Sou Filho de Orixa
Parte 2
Neste caso, não vejo mais que duas alternativas para este iniciado. Ou ele se sentirá um farsante, um maluco, alguém que não se adapta ao processo. Ou vai procurar outros lugares, outros Zeladores ou outras religiões que possam esclarecê-lo a respeito da sua função religiosa e te falar sobre a existência de um Deus e todos esses questionamentos próprios dos humanos. Que na realidade deveriam ser esclarecidos na própria família/roça.
No meu entendimento a incorporação se dá de forma intima e pessoal, cada um desenvolve sua forma de comunicação e sua maneira própria de sentir e manifestar seu Orixá. A mesma energia que para João é muito eufórica, para Antonio pode ser depressiva, isso depende de João e de Antonio, afinal, são pessoas diferentes, são sentimentos diferentes, são por tanto manifestações diferentes da mesma energia, mas em algumas coisas os dois serão iguais, nos medos, nas dificuldades e nas desconfianças que afligem os que estão iniciando.
Por tanto se faz necessário o acompanhamento carinhoso e sereno, seguro, firme e cuidadoso por parte de seu Zelador ou do seu orientador, com a explicação sempre clara de cada passo dado, de cada reação do iniciado, seja do seu corpo ou do seu inconsciente. Portanto, neste contexto, não cabem “mitos e tabus criados” que só funcionam como barreira ao iniciado.
Hoje o que vejo são os iniciados jogados a própria sorte e auto-desenvolvimento e isso, para mim, é prova do quanto somos falhos e relapsos na formação das novas gerações, dos novos Zeladores e Zeladoras. Sei, na pele, que é dispendioso e demorado o caminho do aprendizado, não questiono se bom ou mau o aprendizado, isso depende do grau de conhecimento da pessoa que se propõe a ensinar e do grau de comprometimento que esta pessoa tenha com o ensinar. Mas também há uma outra questão que entendo como principal. O quanto o iniciado deseja aprender. Sendo assim, não vejo como podem conviver em “harmonia” as seguintes questões.
Falta de interesse em ensinar, e incapacidade de ensinar.
Criação de tabus e regras.
Pouco interesse em aprender.
Questiono, sobre tudo, a falta de interesse das pessoas que tem como função ensinar e estimular o aprendizado, mas que se escondem em frases como: “Cada coisa a seu tempo”. Ou: “isso você ainda não pode saber, é segredo”.
Estes são exemplos de “tabus e regras” criados somente para complicar a vida do iniciado e disfarçar a incopêtencia em ensinar.
Essas respostas denotam medo e falta de capacidade. É uma forma de afugentar o novato para não ter que explicar coisas que ele mesmo, o Zelador, desconhece. É não ter humildade de reconhecer suas limitações e recorrer a outras pessoas mais experientes para assim também aprender e melhor ensinar.
Relembro que meu texto não fala em “fundamento” religioso, mas de comportamento e aprendizado religioso.
Tabu clássico. “Não há consciência durante o transe”. Todos nós sabemos que é comum o fato de existir sim, em algumas pessoas ou em alguns tipo de mediunidade, a consciência durante o período inicial do transe. É normal, em certas circunstancias, o fato de ouvir e de sensações. Isso faz parte do aprendizado e só com o tempo, as devidas liturgias e a prática se chega à inconsciência, que mesmo assim poderá não será total.
Por que então não falar abertamente sobre o assunto com os filhos. É incomum ouvir ou ler que a consciência é certamente presente em grande parte dos iniciados, mas há um grande tabu sobre este assunto. Normalmente se recorre a “tabus e regras” para assim fugir do tema. Mas ao fecharmos os olhos para este fato corremos o risco de, literalmente, bater a cara na parede. E depois quase sempre se ouve o seguinte o comentário. “Isso é “equê” ou “pouca força do Orixá”.
Não! O que faltou foi coragem de falar com o iniciado. “Meu filho, no princípio isso é normal, cada pessoa reage de forma diferente a presença do Orixá, mas não tenha medo me de a mão que eu te ajudo. Eu te guio”.
Faltou falar ao iniciado que o Orixá é uma parte da sua personalidade que devido a condicionamentos e rituais específicos será evidenciado, será “chamado” a se apresentar com lindas danças, roupas, gestos e brados. Para que seus filhos possam então lhe honrar.
Mas para isso e antes disso, no silencio das casas de Orixás os iniciados devem ser educados, treinados, ensinados, devem receber “pé de dança” devem aprender a língua sagrada, os ofícios e ritos, devem ser inseridos no mundo do candomblé e devem ser encorajados à leitura e aos estudos de forma geral. E como citado anteriormente esse processo é dispendioso e demorado, e hoje todos tem pressa, até casa de Orixá tem pressa, para nossa tristeza.
Neste trecho você deve estar pensando que eu acho que quem sabe mais, quem tem mais estudo, quem tem nível superior, ou melhor, quem tenha pós-graduação “incorpora” melhor? Não é isso, mas acho que as oportunidades de bons empregos aparecem para quem está melhor preparado. Assim como os iniciados que tiveram melhor educação religiosa, serão melhores Zeladores. Meu grande sonho é ver um filho de Orixá num grande posto de comando, sem vergonha de declarar a qual religião pertence e cumprir sua função religiosa e social com dignidade.
Não posso negar que o saber influencia no “incorporar”, mas que saber é esse então?
È o saber ouvir e aconselhar do Preto velho ou Pomba Gira. O saber abraçar e beijar a testa de um filho que lhe pede a benção, quando se está incorporado de Orixá. É saber “virar”em respeito ao Orixámais velho ou o homenageado, e é saber se portar numa casa visitada.
Virar de Orixá, como já disse, é propiciar ao outro o que melhor você tem para oferecer, é distribuir o Axé e energizar os necessitados, “um abraço dado de bom coração é uma benção”, diz a toada de Umbanda, é também receber o Axé e as energias, é uma parte de você que está sempre em contato com o seu Deus pessoal.
Tanto para o iniciado quanto para devoto a presença do Orixá manifestado, com gestos suaves e feições serenas pode, por exemplo, acelerar a cura de uma enfermidade, pode lhe dar a força necessária para buscar um emprego, e isso acontece simplesmente por que esta imagem transmite ao cérebro uma sensação de bem estar e proteção que faz com que a cura ou sucesso profissional seja uma certeza inquestionável, isso é fé, que aliada a um bom tratamento médico ou a procura pelo emprego adequado a sua aptidão, darão cura a diversos males. Quem empresta o corpo ao trabalho espiritual também será beneficiado. Essa é uma das funções da religião. Mas por que não se explica isso ao iniciado? Por que tudo gira nas mãos do Zelador? O mais simples quase sempre é o melhor caminho.
Quando me questiono sobre a religião, as vezes me vejo sem esperanças e engrosso o coro dos que dizem que daqui a 50 anos o candomblé estará tão descaracterizado que será uma outra religião. Neste momento recobro os sentido e a razão e percebo que não podemos desanimar, então eu escrevo, discuto e levo a informação adiante. Só não aceito, regras, tabus e imposições de verdades parciais.
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Realmente o texto eh simples e essencial p quem se inicia ou mesmo entra para a religiao, o fato de algumas vezes nao entendermos por que sentimos exergia estranha mas estamos ali consciente porem descordenados parcialmente nos deixa a beira da loucura.
Agradeco pelo Carinhoso texto.
Ha poucos dias meu Pai de Santo me comentou coisa parecida e me disse realmente o orixa, ou melhor ainda, o abian, yawo, tem tem diversos tempos um ao qual tudo eh loucura outro porque ouve… Mas o Orixa nao vai pegar sei filho de maneira que o assuste e o deixe em estado ao qual nao queira mais sentir tal energia. A frase ” tudo a seu tempo”, pode ser empregada sim… mas nao no sentido de se esperar para aprender. Como o Sr. mesmo disse Tomege, o saber eh extremamente importante para o nosso crescimento, Entao busquemos,
Oxala Bocifuo, Dofonitinho de Oxala.
Luan, obrigado pela visita e pelo comentário. Volte sempre es esteja sempre a vontade aqui. Axé. Tomeje.
Realmente concordo plenamente com o vosso pensamento, sou Abiã e vou fazer o meu santo agora, embora já tenha 52 anos de idade, demorei a encontrar uma yalorixá que eu pudesse confiar , hoje o que eu noto nas pessoas iniciadas é que elas não entendem o sentido mais amplo do que realmente é o Orixá, muitas pessoas estão pensando no luxo de uma roupa bonita em belos passos de danças e esquecem da divina essência que é o Orixá e que o verdadeiro objetivo destas vibrações é o melhoramento tanto material quanto espiritual do indivíduo, eu quero fazer o meu santo sim porém é para poder me harmonizar com estas divindades que são os nossos queridos Orixás, para proporcionar algo de melhor pra mim e para o meu semelhante.
Parabéns!
Celson Luiz obrigado pela visita e pelo comentário. Ficamos felizes por ajudar a esclarecer dúvidas e elucidar certos aspectos da religiosidade. Desejamos que sua iniciação seja de encontro com sua excencia e que este encontro seja muito positivo para vc.É um longo caminho que vc vai percorrer e meu conselho é que vc vá devagar e se cerque de boms amigos, isso facilita a jornada. Grande axé para vc, Tomeje.
Adorei! Quando iniciei no candomble passei por esse medo e conflito e por isso sai.
Fui para umbanda onde aprendi e minha zeladora me explicou tudo e inclusive me mostrou uma materia muito antiga sobre isso.
Veroniva boa noite e seja bem vinda ao blog. Infelismente esse caminho que vc percorreu, já foi trilhado por vários outros e ainda o será muitas vezes. Alguns procuram aquilo que não deveriam encontrar, outros encontram aquilo que não buscaram e no fim todos se magoam e se ferem. Eu li há pouco tempo no blog ocandomblé.wordpress um texto maravilhoso da Dayane, sob o título, “Eu escolhi ficar”. Acho que todos deveriam ler e refletir muito a respeito daquelas palavras. Num outro texto meu chamado “Longo caminho do aprendizado” eu dicuti o tema do seu comentário e acho que também é um bom texto para refletir sobre esses desencontros que vivenciamos nas religiões hoje em dia. Grande axé, Tomeje.
Bom Dia !
eu tenho uma duvida a qual eu perguntei pra varias pessoas e algumas delas respondiam a mesma coisa ou até mesmo nem sabia responder..
O Orixá ele sabe dançar ele tem sua própria dança ou ele tem que aprender a dançar ?
o poco que já foi me explicado é que quando você vai fazer o santo…é como se fosse um novo nascimento, você nasce pra ele e ele nasce pra você,então tudo é novo pros 2 lados….eu tenho muitas outras duvidas mais as respostas são sempre as mesma…….
”Você só pode saber quando for feita” ou ” Ainda não esta na hora de você aprender isso” ou ” Um dia quando você for uma zeladora você ira saber”
e isso faz com que cade vez mais eu me afaste mais ,se eu não posso saber nada qual o proposito de continuar na religião ? não tem logica..
Luana seja bem vinda ao blog. Em alguns outros textos aqui no blog eu refleti sobre comportamentos tanto dos recem inicados como dos mais velhos, peça que leia mais alguns outros textos como por ex: “Poder e Hierarquia”, A iniciação” ou “Abenção meu egbami”, são todos textos que refletem sobres estas sua angústias. Num trecho deste texto eu falo claramente que é preciso que ensinemos os nossos mais velhos a dançar e se comportar na sala, e creio firmemente que falta comprometimento de muitas Casas com a educação de Axé. E isso causa problemas estruturais na religião. Porém a causa destes problemas está na má formação dos mais velhos e de muitos zeladores despreparados para esta funação. Muitos se escondem por trás de frase feitas como as que vc citou para esconder sua incompetencia em esclarecer as dúvidas dos filhos.
Para mim, a fase mais importante na educação de um filho é o tempo de abian. Posso comparar a precariedade do ensino fundamental em várias escolas, e percebo claramente que muitos alunos que chegama universiades tem dificuldades de ler e entender o que leu. Para mim é igual ao aprendizado religioso, o iniciante temque ser bem formado quando ainda é abian para ser um bom zelador. Mas infelismente isso é raro ainda hoje.
É preciso ensinar tanto ao filho como ao orixa sim, e é por isso que existe na iniciação o período chamado na minha Casa de “efum”, são várias “saídas” que são realizadas ao longo de uma semana durante a iniciação e que servem para “de certa forma treinar o yawo” nas danças que serão executadas no dia da saída (ou dia do nome). Mas são raras aas Casa que dispoe de tempo e estrutura para esta cerimonia, que demora uma semana e precisa ser fiela a saída “oficial”. Então é mais fácil, para muitos, se esconder em frases feitas e evitar este debate, e depois colocar a culpa nos filhos.
Mas sem educação de axé não se chega a um bom candomblé. Axé. Tomeje.
Olá Nelson, sou um admirador seu, ainda que em silêncio (risos), bem, já estive num outro blog, aliás, estou constantemente. Uma coisa que eu vejo acontecer em muitos terreiros é esse Tabú da “inconsciência durante o transe”, como já havia lhe dito à única vez que postei, sou de um terreiro de Omolokô, sabendo que para o Candomblé, não é uma iniciação válida, mas isso já é outra história, enfim, o que eu quero dizer é que, na nossa casa de Santo, temos as doutrinas, onde aprendemos com os Pretos Velhos e espíritos que se propõe a ensinar fundamentos e a parte mística da coisa… numa dessas doutrinas foi falada o ato de incorporação, a síntese, sensações e foi falado abertamente sobre o grau da consciência em que estamos na incorporação, inclusive é ótimo que isso seja falado abertamente dentro da religião, pois dessa forma redobramos o cuidado de nossas atitudes que ainda podem influir nas consultas, mesmo após estarmos incorporados. Por outro lado, existe o cuidado de não deixar que isso seja translúcido demais com o consulente, pois se ele sabe da consciência, torna-se mais difícil a confiança mútua, podendo gerar uma série de interferência nos trabalhos… a incorporação, os Ekês, enfim, tudo isso é parte importantíssima dos aprendizados e é esquecida por muitas roças…
Jadson obrigado pelo carinho e seja bem vindo. Esse assunto é complexo sim, mas deve ser discutido abertamente dentro das Casas de Axé, lógcamente dentro de certos limites e de forma madura. Certa vez eu vi na Casa de um “irmão” uma filha incoporada de Omolu de chocar contra a parede. Depois eu ouvi comentários a respeito do acontecido que me deixaram muito chateado. Colocavam a culpa na filha e no Orixa, quando na realidade, eles estavam se escondendo e se omitindo da responsabilidade de ensinar. O problema é que ensinar requer sabedoria e nem todos a tem o suficiente para dirimir as dúvidas dos filhos. Precisamos quebrar estes paradigmas, precisamos fazer nossos filhos saberem e compreenderem o que é o sacerdócio, o que é respeito ao Orixa. Nem sempre é facil, na maioria das vezes é bem difícil, mas é gratificante ensinar. Acho que é isso meu irmão, ter prazer em educar seus filhos. Axé, Tomeje.
