Religiosos de umbanda e candomblé se reúnem com autoridades em Brasília
Clarissa Monteagudo
A polêmica sobre a decisão do juiz da 17ª Vara de Fazenda Federal do Rio de Janeiro, Eugênio Rosa de Araújo, acendeu sinal vermelho para sacerdotes das religiões de matriz africana. Nesta terça-feira, representantes da umbanda e do candomblé vão tomar a Praça dos Três Poderes, às 10h, para chamar a atenção de autoridades no protesto “Povo de santo ocupa Brasília”.
Em maio, o magistrado escreveu em uma sentença que umbanda e candomblé não eram religiões. Ele se corrigiu, mas os vídeos que insultam a fé nas religiões com origens africanas continuam na rede. Segundo os manifestantes, “o Estado brasileiro tem violado sistematicamente o direito de crença e liberdade das minorias religiosas e não tem cumprido os tratados internacionais que garantem proteção a direitos fundamentais dos religiosos de matriz afro”. Eles esperam reunir duas mil pessoas.
— Os casos de intolerância não são enquadrados dentro do que diz a lei, mas como agressão e injúria. Outras religiões recebem concessões de rádio e TV. A gente quer resgatar nossa dignidade como religiosos — questiona Marco Xavier, presidente do Movimento Umbanda do Amanhã (Muda).
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