“ A vitalidade vem do coração

E a alma não se entrega não”

 

A liberdade das religiões de Matrizes Africanas pelo reconhecimento do direito religioso, deve partir necessariamente da hipótese que os fatores que levam pelo caminho a perseguição, criminalização e negação de direito possuem no Racismo Religioso e seu elemento estruturante, por esse Racismo entendemos suas práticas de descriminações de direitos destas comunidades, como essa forma de racismos emergiu nas práticas colonialistas e desenvolveu por meio de diversas facetas no contexto histórico, podemos citar dois fatores denominastes de racismo religioso, um racimo presente que envolve a sociedade brasileira que fundamentou a ideia das religiões negras como práticas inferiores ou demoníacas e um racismo institucional historicamente onde o Estado foi o ápice para o agente determinante da exclusão destas religiões da gramática dos direitos fundamentais, especialmente a liberdade religiosa.

As Religiões de Matrizes Africanas frente o racismo e a intolerância, bem como as diversas formas de resistências de lutas diárias pelos seus direitos. Sobre a liberdade religiosa deve se levar em conta a experiência da diáspora em uma sociedade que manteve por mais de trezentos anos um sistema escravista e, na iminência de sua existência de sua extinção, que constituiu falas, discursos, práticas e instituições que tinham no racismo cientifico o fundamento da manutenção da sua superioridade e posteriormente, a utopia da democracia racial como obstáculo, a cidadania da população publica , a moral, e bons costumes de uma sociedade marcada pelos seus costumes hipócritas na sociedade brasileira. Essas atitudes nada mais são demonstrações de racismo em suas diversas faces, já que, os séculos se passaram, mas o Racismo estruturalmente na sociedade Brasileira se perpetua até hoje.

É o racismo religioso que ativa o reconhecimento o não reconhecimento dos direitos ao povo de Asé, como vimos nas Constitucionais brasileiros. Criminalizar as práticas raciais não tem o suficiente, já que as práticas discriminatórias partem, inicialmente do Estado dos seus representantes. Podemos perceber que a intolerância religiosa viola a dignidade humana, valor ao ser humano, e sobretudo, a paz social, visto que a liberdade religiosa é positivada no ordenamento jurídico, garantia de direitos de liberdades ao Candomblé continua sendo negligenciada pelo Estado, como também pela Sociedade, em especial por alguns líderes neopentecostais.

Não podemos pensar somente as violações ao livre exercício de sua religiosidade, a partir das perspectivas do direito individual que marca o entendimento hegemônico sobre a liberdade religiosa. Enquanto vimos cenas de ataques e as agressões se desenvolvendo em uma atmosfera de conflitos, envolvendo grupos religiosos em condições socioeconômicas desiguais de afirmações de sua religiosidade. Situações agravada pela realidade Racista do Brasil, os modelos de tolerância e liberdade religiosa tornam-se situações piores pela realidade racista no Brasil, os modelos liberais de tolerância e liberdade religiosa tornam-se instrumento de orna e insuficiência.

Liberdade Religiosa é um direito fundamental e inalienável pela ligação intrínseca a dignidade da pessoa humana, estabelecendo uma pluralidade de confissão. Opiniões filosóficas que necessitam ter seu funcionamento assegurado na Sociedade Civil.

Eliz França

Respostas de 20

  1. Excelente texto, ajuda na nossa reflexão para conhecer o pq as religiões de matrizes africanas sofrem tantas perseguição no Brasil

    1. Alcir, seja bem vindo ao blog. A História mostra que tudo aquilo que é diferente ou desconhecido, em geral, é tido como ameaça. Nesse sentido as religiões de matriz africana tem esse estigma e por inumeras outras razões elas são perseguida e agredida. Quando as pessoas se prestam a compreender a religiosidade afro, e verdadeiramente se abrem ao diálogo, elas percebem que não há o que temer, nós, ao contrário de outros segmentos religiosos, não visamos o Poder e o controle da sociedade com fins de lucrar e manter um status. Nós só queremos pra nós o mesmo respeito com que tratamos todas as demais denominações religiosas. Olodumare nos guie.
      Asè e felicidades, babá Tomeje.

    1. Jeferson, aeja muito bem vindo ao blog. Não é uma questão de crer, é uma posição Histórica, são fatos. E não estamos falando de um governo em especial. O racismo está arraigado na sociedade e nas instituições de Estado, nas classes sociais e no trabalho. Obviamente o racismo está na questão religiosa e política também. Se penssrmos wue tudo na jossa vida gira em torno da política, mesmo quando não estamos discutindo politica, mesmo quando nos posicionamos politicamente como “apoliticos”, isso é fazer política e tem as consequências dessa política. Tenho muito claro que é preciso representatividade política para que sejamos vistos e respeitados. É preciso que tenhamos uma posição clara sobre o que somos e quem somos e qual tos somos e onde queremos chegar. E isso é política também meu irmão. Mas antes de tudo temos aue conversar e agir politicamente em benefício das nossas gerações futuras. Temos que tomar em nossas mãos os nossos rumoa e direitos. E sim, todos os governos até hoje tem grande parcela de responsabilidade nesse tema. Asè e felicidades. Babá Tomeje.

    1. Márcia, seja bem vinda de novo. Não é um passo, é uma caminhada. E toda caminhada começa com.a determinação de caminhar. E sabemos que Ju tos vamos mais longe.
      Podem parecer apenas frases de efeito, mas não são, são os principios que aprendi olhando meus mais velhos que caminham sem parar.
      Resumindo e deixando de filosofar.
      Registo de nossas Casas.
      Serviços comunitários e sociais.
      Abertura de nossas Casas aos estudiosos.
      Ter representação política.
      Estudo formal, melhor formação de nossos pais, mães e filhos e filhas.
      Nos unir naquilo que temos de convergente e discutir nossas diferenças só entre nós.
      Acho que já dá pra começar uma bela conversa. Asè e felicidades. Babá Tomeje.

    1. Maria Clara, seja bem vinda ao blog. Penso que não há dúvidas sobre essa questão. O racismo religioso anda de mãos dadas com as estruturas social, política e religiosa. Criar guetos e nichos de discriminação social tem por objetivo colocar as pessoas num patamar ou andar inferior e invisibilizar grupos. Só se consegue isso com apoio e estrutura de governo/mando. Sim o racismo religioso é parte da estrutura de Poder.
      Asè e felicidades. Baba Tomeje.

    1. Andreia Oliveira, seja bem vinda. Precisamos sim. Cada um de nós, religiosos, tem fazer sua parte. Obrigado pela visita. Asè e felicidade. Babá Tomeje.

  2. A vitalidade. Vem do coração e a alma não se entrega. É o racismo continua presente, mas não dsistiremos,! Como muito bem. lemos no titulo do artigo.

    1. Denise. Faz algum tempo eu estava discutindo isso. Em todos os campos da vida tem alienação e isso esta ligado ao Poder. Quanto mais as pessoas creem que alguém tem a chave de se comunicar com os Deuses ou com as instâncias superiores da política ou do conhecimento humano ou da educação, mais alienação teremos nessas relações de Poder. A religião, assim como todas as esferas de Poder depende da crença limitantes de que precisamos de intermediarios entre Deus e o Homem. A busca pelo conhecimento é a mola para deixar de ser um alienados para ser o elo entre Deus e você. A questão é que os lideres tem medo de pessoas questionadoras e autonomas. Vamos conversar mais? Asè e felicidade. Tomeje.

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