Depois de iniciado o yao tem o domínio de virar ou não no orixá na hora que quzer?? A mesma coisa acontece com os zeladores? Pelo pouco que sei, me disseram que é obrigatório quem não tem os sete anos arriados,virar com o orixá quando ele grita seu nome numa saida,isso é mito? Aqui em minha cidade tem um yao com 3 anos de santo,antes ele ele era da umbanda tem terreiro e tudo mas, e continua tocando sua umbanda como de costume , ano passado teve uma obrigação do xango de uma certa casa de santo daqui de minha cidade, em um certo momento xangou estava distribuindo seu axé ao filhos da casas e aos simpatizante com o seu abraço, todos os filhos q eram rodante e feitos viravam imediatamente quando xango os abraçava, esse yao foi receber o axé de xango e não virou, e foi bastante criticado por todos dessa casa, ele argumentou que não foi raspado pela zeladora em questão por esse motivo o mesmo não poderia virar no orixá, até em várias saídas de santo ele não vira quando o orixá grita seu nome e ele acaba virandocentro das atenções nessa casa.obs: ele não é dessa casa,raspou em outra cidade.queria saber quem tá certo ou errado nessa história.boa noit.
D de Oyá, seja bem vindo ao blog. Peçoq ue vc leia a q2ui no blog um texto do Marcio sobre “iniciação”, creio que vai ser bastante útil para vc. A iniciação é um processo longo que culmina na obrigação de sete anos (Não confuda sete anos com deká, são coisas muito distintas), existem regras de etiqueta, de comportamento e de respeito religioso que são aprendidas neste tempo de Yawo, uma delas é o respeito irrestrito ao novo iniciado. Quando o novo Yawo/Orixa pronuncia o seu nome na sala todos os Orixas dos mais novos respondem ao chamado em sinal de respeito e alegria pelo nascimento de mais um yawo na Casa. É lógico que um filho com problemas de saúde, por exemplo, pode ser poupado neste momento, mas em sinal de respeito, todos os yawos, sem execessão, manifestam seu Orixa. Ser feito numa outra Casa não impede que o Orixa se manifeste na presença deste ato litúrgico de “dar o nome”. Eu pretendo nunca usar esta pelavra “obrigatória” para explicar a um filho a importancia de “virar” no Orixa, creio que seja mais interessante explicar os motivos, os ritos e a liturgia que levam ao transe neste momento. Sobre a questão de dominio de virar no Orixa é um assunto complexo. Como eu disse antes, os yawos devem entender os motivos de virar em certos momentos, o que não quer dizer que eles tenhsm controle ou que não tenham controle sobre isso, é uma questão litúrgica e doutrinária. Já com zeladores e egbamis o assunto muda porque precisamos entender que estas pessoas muitas vezes tem muitos outros compromissos durante o candomblé e precisam estar lúcidos para conduzirem as cerimonias. Eu em particular acho muito estranho que o zelador ou o oficiante de uma cerimonia esteja manifestado no seu Orixa, eu acho que isso tira da pessoa a responsabilidade de realizar o ato litúrgico e convenientemente transfere a autoridade para o Orixa, que tecnicamente nunca será questionado por eventual erro na condução da cerimonia. Acho mais honesto que o oficiante esteja lúcido para conduzir a cerimoniae se for o caso ser cobrado por eventual erro. É lógico que o Orixa, nestes casos, pode se manifestar por algum motivo específico,mas resolvido o “assunto”, o oficiante deve reassumir a função. Esta é minha opinião. Axé. Tomeje.
Olá mas uma vez, vc foi bem eclarecedor sobre minha última pergunta,,obrigado,estou a pouco tempo na religião como adpito direto, estou numa casa de jeje, no meu primeiro jogo minha zeladora disse que alafiou e que sou de oya, e que o tempo todo durante o jogo o santo pedia feitura, estou passando por muitos problemas nos meus caminhos e na minha vida,em menos de uma década perdir toda minha familia que morava comigo,so sobrou um irmão de sangue que passa por problemas com drogas em outra cidade,minha zeladora me disse que tudo que está acontecendo comigo tem Av com isso que meus odus estão atrapalhados, e que tenho que pensar seriamente em fazer a feitura, ou um bori,como vai ter um barco em maio na casa onde eu estou eu optei pela feitura,no jogo disse tambem que sou rodante, mas eu nunka recebir entidade quando frequentava a umbanda e nunka bolei no santo quando frequentava apenas como simpatizante,dsculpa se estou sendo ignorante,mas queria saber se é normal iniciar pessoas sem elas nunka terem bolado no santo,? E se tudo que vem ocorrendo em minha vida tem a influência disso? E por esse motivo o santo pede feitura, para as coisas acalmarem em minha vida? Obrigado.
D, outro dia mesmo estávamos conversando sobre este tema. D, normalmente eu sou muito respeitoso e educado com meus pares, afinal também sou um zelador edevo respeito a todos os meus pares/irmãos. Mas sinceramente eu acho um absurdo alguém dizer que este tipo de problema que uma pessoa está enfrentando é fruto de “cobrança de Orixa” no seu caso que é jeje se diz Vodun. A morte dos seus familiares pode até ter algo relacionado a religião sim, é possível, mas se tem ou teve, este caminho foi o caminho deles, foi o destino deles e não tem nada a ver com o seu camimnho/destino. É uma coisa horrível agluém dizer isso para vc porque da forma como foi posto eu fiquei com a sensação de que vc esta colocando de certa forma a culpa destas mortes sobre seus ombros. o que não é verdade. E além disso é uma barbaridade alguém dizer ou insunuar que o Orixa ou Vodun pode cobrar sua iniciação matando ou causando estes problemas em sua vida ou aos seus familiares.
D, eu acho sempre mais prudente que as pessoas permaneçam nas Casas como abian (infelismente não sei como é o termo para o noviço do jeje por isso chamo de abian), o abian é aquele que não tem compromisso definitivo com a Casa, mas por outro lado é um momento fundamental para que a pessoa conheça a religião, conheça a Casa, os irmãos e principalmente conheça o zelador/a. Se vc ainda não vira de Orixa (no jeje é Vodun), eu penso que o ideal é que se faça os ritos apropriados para que este vodun se manifeste, depois disso é preciso que vc se enquadre, se molde e se acostume com a Casa, e a Casa contigo, é como num namoro, entende? Só depois desse tempo é que VC deve decidir e saber se é a sua hora de marcar a sua iniciação.
O Orixa (no jeje é Vodun) pode indicar iniciação por vários motivos, até mesmo para acalmar a SUA vida, e nestas raras vezes que isso aconteçe não tem como adiar a inciação, mas são atitudes bastante raras do Orixa (no jeje é vodun) e geralmente é por doença ou outro motivo muito grave. Mas o seu relato não leva a crer nisso, lembre-se que as vidas dos outros pertencem a eles, inclusive do seu irmão que sofre com a dependencia química. Não vai ser a sua iniciação que vai, por mágica, fazer tudo se resolver. Se ele não fizer a parte dele e se esforçar para sair deste caminho, a sua iniciação pode até no futuro se transformar num motivo de desilução de sua parte, afinal, pelo seu texto, a sua iniciação foi posta como condicional para sua vida se normalizar. Isso é balela, sua vida só se modificará quando VC tomar os rumos dela e fizer da sua vida a vida que VC deseja viver, independente de Orixá (vodun).
Meu amigo te aconselho que procure saber de onde descende esta Casa de Axé, ou seja, o que nós chamamos de “de que raiz” é esta Casa, se é mesmo Jeje. Procure uma outra opinião numa Casa bem conceituada (não estou falando que a Casa que vc frequenta não seja bem conceituada, não a conheço, mas é sempre importante procurar Casas de tradição e bem conceituadas), veja o que um outro jogo te diz sobre isso. Acho sinceramente, pelo que li, uma imprudencia vc se iniciar tão rápido, sem passar o tempo de abian tão necessário e imprescindível.
Sobre odu – a tradução de odu pode ser feita como “destino ou caminho”, não existem dou bons ou ruins, todos eles tem momentos bons e momentos dificeis, o jogo deve te ortientar sobre como se comportar diante do momento apontado pelo odu que estava naquele momento naquele jogo. Espero sinceramente ter ajudado, me perdoe a dureza, mas as vezes é preciso ser um pouco mais contundente. Axé, Tomeje.
Olá.boa tarde.obrigado por esclarecer a minha última pergunta. Queria que vc me eclarececi outra. O assunto é sobre boiadeiro de santo, na casa onde eu estou a zeladora me disse que depois de iniciado o yao fica proibido de virar cOm boiadeiro de santo ater pagar sua primeira obrigação de santo, minha raiz é jeje, já em uma casa de Ketu quem aki os yaos depois da feitura, viram normalmente no boiadeiro antes da primeira obrigação. Queria saber se esses diferenças varia de nações, ou é algo peculiar de cada zelador?
D, boa noite.É sempre um prazer poder ajudar, nós aqui do blog ficamos feizes. Na minha última resposta a vc eu frizei muito, e sempre, uma diferença entre Ketu e Jeje falando que no Jeje os Deuses/Ancestrais são chamados de Voduns. A começar por esta diferença fundamental que delimita muito mais que uma “nação”, quando uma Casa diz que é Jeje, ou outro segmento, a compreenssão da sua cultura, sua lingua, seus ritos e litrugias é algo marcante e muito valorizado naquela comunidade terreiro e é levado a sério e com muito respeito à sua raíz/tradições. Te digo isso para que vc procure saber direito onde está pisando. Não há nada de errado ou de certo numa Casa tocar para boiadeiros, caboclos e outras entidades, mas isso deve ser feito às claras e com o perfeito entendimento por parte de seus filhos de que aquela Casa tem estas atividades no seu calendário, ou que aquela Casa é uma mistura de culturas e segmentos, como me parece ser o caso pelos seus comentários. Ter estas atividades no calendário é muito diferente de ter constantemente. D, antes de saber se está certo ou errado, vc precisa de parâmetros de medida. Se nesta Casa o que predomina é a mistura logicamente não há como alguém dizer que este ou aquele rito litúrgico está correto quando comparado ao que é feito nas Casas Jeje tradicionais e sem misturas, entende? Meu conselho sincero é que vc saiba onde está pisando, sem juízo de valores mas com responsabilidade, honestidade e clareza a cerca dos rumos desta Casa. Grande axé, Tomeje.
Olá tomeje, voce tirou minhas dúvidas, por isso mesmo queria saber se é possível v.c apagar meus comentários.não me leve a mal , pois minha intenção era somente tirar dúvidas, espero que o senhor compreenda,.axé irmão.
D, eu vou levar este assunto aos demais coordenadores do blog e ver a posição deles. Posso te adiantar que a minha posição é de desgrado em retirar seus comentários. Eu creio firmemente que TODOS devem buscar informação a respeito de sua religião, e quando isso não é feito na sua própria Casa de Axé ou esta relação está deficiente é justo que procurem informações por outros meios. Entendo perfeitamente a sua preocupação, seus questionamentos são complexos e minhas respostas nem sempre foram simpáticas ao criticar certos aspectos das suas dúvidas. Mas vc também deve procurar entender que isso tudo é um processo importantíssimo para a religião, suas dúvidas são as mesmas de muitos outros e estas trocas de informaçoes entre nós é que vai ajudar muitas outras pessoas que nos leem diariamente. Quero te ajudar sim, e vou procurar um meio de trocar seu nome nos comentários, mas apagar, eu particularmente, sou totalmente contra. Além de todos estes motivos que eu expus na defesa de manter os comentários, existe sim uma questão prática. Nosso trabalho aqui é totalmente voluntário, honesto e muito dedicado a ajudar a esclarecer questões como as suas, que podem levar pessoas até serem enganadas. Não estou nos apresentando aqui como os guardiões da sabedoria e da doutrina religiosa ou como o chicote do mundo, nada disso, mas assim como tantas outras pessoas (programas de rádio, sites, jornais e blogs), procuramos sempre a melhor resposta para os questionamentos. Portanto, se a cada comentário feito nós tivermos que apaga-los para que o leitor não tenha problemas com a Casa que frequenta, me perdoe a franqueza, mas assim nós não faríamos o nosso trabalho de ajudar a comunidade religiosa com debates de temas importantes, o que na realidade é a proposta deste blog. axé. Tomeje.
Boa Tarde Tomege!
Falei com voce quando comecei a frequentar uma casa de Angola…..inclusive o Pai Marcio me aconselhou a aproveitar bastante o meu abianato, melhor conselho impossivel!Agora estou com uma duvida cruel e queria sua ajuda., frequentei a casa durante alguns meses, fui a festas, fiz limpezas, ebos e gosto muito das pessoas do terreiro, porem apesar o jogo dizer que sou rodante e tenho uma missao , nunca senti nada alem da boa energia, ou Axe da casa.Como tenho estudado bastante a religiao, no que este e outros blogs me ajudam muito, resolvi fazer uma consulta numa outra casa, desta vez Keto e tradicional aqui de Salvador, bem conhecida!Neste jogo me foi confirmado meu Orixa e que este queria dizer seu nome, ou seja, pedia feitura.A principio me foi pedido uma limpeza e algumas oferendas para orixas, como se trata de uma casa bem conceituada, resolvi fazer !Ai vem a questao, quando fui na casa de meu Orixa fazer a oferenda junto com a Ialorixa , ekedes e Ogan, meu corpo todo comecou a tremer (fiquei dois dias com dores musculares, parecia que tinha malhado pesado), bom fique assim por alguns minutos, eles entao comecaram a cantar uma musica do Orixa e depois a sensacao foi de relaxamento…No final dos trabalhos, a mae de santo me perguntou se havia sentido a presenca do orixa e me disse que agora estava nas minhas maos, me deu uma guia e me aconselhou a sempre usar….
