Dicionário Yorubá, parte 14

 

Meus caros, este material foi retirado do site http://vidademacumbeiro.blogspot.com.br/2008/11/dicionrio-yoruba-portugues-5a-ed.html e será publicado em partes. Pode haver diferenças entre o exposto aqui e outros autores e pesquisadores. Parte 14

 

ègúsí – melão
ehín – dente (vd. eyín)
èhin – costas, atrás
ehinkunlé – quintal (vd. ikará, ka)
ehin-ode – exterior
ehoro – coelho (vd. agoro)
eie, eiyelé – pombo
èiyà – ave, pássaro
eiye àkàlà – urubu (vd. gúnnugún, igún)
eiye ayékòtító – papagaio (vd. odide, óde)
eiye igún – águia
eiyelé – pombo (vd. erukukú, ayielè)
eiye ògòngò – avestruz
eiye okín – pavão
eja – peixe
eja gbígbé – bacalhau
ejanu – paixão
eja odò – peixe de rio
eja òkun – peixe de mar
eja ti kò nií ípé – peixe de pele
èjè – sangue
eje – 7 (algarismo)
èjè-eranko – sangue animal
e jékalo! – vamos! (vd. kalo)
èjì – dois (numeral)
eji – chuva
èjigbo – cidade da nigéria
èjìká – ombro – em referência a fazer “yìnká”
ejika – sadio
èjìlà – doze (numeral)
ejilaeborá – nome que se dá às doze qualidades de sangô
ejionilé – nome de um odu, jogo do orixá ifá
ejiré – gêmeos (vd. ìbejì)
ejò – cobra
ejó – processo judicial
èjó – problema (vd. ijogbon)
èjo – oito (numeral)
e káàárò – bom dia (vd. karò, o ko-aro, ekarò)
ekáàbó o! – sejam bem vindos!
e káasalé, e káalé – boa noite (entre 18 e 19 h) (vd. o darò, o kú-alè)
e káàsán – boa tarde (vd. e kúurole)
ekà igi – galho de árvore
ékan – pingo
èkáná – unha (vd. èèkánná, isó)
ékan-ojó – pingo de chuva
ekarò – bom dia (vd. karò o, o ko-aro, e kàárò)
eke – mentira, falsidade (vd. sèké, iró ni, ókobó)
èké – pessoa mentirosa, fraudulenta, falsa
èke – bochecha
ekejí – segundo (número ordinal)
ekéjì – cargo honorífico circunscrito às mulheres que servem os òrìsà sem, entretanto, serem por eles possuídos. é o equivalente feminino de ogã: também seria interessante abordar a etimologia da palavra “ëkëdi”. em yorùbá é ekéjì (aquele (a) que está em segundo lugar).
ekéjì orisa – “próximo aos deuses”
ekéwa – décimo
ekini – primeiro (número ordinal) (vd. àkókó)
èkíní – um ou outro
ekiti – tribo que forma uma fonfederação a nordeste de ode de jebu
ekó – comida feita com milho branco ou de galinha; acassá (milho branco moído e cozido)
a vapor.
eko – lagos. capital da nigéria
èkó – lição, aula, educação
èko wàrà – queijo
eku – rato, preá (vd. èkuté)
ekú, ekún – espada (vd. idà)
eku-emó – porquinho da índia, preá
ekùn – tigre, leoa, leopardo
ékun – joelho (vd. orunkun)
ékún – choro
ekunwó – um punhado
ekurá – tubarão
èkuté – rato, preá (vd. eku)
e kúurolé – boa tarde (entre 17 e 18 h) (vd. e káàsán)
elebó – aquele que faz o sacrifício.
èlédà ou eléeda – criador, orixá, guia, criador da pessoa (qualificação para olorun
da – cessar a chuva “ele que controla a chuva”)
elédé – porco (vd. ako elede)
elédè egàn – javali (vd. ìmado)
eléebo – aquele em nome do qual se faz o sacrifício ou oferenda.
eléèémí – dono da vida (atribuíndo-se à olorun)
elegba – deus fálico (falo = pênis) ou elegbara que significa “ele que agarra” (eni + gba e bara de obara “deus da fricção”)
elégbára – èsú, elégba ou ainda légba, seriam os nomes pelos quais é conhecido este poderoso orixá, o primeiro criado por obatalá e oduduwa, tendo ogun como irmão mais novo.
elegbogi – médico (vd. oniségun)
elegedé – abóbora
elegugu – jacaré, crocodilo (vd. òni, alégbà, alegugu)
elejo – falador
eléké – mentiroso, falso (vd., iró ni, eke, ókobó, sèké)
éleko – sociedade secreta
elemaxó – título de um sacerdote no culto de oxalá.
elemi – um homem vivo (vd. tiyé, alaye) (qualificação para olorun que quer dizer um homem vivo literalmente “ele que possui respiração
elénà – aranha
eléngà – gafanhoto (vd. esufé)
èlé owó – juros
eléran – açougueiro
elere – bailarino
elere-ije – atleta
eleri – testemunha

3 comentários

    • Cristina em 10 de novembro de 2012 às 15:28
    • Responder

    Motumba!

