ALTAIR TOGUN:

Altair Bento de Oliveira, conhecido como Pai Altair Togun, partiu para o orun no último dia 14 de janeiro de 2012.

Apesar de adoentado há alguns anos, a notícia sobre a sua morte foi a princípio um boato que custou a ser confirmado, para nossa tristeza.

Sua família consangüínea não quis divulgar o óbito, preferindo manter reservado o luto e garantir a intimidade dos ritos fúnebres.

Pai Altair era discreto. Negro, magro, de estatura mediana, era um homem de voz baixa, mas dono de muita atitude.

Altair Togun tinha 46 anos de santo quando morreu. Ele foi iniciado para Ogun na Nação Ketu, em três de outubro de 1966, por Carlos Gonzaga, o Carlos de Obaluaiyê, no Município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Eram tempos em que o saber religioso não era público, nem de fácil acesso. Inquieto e com fome de conhecimentos e respostas, se lançou muito cedo às pesquisas. O inquietava repetir os adurás (rezas) e os orins (cânticos sagrados) sem entender seus significados em português.

Foram cerca de 30 anos de pesquisas solitárias e persistentes. Queria conhecer o yorubá. Mas não existiam professores, nem dicionários. Ele ia então lentamente garimpando as palavras, lapidando as frases, esculpindo os textos, traduzindo para o inglês, depois para o espanhol, e finalmente chegando ao português. Tudo isso sozinho! Ele foi um autodidata.

Assim, foi o primeiro no Brasil a lançar um livro contendo músicas sacras com a letra em yoruba, sua fonética (pronúncia) e a tradução em português, anexando ainda 15 fitas cassete com um total de 15 horas de áudio dos respectivos 376 cânticos sagrados. Era sua primeira obra: “Nkorin S´àwon Òrìsà – Cantando para os Orixás”. O ano: 1993.

Naquela época, o preconceito no nosso meio era grande contra o registro escrito dos saberes rituais. Pai Altair foi muito criticado pela iniciativa, mas não pelo conteúdo da sua obra…

Ele não se abateu. Dois anos depois (1995), lança seu segundo livro, ainda mais contundente e detalhado: “Elégùn – Iniciação no Candomblé”, com prefácio de ninguém menos do que Agenor Miranda da Rocha, que assim concluiu o prólogo: “Sem entrar no mérito da polêmica acerca do que deva ou não ser publicado, saudamos mais esta contribuição aos estudos da cultura e religiões africanas no Brasil”.

A pesar disso, as críticas foram ainda mais severas e ácidas. Eram hipócritas, que renegavam a publicação, mas a consultavam em segredo nas suas casas…

Enquanto os mais tradicionalistas o boicotavam, o nome de Altair Togun crescia em admiração junto à nova geração que se constituía no Candomblé.

De tanto se debruçar no idioma yorubá, Pai Altair foi convidado a inaugurar o curso de Iniciação à Linguagem Yorubá, sendo professor convidado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ali, foi mestre de toda uma importante geração: Fernandez Portugal, Marcelo Monteiro, José Flávio Pessoa de Barros, José Beniste, entre outros.

Seu terceiro e último livro veio em 1998. Já descontente com a política editorial, lançou em produção independente sua obra prima: “Asese – O reinício da Vida”. Um trabalho completo, onde discorreu sobre o contexto histórico, as práticas atuais, as explicações litúrgicas, também com a tradução de rezas e cantigas. Novamente composto por um acervo de fitas cassete com todos os áudios. Um livro antológico sobre o tema.

A essa altura, desgostoso da vida, seja pelos problemas familiares, seja pelas decepções que colecionou na vida sacerdotal, ou ainda pela ferocidade de seus críticos conceituais, foi se abatendo e se alquebrando pela doença.

Ao final da vida, era um homem nostálgico. A voz se mostrava ainda mais fraca e titubeante. Traído pela memória e pelos que ajudou, o velho Togun estava convicto de suas iniciativas, mas magoado e triste com o ostracismo a que fora relegado em sua Roça numa área remota de Nova Iguaçu.