Agora estou cheia de duvidas, pq no terreiro que estou frequentando e ja existe um laco de confianca isto nunca aconteceu?e na primeira vez nesse outro eu senti algo tao forte e inexplicavel!!Neste novo lugar eu nao conheco ninguem, apesar de ter simpatizado com a Mae de Santo e gostado da energia do lugar….nao sei o que fazer gosto muito das pessoas do terreiro de Angola, la tanbem me foi dito que tenho missao …mas nunca senti nada! O que voce acha que esta acontecendo comigo, estou sem saber o que fazer…
Mto.Obrigada e mto.Axe!,
Pérola que bom que vc está de volta e cheia de dúvidas, rsrsrs. Isso demonstra que vc está buscando respostas. É claro que estas respostas só virão ao longo de muito tempo e de muitos erros e acertos, o que é absolutamente normal e saudável. O aprendizado deve ser lento e gradual e exatamente por isso, este modelo de aprendizado será definitvo porque vc vai vienciar e saborear cada passo dado neste caminho. Sobre o seu assunto específico, eu creio muito firmemente que a ancestralidade fala muito alto e muito forte quando encontramos nosso lugar no mundo. vou resumir a minha história> Eu frequentei uma Casa que era mais Angola, devo confessar que não era uma Angola tradicional e sem misturas, mas era uma Angola. Alí eu me senti bem e fui inciado em Ketu, calma vou explicar. É o seguinte, minha mãe procurava por Inkise e via no seu jogo um Inkise. Mas quando estávamos nos preparando para a iniciação o Orixa se mostrou atraves do jogo de um amigo dela. Na realidade minha mãe pediu a este amigo que confirmasse o jogo dela e ele percebeu que eu era de Orixa e não de Inkise. Por isso, por minha experiencia pessoal que foi maravilhosa devido a sabedoria de minha mãe em buscar com outra pessoa a resposta para a sua dúvida, eu fui iniciado para Orixa e me encontrei neste seguimento. Mas tenho firme convicçãod e que isso foi o meu Orixa me guiando para o melhor caminho. Sobre a “tremedeira”, isso pode indicar o Orixa se manifestando sim, ms creio que o melhor é vc ir frequentando e se enamorando com esta energia aos poucos, mas parece, “chute, palpite, meu” que é orixa sim. Pérola existem milhares de Casas desconhecidas e que são maravilhosas, portanto, não podemos generalizar, mas ter uma Casa tradicional como referencia é sempre mais seguro. Apesar disso não garantir que lá vc será eternamente feliz, mas eu ainda caho mais prudente que tenhamos a segurança da tradição. Não me leia como preconceituoso neste trecho, mas, no candomblé, é importante vc conhecer sua raíz e sua tradição. Fico feliz empoder te ajudar. rsrsrsrs Me chame para a saída rsrsrsrsrsrs. Axé Tomeje.
Ola tomege,
Mais uma vez, muito obrigada pela sua atencao!Vou seguir seu conselho e conhecer melhor esta nova casa….a parte mais dificil vai ser conversar na casa antiga, principalmente porque apesar de ser Angola, tb e misturada e as vezes tratam inkinse e Orixa como sendo uma mesma energia, dessa forma meus argumentos ficam “furados”, situacao muito delicada a minha, pois, gosto mto.das pessoas e nao gostaria de magoar ninguem!!Mas vamos la…vou tomar coragem e conversar….
A proposito assisti o programa Ori e sou totalmente a favor do seu ponto de vista quanto a sucessao numa casa, acho muito importante que as pessoas se preparem para assumir tamanha responsabilidade, busquem conhecimento e assim ,nos, iniciantes sofreremos menos.
Axe
Olá Perola, me desculpe a demora, mas as vezes a coisa aperta, são muito afazeres. Mas vamos lá. Obrigado pelo comentário, sobre o tema sucessão a conversda é longa e complexa porque envolve muitos aspectos, tais como: social, financeiro, emocional, familiar e outros. Mas tenho muito claro que tudo passa pela educação de axé, precisamos melhorar e muito a nossa educação geral dentro dos terreiros, precisamos dar condições a que nossos zeladores possam se autosustentar atravéz do seu trabalho profissional, muito diferente de profissionalizar o trabalho de zelador. É uam discussão longa mas que precisa ter um começo para que tenhamos uma boa perspectiva de futuro. Grande axé apra vc e me convide para a saída rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs. Axé, Tomeje.
olá,
Para mim é gratificante ler seus textos Tomeje…
tenho uma duvida sobre incorporação e meu babalorixa não me esclarece, a resposta é sempre a mesma e vem sempre com um tom de voz como se ele estivesse brigando comigo, o que me deixa frustrado e de certa forma me afasta dele, vou tentar ser breve na minha dúvida.
fui iniciado a 5 meses. Na primeira saída para aprender a dançar quando começou a tocar o toque do meu orixa, minhas mãos começaram a formigar e eu tremia por dentro era como se eu quisesse liberar alguma coisa de dentro para fora, como se uma alegria muito grande tomasse conta de mim, foi ai que resolvi deixar acontecer sem medo de marmotar como dizem e então virei no santo, só que era como se fosse eu o tempo todo, porém sonolento, com certas partes do corpo dormentes, mas ali totalmente consciente e meu babalorixa dizia oxossi abre um pouco os olhos e eu abri, oxossi dança e eu dançava, parecia que eu fazia tudo no automático, ai sem pensar fechei os olhos completamente e concentrei na voz do meu baba, e fui pegando no sono fui perdendo a consciência era como seu eu estivesse pegando no sono profundo o que me assustou porque eu já não sabia mais o que estava fazendo fiquei com medo de cair no chão, e fiquei totalmente consciente de novo, ai tenho me sentido mal porque acho que estou fingindo e meu baba diz que isso não existe que orixa toma conta e a gente perde o controle sobre o corpo mas eu controlo os movimentos, ai acho que estou fingindo, principalmente quando ele diz que eu deveria ter virado que é falta de respeito com ele o meu santo não vim, mas tem toques que não sinto nem as mãos formigar, não deixo mais essa sensação tomar conta de mim por medo de mistificar ou marmotar como falam, e meu baba diz que sou obrigado a incorporar mas também não me esclarece nada sobre isso, se é normal isso, se realmente o orixa esta ali, se é assim que devo fazer como disse anteriormente, ele só me fala que tenho que firmar a cabeça e que o orixa tem que vim e quando deixo acontecer ele briga com meu santo diz que ele tem q vim e tal hora em tal cantiga em tal toque, o que me deixa frustrado e me afasta mais ainda…
bom ja escrevi demais melhor parar por aqui rsrsrsr
obrigado desde já
Dofono de Odé
Dofono de Odé, obrigado pelo carinho das palavras e seja bem vindo ao blog. Neste texto eu critiquei abertamente a conduta de alguns zeladores se colocarem como “donos do orixa de seus filhos”, querendo ser mais importantes do que a decisão do proprio orixa. Ser “dono” é fácil, acho que o difícil é conquistar. Dofono, a iniciação tem diversas motivações e necessidades, uma delas é, sim, o “condicionamento” do filho a certos estímulos que consequentemente desencadeiam a manifestação do orixa. Mas é sempre bom atentar para o fato de estarmos lidando com uma energia/orixa e que esta energia/orixa pode em alguns momentos não se manifestar, e nós temos que entender isso e aceitar a vontade do orixa. Se na sua Casa os orixas dos filhos se manifestam quando o orixa do Pai “vira”, então o próprio Pai deve tomar as medidas necessárias para que “””todos”””” sejam orientados neste sentido, mas issonão se faz com brigas ou palavras duras. O que vejo de muito contraditório nisto tudo é que a maioria dos que cobram esta obediencia, não se preocupam muito em fechar suas portas e dar toques específicos de “treinamento” aos filhos, talvez devido a sua idade avançada de iniciado e por já terem iniciados muitos filhos, eles esqueçam que cada filho necessita de orientação específica e individualizada. Mas como falei no texto isso dá trabalho e requer tempo e dedicação. Nem todos tem esse perfil. Dofono a incorporação se dá em n[iveis bem diferentes de um filho para o outro, nem todos ficam inconsientes, alguns, como vc, podem perceber tudo ao seu redor e nem por isso estão mistificando nada. Tenho percebido que muitos filhos demonstram um certo desencantamento e afastamento da religião porque são orientados a crer que todos devem ser médiuns inconcientes e que não devem se lembrar de nada do que ocorre no transe mediúnico, o que é uma grande farsa e mentira. O que devemos entender e aceitar é que temos mediunidades variantes e que somos alí, no transe, um veículo do orixa e como tal devemos saber da nossa condição e aprender o mais cedo possível a distinguir e acima de tudo respeitar religiosamente, o que é assunto do orixa e o que assunto do médium/filho. O que, ao meu ver, deveria ser ensinado nas Casas é o oficio do sacerdócio a cada filho, ensinar que aquilo que ele ouve enquanto em transe não lhe pertence, é assunto exclusivo do orixa e que deve ser segredo de confissão entre o orixa e o outro. Mas isso, em geral, não é dito, ficam aterrorizando os filhos com conceitos vazios de “manifestação/morte” onde o filho não ve, não sente e não ouve nada. Isso ajuda o que na religião? Só ajuda a criar mentiras descabidas. Sou a favor do diálogo claro e aberto e da desmistificação de certos assuntos, um deles o transe. Não se sinta um mentiroso, creia no seu orixa e sinta-o em vc, deixe que o proprio fale contigo e te mostre o melhor camimnho a seguir. Espero ter ajudado, Tomeje.
Olá Tomeje
Obrigado pela resposta, suas palavras me confortarão e concordo com tudo o que o senhor diz…
O que os abiãns e Yawos precisam é disso, uma pessoa que saiba nos ensinar e nos conduzir nessa caminhada, sanar nossas dúvidas, nossos receios, nossos medos, nos ajudar a compreender como as coisas são e nos incentivar em todos os sentidos e fico feliz ao ver pessoas como o senhor….
vou pedir um agô ao meu baba e expor meu ponto de vista e pedir que ele faça pelo menos uma vez ao mês um toque fechado para seus filhos, candomblé é vivencia e não dá pra aprender as coisas no dia do toque e usar como base o que aprendemos no perfuré (acho que é Efun na casa do senhor, não me recordo).
Me espelho em pessoas como o senhor e como meu baba diz que ele não tem dúvidas que um dia serei um grande babalorixa, me empenho ao máximo que posso dentro das minha limitações e no meu tempo, não tenho pressa para aprender e quero aprender direito, se for meu destino e a vontade de oxossi, se algum dia eu abrir um ile axe, quero poder conduzir meus filhos da melhor maneira possível em todos os sentidos….
mais uma vez obrigado
Boa noite Tomeje, tudo bem?
No dia 27/03, o Programa Orí teria uma mesa redonda especial, discutindo sobre iniciação no Candomblé. Pois bem, infelizmente eu não consegui assistir justo neste dia e também nem no decorrer dos restantes enquanto o programa deste dia estava no site. Procurei na internet, procurei diretamente no Live Stream, mas não consegui encontrar o programa deste dia. Como é um tema que me interessa e muito, já que estou de certa forma me preparando e me programando para a minha iniciação, gostaria muito de assistir o programa deste dia.
Haveria alguma forma de eu encontra-lo para assistir ou simplesmente ouvir?
Na pior das hipósteses, poderia por favor só me falar o que foi discutido e se houve algum tipo de consenso ou conclusão? rsrs.
Muito obrigado!
Alex
Alex, nós temos o audio arquivado vou ver na produação se há alguma forma de ouvir os programas passados. Olha, de verdade, não houve consenso, até porque não há consenso sobre isso. No meu ponto de vista tem que haver bom senso das partes envolvidas, vc e seu Pai/Mae. Acima de tudo vc deve se sentir numa família, deve se conhecer e conhecer seu Orixa e isso só a contece com o tempo, específicamente, com o tempo de abian. Cumprido o tempo necessário de abian, cada um tem seu tempo, a iniciação vem naturalmente.Grande axé e depois te retornarei com a resposta. Tomeje.
Entendido Tomeje!
Realmente, creio que o tempo de abian é muito importante. Apesar de toda a ansiedade que possa existir não só do abian, mas também por parte das pessoas que o cercam, é uma experiência muito agradavel! E sim, estou me sitando como exemplo! rs.
Com relação ao audio do programa do dia 27/03, ficarei no aguardo pela a sua resposta! rsrs.
Mais uma vez, muito obrigado!
Alex
A sua benção !!! Gostaria muito que o senhor me tira-se uma duvida. Vim de uma casa que o pai de santo dizia que eu era de Yansã e comecei a minha iniciação. Com o passar do tempo ele disse que eu era de Logum c/ Yansã. Descobri que ele era frustado pois achava que era de Logum e foi feito de Oxum . Resumo: queria um filho de Logum. Me fez montar Logum e eu na minha inocencia fiz. Hj cuido de Logum com todo amor e carinho . Comecei a sentir muitas dores de cabeça e ninguem nem medico algum resolvia meu problema. Passei a tomar tilex (remedio tarja preta ) para passar a dor. Corri varios jogos e todos diziam que Yansa estava me cobrando.Que ela iria me por maluca. No desespero , sem saber o que fazer , me revoltei e disse ao pai de santo que nao queria ficar + na casa e sai de lá. Levei meu santo p/ casa de um conhecido e la fiz um novo bori , só que inves de concertarem o erro , pioraram minha situação. No bori , não sei o que houve me catularam p/ Logum. Ele se intitulou dono do meu ori. As dores pioraram , sofri muito. Só que não perdi a esperança e uma senhora que sempre tive muita vontade que cuida-se de mim me acudiu. Fiz um novo bori , montei um novo Ibaori, varias pessoas da casa me ajudaram e hj digo a vcs meus irmãos que sou a mulher mais feliz do mundo. Depois de tudo que fizeram , muitas coisas concertaram o que estava errado e logum hj sabe que não é dono do meu ori. Amo Logum , cuidarei dele com todo amor e carinho, não tenho mais dores de cabeça e vivo feliz e muito agradecida á minha Ya. Não entendo o porque mais Logum disse que não iria deixar Yansa passar , + sabia que ela era dona do meu ori. Hj viro com Ogum + ela diz em qualquer jogo que eu vá que na hora certa ela pegará minha cabeça. Aguardo anciosa pela chegada dela e vivo feliz por estar em dia com meu Orixá.
Liliane seja bem vinda. Que Ogum te abençoe. Vamos com calma e por partes. Em primeiro lugar é importante vc saber que Bori é feito para o orixá Ori, só para este Orixa. Não se faz bori para Ogum, Oxum Yemonjá ou outros orixás. Os Orixás se beneficiam do bori indiretamente por que a cabeça fica em equilíbrio e portanto o orixá pode se manifestar com mas suavidade e com amis energia. Que eu saiba o ato de catular é feito na iniciação, este ato faz parte do rito de iniciação, não se catula num bori, é desnecessário catular. Catular é o ato de cortar com tesoura o cabelo para facilitar o ato seguinte que é a raspagem da cabeça, nada além disso.
