O discurso é repetitivo, mas certeiro.
O CANDOMBLÉ SEM CONHECIMENTO NÃO VALE DE NADA.
Vejam, não existe em nossa religião um livro sagrado com passo a passo de candomblé.
Não existe uma bibliografia 100% confiável, que ensine a montar ebó, a dar um bori, a iniciar alguém, a fazer um rito de Axexe.
O único e expressivo modo de aprendizagem dos fundamentos que construíram nossa religião é a PRESENÇA.
Nossa religião é montada em cima de dogmas, fundamentos, segredos.
E fica “feio” para um YAWO, não saber fazer um acaçá.
Fica “feio” para um OGÃ, não saber entoar uma cantiga de seu santo ao menos.
Fica “feio” para uma EKEDY não saber como se comportar numa roda de Candomblé.
Fica “feio” para um EGBOMI, não saber montar um ebó de Esú que seja.
Já repararam que aqueles que estão sempre ao lado do Baba ou Iya são os que mais são mal falados? Mas já repararam também, que são eles quem mais aprendem numa roça? Não estou falando de bajulação, e sim, de uma troca de interesses. Todo sacerdote precisa de alguém para ajudar-lhe e todo “alguém” precisa aprender candomblé para dar continuidade a religião.
Pois é… Participar é importante, então não percam a oportunidade de estarem ao lado de seus sacerdotes. Cada palavra, cada refeição, cada festa, cada bronca, podem vir carregados de ensinamentos! E precisamos disso para não deixar o candomblé morrer.
A você que nunca pode com os compromissos do candomblé, lembre-se, nunca é tarde para recomeçar. Se o candomblé não acompanha sua vida, SAIA dele, se esta te fazendo mal SAIA dele.
D. Vieira/ Alàfia
#Povo da floresta
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