Poucos foram os que o acompanharam até o fim. Poucos foram os que reconheceram seu mérito e o valor extraordinário de seu esforço para a sobrevivência do Candomblé.

Pai Altair Togun influenciou uma era. Fez escola, fez história, fez o Candomblé melhor: mais lúcido, mas claro, mais correto, mais compreensível. Ele registrou, traduziu e elucidou, trazendo luzes à ignorância e oportunidades aos interessados.

Não foi um mero tradutor. Seu trabalho assumiu uma importância singular, porque ao reparar os textos em yorubá e traduzi-los, garantiu automaticamente que a história dos Orixás, seus feitos, seus atributos e virtudes, assim como seus rituais, não fossem mutilados pelo tempo, nem pelos erros lingüísticos.

Assim a obra de Altair Togun ajudou a garantir uma tradição da qual já não se tinham mais referências gramaticais, a medida em que a língua matriz (o yorubá) que funcionava como um código de transmissão cultural estava se perdendo.

O Candomblé e toda a cultura Nagô foram literalmente resgatados pelo empenho desse homem que lutou sozinho contra um exército de ignorantes, mas que garantiu um legado eterno, herança de todos nós.

Altair Togun é um marco que divide o Candomblé em duas fases: a era da repetição e a era da compreensão.

Márcio de Jagun

Babalorixá, escritor, professor universitário, advogado e apresentador do Programa Ori (ori@ori.net.br)

 

***********************

Respostas de 57

  1. Há algum tempo que ouço o segunte. “Quando um mais velho morre, se perde toda uma biblioteca de conhecimentos adquiridos ao longo de sua vida”. Graças aos Orixas alguns destes mais velhos tem deixado grandes bibliotecas de valor inestimável para as gerações futuras. Esperemos que muito outros mais velhos sigam estes exemplos de doação e religiosidade e abram as portas de suas bibliotecas para o futuro de nossa religião. Axé À todos, Tomeje.

  2. As vezes as decepções e traições provocam feridas tão profundas, e nos levam a caminhos tão longos, que é improvável a cura assim como o retorno, os bons jamais se entregam, guardam e absorvem para si todo o amargor dos problemas do cotidiano, principalmente quando o que se esta em jogo é o amor pela fé. O meu professor de Yorùbá passou por isto, mas hoje ele também não esta mais entre nós. Acredito que, devemos manter firmes nossos ideais pois se não vencermos neste mundo, com certeza chegaremos honrados no outro. Linda homenagem ao senhor Altair, parabéns, fica com Deus tudo de bom e felicidades. Ase pupo

  3. MÁRCIO, ACHO MUITO IMPORTANTE, NECESSÁRIO MESMO, PRESTIGIARMOS PESSOAS DEDICADAS À NOSSA CAUSA. VALORIZARMOS ESSAS PESSOAS, É TAMBÉM PRESTIGIAR NOSSA CULTURA E NOSSA RELIGIÃO. SEU ALTAIR MERECE ISSO E MUITO MAIS. ABÇO.

  4. Prezado Motumba,

    Ouvi as seguintes cantigas em um determinado DVD e eu queria saber o que elas sgnificam:

    1)
    Ekede oloye
    Ae ma dagã
    Ekede oloye
    Ae ma dagã

    2)
    Egbomi a l’ wure
    Egbomi a l’wure
    Ae, Ae
    Egbomi a l’wure

    3)
    Ae Yao
    Ele é no zambe efon
    Vodun no kre kre uá

    Motumbá!

    1. Marciel as duas primeiras são parte das cantigas da apresentação pública de uma ekedji, mas serve também para outros oloyes(aquele quem tem cargo) de uma Casa. Para traduções eu sugiro que vc compre o livro “Cantando para os Orixas” do sr Altair. A terceira contiga está uma mistura bastante grande entre Yorubá(keyu),Fom(jeje), Bantu(angola) e português. Axé, Tomeje.