Vc realmente ama Logum ou tem medo de deixar de cultuá-lo e ser “punida” ? Isso é um assunto importante que vc deve esclarecer na sua cabeça por que não há motivo algum para alguém cultuar um orixá que não faz parte da sua natureza.
Quem te disse que Oyá vai ou poderia te deixar louca é marmoteiro e tem pouco conhecimento de religião, desconsidere aquela informação.
Logum nunca poderia dizer que não deixa Oyá virar, isso é uma coisa de vaidade e futilidade humanas, uma briguinha besta que nós humanos podemos ter, mas que Orixa não tem razão alguma para agir assim. Logum sabe do lugar dele e se manterá no lugar dele, é simples assim. Orixa não é criança pirracenta que briga por doce (sua cabeça).
Vc precisa saber o motivo de vc virar com Ogum, isso me parece um tanto estranho, mas se está te fazendo feliz, siga em frente e seja sempre fiel a sua Yá, que com certeza é quem mais conhece sua necessidade religiosa. Grande axé, Tomeje.
Sonhei com Santo Expedito. No sonho eu ia na casa de alguém e via o santo. Fiquei admirada olhando e perguntei que santo era aquele… a pessoa me respondia: é santo expedito e é ele que te protege.
Ainda não sei qual é o meu orixá, pois não da para ver… Tudo que sei é que tem: Iemanjá, Iansã, Oxum e Omulu. vi que no sincretismo o Santo Expedito é Logun Edé. Sei que o senhor não interpreta sonhos, mas fiquei tão encafifada com o sonho. Se puder me ajudar a entender o sonho ou se tem relação com os orixas, agradeceria.
Cassia eu realmente sou avesso a decifrar sonhos, isso é muito pessoal e pode refletir uma gama enorme de possibilidades. Mas principalmente pode alterar ou inibir ou sugestionar uma verdade que eu não domino (sonhos) e que é sua, só sua. Por isso eu não meto a decifrar nada rsrsrss. Mas algumas coisas me chamaram atenção no seu comentário. Em primeiro lugar é o caso de Logum. Logum não é cultuado em umbanda portanto não compreendo como se fez este sincretismo entre Santo Expedito e Logum, para mim é bem confuso isso. Outro ponto é a questão e vc não saber seu orixá mas ter citado 04 Orixás. Como assim vc não sabe o dono/a da cabeça mas sabe destes outros? Isso é complicado, não é? Quem te disse destes orixás é de que segmento? umbanda ou candomblé? Será que estes orixás são de fato do seu carrego ou apenas queriam te alertar ou ajudar em determinada situação? Cassia vamos conversar mais sobre isso. Axé, Tomeje.
Olá Tomeje! Vou explicar todo o enredo. O pai de santo que jogou para mim e de camdomble. Eu frequento o camdomble e estou com a famosa ” guerra de santo”. E nesse jogo os orixás que estavam me regendo e: yemanja, yansa, oxum e omulu. Presumo que um destes seja dono do meu ori. O jogo pede para eu fazer um bori e outros trabalhos que não recordo os nomes. O pai se santo me disse que o objetivo e fortalecer meu ori e abrir espaço para o orixá se manifestar.No jogo meu orixa pede feitura e terei de fazer alguns trabalhos para fortalecimento do ori e também frequentarei a casa como abian .os trabalhos serão também para
abertura de caminhos para me tornar independente e futuramente fazer a feitura. uma entidade disse para mim que o pai de santo sabe qual e o meu orixá, mas ele ainda não quer me dizer,pois e algo muito delicado e que necessito fazer os trabalhos para que tudo fique mais claro. estou aguardando marcar o dia para fazer os trabalhos. Por essas questões eu ainda não sei qual o meu orixá de cabeça. Não vejo a hora de começar a me cuidar. Tenho muitos sonhos premonitórios e uma intuição muito aguçada. Sinto necessidade de entender e interpretar essas sensações. Quando descobrir que tinha santo foi meu assustador para mim, passei um tempo pensando e percebendo os sinais que recebia. Decidir seguir meu caminho espiritual. Sei que não escolhemos ,somos escolhidos e eu já aceitei … O que você acha disso tudo?
Cassia eu acho isso todo muito confuso. Não compreendo o motivo que poderia levar algum zelador não informar o Orixa de alguém, o que seria tão misterioso sobre este assunto. Acho muito prudente que ele te deixe como abian durante um tempo para observação e harmonização das suas energias, mas continuo achando estranho que um Orixa manifeste a necessidade de que o filho seja iniciado e ao mesmo tempo nãos e revele ao filho ou ao zelador ou que o zelador não informe ao filho que orixá é este. Cássia, segundo a visão do candomblé todos tem orixá, assim como na visão das demais religiões todos estão ligados aos Deuses destas demais religiões, então, eu não vejo como uma questão de ser escolhido/a, para mim é apenas uma questão de resgate de nossa ancestralidade que, no seu caso, está ligado ao candomblé, como poderia estar ligado a qualquer oura religião. Sugiro que vc leia um pouco mais e que visite algumas ouras Casas de Axé, de preferencia Casas tradicionais, veja como funcionam, como vc se sente, como vc percebe as coisas alí, e compare com o que vc tem visto e sentido. Vc citou que o jogo apontou como “regentes” vários Orixás, me perdoe, isso parece uma loteria, entende? Vá com calma e observando cada passo dado. Se vc sentir que o terreno é firme, que o zelador de fato sabe o que está fazendo, siga em frente. Mas antes pesquise a vida religiosa dele, pergunte pela Casa de origem dele, pelo zelador/a dele, procure informações destas pessoas e se certifique que é de fato um bom lugar para vc. Desculpe o balde de agua fria ou uma certa desconfiança/medo/dúvida, mas tenho visto casos de pessoas mau orientadas e iludidas que poderiam evitar transtorno se tivessem procurado mais informações, por isso mais uma vez desculpe o banho frio, mas vá com calma. Axé, Tomeje.
Obrigado Tomeje, pelo conselho. Irei procurar outras casas e me informar melhor.
motumba Tomeje,
Venho procurando ajuda ha um tempo, infelizmente perguntar direto a conhecidos geram certos dissabores, alguns me esclareceram duvidas comuns de qualquer iniciado. Hoje mesmo sabendo da minha condição medium consciente me pergunto porque apos um tempo incorporado ( 1 hr ou mais, nao sei direito, so sei que nao começo a tremer os olhos sem parar, geralmente pouco antes que vai desvirar), isso aconteceu ha 7 meses atras em um toque de caboclo e da ultima vez que vesti o santo. Saberia me esclarecer essa duvida?
Por favor, estou com apenas 1 ano de santo e começando a nao querer mais, apesar de amar a religiao.
Tiago ty Guian, seja bem vindo. Eu acredito que seja simplesmente uma condição física, cansaço da musculatura dos olhos, uma vez que vc precisa ficar forçando os olhos a permanecerem fechados. Converse com seu zelador/a e discuta este assunto, se vc sabe que é um médium que tem consciência e porque isso foi conversado contigo e devidamente explicado, portanto deve ser compreendido pelo zelador/a. Não vejo motivo pra vc não querer mais a religião só por isso. Por favor, procure os textos, “decepção” e “o amor” ambos de Pai Marcio de Jagum. Axé, Tomeje.
Boa noite, Tomeje. Eu de volta cheia de dúvidas. Rsrs. Bom, vamos lá: eu estive em algumas festas de uma Casa tradicional de nação Ketu no final do ano passado, e logo na primeira vez que estive lá passei muito mal. As pessoas me trataram muito bem. Depois dessa festa e nos intervalos de dias das demais continuei me sentindo muito mal, ou seja, sentindo tremores pelo corpo, coração batendo acelerado, suor nas mãos e pés. Falei com uma Egbomi que passei a manter mais contato, expliquei o que andava acontecendo e ela sempre me dizia: “isso vai passar”. Mas a verdade é que não passou. Há poucos dias parei numa emergência hospitalar sentindo falta de ar, dor no peito e os demais sintomas relatados acima. Minha pressão tinha se elevado bastante, fiquei em monitoramento e precisei de alguns medicamentos e tb fiz uma bateria de exames nesse mesmo dia. Resumo da ópera: o médico me disse que eu estava “ótima”. Rsrs. Há poucos dias saí para almoçar com um amigo e quando estávamos no restaurante comecei a sentir tudo o que relatei, daí saí às pressas do local pq fiquei preocupada pelo que poderia acontecer depois, afinal sou rodante, fiquei preocupada por estar num lugar público. O que o sr. acha disso tudo? Será que é o meu òrìsà querendo que eu faça algo? Gostaria de manter mais contato com as pessoas dessa Casa, mas a mesma anda passando por um momento meio delicado. O que faço, Tomeje? Tenho muita preocupação de ir para outra casa e as pessoas se “aproveitarem” desse meu momento de angústia, dúvidas, medo, etc, etc… Asè!
Só complementando, Tomeje. Num outro momento, fora de festas, tive contato com essa srª que já é egbomi, ela pegou minha data de nascimento e fez algumas anotações, etc., e só me disse em tom de brincadeira assim: “você é complicadinha”. Aí o sr. deve imaginar o que anda passando pela minha cabeça, não é? Afinal de contas, ela não entrou em detalhes. Como lembro que citei há pouco tempo aqui no blog que um Baba tinha aberto os búzios para mim e dito que eu era Abikú, fico pensando, será que foi isso tb que ela viu, Tomeje? Isso pode acontecer, ou só no jogo? Afinal nesse dia ela não jogou, mas fez anotações com o meu nome completo e data de nascimento. Ô dúvidas, dúvidas… Help me, please, Tomeje. Rsrs. Asè mais uma vez.
MSC, MSC rsrsrsrsrsrsrs, será que é coisa de Orixa?????? rsrsrsrsrs. É talvez seja, né? rsrsrsrsr.
Mas tem uma coisa que me chamou atenção. Essa questão de uma egbami de uma Casa tradicional fazer anotações com datas e números. Me desculpe mas isso está fora do padrão de uma Casa tradicional. Em todas as Casas de Axé tradicionais, nós temos várias pessoas habilitadas ao jogo e inclusive pessoas com sua próprias Casas de Axé, mas sem exceção, em todas as grandes Casas só o zelador/a joga para os filhos ou clientes, pode até acontecer um filho/a da Casa jogar com autorização do zelador/a, mas com certeza ele/a vai jogar depois para confirmar que foi visto. Não existe isso de alguém jogar não oficialmente e muito menos se utilizando de outro elemento que não seja o jogo de búzios. A numerologia e outros oráculos ou formas de adivinhação não fazem parte do Axé, na minha opinião foi chutemancia, nada além disso. MSC deixe de medo e procure uma Casa de Axé para jogar, bolar, ser abian, frequentar e raspar essa cabeça menina! seja feliz!!!!!! Axéô, Tomeje.
Pois é, Tomeje. Foi assim mesmo que ocorreu, mas eu soube que a Egbomi já está habilitada para jogar e que ela já faz isso há um bom tempo. Eu só não entendi o porquê dela não ter marcado comigo para fazermos isso, afinal, deste o meu primeiro contato com a Casa ela se fez presente o tempo todo comigo e disse que me ajudaria no que pudesse, trocamos números de telefones, etc, mas as coisas não andam. Enfim… Será que ela “desistiu” de mim? kkk. E quanto a jogar, bolar, ser abian, raspar a cabeça e, principalmente, SER FELIZ, isso demanda um “namoro” com uma Casa, certo? Mas ainda não encontrei uma que houvesse essa afinidade, quer dizer, surgiu essa agora, mas… Vamos caminhar para frente e ver no que dará.
Tomeje, tenho outro assunto “polêmico” para discutir com o sr. Há pouco tempo uma amiga frequentava uma Casa e decidiu se afastar por motivos que não sei ao certo quais são, mas tudo conversado antes com a Ya. Tempos depois quando ela ligou para a Ya novamente para marcar um dia para poderem conversar sobre o assunto, a mesma disse a ela que já havia doado o ibá do òrìsà dela para outra pessoa. Disse tb que pensou que ela não retornaria mais para a casa. Tomeje, fiquei pasma com isso. É normal um sacerdote agir assim? O correto não seria a Ya conversar com minha amiga antes e saber se ela queria continuar ou não na casa, e se fosse uma resposta negativa entregar tudo a ela? Esse é um dos casos nessa casa que me deixam assustada, outro que houve lá tratou-se dessa mesma “líder espiritual” quebrar os ibá dos òrìsà de outro filho de santo, quer dizer, minha amiga estava presente e disse que foi um dos òrìsá da Ya. Isso também é normal ocorrer?
Sabe, Tomeje, são essas atitudes que me fazem pensar e repensar se devo mesmo frequentar uma Casa de Asè. Muitas vezes as pessoas se mostram tão solícitas a vc no início do “namoro” e depois mostram o que são de verdade. Tenho muita preocupação com isso. Sei que só saberei de fato se eu arriscar, mas daí eu paro e penso, pago para ver????????? Asè e obrigada por esses esclarecimentos que o sr. tem me dado, eles têm me ajudado bastante.
MSC eu não vou dizer que nunca tive vontade de dar fim no ibá e no filho rsrsrsrsrs mas sou um sacerdote e como tal eu devo zelar por aquilo que me foi confiado por um orixá. Ainda que eu tenha decepções com filhos e que os filhos se decepcionem comigo, eu não tenho o direito de quebrar nada de ninguém. Muito menos um orixá tem esse direito, portanto, isso de que foi o orixá da zeladora é uma coisa bastante difícil de entender, um orixá “punindo” o outro???? Além disso há uma questão litúrgica nisso, para assentar um orixá é preciso a energia de várias outras pessoas, os ogans, as ekedjis, os mais velhos, todos dispensaram tempo e energia naquele assentamento, jogar fora ou quebrar é também partir a minha relação com aquele orixá. Sobre a doação do ibá. Eu penso como vc, deveria ter consultado a dona do ibá antes de dar para outro filho, tem relações de afetividade, carinho e dinheiro envolvido nisso, não pode simplesmente pegar e dar sem avisar antes. Isso é o meu entendimento.
Mas procure no blog os textos “decepção”, “poder” e “notícias nas casas de santo”. Acho que vc vai gostar deles. Axé, Tomeje.
Mas eu sei que o sr. não faria isso com ninguém, acredito que mesmo se fosse um dos “piores” filhos, o sr. pegaria tudo que pertencesse a ele, o entregaria e o mandaria seguir o caminho dele. Rsrs. No mais, que bom que o meu entendimento foi o mais correto, pelo menos para pessoas que levam a sério a religião pensam da mesma forma sobre a questão acima, o sr., por exemplo. Lerei todos os textos que o sr. me indicou, Tomeje. Obrigada. Asè!
