciso que vc o postulante ao sacerdócio tenha uma família de Orixa e uma raiz muito bem definida, que tenha comprometimento com a sua tradição, seja ela qual for, e que respeito a cabeça do próximo. Leia o texto indicado e voltaremos a conversar meu irmão. Axé e boa sorte sempre. Tomeje.

  3. Motumba, Tomeje! Que saudade eu estava de você e do blog. Sentiram minha falta? rs brincadeiras a parte, vim depois de tanto tempo pra te perturbar com duvidas rsrsrs. Sobre o bori, tomeje. Quais são os preceitos pós bori? É a mesma coisa que os preceitos de feitura, só que em menor tempo? Tem que andar de cabeça coberta, só de branco, dormir na esteira, não comer carne, etc, ou é como.preceito de ebó?
    obrigada desde já!

    axé

    1. Maria, que Maria? rsrsrsrs Estes preceitos dependem um pouco da tradição da Casa e da ligação que vc tem com a Casa. Em geral os preceitos são de 07 dias usando branco ou roupas claras, e restrição de comidas muito temperadas e bebidas escuras e alcoólicas tb. Mas há Casas onde isso não é exigido. E há casos onde a pessoa não pode cumprir este resguardo por questões de trabalho, por exemplo, nestes casos o resguardo pode ser menor ou diferenciado. Eu acho sempre melhor cumprir o reguardo completo. Vc já ouviu falar de bori-feitura????? Axéô, Tomeje.

  4. Não finge que não me conhece que eu magoo rs
    obrigada pela explicação! Só mais uma dúvida: tem que andar com a cabeça coberta?
    Bori-feirura? Nunca ouvi dizer! Do que se trata?
    Um abraço!
    Axé

    1. Maria o ideal é que a pessoa cubra a cabeça durante o resguardo sim. Graças a Deus que vc nunca ouviu falar de bori-feitura kkkkk. Isso é uma invenção que alguns loucos tem feito na cabeça dos outros. Para mim isso é coisa de quem não sabe fazer uma iniciação e inventa maluquice. Trata-se de um bori, um fim de semana, que o tal pai ou mãe de santo diz que a pessoa já está iniciada. Doido isso, né?

  5. Nossa, Tomeje. E como ficam os ensinamentos que o yawo deve aprender? E como se chama o orixá do yawo no bori? E o erê?! E todo o processo de feitura?! Eu, hein?! Hauhaua
    Mas confesso que dei uma olhada na internet e as explicações que vi foi que se faz esse tal bori-feitura em caso de abiku que não pode raspar. Eu imaginava que nesses casos específicos a feitura corria normalmente, exceto pela raspagem. Estou enganada?

    Axé

    1. Maria a iniciação ocorre naturalmente, mesmo no único caso que eu conheço de abikú que não “raspa”. Bori feitura é “muito doido” né? kkkkkkk

  6. Maria, bom dia. Quanto tempo. Rsrs. Seja bem-vinda novamente. Aproveitarei o gancho para dizer que tenho ouvido falarem com frequência sobre essa questão do bori-feitura. E o pior de tudo é que muitas pessoas fazem. Triste realidade. Aí eu te pergunto, Tomeje: e todos os rituais que sabemos ser necessários, onde ficam, já que fazem tudo em até 48h? E os preceitos a serem cumpridos? Loucura, loucura, loucura. Axé!

    1. MSC, vou ser um pouco mais duro. Tanto quem faz, quanto quem se submete a isso estão preocupados com isso?????? Sei que não posso generalizar as coisas e que tem gente ingenua que é iludida, mas em geral é uma situação de “conforto para ambos” quem faz, reduz custos e lucra mais e quem se submete, gasta menos tempo. Só posso entender assim. Isso me deixa revoltado, vou parar aqui.

  7. Oi MSC, motumba! A internet ta difícil, mas tava com muito saudade de vocês e tou me esforçando pra entrar rs
    Concordo com o Tomeje, nesses casos a pessoa ta só atrás de status,não é possível!

  8. Motumba, meus irmãos
    aconteceu tanta coisa essa semana e estou tão confusa… Existe alguma reza pro orixá dar luz pra nossa cabeça?
    acontece que fui jogar e no jogo deu muito enfaticamente que meu orixaa quer minha cabeça. E na minha casa vai recolher um barco no dia que entro de ferias. Minha mãe sabe que não queria fazer o santo agora e tentou negociar com o orixá, mas não alafiou.
    não me sinto preparada pra fazer o santo, mas orixá sabe o que pede, não?
    mi já mãe disse que da pra fazer um bori e um ebo e depois jogar de novo… Mas se eu fizer o bori e o ebo não vou ter dinheiro pra feitura, se precisar.
    to extremamente confusa, não sei o que fazer
    por favor, me dwem uma opinião, a opinião de vocês vale muito pra mim

    obrigada e axe

    1. Maria é muito difícil dar opinião num caso deste, mas vamos lá. A sua insegurança é pelo medo do desconhecido, do que vai acontecer lá dentro, medo do depois? Ou é por não confiar tanto na Casa? São coisas muito diferentes. Avalie a sua relação com a Casa e tome a decisão com serenidade. Sobre rezas. Eu não tenho como indicar uma reza, até porque isso varia de Axé para Axé. Mas vc pode colocar um pouco de canjica branca para Oxalá e pedir que Ele te ajude a decidir o melhor caminho. Vá com calma sem medo, Seja qual for a sua decisão o seu orixa vai estar sempre do teu lado. Orixa é uma parte sua, não esqueça isso. Tomeje.