  5. Boa Noite!

    Gostaria de saber se o Sr pode me enviar os orins dos orisás, de acordo com Togun.

    Muito Obrigado Weuller.

    1. Weuller nós não dispomos das cantigas. Apesar de ser uma ótima referencia e bastante segura e confiável como fonte de informação, te lembro que o ideal é que vc aprenda as cantigas da sua Matriz (Nação) na sua Casa e vá tirando suas dúvidas neste livro ou (melhor ainda) com seus mais velhos de Axé. Há diferenças entre Casas e Matrizes e por isso o melhor é sempre aprender no Axé. Espero ter te ajudado

    1. Nivaldo,bom dia e seja bem vindo ao blog. Este livro é facilmente encontrado nas lojas de artigos religiosos ou pelo site da editora Pallas. Este livro não contem as cantigas em audio, mas mesm assim é uma ótima fonte de pesquisa. Já os livros ” olubajé, o banquete do Rei” e “Fogueira de Xangô”, ambos do nsso querido e saudoso Pai José Flavio, são obras completas com audio, letras e traduções.Além de um detalhado estudo destas festas. Também encontrados em livrarias e no mesmo site. Axé. Tomeje.

    1. Nina,boa tarde. Este é um livro bastante complexo e que requer o conhecimento de outros assuntos ligados a este tema, mas acho um livro fantástico e importante. Eu vi há pouco tempo este livro na Saraiva, mas já estava fora do catálogo, então a dica é procurar nos sebos virtuais ou no site da editora Pallas. Axé, Tomeje.

    1. Vagner, boa noite, eu não tenho certeza da existencia de cds com as cantigas publicadas em livro pelo sr Altair. Vou perguntar ao Mácio e voltarei a te responder logo no início de janeiro. Axé, Tomeje.

    1. Odeolorioke seja bem vindo. Que boa informação meu irmão, vc pode compartilhar o endereço ou como podemos conseguir este material? Axé, Tomeje.

  6. Caros amigos,

    Como faço para adquirir os cd e livros do Babalorisa Altair Togun? Um forte abraço e muito agradecida.
    Carla

    1. Carla Oliveira, seja bem vinda. Conforme informação abaixo do Pai Marcio de Jagum, não existem cds de cantigas do Sr Altair e o material sobre Axexê foi editado apenas em apostilas. Mas há livros a disposição nas livrarias ou em sebos virtuais, procure pelo nome do autor. Axé, Tomeje.

  7. por favor gostara de adquirir os k7 ou cds de babá togun pois tenho os mesmos por livros e apostilas por favor alguem poderia me ajudar

    1. Vagner seja bem vindo. Eu realmente não sei onde pode ser comprado este material. Se por ventura eu encontrar esse material para venda eu publicarei aqui o endereço. Axé, Tomeje.

  8. Bem,quem quiser adquirir o material do Senhor Altar T’ÒGÚN eu tenho todos eles como os Orins do 3 livros e os próprios livros e mais um Cd Roda de Oxum cantado por Altair,entra em contado pelo email acaicapoeira@hotmail.com com o assunto Altar T’ÒGÚN estudos ,lá a gente conversa sobre valores,àşe a todos..

      1. Motumba Baba Tomeje eu comprei na epoca toda a coleçao do altair togun tenho tanto os livros como as fitas vou tentar comprar um toca fitas para tentar reproduzilas e passar para cd ou dvd pois sao dificeis de encontrar so nao mandei para alguem fazer isso porque temo em perdelas mas as minhas estao muito bem conservadas se conseguir eu posso te mandar o cd ok abç
        Marcus de odé.

        1. Marcus de Odé, vc pode ter certeza de que eu ficarei eternamente grato a vc meu irmão. Eu Moro no RJ, e se tiver alguma coisa que eu possa fazer para ajudar neste processo me diga. Eu tenho pessoas de confiança que podem fazer este trabalho sem o risco de copiarem indevidamente. Narcus eu fiquei mesmo muito feliz com esta notícia, axé e aguardo seu contato. Tomeje.

