O vírus da solidariedade
O ser humano parte da convicção de que é a espécie mais importante e poderosa do mundo.
O ser humano mata e extingue um sem números de espécies. O ser humano dizima até mesmo outros seres humanos por razões vis.
Mas, quando o ser humano se vê ameaçado por algo que não consegue dominar nem destruir com suas armas poderosas, ele se vê atônito.
Como é possível que um vírus microscópico ameace o homem? Como pode um simples vírus desafiar impérios? Como pode causar prejuízos aos mais ricos do mundo?
Enquanto as pestes, a fome, a miséria ficavam restritas a certas “distâncias” étnicas e geográficas não causavam mobilizações, nem pavor.
Tomara que agora a espécie humana consiga perceber finalmente que está inevitavelmente interligada. O homem que espirra na China, pode matar alguém nos Estados Unidos. O homem que sente febre na Itália, desperta atenção naquele que está no Brasil.
O vírus acabou lembrando aos seres humanos que eles devem se preocupar uns com os outros. Que devem se cuidar, para não causar mal aos demais. Tomara que esse exercício de solidariedade seja incorporado ao nosso cotidiano. Tomara que exista uma contaminação em massa de amor, generosidade, solidariedade e respeito. Precisamos ser infectados de esperança
Marcio de Jagun, 15/03/2020.