Bom dia, Tomeje. Me tire uma dúvida, se houver explicação para tal, além da mera “coincidência”. Rsrs. Fui à festa para Yemanjá no dia 2 e eu usava um colar feito de miçangas na cor azul, não eram contas de orixá. Eu estava com um grupo de pessoas e dentre elas havia uma que me foi apresentada como Babalorixá. Ele olhou para o meu colar e começou a dizer que aquela cor que eu usava não era a do meu orixá, etc., que a cor que eu deveria utilizar seria a cor tal, e tocou no meu colar. Na mesma hora o colar partiu. Sou filha de Yemanjá, mas como não sou iniciada não sei qual a qualidade dela. Mas esse Babalorixá falava nas qualidades. Isso tudo me deixou intrigada. Existe alguma relação a mais aí, ou foi apenas uma coincidência? Rsrs.
MSC, eu em particular, acho muito complicado alguém se referir ao Orixa de outra pessoa apenas olhando essa pessoa. Nossa religião é oracular, o que vale é o que o jogo diz, o achismo está fora desse processo divinatório.
MSC graças a Deus a minha Mãe, e agora o meu Pai, sempre me ensinou que devemos respeitar aquilo que foi feito por outro zelador/a. Raramente vi ela ou ele falando que isso ou aquilo estava errado, mesmo quando a questão era um assentamento ou um Orixa que tivesse sido “feito” na cabeça da pessoa e ela e ele julgassem que deveria ser outro orixá. Ainda assim eles respeitam o que foi feito, e com muito jeito, delicadeza e respeito eles dão sua opinião ao filho e indicam o que é melhor fazer. Mas isso sempre enfatizando que NA CASA DELES o procedimento é outro e por isso precisa ser feito um pequeno ajuste. Em relação a fios de conta, isso é mais comum, as pessoas chegam com fios “fora do padrão da Casa” e eles aconselham a refazer para ficar de acordo com o padrão.
Portanto, se sua Yemonjá usa o branco leitoso, azul translúcido, branco translúcido ou verde água é um assunto que só compete a Ela a vc e a quem te orientou assim ou assado, não compete a mais ninguém falar isso e aquilo sem saber do assunto ou do motivo de uma cor no pescoço de alguém.
A questão de falar sobre qualidades de Yá (também sou de Yemonjá, sou de Ogun e Yá e minha Casa é Dela) me parece uma forma de tentar achar uma brecha ou uma “escapada” sua que possa revelar qual o seu Orixa ou mesmo a qualidade e daí fica fácil desenrolar o assunto. Em resumo, eu sou contra isso de achismos e chutemancia.
Sobre o colar, em algumas Casas alguns tipos de Yá usam o azul translúcido também. Mas sobre ele ter se partido, isso pode ser coincidência sim, mas os mais velhos dizem que quando um colar se parte é porque ele absorveu uma energia negativa e te protegeu. Não estou aqui culpando a pessoa, mas os mais velhos me dizem isso e eu acredito. Axé, Tomeje.
Pois é, Tomeje, concordo com o sr. em relação à questão dos pormenores dizerem respeito somente ao meu orixá, a mim e a quem eu confiar para cuidar de nós. No momento da conversa com essa Babalorixá eu tive a sensação de que ele de fato queria saber a qualidade do meu orixá, porque ficava perguntando se eu era de Yá Sessu, que aquela cor de colar que eu usava era dela, etc., e eu só me esquivando. Rsrs. Muito complicada essa situação, não é? Mas saí “ilesa” dessa situação. kkk.
Quanto à proteção, não sei o porquê, mas eu tive essa impressão que o sr. citou, de que o colar partiu devido à energia da pessoa que o tocou. Eu prefiro acreditar nisso também, que fui protegida de algo que poderia ter chegado até mim. Obrigada, Tomeje. Asè o!
Bom dia, Tomeje. Tudo bem? Ouvi de pessoas que fazem parte da religião as questões abaixo. Gostaria que me esclarecesse, por favor:
1 – Diz-se que orìsà de quem não seja iniciado, independente de ser filho de uma determinada casa ou não, não deve vir num dia de festa no barracão, isso seria uma afronta à Casa e ao sacerdote da mesma;
2 – Que orìsá de pessoa não iniciada não faz gestuais como os das Iyawo como, por exemplo, colocar os braços para trás quando o filho(a) entra em transe.
MITOS ou VERDADES? Rsrs
MSC eu sempre repito que as verdades são absolutas e imutáveis para uma (01) determinada Casa e pode ser um equívoco ou mesmo um erro para todas as outras Casas, então o que vale é o bom senso.
Na questão 01 há uma corrente que diz o não iniciação só É de fato do orixá fulano ou beltrano depois de iniciado. Isso faz todo sentido e é uma grande verdade, o orixá pode vir a mudar sim antes da iniciação, temos diversos casos assim, e não quer dizer que o zelador errou ou não viu certo, é só uma questão de liturgia. Posso te afirmar que existem casos de pessoas que durante o abianato são de um orixá, ou que todos julgavam ser de um orixá, e a pessoa saiu feita de outro. Portanto essa “proibição”, em algumas Casas, visa não permitir que o não iniciado crie vínculos com qualquer orixá, assim, quando chegar a hora da iniciação, se der “zebra”, fica mais fácil de o abian aceitar a “troca”. Mas em outras Casas isso não existe, o abian entra em transe e é desvirado, naturalmente. O que é consenso em todas as Casas é que não se dá rum em abian, não se veste orixá de não iniciado.
Na questão 02 todos concordam, orixá de não iniciado e dos yawos não colocam as mãos para traz, isso é hierárquico, é uma forma de identificar os egbamis dos yawos. Os gestos do abians serão sempre mais contidos e sempre acompanhados pelas ekedjis e/ou os mais velhos da Casa, justamente para inibir qualquer mistificação ou conduta inadequada do filho. Axé, Tomeje.
MSC, tem uma lenda de Oxum que conta o seguinte: Oxum era a mais bela de todas as moças daquele lugar, sendo cortejada por todos os rapazes. Oxum sempre muito vaidosa, ia todos os dias ao rio para se banhar, se adornar e se embelezar um pouco mais. Neste tempo as pedras do rio eram ásperas. De tanto Oxum ir ao rio, as pedras sob seus pes ficaram polidas e arredondadas. Um dia Oxum se olhou e viu que tempo tinha passado, sua beleza já não era a mesma e que os rapazes já estavam casados ou não a desejavam mais. O tempo tinha passado e levado a beleza de Oxum. Hoje quando utilizamos uma pedra de rio, devemos agradecer a Oxum por ela estar polida e lisinha. Como está sua pedra da religiosidade MSC? Tomeje.
Obrigada pelas respostas, Tomeje. Dismistificou muitas coisas para mim.
Bom, quanto à minha pedra da religiosidade, ela ainda está bruta, áspera, precisando ser polida para ficar lisinha como a da lenda de Oxum. O que o sr. me aconselharia a fazer?
MSC, sobre a pedra. Esta é uma lenda que diz que não devemos perder tempo, que devemos fazer aquilo que temos que fazer o mais breve possível. Então, sobre sua pedra, entregue-a bruta a quem vc e seu orixá escolher e deixe que o SEU tempo e o SEU orixa deem um bom polimento a esta pedra. Só não deixe o tempo passar e sua pedra ser polida por várias mãos (por vários conceitos e entendimentos vindos de um, de outro, de uma casa e de outra, incluindo eu na internet rsrs), este polimento deve ser dado numa boa Casa de Axé, boa para vc e seu orixá.
Sobre o texto que vc leu. Axé, axé, e axé, eu concordo plenamente com este babalorixa. Tenho percebido isso também, é um tal de ogan e ekedji que cismam que o orixá está dançando errado e que o orixá deve fazer isso e aquilo, que eu não sei mais quem é orixá e quem é ogan e ekedji e também tem pais e mães de santo assim, tá tudo meio confuso. infelizmente já vi pai de santo dar bronca em orixá na sala, neste dia eu fiz o que acho certo, me levantei e fui embora acintosamente, deixando claro que eu vi aquilo e que não compactuo com isso, e nunca mais voltei. Não posso permitir que meu nome seja associado a este comportamento. Não que meu nome seja lindo, mas não vou dar margem de falarem mau de mim, da minha Casa, do meu Pai e/ou da minha raiz por tabela. Porque, se eu permanecesse ali, eu estaria concordando com o erro. Na maioria das vezes isso acontece em candomblé sem cultura, os chamados “beco”. Talvez se os devotos e os filhos não fizessem plateia para isso estes pais e mães parassem com estas cenas deploráveis. Acontece que estes pais e mães colocam cerveja gelada no bucho do povo e garçon para servir, e sabe como o povo gosta do fervo, ne? Aí junta a fome com a vontade de comer.
Tenho visto que o orixa tem perdido a sua autoridade e sua autonomia. Tenho visto que em muitas oportunidades que o filho manda na vontade do orixa. Certa vez eu vi um rapaz chegar no candomblé com barba desenhada, cabelo cortado a máquina com desenhos estranhos e pintado de pelo menos duas cores. Até aí tudo bem, é o estilo dele, e não tenho que apontar o dedo e achar ou deixar de achar nada. Mas lá pelas tantas o tal sujeito “virou” de orixá, e era xangô, um orixá másculo e vigoroso. Vc imagina xangô com estes penteados e corte de barba? Vc realmente pode imaginar que esta figura representa a nossa religião? dá para acreditar que ali tem orixá? É disso que falo sobre a personalidade do filho suplantar o próprio orixá. Lógico que o sujeito pode se vestir e cortar seu cabelo assim e assado, não é preconceito algum, mas virar de orixá assim? Será que cabe numa casa de orixá este modelo de comportamento e este estereótipo? Duvido que um filho do Opo Afonjá, do Oxumare, do Opo Aganjú, do Gantois ou do Eng Velho se apresente assim na sala. Mas nos “becos” é o vale tudo para aparecer e chamar atenção para sí. Isso é religião? Axé, Tomeje.
Ah, Tomeje, lembrei-me agora de um texto que um Babalorìsà escreveu e li aqui na internet mesmo, onde ele diz que o Candomblé no Brasil cada dia que passa está se transformando numa escola, digamos assim, para os orìsà, aos quais são impostos movimentos e mais movimentos, transformando o rum dos orìsà numa enorme coreografia, que muitos sacerdotes ditam o que os orìsá devem fazer e/ou falar e quando devem fazer isso, além de muitas vezes chamar à atenção dos mesmos na frente de todos os presentes, até mesmo dentro do barracão em momento de festas. Ele cita que na Àfrica os orìsà quando em transe nos seus filhos dançam livremente, abrem os olhos, muitas vezes conversam com os devotos que estão presentes, etc. Que para ele, aqui no Brasil, ao invés de cultuarmos os orìsá é como se eles é que estivessem nos cultuando. O que o sr. pensa sobre isso?
Quanto à minha pedra, Tomeje, o que eu preciso é encontrar uma Casa que eu sinta confiança e que as pessoas dessa Casa tb sintam o mesmo em relação a mim. Já estou nesse processo de busca, tenha certeza disso.
No mais, essas dúvidas que comento aqui surgem de conversas com pessoas que conheço e que frequentam ou já frequentaram Casas de Asè, e o sr. já deve ter escutado ou até mesmo visto com os próprios olhos que na Bahia praticamente em cada esquina encontramos um “terreiro”, daí ouvimos e vemos muitas aberrações. O que tento fazer é ouvir essas questões, tirar dúvidas com pessoas mais velhas e de respeito como o sr., por exemplo, e fazer as minhas filtragens para tentar chegar a um entendimento que me tire da leiguice total sobre o assunto. Mas uma coisa é fato, tenho plena consciência de que nada e nem ninguém conseguirá me dar o aprendizado que só se adquire dentro de uma Casa, na prática do dia a dia e nas observações. Uma pessoa mais velha de uma Casa tradicional me disse uma vez e jamais esqueci ou esquecerei: “A ordem dentro de uma Casa de Asè é falar menos e ouvir mais.”
No mais, obrigada, Tomeje. Asè!
Obrigado pela resposta Tomeje… irei ler sim os textos sugeridos.
eu sou filha de onira , e desde feita sofro com muitos problemas , não para em casa , dizem que sou malcriada , e deram para a onira o exu ijenã, tou passando por muitos problemas , peço ao senhor que me diga este é o exu da minha mae eu pedindo a ele ele responde
Geni Aparecida seja muito bem vinda ao blog. Tenho percebido que hoje há uma enorme onda de que todos são desta ou daquela qualidade de Orixa. As pessoas praticamente esquecem do Orixa e só falam que são filhos desta ou daquela qualidade, esquecem que o mais importante é conhecer o Orixa, e que qualidade é um detalhe, um traço da personalidade deste Orixa. Então em primeiro lugar eu sugiro que vc conheça Oyá, que vc compreenda esta energia e aprenda como lidar com ela, qualidade é secundário. Mas vc diz que não para em Casa de Axé e que as pessoas dizem que vc é malcriada, será que não é hora de vc reavaliar seu comportamento? Será que não é este seu comportamento que está influenciando a sua vida de forma geral? A vida simplesmente retribui aquilo que nós damos a ela, se plantarmos erva daninha, não há outra colheita que não seja erva daninha, mas se vc plantar flores com certeza vc vai colher flores. Isso não tem nada de Orixa, isso é questão de vc se conhecer e aprender a lidar contigo, ou seja, conhecer Oyá e aprender a lidar com esta energia. Não é porque Oyá é o Orixa dos ventos e tempestades que vc precisa ser assim também, certo? As vezes eu falo com as pessoas que existem diversas formas de sacrifício e que não é só o ato de imolar uma galinha que devemos ver como sacrifício. O maior sacrifício que muitos devem fazer é aceitar seus defeitos ou erros e aprender a corrigi-los, isso é um sacrifício muito grande e que muitos não estão dispostos a fazer, preferem se esconder por traz do pobre do Orixa colocando a culpa de tudo na religião e no Orixa. Pense sobre isso minha irmã. Sobre o Exú. Não há lei que proíba que o Exú de sua oyá seja Ijena, Lalu, Onã, Iroco, Lajiki ou qualquer outro. Geralmente os Exus vem acompanhando o Orixa principal sim, mas isso não é obrigatório, portanto, quem deve saber se está correto ou não é o seu pai ou mãe de santo e a própria Oyá. Não de atenção para o que vc tem ouvido, todo mundo quer saber mais que o outro pai ou mãe de santo e sai por aí rebatendo tudo que os outros dizem para se mostrarem muito sábios e superiores aos outros. Se vc confiou sua cabeça a alguém é porque esta pessoa é séria, sábia e capaz, se Oya aceitou que aquele Exú estivesse ao lado na iniciação é porque Oyá o queria alí. É simples assim. Espero ter ajudado, axé, Tomeje.