          1. motumba baba tomeje desculpe a demora em responder rsrsrsrs comprei um toca fitas e vou tentar digitalizalas anota meu zap (31) 991285709 abraço.
            marcus de ode ibo.

  9. gostaria de saber onde encontrar os livros,e se as apostilas ainda estão disponivéis,e onde posso encontrar.livros de altair de 1993,1995. togum cantigas e traduções,obra de elegun

    1. Alexmar seja bem vindo, eu vou te enviar os links que dois leitores nos deixaram. Não nos responsabilizamos por futuros negócios entre as partes, não os conhecemos pessoalmente e nem temos qualquer interesse comercial nisso. Mas creio que se trate de pessoas de bem. Espero que seja útil, Tomeje.

      Prezado Tomeje, Permita-me deixar um link para uma página que dedicamos ao Altair: http://culturayoruba.wordpress.com/altairtogun/

      Bem,quem quiser adquirir o material do Senhor Altar T’ÒGÚN eu tenho todos eles como os Orins do 3 livros e os próprios livros e mais um Cd Roda de Oxum cantado por Altair,entra em contado pelo email acaicapoeira@hotmail.commailto:acaicapoeira@hotmail.com com o assunto Altar T’ÒGÚN estudos ,lá a gente conversa sobre valores,àşe a todos

  10. Prezados, estou maravilhado com o formato do programa Ori. Realmente o Candomblé precisava de programas mais adequados ao entendimento de quem pensa e não como meros projetos de marketing, como vemos comumente acontecendo. Sem querer falar mal de nomes, ou mesmo pessoas, ando bastante contrariado com a maneira que nossa amada religião vem sendo tratada, sem respeito aos Orisás mas simplesmente como maneira fútil de promover o que chamo de “reinventores” do Candomblé. Apenas para citar um exemplo, uma cliente minha, de jogo, mencionou algumas atitudes totalmente, a meu ver equivocadas e meramente de má fé. Como explicamos, por exemplo, um determinado sabão da costa que tem custo de R$ 200,00 porque, segundo o “dote” que a vende, vem diretamente da África, pior ainda, da Nigéria, país onde o Djedje nunca foi praticado…(aspas com grifo particular por não considerar o mesmo um líder religioso, mas um mercador). Esta mesma pessoa cobrou por um bori quase R$ 10.000,00. Quando verifiquei mais a fundo sobre o tal bori, o mesmo teve a duração de 15 minutos, segundo minha cliente. Tive isenção nas informações prestadas à esta cliente, pois jamais iria dizer a mesma o que pensava a respeito desta pessoa que, a meu ver, só pode ter agido de má fé, pensando simplesmente no dinheiro e não no bem estar e na vida pessoal desta pessoa que o havia procurado. Até quando veremos pessoas sem preparo usando nossa religião apenas para benefícios próprios, sem pensar ao menos no bem estar das pessoas que, até mesmo em atitudes de desespero, recorre à elas……

    1. David de Ayrá, sua benção meu velho. Eu enviei o seu comentário ao meu Pai Marcio de Jagum, ancora do pgm Ori para que ele pessoalmente te responda e em breve vou postar aqui a resposta dele. Mas eu concordo com o sr em tudo, temos sim um grupo de inventores do candomblé que vivem exclusivamente de dar golpes em cliente. Mas por outro lado, temos os clientes que buscam exclusivamente estes serviços de amarrações, pai fulano do diabo, pai fulano de pomba-gira e coisas do tipo. Mas vamos aguarda o que o Pai Marcio vai dizer. axé e obrigado pelo comentário, ele nos dá força, Tomeje

  11. Caro Irmão, mutumbá!

    Inicialmente gostaria de agradecer pelos seus elogios ao Programa Ori. Saiba que suas palavras servem como grande incentivo para prosseguirmos com este trabalho.