  9. Então, Tomeje. Aquelas antigas duvidas quentinha em relação a casa não tenho mais. Hoje em dia tenho muita confiança na minha família de axé. Meu medo é do desconhecido, medo de não conseguir cumprir o preceito, medo da responsabilidade, das privações. E sem.contar o medo da “zoação” quando eu aparecer no trabalho de branco, com kele e de cabeça raspada. Sem contar o fato de que eu fui praticamente criada na praia, vai ser difícil ficar longe do mar rs.
    São tantas duvidas e tão poucas respostas…
    Não consigo entender, meu orixá parece querer tanto a feitura. E se ele quer tanto, por que ele não me prepara?
    Minha mds fez questão de deixar claro que o orixá não vai me matar e nem me prejudicar caso eu não faça o santo agora, mas que seria melhor pra mim e pra ele se eu fizesse. Ela viu no jogo que tenho um problema de nascimento, mas não conseguiu ver se era abiku ou não (não sei se isso tem a ver com a pressa da feitura ou não, só tou dizendo aqui porque acho que talvez seja um detalhe importante).
    eu sei que estou beeeeeem perdida e não sei como vou fazer pra decidir. Entendo que é uma decisão EXTREMAMENTE importante que preciso tomar tendo total consciência do que estou fazendo.

    Essa canjica eu posso fazer sozinha? E coloco aonde?
    Obrigada por sempre nos ouvir e aconselhar da melhor maneira possível, o senhor ao faz ideia do bem que faz saber que podemos contar com seu auxilio.

    1. Maria, axé axé e axé, obrigado pelo carinho. A canjica vc pode colocar num rio, ou numa arvore frutífera. Maria, o orixa está te preparando sim, o simples fato de vc ter coragem de assumir seus medos e procurar ajuda, para mim, é um indicativo de que o orixas está te preparando. Tudo que vc está sentindo é normal e justo. Mas como tudo na vida, as coisas vão acontecer no SEU tempo, o mais importante vc já tem, é a confiança na sua família de Axé, isso é fundamental. A questão dos resguardos eu sei que são difíceis (eu tb sinto isso quando estou recolhido e com filho recolhido), mas são fundamentais pra uma boa harmonização entre vc e o seu orixa. Resguardo é muito mais que proibições, resguardo é força e resignação, é humildade e entrega ao seu orixa. A questão da zuação, se for uma coisa que vá te deixar muito constrangida ou que vc corra o risco de perder o emprego, converse com sua Yá veja de que forma vcs podem resolver isso, tem jeito. Mas vc vai ver que o resguardo, no final das contas é muito bom pra vc. Converse sempre com sua Yá e seja assim, sempre sincera com vc mesma. Ajudei? Mas não esqueça de avisar o dia da saída? kkkkkkk se puder eu vou.

  10. Tomeje, concordo com as suas palavras, mas uma coisa é fato, ainda existe muita gente “ingênua” se envolvendo com a religião. Por isso acho tão importante o trabalho que é feito aqui, esclarecer muitas dúvidas e esperar que com isso essas informações cheguem a um número cada vez maior de pessoas. E olha que estou falando isso apenas pelo rol de pessoas que tenho mantido contato. Pelas perguntas que me fazem, pelos pensamentos que têm vejo que qualquer “sacerdote” conseguiria ludibriá-las. Por esta razão o verbo mais utilizado por mim ultimamente tem sido esse: desvirtuar. Rsrs. Axé!

    1. MSC eu concordo contigo no que tange a ingenuidade do cliente/filho, mas o sacerdote deve ser esperto o suficiente para saber que ELE tem responsabilidades com aquela cabeça, com a sua própria e com Deus. E tem os clientes/filhos que de ingênuos não têm nada, né? Axé, gosto muito quando vc interage aqui, esteja a vontade. Tomeje.

  11. Olá, Maria, boa noite. Bom, o importante nisso tudo é que quando dá você retorna. Rsrs.

    O fato de você ter dito que está confiante na Casa em que frequenta já é um passo muito importante. Agora o fato da sua insegurança, do medo que tem sentido com o que está por vir, do desconhecido, isso ninguém poderá tirar de você, a não ser você mesma. Por isso a única coisa que poderei te dizer neste momento é que converse bastante com a sua Yá, fale com ela sobre esses seus medos, seja verdadeira com ela e, principalmente, com o seu orixá. Converse bastante com ele. Se tem uma coisa que eu tenho a plena certeza é que eles nos escutam melhor do que ninguém.