Oi Tomeje. Procurei pelo senhor no blog que o senhor estava antes e como não achei comecei nas buscas aqui na internet. Enfim….. Sou abian, me foi apontado no jogo o cargo de Ekedji. Até ai tudo ok, mais o que acontece e medo, cada um diz uma coisa sobre como seria a iniciação e eu queria fazer, queria ser de fato uma Ekedji e não apenas uma abian “melhorada”. Uns dizem q é tudo igual a iniciação de Iyawô ( raspa a cabeça e tudo mais) e outros dizem q não (esses são os que tô levando em conta)… Q ñ raspa, ñ tem o preceito de 3 meses de kelê e depois o 1 ano de proibiçoes. Outra dúvida, o orixá do babálorixá da casa tem q me suspender pra haver a confirmaçao ou se eu for me confirmar mesmo pode ser só com o jogo apontando o cargo? Pois bem, tô receosa. Filha de oyá fala pra cacete, desculpa pelo turbilhão de pergunta e dúvida. Rsrsrsrsrsrsrsrsrs
Carolina de Oyá, Olá, seja bem vinda ao nosso blog. Só saí do ocandomblé porque não deu pra conciliar blog, pgm de rádio e de televisão, (www.ori.net.br).
Carolina cada Casa tem o seu modelo de iniciação, é verdade, não há um modelo único, até porque hoje temo que levar em conta que as pessoas trabalham e que as férias das pessoas, de modo geral, tem sido cada dia mais, dividida em pequenos intervalos de 10 dias, hoje são poucos os que tiram 30 dias corridos. E até isso tem que ser levado em conta. Outro detalhe importante que vivemos num pais preconceituoso e que em muitos empregos o uso de quele durante 30 dias ou mesmo o uso do branco durante 90 dias é impossível, portanto, há Casas que tem o bom senso de liberar o quele e o branco nestes casos, ficando o uso do branco exclusivamente para os momentos possíveis. Então é uma decisão da Casa, não é mais uma questão de liturgia. Há Casas onde ogan e ekedji não raspam a cabeça e há Casas onde se raspa sim. Isso depende de uma série de coisas, até mesmo do cargo/função específica destas pessoas. Mas em geral não se raspa ogan e ekedji. O recolhimento não é igual ao adoxu por que as necessidades são outras e por isso o tempo também costuma ser outro, em torno de 10 a 15 dias. Quanto ao preceito. Isso é obrigatório para qualquer iniciado sem distinção, o preceito é um momento de ligação com Orixa que só se faz uma vez e por isso deve ser curtido ao máximo, eu acho que é fundamental. O tempo de 01 ano também é fundamental e imprescindível. acho que ogan e ekedji que passam por este preceito compreendem melhor o que é sua função e o que é a função dos seu “filhos” adoxu. Ser apontada é também uma questão de liturgia, é preciso que o Orixa te apresente a sociedade religiosa. Não tenha receio de nada, observe a Casa e os mais velhos e veja se vc está feliz nela. Seja sempre feliz com Oyá. Axé, Tomeje.
Boa noite, Tomeje. O sr. poderia falar um pouco sobre ancestrais? Grata. Asè!
MSC, de que ancestrais vc está falando? Orixa é um ancestral divinizado também. Mas temos alguns outros como os cultos das Yami e de Babaegun. Vamos falar sim, acho bem legal este tema. Axé, Tomeje. Antes que eu esqueça. Há algum tempo, cerca de 04 anos os leitores do ocandomble fizeram um movimento “abre casa Tomeje!” e deu certo. Agora vou começar o movimento “entra para uma Casa de Axé e se inicia MSC!” rsrsrs
Obrigada mesmo pela resposta Tomeje. Pretendo aprender e tirar muita dúvida q eu tenha antes de me iniciar porque ñ quero entrar com tudo e depois me decepcionar. Observando coisas e conversando com pessoas feitas de santo, soube que não é correto se fazer Yabá em cabeça de homem e muita casa ñ faz, assumindo assim o juntó. Fui defender oq eu sei, q na minha casa faz e fui chamada de bequeira assim na lata. Rs. Sei de muita casa q faz e não tem problema nenhum. Seria apenas mais um preconceito?
Carolina, este assunto, assim como tantos outros no candomblé, são verdades de cada Casa e da cada Axé. Acho que a pessoa que te falou isso é muito arraigada a sua Casa e ao seu Axé e esquece que existem milhares de outras Casas de Axé tão boas quanto a dele e que devemos respeitar todos os Axés e Casas que fazem diferentes da nossa. Com certeza um homem pode fazer sua iniciação para Orixa feminino, isso é normal, ou esta pessoa desconhece tantos e tantos Babalorixas feitos de Yemonjá, Oyá e Oxum? Acho que o preconceito foi desta pessoa, Orixa não é preconceituoso rsrsrs. E mais uma coisa, se ser bequeiro é sinônimo de alguém sem cultura religiosa e sem educação de axé, ele se encaixou perfeitamente, afinal, uma pessoa bem educada no Axé não responde desta forma. Axé, Tomeje.
Exatamente Tomeje. Você falou tudo. Dei exemplos de babálorixas feitos de Yabá e a pessoa chegou a fazer sérias ofensas. Sei q nao sou ninguém pra falar alguma coisa, mas é por essas e outras coisas q o Candomblé tá “marginalizado”, muitas vezes mal visto por tanta gente… E tb fico abismada q ainda se exista gente assim…. Enfim…. Fico na minha. Asé!
Carolina, eu fiquei muito tempo “na minha” e comecei a achar que o candomblé não tinha jeito e que estava fadado a marginalidade. Quando eu comecei a trabalhar e expor minhas ideias no blog ocandomblé.wordpress, eu percebi que há uma multidão de pessoas que querem compartilhar conhecimento e cultura. De lá eu me mudei pra o pgm Ori de rádio, depois para este blog ori.net e agora me divido entre o blog, o pgm de televisão, as reuniões de algumas associações, eventos como “presente de yemonja no RJ”, cursos e debates sobre o candomblé. Tenho visto um movimento forte de revigoramento da nossa religião com muitos jovens trabalhando (Dayane do ocandomble é exemplo) e militando no candomblé por uma religião sem estigmas. Bem é isso acho que vc deve estudar e ter argumentos sólidos para discutir com estas pessoas, por que com certeza vc ainda vai se deparar com este tipo pensamento pequeno. Axé, volte sempre, e sejamos felizes. Tomeje.
kkkkkkk. Mas Tomeje, o sr. esqueceu que eu te disse que já estava nos trâmites da entrada numa Casa de Asè? Acho que não precisará fazer o movimento. kkkkk. Quando o grande dia chegar, convidarei o sr. Rsrsrs
Bom, quanto ao assunto que citei, é que fiz uma leitura recentemente, mas não foi muito esclarecedora. Nela falava-se da diferença entre o nosso ancestral e o òrìsá dono do nosso orí. Não entendi direito essa questão. Aproveitando a deixa, se existir essa diferença mesmo, nós poderíamos ser feitos com o nosso ancestral sendo o dono do orí, ou isso não existe? Me desculpe por tantos questionamentos, mas é que eu leio uma questão e dela me vêm milhões à cabeça. kkkkk
Ah, já que o sr. acha o tema interessante, posta algo em breve para nós. Asè, Tomeje.
MSC vou ficar aguardando o convite.
Sobre ancestralidade, tem um texto bem recente do meu Pai Marcio, Ile Ibó Akú, veja este texto por favor.. Vou postar sim em breve um texto bem interessante sobre o tema. Mas vamos discutir um pouco o que vc citou. Todo orixá é um ancestral divinizado, há divergência sobre isso e muitos dizem que Orixa é um força da natureza e que não tiveram vida terrena, mas todos os itans nos contam que foram os seus feitos que os alçaram a condição de Orixa, portanto este debate me parece muito mais uma corrente tentando desmistificar a religião e outra que tenta dar um ar “mitológico/fantástico” a religião. Eu prefiro o conceito de que orixá teve vida, e me baseio nos relatos de Xangô e sua dinastia, os Alafim de Oyó que estão aí até hoje, todos descendentes de Xangô. (Mesmo sabendo que Xangô foi o terceiro Alafim de Oyó e foram os seus feitos que determinaram o seu culto separado dos demais alafim e sua fama foi tão grande que hoje se confunde os alafim com a própria figura de xangô). Isso é um bom exemplo de ancestral divinizado. Me perdi um pouco mas vamos lá. Bem, se pensarmos que orixá é ancestral, não vejo motivo para separar orixá dono do ori de algum outro conceito de ancestral, portanto nós seríamos feitos sim de um dos nossos ancestrais, Ogun, Xangô, Oyá, Yá e outros. Mas se pensarmos em termos de cultos específicos como Babaegun, aí é outro assunto. Este é um tipo de ancestral que não é feito na cabeça de ninguém, mas precisamos entender que existem três “níveis” de ancestrais neste culto. Os Egun, que são todo e qualquer morto. O cabra morreu vira egun, e este não pode ainda receber culto. Existem os Esá, um tipo de ancestral eu teve alguma importância para um determinada comunidade, este pode receber culto, mas estará subordinado a um Babá. E existe o culto Babaegun, um ancestral que foi importante para um grupo grande de pessoas e comunidades, ele foi um grande líder local ou regional e que por este motivo merece ser regularmente reverenciado e consultado sobre os assuntos da comunidade. Exemplo disso na nossa religião. Nem todo pai de santo tem importância para a religião e por isso não será cultuado como esá ou babá. Mas quando falamos de Pierre Verger a coisa muda, ele teve importância para diversos terreiros e para a religião, por isso ele pode ser um esá. E temos o caso do Babalawo Bamgbose Abitiku ou Obitikú, ele foi um dos formadores do candomblé organizado no Brasil, este sr pode ser cultuado como Baba. Entende a diferença? Mas nestes casos eles não serão elevados a condição e orixá, serão sempre lembrados no culto de Babá. O assunto é longo e tempo curto, vamos falar outro momento sobre isso. Lembrei de uma coisa. Não é só morrer e ter sido importante para a religião que faz de alguém um pretendente a ser Babá, ele precisa passar por uma avaliação rigorosa dos mais velhos e cumprir etapas antes de ter culto. Isso é muito confundido pelas pessoas que acham eu todos podem ser cultuados como babá, e isso pode gerar interpretações distorcidas e equivocadas sobre ancestral. Axé. Tomeje.
Ok, Tomeje, pode aguardar o convite.
Agora sim compreendi melhor o assunto após a leitura do texto “Ile Ibó Akú”, de Pai Márcio, e do que o sr. escreveu tb. O que tinha me deixado intrigada era justamente essa questão de um ancestral ser, digamos, totalmente diferente do òrìsá. Mas agora as coisas ficaram mais clara. Obrigada mais uma vez. Asé!
Olá, Tomeje, boa tarde. Me tire uma dúvida: Por que nesse período entre o Carnaval e a Semana Santa muitas Casas de Asè suspendem suas atividades? Isso é apenas por causa do sincretismo religioso ou tem algo a mais? Grata.
MSC a sua pergunta rende uma ótima tese de mestrado, sério! Tem tantos motivos e tantos desentendimentos sobre este tema que fica difícil resumir em poucas linhas. Eu mesmo já ouvi de mais velhos (bem mais velhos) de Casas de Axé tradicionais aí de Salvador, que neste período os Orixás não se manifestam porque estão na terra ancestral, África. Mas também já ouvi que este recesso tem sua origem numa certa diplomacia entre as Casas de Axé e a Igreja, que naquele momento histórico exercia um grande poder político (como hoje) e liderava uma enorme resistência aos candomblés. Por este motivo muitas Casas se fechavam neste período, não em respeito ou assentimento aos ritos católicos, mas para se proteger mesmo. Há também quem diga que isso tudo não passa de sincretismo e que deve acabar. Tem os que argumentam que as Casas de Axé, muito sabiamente, e eu concordo com esta tese, para evitar confrontos entre nosso povo, que brincava o carnaval, e a polícia, buscava em Exú a proteção necessária, e aí nasceu o costume de fazermos oferendas a Exú antes do carnaval para pedir proteção contra “forças do mau”. Tem também um outro motivo. Naquele momento histórico era comum que pessoas mascaradas invadissem os terreiros para destruir tudo, então os Axé passaram a manter os ou alguns filhos recolhidos neste período, sob a alegação de protege-los das forças do mau que estavam soltas durante o carnaval, mas na realidade esta era uma forma de dar proteção física ao terreiro. Sendo uma desta possibilidades ou mesmo o simples sincretismo, que de simples não tem nada, a realidade é que a maioria das Casas faz ebós de limpeza e fica fechado neste tempo, só reabrindo depois da quaresma. Hoje temos muitos candomblés que tocam neste período e que mantem seus calendários desvinculados das datas católicas, o que eu considero um grande avanço e que se deve, ao meu ver, sem desmerecer os mais velhos que nos deixaram um legado de lutas imprescindível para formação de nossa religião, a essa nova geração de zeladores/as mais conhecedores da sua posição na sociedade e que fazem uso das leis que nos amparam e nos defendem. Por isso eu acho que da uma bela tese de mestrado a sua pergunta. Axé, Tomeje.
Nossa, Tomeje, é mesmo? Então o assunto é complexo demais. Não imaginava que fosse tanto. Bom, eu percebia essa paralisação das Casas aqui e não sabia ao certo o porquê, mas nas poucas palavras postas aqui pelo sr. consegui entender melhor essa questão. Mais um assunto esclarecido no meu caderninho de anotações. Rsrs. Obrigada, Tomeje. Asè!!!
MSC, dizem que eu faço parte de um “candomblé conceitual” porque, assim como tantos outros, eu quero discutir a religião um pouco mais profundamente. Não sei se existe este “candomblé conceitual” ou se as pessoas se acomodam com respostas superficiais. O problema é que um assunto como este deve ser estudado levando em conta, sincretismos, política, práticas litúrgicas, crendices, resistência e mais outros aspectos envolvidos. O importante, para mim, é discutir estes valores e mostrar que antes de ser uma religião somos uma cultura e temos história, por isso devemos ser respeitados. Isso é conceitual? É “menor”? Axé, Tomeje.