    No que diz respeito ao caso mencionado, somo minha posição à sua. Precisamos de critério para o exercício do sacerdócio. Precisamos orientar adequadamente nossos filhos, para que se formem e se transformem em sacerdotes íntegros e integrais, e não mercadores de ebós e vendilhões de obrigações.

    É preciso critério. É necessário bom senso. Não podemos nos esquecer de que o sacerdócio é doação, é compromisso espiritual. Sacerdotes precisam saber que são sacerdotes e não celebridades, nem comerciantes da fé.

    Não sou contrário à remuneração por serviços de caráter espiritual. Sou contra a falta de critério, o abuso, o absurdo. Quando se trata deste assunto, não se aplicam práticas mercadológicas como “cada um cobra quanto quiser”. Estamos falando de religiosidade. Estes desmandos comprometem não apenas o sacerdote em questão, mas a nossa Religião como um todo.

    É um erro distribuir dekás sem precaução. Cada zelador é responsável pela abertura de novas Casas. Esta fiscalização tem que começar dentro de cada Axé.

    Apesar disso, convoco o Irmão a não se desanimar. Há uma reação contagiante dentro do Candomblé. Existem pessoas sérias, com mentalidade nova, dispostos a contribuir e a rever certas posturas como essa de que tratamos.

    Um grande abraço e muito Axé!

    Márcio de Jagun

    1. Prezados, boa tarde! Ayrá os abençoe e e sua bênção também!
      Peço de antemão desculpas pela demora em responder. Gosto muito do conhecimento demonstrado no programa e, como penso, nossa religião não tem esses mistérios todos que tentam infringir a mesma. Se as pessoas preferissem a convivência dentro de seus barracões, acho que seriam evitados tantos micos que andamos vendo por aí. As redes sociais são realmente um péssimo exemplo de coisas que não deveríamos ver e que acabamos tendo conhecimento da pior maneira possível. Afinal, uma imagem vale mais que mil palavras….rs. Infelizmente muitos acabam inventando histórias para poder se passar por mais sabedores dos orôs que, em verdade, nem eles mesmos conhecem….rs. Agradeço por sua resposta e atenção demonstradas a todos que os procuram e mandam mensagens. Realmente pessoas como vocês enobrecem nossa religião, que anda tão sacrificada com tantos doidos.

      1. David de Ayrá, muito obrigado pelo carinho. É verdade, precisamos mudar o conceito do que é candomblé de fato, deixar de lado as invenções e discutir apenas aquilo que foi aprendido dentro de cada Axé com seus mais velhos. Dessa forma, na minha opinião, a discussão deveria se limitar ao seu Axé e ponto final. Converso aqui porque, infelizmente, temos muitos que teimam em desvirtuar e descaracterizar a nossa religião, então, tentamos por este meio ajudar no que podemos. Axé e felicidades irmão. Tomeje

    1. Leda, conforme a orientação do meu Zelador, este material foi divulgado e vendido há muito tempo, exclusivamente em apostilas feitas pelo próprio Sr Altair, acho que o caminho mais fácil é procurar a Casa de Axé dele e tentar lá com os herdeiros. Axé, Tomeje.

  12. Boa tarde eu venho humildemente a este e-mail a ressaltar que o Ser: Altair Togun não era só um senhor franzino e sim um grande homem, baba orixá e mestre com sua vos calma serena humilde paciente em ouvir seus filhos e aquém o procurasse seja for o motivo ele sempre tratava todos com respeito e dedicação, Tive o privilegio de conhece ló pessoalmente em sua humilde casa e rosa os poucos dias que lá estive fui muito bem acolhida por ele e seu filho de santo.
    Sempre penso no mestre, pois era assim que eu o chamava de mestre pois, a aquele senhor franzino, de voz meiga pausadas me acendeu uma luz para refletir o que e ser espirita?.
    E: no que eu aprendi com o mestre togun todos nos somos espiritas não importa qual seja a sua religião ou credo pois partir do momento em que acreditamos em Deus somos todos espetas pois dentro de cada ser existe uma parte do seu espiritismo que e Deus pai para muitos ele muda de nome mas a sua essência e a mesmo os cantos evangélicos seja lá qual for os cultos sela orações cantos tanto no católico como em qualquer outra religião o louvor a Deus e o mesmo . Este e exemplo de que pai togun para mim era um mestre e sempre o será sempre digo que não conheci condoblesita como pai togun, Que oloduns o pai miar esteja sempre com todos e que tenha o mestre togun ao seu lado sempre pois este ser humano partiu da terra mas não do céu e do pensamento de muita gente como eu .
    Atenciosamente Grato por tudo Pai Togun .
    Ass Everaldo.