    Que Orí e Yemonjá te têm sabedoria e que iluminem os seus caminhos fazendo com que você tome essa decisão no melhor momento para você. Orixá quer nos ver feliz, acredite. Axé!!!!

  12. Temos de tudo um pouco, Tomeje. Mas eu prefiro crer que esses sacerdotes que não se preocupam com a cabeça do outro, com as responsabilidades que eles deveriam ter, que o tempo dará todas as respostas aos mesmos e às “vítimas” das loucuras feitas. O grande X da questão aqui é que com isso muitos que forem ingênuos “pagarão” por isso. É por esse motivo que devemos desvirtuar, desvirtuar e desvirtuar cada vez mais. Rsrsrs.

    Obrigada pelas oportunidades. Tem sido muito bom estar aqui. Axé o!

  13. Obrigada pelos conselhos. Estou rezando muito e assim que tomar minha decisão comunico a vocês. Quero os dois na minha saída, independente da distancia entre nossas cidades ok? Ficarei profundamente magoada se vocês não vierem, rs.
    Axé!

    1. Maria vc é de que lugar do paraná?Vou recolher agora em dezembro sou do paraná tbm e fica tranquila todos esses seus medos eu tbm senti e ainda hj sinto só que bem menos!Quanto a cabeça raspada o meu maior medo é da reação da minha própria família não do meu trabalho , mais tbm pensei em conversa com meu chefe antes pra não ter surpresas quando eu voltar de férias vai na fé força e se agente for pensa em tudo o que os outros vão pensar vão falar a gente nunca faz nada,e tbm já coloquei na minha cabeça cabelo cresce, tres meses passam rápido,o ano tbm voa,então deixa rola o importante é que eu vou estar feliz com o meu orixá!Muito axé irmã e tomará que vc deixe os medos de lado!

  14. Tomeje, vamos fazer uma vaquinha aí. kkkkk.

    Boa sorte para você, Maria. Que tudo se ajeite e aconteça no momento que tiver que acontecer. Axé!

  15. Boa noite,
    lendo os comentarios mesmo que dos anos anteriores vejo que algumas pessoas sentiam os mesmos medos que eu sentia(as vezes sinto)rs
    Um dos medos agora não é mais sobre isso e sim medo de eu não conseguir aprender tudo,não ser uma sabichona,mas não conseguir fazer o melhor para meu Orixa mesmo tentando.
    O Senhor tambem sentiu esse medo?
    Aguas de Oxala Amanhã estou tentando me manter calma,te conto como foi depois.
    E uma pergunta kkk,ela fez a feitura???espero que tudo tenha dado certo a ela.

    1. Day Honorato, cada um tem sua capacidade e necessidade de aprender, Orixá não quer que sejamos detentores de todo saber, ele quer nosso compromisso com a religião. Compromissos religioso, nos dias de hoje é raro. Compromisso religioso é fazer o melhor com aquilo que você tenha, é cuidar do seu saber e repassa-lo adiante da melhor forma possível. Nós pertencemos ao candomblé e o candomblé não nos pertence. Desde sempre a forma de preservação da nossa cultura foi distribuindo o conhecimento entre todos.
      O meu caminho foi guiado sempre para pessoas que me ensinaram muito e o que eu faço é retribuir a quem me ensinou repassando.
      Não me lembro sobre quem você perguntou se a pessoa se iniciou. Desculpe.

  16. Tomeje desde já quero agradecer pelo seu conselho,pois consegui ficar mais calma e tudo fluiu muito melhor.
    Me refiro a Maria a qual vc perguntou no comentario se rolava uma passagem kkkk.acho que faz muito tempo isso.
    Eu acho que me sinto muito insegura sabe em não conseguir fazer o melhor mesmo tendo pessoas maravilhosas me ensinando.Conversei com alguns Yawos da minha casa e alguns também tinham esse medo mas me disseram que era pra mim confiar que minha Mãe Oxum vai me ajudar a aprender e que tudo seria no tempo certo.
    Desculpa pelos comentarios acho que falo demais

    1. Day Honorato eu fui filho da saudosa já Gisele Omindarewa, uma pessoa inteligente e que aprendeu muito com seus mais velhos e também com boas leituras como Pierre Verger, Nina Rodrigues e muitos outros. Ela nos deixou uma fantástico legado.
      Há alguns anos tenho a grata satisfação de ser filho de nosso pai Márcio Jagum, também um escritor e que aprendeu muito com seus mais velhos.
      Somos descendente da Casa de Oxumare, que por sua vez tem um sacerdote maravilhoso que aprendeu muito com seus mais velhos.
      Veja que é uma lista de sacerdotes inteligentes que aprenderam muito com seus mais velhos.
      NUNCA se misture com grupinhos, não pergunte nada a quem sabe menos ou igual a você, pergunte para sua Yá. Ouça os mais velhos e aprenda a aprender.
      Axé e felicidades sempre. Babá Tomeje.

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