É um trajeto longo e cheio de curvas, derrapadas e ribanceiras assustadoras. E claro que o pneu furou na chuva, claro que o carro atolou na lama e claro que a bateria arriou em algum momento.
Sem romance, gente.
Já duvidei muito, já perdi a esperança (às vezes eu sou meio precipitada e dramática hahahhah meu pai de santo que sabe da minha vida hahaha), mas a vida sempre me mostrava como eu estava errada, que eu nunca deixei de ser cuidada e amada.
Daí, um dia eu falei pra algumas pessoas: olha, se um dia eu disser que me sinto só, pode dar na minha cara e me chamar pra realidade porque se eu falar isso vai ser uma puta injustiça e ingratidão, sabe?
As pessoas anotaram mas nunca mais tiveram que me lembrar disso porque foi uma boa caída de ficha.
E eu não estou falando aqui de uma positividade doida e desconectada do mundo.

Tem dias que são muito ruins mesmo, e tem meia dúzia de filho da puta por aí mesmo, mas se eu focar mais em mim e em tudo que me ama e me protege, eu vou saber lidar com os dias tristes e as pessoas ruins sem me desesperar porque saberei o tamanho deles. Saberei colocar cada um em seu devido lugar.

Como eu aprendi isso, resolvi compartilhar para que mais pessoas soubessem. Sei lá. É um jeito de ajudar, um jeito de honrar o aprendizado e minha Ancestralidade.

Texto de autoria de Estela Willeman

estela.willeman@gmail.com