    1. Helena seja bem vinda. Este curso está sendo ministrado pelo Instituto Ori, na Barra da Tijuca. por favor entre no site ori.net.br veja as informações lá. Fico super feliz quando vejo alguém querendo aprender e descobrir mais da religiosidade afro. axé e que Ogum te abençoe. Tomeje.

  13. Boa tarde!
    Gostaria de saber como faço para obter os CD’s das cantigas.
    Comprei o livro cantando para os orixás e gostaria muito para
    acompanhar .
    Grata!

    1. Simone seja bem vinda. Se algum dia esse registro fonográfico existiu foi em vinil, e pra ser sincero eu nunca ouvi falar que alguém tenha este material. Eu só conheço os livros do finado prof José Flavio Pessoa de Barros: Olubaje e Fogueira de Xangô. Mas existem aqui no Rio alguns ótimos cursos de cantiga. Asé e felicidades, Baba Tomeje

  14. boa tarde! gostaria de saber como adquirir as obras realizadas pelo BABÁ T’OGUN, POIS SÓ TENHO ELELGUN, OBGD GDE ABS.

    1. Luiz Carlos seja bem vindo. que eu saiba só procurando em sebo virtual ou achando alguém que tenha isso guardado, São raros os livros. Descculpe, não sei como ajudar mais. E eu não tenho certeza sobre a que Asé ele pertencia. Vou perguntar e vou postar aqui, ok? Asé, Baba Tomeje.

  15. OLA boa tarde meus respeito Babá motumba o senhor teria materiais dos caminhos de cada orixas e tbm audios de orikis de Ori? Acompanho seu trabalhos onde posso me apurar dentro da religião se puder entrar em contato ficarei honrado desde lhe agradeço Mo dupé!

    1. Neno Merim seja bem vindo ao blog. Eu não sei onde tem este material disponibilizado. Todo nosso aprendizado é feito dentro do terreiro com os mais velhos e com o tempo de convívio. Não recomendo que vc procure material na internet, é perigoso e extremamente errado. Antes de aprender alguma coisa sobre religião vc deve procurar uma boa Casa, vivenciar o seu tempo na Casa e ir aprendendo devagar e com segurança. Que Ogun te abençoe e te bom um bom caminho sempre. Asé, Baba Tomeje

    1. Lucas seja bem vindo ao blog. Eu não atendo em particular. O único meio que temos para ajudar os irmãos é por aqui. O que eu puder ajudar estaremos a sua disposição. Asé e felicidades. Baba Tomeje.

  16. Olá,
    Mu juba aos meus mais Velhos !
    Mu juba aos meus mais Novos !

    Meu Nome e Marco Aurélio
    Sou bábá Ònílú t’ Ògúm do meu àsé.
    Em meu àsé sou chamado por; Kìtálá òmím Álé
    Meu Òrí pertence ao Òrísà Òssosí!
    Sou filho de Nilza T’Ogum
    Iniciado para o àsé Kètú em 1992 hoje c/26 Anos em louvor aos sagrados !