Então já vi que poderei ter sérios “problemas” futuramente, porque sou do tipo que gosta muito de ler e compreender melhor a nossa religião. Eu concordo com o sr. quando diz que muitas pessoas se acomodam com respostas superficiais, e acho que é isso que também dificulta um maior conhecimento e, por conseguinte, o desenvolvimento da nossa cultura e história. E por coincidência ou não, Mãe Stella, do Opô Afonjá, que publica artigos quinzenalmente num jornal de grande circulação aqui na cidade, informou na semana passada de um grande sonho que ela possui, que é o de criar uma biblioteca itinerante, composta por livros voltados para o conhecimento e o despertar do interesse das pessoas pela religiosidade. Daí, como não consigo ficar quieta em relação a fomentar e difundir a cultura e religião de matriz africana, já me engajei nesse projeto. Espero que esse seja o primeiro de muitos projetos que surjam para fortalecer ainda mais a nossa religião.
No mais, penso que as pessoas que falam em “candomblé conceitual” é coisa de quem não quer ter trabalhado de buscar informação, de refletir, enfim, coisa de quem quer ficar no comodismo mesmo. Asè, Tomeje.
Correção: … é coisa de quem não quer ter trabalho de buscar informação…
MSC um dos projetos que temos aqui no Instituto Ori é o da biblioteca volante/itinerante. Vc pode me informar mais sobre o projeto de vcs? O nosso consiste me levar livros para Casas de Axé e interagir com essas Casas utilizando o teatro como veículo. Tomeje.
Tomeje, não tenho muitos detalhes ainda, pois obtive as infomações pelo jornal e através de e-mails trocados com o pessoal do Opô Afonjá. O que posso informar ao sr. é que Mãe Stella publicou que o sonho dela é construir essa biblioteca itinerante e que para isso ela precisará de um ônibus adaptado, portanto, penso eu que a ideia seja levar o projeto às comunidades, bairros, etc. Provavelmente logo após o carnaval eu tenha maiores detalhes, daí passarei as informações ao sr., ok?
MSC, eu esqueci de comentar contigo, o blog Ori é, pelo que eu sei, o único veículo de internet autorizado a publicar os mesmos textos de Mãe Stella. Fazer o que né? rsrsrsrs. Axé, Tomeje.
Tomeje, gente importante é outra coisa. Fazer o que, né? Rsrsrs. É bom saber que existe um veículo de informações sério na internet fazendo isso. Tenho alguns livros de Mãe Stella e sempre que posso leio os artigos dela também. Leituras, ao meu ver, indispensáveis para quem quer entender melhor a nossa religião. Asè!!!
Boa tarde, Tomeje. Como o sr. está?
Me tire uma dúvida, por favor. Conheci uma pessoa recentemente e conversando sobre a religião ela me disse que atualmente estava muito confusa porque há algum tempo tinha frequentado uma casa e que nesta ela tinha dado borí e meses epois havia assentado o orixá dela, que era “Yemanjá”. Saiu dessa casa faz um tempo e que esteve noutra para saber como andavam as coisas e que o Babalorixá disse que o orixá dela era Oya e que ela estava querendo a feitura. Até eu fiquei confusa. Rsrs. Isso pode acontecer mesmo?
MSC eu penso que assentar orixá é uma das coisas mais complexas no candomblé, por este motivo, em geral, só é feito durante a iniciação ou em casos raros (onde se faz sem iniciar a pessoa). Na iniciação é que se tem certeza definitiva do orixá da pessoa, é na iniciação que se individualiza e se fixa a energia de um determinado orixá no seu filho e vice versa. Não sou favorável a assentar orixá antes de iniciar a pessoa, mas como eu disse existem casos raros/necessários, mas para isso é preciso que sejam feitos os oros necessários para confirmar o orixá para não haver dúvidas posteriores. Pode sim acontecer de alguém entrar para raspar um orixá e sair de outro orixá, isso é possível e acontece sim, e não há nada de errado, pelo contrário, é uma grande demonstração de maturidade do zelador/a admitir que o orixá foi soberano e decidiu assim ou assado. Eu creio que errado é continuar no erro e ignorar a “mudança”. Mas temos também os zeladores que “sabem demais” e cismam que todos os outros estão errados e vivem por aí chutando orixá na cabeça de todos (vc viu isso na pele). Acho um muito arriscado assentar orixá de alguém sem ter certeza absoluta por que acaba criando uma relação com aquela energia e no futuro na hora do pega pra capar, a coisa muda, e aí? como fica a cabeça da pessoa que já criou um amor por aquele orixá? Prefiro dizer que todo abian é de Oxalá e/ou Yemonjá e ir bem devagar observando. Axé, Tomeje.
O grande problema está aí, não é, Tomeje, em “saber demais”?
É por essa e por outras que tenho tido muita cautela com a minha pedra da espiritualidade/religiosidade, como o sr. me perguntou por ela num dia desses. Preciso ter confiança em quais mãos irei entregá-la para ser lapidada. Já percebi que muitas pessoas querem se aproveitar do que vc carrega, do que vc pode acrescentar, financeiramente falando, para a Casa, e só. Isso me preocupa demais. Obrigada pela resposta, Tomeje. Axé!
Olá! Sou filha de Oxum com Iansa. Estou estudando para concurso público e farei a prova no final do mês. Gostaria de saber como posso pedir para minha mãe me orientar, me mostrar o caminho, afastar a negatividade e clarear minha mente para que eu possa fazer a prova? Eu não sei como fazer para pedir essa ajuda. Tenho de acender alguma vela ou algo do tipo? Não sei como conversar com minha mãe e nem com exu. Não sei quais palavras usar…
Carol, antes da resposta uma pergunta. Se vc sabe que é destes orixás é porque vc tem alguma relação com a religião. Diante disso eu te pergunto. Ninguém nunca te orientou sobre este assunto, de como “falar” com seus orixás?
Respondendo. Não há receitas de bolo na nossa religião, não há palavras certas ou erradas para serem utilizadas, orixá entende muito melhor o pedido que vem do seu coração e da sua sinceridade. Por tanto fale com Oyá da maneira como vc acha que Ela pode te entender, use as suas palavras e seja sincera, estude muito, se esforce muito e os resultados virão. Axé, espero ter ajudado. Tomeje.
olá, venho participando dos xirês à dois messes em uma casa de angola, perguntei ao erê da minha zeladora qual era meu orixá ele falou que eu sou filho de oxossi e perguntou seu eu queria dançar para ele, eu falei que queria, aii acabei incorporando mas eu ouvia, mesmo assim o erê pediu para q eu fizesse o jogo, no jogo deus uma disputa entre xangô, oxossi, iemanjá e iansâ. mas diante da minha inssistencia minha zeladora foi comigo na casa da mãe de santo dela, lá oxossi se revelou dono do meu ori com ogum como juntô e oxalá de proteção. é possivel ser filho de dois orixás homen?
Leonardo Vieira, seja bem vindo ao blog e a religião. Sim, é perfeitamente possível ser filho de dois Orixás masculinos. Porém uma coisa me chama atenção, vc diz que é de uma Casa de Angola e, tecnicamente, o segmento Angola cultua Inkises e não orixás. Sei de diversas Casas e raízes de Angola que cultuam orixás e, de certa forma, é comum, mas devemos entender que o Angola é bem diferente do Ketu e quando chamamos os Inkises pelos nomes de orixás, não perdemos só os nomes, no seu caso seriam Kabila, Inkose e Lembá, perdemos muito mais que os nomes, perdemos a cultura original daquela Nação e isso é preocupante meu irmão. Mas cada Casa é uma Casa e sabe o que faz, eu é que sou meio chato com estas questões de cada coisa no seu devido lugar. Axé, Tomeje.
Boa tarde Tomeje,
Tenho lido o seu blog, com interesse e curiosidade. Ao mesmo tempo, gostaria de te parabenizar pela sua postura conciliadora, respeitosa, em relação às religiões e às pessoas – vejo isso na maneira que você responde os comentários dos seus visitantes.
Bem, sou uma iniciante neste mundo das religiões afrobrasileiras. Tenho uma disciplina no meu curso universitário (Artes Visuais) que se chama: História da Cultura Afrobrasileira e Indígena, e estou fascinada por este mundo novo para mim.
Tenho uma dúvida, talvez possa soar boba, mas gostaria muito de saber o que você pensa a respeito: existem sites na Internet que dizem que você pode encontrar seu orixá de acordo com datas de aniversário ou outros dados numerológicos, isso procede? Num desses sites, fiz uma cálculo e deu que eu era filha de Oyá. Me identifico com a orixá, mas gostaria de saber se é possível que ela seja minha orixá, ou se só indo num terreiro para descobrir.
Um abraço.
Tayna seja bem vinda. As religiões de matriz africana, candomblé e umbanda, não tem como prática o uso da numerologia, no candomblé usamos o jogo de búzios e na umbanda se utiliza as consultas com pretos velhos, caboclos ou outros guias além da própria vidência do pai ou mãe de santo que a partir da observação da pessoa vai definir o seu orixá. Mas no candomblé o jogo de búzios é sempre consultado para informar a alguém do seu orixá. Geralmente quem se utiliza de numerologia faz uma série de contas a partir da data de nascimento, certo? Mas se isso fosse correto todas estas 04 pessoa nascidas no mesmo dia, ano e mês, teriam os mesmos orixás, mas como vc vai ver são todos distintos. Eu, de Ogun. Manuela do blog ocandomblé, de Nana. Suely, uma amiga, de Oxóssi e um irmão de santo que é de Obaluaye. Portanto, para mim, o correto é procurar um bom terreiro, de preferencia com referencias de alguém de sua confiança e realizar uma consulta. Nada impede que a pessoa que te disse que vc é de Oyá tenha acertado no prognóstico, mas o que vale é a manutenção da tradição religiosa. Grande axé e disponha do blog sempre que precisar tirar dúvidas nos seus estudos, teremos prazer em ajudar. Axé, Tomeje.
Oi Nelson Souza bd realmente ñ sei como mim expressar mais adorei como vc falou com Elaine toda a quela explicação caramba vc mim ajudou muito sabia eu naverdade tinha toda essa duvida é nunca mim desabafei com ninguém sabe Nelson aquela coisa de vc ñ querer ficar por miniatura, sou eu rsrs muito mim teresou, a quela parte de q vc falou sobre ver é ouvir é q desde meus 17 anos que eu frequento certo q teve muita mudança dizia a minha mãe que era normal pq já vem de família da parte dos meus a voz mais quando eu estava diferente eu dizia coisas é fazia coisas tipo q eu ñ faria, mais teve tbm uma época no dia da matança, que eu ñ lembro de nada mais quando eu estava em mim, eu vi minha calça rasgada nos joelho, depois em outro dia eu lembro de ter corrido meio dia em ponto,100 quadra de pé com o peito cheio de bolha mais eu ñ sentia nada mais eu via é nesse dia cheguei a um destino a casa da mãe pequena do terreiro q eu andava q era muito longe tinha momento q eu sentia mais tem momento q ñ lembro denada, Nelson essa mensagem foi em outro site mais ñ lembro mais é que meu menino mexeu ai fui mais alem de coriosidades é q vc esplicou tão delicado a Elaine com paciençia q mim serviu eu tinha tanta duvidas Nelson, mais agora tou mais tranquila este site descobri pela manhã e fiquei até de madruga lendo observando atentamente só sai pra almoçar estender roupas rsrs é pra fazer o café vlw Nelson é os demais muito obg ha rsrs ja passou de meia noite bd.quando vc ler fala comigo ta. ha eu lembrei de algo é q a gora eu so sinto algo estranho mais eles ñ vem mais o q vc mim diz irmão ate avista escurece o foligo fica tão rapido q meus labios ficão resecado as mão tipo dormente é mais estranho é q eu ñ entendo nada na epoca com meus 18 anos eu fui testada com pimenta é eu via mais ñ conseguia falar tipo eu ficava estranha neltra é passei pelo teste é o tempo foi passando é agora sou mãe é tenho la meus quarentão rsrs é ja falei tanto né mais tabom deu pra vc entender um pouco mim ajude a entender, ta bjss.
Angell seja bem vinda e obrigado pelo comentário. Nossa função aqui é tentar divulgar a religião de uma forma simples e acima de tudo com respeito aos leitores/irmãos. No seu comentário está claro que vc é médium que incorpora Orixa. É uma pena que vc tenha se afastado da religião, mas a vida as vezes nos obriga a tomar decisões difíceis e temos que entender isso, mas como vc mesma citou, a sua mediunidade continua aflorada, vc continua sentindo seus Orixás e isso é bom, porque demonstra que vc ainda tem ligação com a sua religiosidade. Angell, eu lamento que vc tenha sido “testada”, isso é uma das coisas que eu acho que não deveriam ser feitas com ninguém, se um pai ou mãe de santo tem dúvidas quanto a veracidade da incorporação de um filho, o pai ou mãe deveria conversar com o filho e resolver isso de forma clara, mas ficar ‘testando” é uma coisa incompreensível e humilhante, tanto para o filho com para o orixá ou entidade submetida a isso. Tem também o problema de causar o afastamento do filho por se sentir humilhado diante da comunidade. Penso que cada um tem seu tempo e que devemos respeitar este tempo, mas tem uma história sobre Oxum que diz o seguinte” Oxum era bonita e vaidosa, e todos os dias ia ao rio para se embelezar. Todos os moços da sua cidade, seus pretendentes a marido, ficavam encantados com sua beleza. E todos os dias Oxum fazia o mesmo, ia ao rio se banhar e ficar mais linda. De tanto ir ao rio, de tanto pisar nas pedras do rio, Oxum transformou as pedras brutas daquele rio em pedras lisas, lapidadas. O tempo passou e quando Oxum se decidiu por casar, todos os rapazes estavam com já suas famílias e seus filhos e até netos. Oxum se revoltou com todos e tornou-se em uma mulher rancorosa e triste. O que esta historinha fala é sobre a passagem do tempo e os efeitos dele nas pessoas. Angell vc é médium, tem o seu amor pela religião, não deixe o tempo passar demais, não fique polindo as pedras do seu rio. Talvez seja o momento de vc procurar a sua religião novamente e dar continuidade a ela. Axé, Tomeje.
Boa noite, Tomeje, tudo bem? Venho com uma pergunta de um amigo. Pode até parecer boba, mas ele quer muito saber do sr. Bom, ele me disse que tem uma relação muito forte com Xangô e que sempre que pode acende velas para ele. No entanto, disseram a ele uma vez que deveria acender a vela sempre às quartas-feiras. Mas ele quer saber se isso procede ou se velas podem ser ofertadas aos orixás independentemente do dia da semana, visto que essa relação de dias é pautada no sincretismo religioso? Grata, e axé.
MSC, como está a pedra?