    Espero que o senhor na sua compreensão possa me esclarecer…

    1º – existe isso: “frequento uma casa de candomble… onde cheguei na dor, fui acolhida fiz o santo e fiquei boa… de alguns meses para ca, nao tenho vontade de ir na casa, e nao qro mais ir… seguir…na existe explicação tudo é meio que feito sem explicação… sei q existe determinadas coisas que nao se podem passar para os yaos.. porem comecei a perceber que “o santo nao desce mais como descia nas festas, comigo”, percebi que tenho tido ressalvas na casa e nao sei se vem do que consigo captar ou se é o santo que me auxilia em sentir… ”

    Quando nao se quer ir mais na casa que foi feita, e o santo que nao aceita mais o terreiro ?

    EU ou o santo se decepcionou com a casa ? com algo que viu na casa? ou é eu mesmo que me decepcionei?
    existe o santo nao qrer mais aquele terreiro?

    2º um irmao da casa me disse que eu fui feita no candomble, mas sou da umbanda e por isso que estou nesta agonia imensa… / encontrar uma casa que eu aceite… isso pode ser real?

    3º Vi que todos falam que nao existe saida do canbomble… mas se Deus nos Deu o livre arbritio como funciona se a pessoa quer sair.. ?

    Igual vejo alguns irmaos de santo que vao a casa, obrigados, é um tormento pra ir… vejo ate tocarem em cima do iba para que eles aparecam na casa… “que eu nao acho certo no meu ponto de vista…”
    perguntei porque eles nao saiem … ai me contaram sobre o “OTA”, mas como eu nao tenho muito conhecimento, porque sou muito nova na religiao … nao sei se é real…

    4 º como funciona o desligamento de uma casa de candomble… ?

    Agradeço imensamente se poder me responder essas perguntas…

    (DETALHE: estou prestes a dar a minha obrigação e minha mente esta com todas essas duvidas…)

    Grata, Cristina
    Motumba.

    1. Cristina, vamos parte, devagar.

      1 – Em primeiro lugar eu quero esclarecer que grande parte dessas decepções está associada a um fato que tem se tornando rotineiro nos candomblés. Hoje não se ve frequentemente as pessoas passando pelo tempo de Abian. É neste período que a pessoa pode se familiarizar com a Casa e com os costumes da religião e perceber se é de fato aquilo que ela quer pra sua vida. Acho incompatível com a religião alguém chegar e ser iniciada imediatamente, sem conhecer o mínimo do candomblé. Vejo que é por isso que as pessoas se decepcionam e saem da religião achando que todas as Casas são iguais. Portanto eu acho que o problema é com vc e não com o Orixa.

      2 – Cristina as pessoas/zeladores deveriam saber reconher se alguém é de candomblé ou de umbanda e terem a descencia de indicar o melhor caminho para aquela pessoa, não para o bolso do zelador. Mas a verdade hoje é outra, há uma disputa por mercado e por quem tem mais filhos, e só quem perde é a religião.
      Mas tem uma questão fundamental neste ítem que demonstra uma falta de hierarquia e de comando na Casa. Não é o seu irmão que tem que te dizer isso de ser de umbanda ou de candomblé, só quem deve se dirigir a vc e dizer que vc é ou não é do candomblé é o seu zelador. O seu irmão está sendo no mínimo indisciplinado e pondo seu zelador em situação complicada, ele deveria saber e reconhecer o lugar dele e ficar no lugar dele.

      3 – Livre arbítrio é uma coleira que a igreja, sabiamente, coloca nos seus fiéis. O candomblé tem diversos conceitos e entendimentos sobre disciplina, hierarquia e conduta moral que é pouco difundido e poucos cumprem. E todos estes conceitos estão sempre baseados no bem estar coletivo, portanto o livre arbítrio é um conceito inexistente para nós. O indivíduo não é maior que a comunidade, entende isso? Se houvesse um conceito de livre arbítrio ele seria muito ligado a comunidade e não ao indivíduo.
      Cristina Orixa está na sua cabeça, literalemnte. Ibá é uma representação física somente (guardados os devidos respeitos a este objeto de culto). Portanto alguém tocar no ibá de outra pessoa, é uma ato muito simbólico para todos vejam “o poder” que aquela pessoa term sobre a pessoa e sobre a comunidade (uma forma de repressão psicológica somente).
      Orixá não é uma vela que se acende quando e como queremos, entendeu a idéia?
      Candomblé não é pacto com diabo, pelo contrário, é familiar, portanto vc tem o direito de sair na hora que quiser. Pena que por vaidade ou desconhecimento ou manutenção do poder, muitos “””zeladores””” fazem estes teatros de colocar a mão no iba de alguém e de ameçar as pessoas para que elas não saiam, cada filho que se vai é degrau a menos é uma diminuição do estatus destes zeladores.
      Otá é pedra e é alí que se cultua orixa físicamente, mas sem sua cabeça não há orixa, portanto o que vale mais o otá ou a cabeça?

      4 – Isso depende do carater do zelador e do filho, se eles forem boas pessoas tudo vai ser facilitado e a pessoa vai sair sem problemas. Mas também existem pessaos que devem ser expulsas a ponta pés de qualquere religião decente. E tem pessoas que devem ser reorientadas e ter o direito de ir procurar o seu caminho em outro lugar e em paz.
      Se vc está em dúvida por que fazer obrigação e porque pagar entes??????? Axé, Tomeje.

    • Cristina em 14 de novembro de 2012 às 15:34
    • Responder

    Motumba, querido irmão!
    eu agradeço toda sua explicação e orientação.
    Acredito que com suas palavras ja consigo definir oque esta acontecendo comigo!
    muita luz em seu caminho, Axé!
    Cristina.

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