    Bom, apresentaçoes a parte gostaria de agradecer ao bábá MARCIO DE JAGÚM, por honrar e homenageia a memória do nosso saudoso ancestral bábá ALTAIR T’OGUM por seu legado
    ao Culto aos Orixás de Matriz Africana!
    Minha zeladora Sr^ Nilza T’OGUM teve o prazer de conhecer e se banhar com seus conhecimentos.
    Hoje lendo este livro
    REAFRICANIZAÇÃO FILOSÓFICA DE ALTAIR TOGUN

    *Este trecho das considerações Finais me chamou a atenção

    Não sabemos dizer se as ideias de Altair fossem colocadas em prática, principalmente
    no que diz respeito aos assentamentos individuais, seriam benéficas ou maléficas ao
    povo de santo e aos segmentos socais diretamente ligados às religiões afro-brasileiras,
    sejam clientes, comerciantes, ou estudiosos, etc., mas são temas relevantes que merecem
    ser lembrados, e talvez, reconsiderados.

    Pois, eu gostaria de Registrar que cultuamos Orísá No Método Ojúbo Orísá sobre a influência direta de Jair T’Ogum.
    E que minha família de Òrísá assim como eu somos muitos felizes e realizados e cultuar Òrísa neste Método.

    Fica mais uma vez meus agradecimentos ao Márcio de Jagúm por sua homenagem ao saudoso Jair !

    Obrigado!

    1. Marcos Aurélio, seja muito bem vindo ao blog. Sou filho do Babá Marcio de jagum e um entusiasta do trabalho do Babá jair TÒgum a quem rendo minhas homenagens e respeitos. Antecipadamente agradeço as palavras de carinho ao meu Sacerdote. Vou encaminhar seu comentário a ele para seja respondido o mais breve possível. Este sempre a vontade em nossa página e volte sempre. Sua benção e qu emeu Pai Ogum o abençoe, axé e felicidades, Tomeje.

  17. Gostaria de adquirir as fitas das cantigas e rezas do nosso querido e saudoso Altair como posso fazer Se alguém puder me ajudar meu contato é 21 97732 9.658 Muito obrigado

    1. Max, seja bem vindo ao blog. Eu não sei aonde ou com quem vc pode adquirir este material. Acho que o melhor caminho é ir na Casa, que ainda funciona, e tentar com eles. De ante mão eu informo que eu não forneço endereços ou telefones por que nunca tive esta autorização deles. Axé e felicidades. Babá Tomeje.

  18. Obrigado Márcio de Jagum por manter a memória do admirável Altair TOgum a quem tive a honra e o privilégio de conhecer, podendo corroborar suas palavras. Não sou iniciado mas um curioso e admirador e após conhecer o Babalorixá Ivanir dos Santos, apos uma brilhante palestra quando este iniciava uma grande passeata contra intolerância religiosa em Copacabana em 2007, cheguei até o mestre Altair TOgum. Visitei seu barracão em Nova Iguaçu no bairro das Laranjeiras (se não me falha a memória). Não tinha a verdadeira dimensão de quem era e incentivado por meu irmão consanguíneo (também já nos deixou) Valdenir de Oxalá convidei pai Altair Togum para uma festa no barracão do meu irmão em Barra do Piraí, prontamente aceita. Ao chegarmos no barracão, em festa, havia uma grande quantidade de representantes de várias casas de santo da região muitos com livros para serem autografados. Foi emocionante acompanhar aquele senhor de fala mansa, muito simples, sendo reverenciado, respeitado e colocado no seu devido lugar. Mantive contatos espaçados, sendo a ultima vez insistia em falar-lhe ao telefone sem sucesso, fiz contato com uma filha de santo moradora da Ilha do Governador que informou da partida do Altair Togum e mais tocante, sozinho na sua casa e, como o senhor relata, sem que a família permitisse que recebesse uma cerimônia a altura deste grande ser.

    1. Marco Antonio, seja bem vindo ao blog. Vou encaminhar seu comentário ao meu pai Márcio de jagum. De ante mão agradecemos pelo carinho, desejamos axé e felicidades sempre.
      Babá Tomeje.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *