O vírus da solidariedade
O vírus da solidariedade
O ser humano parte da convicção de que é a espécie mais importante e poderosa do mundo.
O ser humano mata e extingue um sem números de espécies. O ser humano dizima até mesmo outros seres humanos por razões vis.
Mas, quando o ser humano se vê ameaçado por algo que não consegue dominar nem destruir com suas armas poderosas, ele se vê atônito.
Como é possível que um vírus microscópico ameace o homem? Como pode um simples vírus desafiar impérios? Como pode causar prejuízos aos mais ricos do mundo?
Enquanto as pestes, a fome, a miséria ficavam restritas a certas “distâncias” étnicas e geográficas não causavam mobilizações, nem pavor.
Tomara que agora a espécie humana consiga perceber finalmente que está inevitavelmente interligada. O homem que espirra na China, pode matar alguém nos Estados Unidos. O homem que sente febre na Itália, desperta atenção naquele que está no Brasil.
O vírus acabou lembrando aos seres humanos que eles devem se preocupar uns com os outros. Que devem se cuidar, para não causar mal aos demais. Tomara que esse exercício de solidariedade seja incorporado ao nosso cotidiano. Tomara que exista uma contaminação em massa de amor, generosidade, solidariedade e respeito. Precisamos ser infectados de esperança
Marcio de Jagun, 15/03/2020.
Tomeje
Axé à todos. Sou o Tomeje. Iniciado em 27 de outubro de 1987 para o Orixa Ogun. Desde que conheci a religião dos Orixás eu sempre me preocupei em apreender qual a função da religião e da religiosidade na vida das pessoas. Eu quero entender como isso funciona. Como a religião e a religiosidade formam a fé de alguém. São muito anos de perguntas, muitos questionamentos pessoais e poucas respostas e creio que seguirei assim, aprendendo sempre.
Agora, graças a essa nova tecnologia, tenho uma oportunidade de interagir e trocar experiencias e vivencias dentro da religião e assim aprender uns com os outros. Eu mais que vcs, com certeza, aprendo a cada pergunta.
Eu tento compreender a nossa religião pensando sempre numa comunidade que se ajuda mutuamente. E não é diferente neste meio de comunicação, que assim como os livros, discos, cadernos, fitas, dvd's e outras ferramentas de divulgação de conhecimentos, este blog é somente mais uma forma de comunicação.
Porém este nova possibilidade não deve ser pressuposto para descuidarmos do aprendizado com nossos mais velhos nas roças, no seu dia a dia. Ainda que por vezes seja difícil, eu aprendi que é na roça que se vive a realidade da religião.
Meu trabalho aqui é muito mais do que só falar e responder questionamentos a cerca da religiosidade. Meu objetivo é promover a discussão de assuntos que nos afetam direta ou inderetamente, é lembra-los que somos parte do TODO, que somos uma só comunidade e que o indivíduo, apesar de dos seus anseios pessoais, está inserido numa família de axé e, neste contexto, quanto mais se pensa coletivamente, mais o individuo se fortalece.
Candomblé só se faz no coletivo.
Sejam todos muito bem vindo a este projeto e que nossos queridos Orixas nos encaminhem sempre no melhor destino. Axé, Tomeje.
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