Mas vamos ao assunto. Concordo totalmente como que vc escreveu, orixá não tem lugar dia ou horário para ser cultuado, basta abrir a boca e falar com Eles. Além disso o calendário Yorubá, segundo os estudiosos, era de 04 dias apenas, e foi modificado devido contato com o calendário gregoriano. Eu nunca vi Orixa de relógio e folhinha esperando alguma coisas do filho ou esperando para agraciar o filho.
Tem uma historinha. Conta dum itan que “Exú mata o pássaro amanha com a pedra que Ele atira hoje” Isso diz que Exú é dono do tempo e que Exú modifica o tempo de acordo com seus interesses. Grande axé para vc, Tomeje.
Tomeje, acredito ter encontrado a Casa e especialmente uma pessoa que, mesmo devagar, já começou a me ajudar a polir a pedra. Estou muito feliz, pois estou seguindo o meu coração. Muitas coisas aconteceram nos últimos tempos, mas teria que escrever um texto gigante aqui. Rsrs. Mas como não farei isso, só te digo que a única coisa que espero é que daqui para frente as coisas aconteçam da melhor forma possível.
Quanto ao assunto, foi mais ou menos isso que eu disse ao meu amigo, ou seja, que eu não acreditava que deveria existir um dia específico para se acender uma vela ou conversar com determinado orixá. Para mim, isso tudo surgiu somente por causa do sincretismo, nada mais. Estou errada?
No mais, acho que a contagem regressiva para um futuro convite para uma saída de yawo está prestes a começar. Rsrs. Axé, Tomeje.
Fico muito feliz por seu encontro, que Ogun te de bons caminhos sempre. Aguardarei o convite. Acho que certos assuntos vão muito além do sincretismo. E tb precisamos lembrar que o sincretismo existe na nossa cultura mesmo antes de conhecermos o catolicismo. Por exemplo, o sincretismo com as demais culturas vizinhas aos territórios Yorubá e Jeje. Nós de Ketu cultuamos Deuses tipicamente Fon como Oxumare (Dan), Nanã e Omolu. O Jeje cultuam Gú (origem em Ogun), Odé e outros. Mas um aspecto que me chama atenção é a questão da estratégia política, a adequação ao ter´ritório e aos costumes locais para sobreviver. Isso é de uma inteligência maravilhosa, porque nem sempre é com briga que conseguimos aquilo que queremos, as vezes temos que ceder ou deixar que pensem que cedemos rsrsrsrs. Axé, Tomeje.
Bom dia, Tomeje. Agradeço pelas suas palavras e espero em breve ter novidades.
Bom, quando eu falo no sincretismo penso na relação com o catolicismo, onde foi preciso “mascarar” o culto aos orixás para que a religião pudesse sobrevivier. Na verdade, eu penso que há tempos essa relação era mais do que necessária, mas hoje não vejo muito o por que muitas pessoas ainda querem relacionar os orixás com os santos católicos. Me desculpe se eu estiver pensando errado, mas, na minha opinião, muitos fazem isso por medo e/ou vergonha de assumir a nossa religião. Digo isso porque vejo muitas pessoas que eu conheço fazerem isso. Se eu estiver errada nas ideias me corrija, por favor. Axé!
MSC eu concordo contigo e acho que que devemos modificar esta situação dando educação nos terreiros para as nossas crianças de axé, isso vai fazer toda diferença no futuro da religião. Precisamos valorizar a nossa cultura. Axé, Tomeje.
Isso mesmo, Tomeje, penso igual. Sei que não é e nem será fácil, mas se não houver pelo menos a tentativa, de nada adiantará pedirmos por tolerância religiosa, respeito, etc. se nós mesmos não declaramos e defendemos a nossa religião. Espero, estando numa Casa, poder ajudar de alguma forma no que diz respeito a esse assunto. Axé!!
Boa tarde Srº Nelson,parabéns pelo Blog e por ter aberto a Casa,se morasse perto iria visitar.Gostaria de saber o porque em alguns terreiros de Umbanda lava-se a cabeça dos filhos na cachoeira com champanhe,cerveja e guaraná?Um médium tem sempre um Exú e uma Pombogira(castiço),sempre vai incorporar os dois ou pode trabalhar só com um?Sendo filho de Oxossi e Oxum (exemplo),Oxossi sendo o Orixá de frente ele pode incorporar só ele ou também vai incorporar Oxum?Por que alguns Zeladores dizem que homens não podem incorporar Orixás femininos,isso procede?Se puder me responder.Desculpe por tantas perguntas.
Regio obrigado pela visita, e quando estiver no RJ faça uma visita sim, será bem vindo. Olha eu vou te falar do meu tempo de Umbanda. Frequentei durante uns 10 anos um terreiro de umbanda e foi muito bom para minha formação, lá eu tive contato com uma umbanda bem tradicional. Nesta Casa só se levava cabeça dos filhos com o amaci, uma mistura de ervas feitas na própria cocheira, nunca vi lavar cabeça com bebidas, isso para mim é novidade e pelo que eu sei não faz parte da tradição da umbanda.
Mesmo que pensemos que estas bebidas possam estar ligadas ou que sejam da preferencia de alguns orixás como Oxum, Yemanja, Ogum, Xangô e ibeji. Mesmo que pensemos que estas bebidas possam representar prosperidade/riqueza, segurança/justiça e a alegria, essa prática está fora dos limites da tradição da umbanda. É do consenso da umbanda que na cabeça dos filhos só se coloca folhas/banhos, nada além disso.
A questão dos catiços é complexa. Tem umbanda onde todo mundo é obrigado a ter catiços e ponto final. Em outras, os dirigentes aceitam e compreendem que seus filhos de santo não são obrigados a ter catiços. Há também os médiuns que praticamente exigem ter algum catiço, por diversos motivos, desde financeiros, com consultas, ou porque acham bonito, até os que querem dar pinta, seja de pomba-gira ou de malandro ou de um exú/catiço muito malvado/cruel/temido, e isso lhe dará prestígio e status na sociedade religiosa dele. Hoje vejo poucos médiuns que dão catiço para ajudar os outros, os necessitados. Já tem “catiço” aceitando cartão de débito, indo ao shopping fazer compras. No meu tempo não era assim rsrsrs.
Sobre a questão de um medium masculino não incorporar orixá feminino isso é preconceito puro e simples. Vc não vai encontrar em nenhum lugar a proibição de mulheres incorporarem orixás ou guias masculinos, já viu isso?
Sobre ser de um orixá masculino Oxóssi por exemplo e incorporar o segundo, Oxum por exemplo, isso depende da Casa. Mas te digo que SE Oxum tiver que vir na cabeça do filho, não será um pai de santo que vai impedir Oxum de vir, o máximo que pode acontecer é o filho sair da Casa. Mas Oxum vai vir, afinal estamos lidando com orixás, e sendo assim, nós é que fazemos o que o Orixa quer e não o contrário. Vc por acaso já viu ou soube de orixá com preconceitos????? Axé, Tomeje.
Obrigado por responder Srº Nelson.Infelizmente hoje em dia temos poucas pessoas dentro da religião com conhecimento,humildade e respponsáveis dispostas a ajudar sem interesse pessoal.Fiz estas perguntas pois estou á procura de um terreiro de Umbanda para poder cuidar dos guias e Orixás mas está muito difícil e tentei tirar algumas dúvidas aqui no Blog.Estive acompanhando um terreiro na cachoeira e vi este ritual,o zelador é bem conhecido e muitos dizem que ele tem um bom conhecimento.Seu terreiro,como alguns classificam,de Umbanda traçada ou mista,pois ele é feito no Candomblé,e não abandonou as práticas umbandistas.Já fui em muitos lugares mas só me decepcionei,teve um terreiro que disseram que eu tinha que falar com a baiana da Mãe de santo para a baiana me dizer quanto seria o valor do trabalho a ser feito.Como o Srº próprio sabe nosso Ori não é brinquedo para qualquer um por a mão.Eu sinto a vibração de algumas entidades,já fui em uma senhora de muito conhecimento e ela jogou búzios que confirmaram essa informação sem que eu tivesse falado nada para ela,mas infelizmente ela não toca mais o terreiro devido a idade e mudou-se daqui.Aqui onde eu moro existia muitas pessoas de referência na religião,mas eles já faleceram e só ficaram marmoteiros e picaretas.Já pensei até em desistir de procurar uma Casa,mas sinto que falta alguma coisa,o coração aperta quando penso nos Orixás e guias,e batendo no peito como se fosse uma saudade e angústia.Muitas vezes penso que é só impressão minha,que é “coisa da minha cabeça”,invencionice,daí quando vejo alguma reportagem bate uma tristeza.Devido mihas condições financeiras não tenho como ir ao Rio de Janeiro,talvez aqui na cidade de São Paulo tenha restado alguém sério,mas se pudesse ir aí iria com certeza.Vida longa á sua Casa e ao Srº e pegando como exemplo o que estou passando que seus Filhos de Santo tenham sempre um Pai presente e orientador para poder guiá-los na religião.
Desculpe retornar ,mas lembrando o assunto do catiço me informaram de um que era tão desenvolvido que atendia o celular….Sem cabimento,para o Srº ver aonde chegamos e o pior que isso aqui acontece nas barbas das Federações que não fazem nada para zelar pelo bom nome da Umbanda e Candomblé,muitos ainda fazem comemorações junto com essas pessoas.Depois dizem que os evangélicos querem acabar com a Umbanda e o Candomblé,quem suja o nome da Umbanda e do Candomblé são esses irresponsáveis.Queria saber se pode haver casos em que o Orixá feminino não incorpora no médium por alguma razão?O que se quer dizer com “A pomba gira está querendo tomar a frente na cabeça do médium”?Isso pode acontecer?
Regio eu não conheço pessoalmente o Pai Rivas, mas, pelo trabalho dele eu acho que pode ser uma boa indicação, veja o site http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/ e se te agradar faça uma visita a ele.
Sim, há casos onde o guia feminino pode vir na frente sim, não é incomum. Axé, Tomeje.
Olá Tomeje,
Meu nome é Katia e já nasci nas mãos de Oxum dentro de um barracão no Rio de Janeiro, desde então vivo buscando minha identidade dentro do culto. Já estive em Angola, Ketu, Jeje e Nagô e o que sei é que sou Ekédi e que minha bisavó era escrava trazida da Nigéria onde era rainha da tribo de Ewá, descobri essa história e vi os documentos a pouco tempo com minha mãe carnal. Tenho 49 anos e fui iniciada como rodante, fui raspada, aos 23 em Tumba Juçara como sendo de Oxum, mas a mãe de santo de Jeje que cuidou de mim antes dessa feitura e que se ausentou por motivos de saúde, o que me fez procurar uma outra casa para jogar e que culminou nessa feitura, jura que sou de Oxaguiã (estou tentando resumir os fatos). Depois disso, fui visitar uma casa de Ketu com uma amiga somente como acompanhante e aí se deu a experiência mais emocionante da minha vida dentro do Candomblé, a mãe de santo que não me conhecia saiu do quarto de jogo e quando tentou passar por mim Oxóssi virou e aí todos os filhos que estavam na casa viraram com seus orixás, Oxóssi cantava como um passáro e deitou-se os meus pés, eu não sabia o que fazer comecei a chorar, ele se levantou e acariciava meu rosto e secava minhas lágrimas e de repente num rompante me suspendeu, olha a mãe de santo era tão magrinha, e me levou aos quatro cantos do barracão e por fim me colocou sentada numa enorme cadeira de vime no centro do barracão e me pediu com gestos e singeleza para que eu fosse sua mãe e nessa casa fiquei por 3 anos e só sai porque numa festa, fui desrespeitada por um ogã que não era da casa. Ocorre que, depois dessa feitura nenhum(a) babalorixá ou yalorixá querem por a mão na minha cabeça, ninguém nem fala no assunto, já os orixás em terra me suspendem e me reverenciam sempre e eu acabo até ficando com vergonha. Preciso de uma casa séria de Candomblé para me encontrar de verdade pois acredito que possuo alguma herança ou marca dentro do culto. Pode me ajudar nessa busca, Nelson? Obrigada e colofé.
Katia de Oxum, kolofé olorun minha irmã. Em primeiro lugar vamos dividir o assunto. Se vc foi iniciada para Oxum, de Oxum vc será sempre, mesmo que alguém te diga que vc é outro Orixa, vc sempre será de Oxum. Sou do tempo em que não existia isso de ‘ser feito para o orixá errado”, afinal, onde estaria o seu orixá na hora da iniciação que não reclamou a sua cabeça? Não é mesmo? Portanto vc é de oxum. Vc ter sido raspada como rodante é um detalhe somente, isso não interfere em nada na sua vida religiosa. Se os Orixa te reconhecem como ekedji, pois suspendem, é porque vc é de fato ekedji, não tenha dúvidas disso. A questão das heranças que vc citou é um assunto complexo, assim como é complexo dizer que o orixá tal é originário de tal cidade principalmente quando falamos de Obaluaye, Nanã, Omolú, Oxumare e Yewá porque estes orixás/voduns são requisitados e cultuados tanto no ketu como no jeje e a localização de seu culto é incerta. Mas isso não diminuiu nem desmerece a sua informação sobre sua bisavó. Ms é preciso ir com muita calma neste assunto. Eu sempre indico que as pessoas procurem Casas de tradição, aqui no Rio eu conheço algumas ótimas Casas como a Casa de Yá Meninazinha de Oxum, Yá Gisele Omindarewá, Mãe Beata e outras Casas. Posso te indicar algumas destas sem dúvidas, mas vc é que terá que sentir se lá será o seu lugar mesmo. Aguardo seu retorno. axé, Tomeje.
Olá irmão Tomeje,
Primeiramente obrigada pela resposta tão esperada por mim, é uma honra. Acredito que primeiramente devo esclarecer que, não nasci porque minha mãe carnal queria porque ela tentou me abortar várias vezes e não conseguiu, ela é de Opará e a mãe de santo que na época me fez nascer, antes fez uma promessa a Oxum pedindo a ela para que não permitisse que isso se concretizasse. Sendo assim, no momento que ela sentiu as dores do parto e foi para o hospital, nem mesmo os médicos conseguiram fazê-lo e meu pai a levou para o barracão e Oxum me trouxe ao mundo.
Dizem que além de ekedji sou abikum pois nasci enrolada no cordão e sufocada, dizem também que fui feita como de Oxum porque não poderia ser mais feita de Ewá, e aí entendo porque só as virgens podem. O fato é que, quando fui para jeje antes dessa feitura, a mãe de santo nunca cogitou essa possibilidade. Simplesmente ela me acolheu, me deu Bori e me orientou a ir na casa em determinadas datas para acender minha quartinha, de Oxaguiã, e me tratava como uma visita. Como eu não entendia nada de Camdonblé, para mim era normal mas depois eu fui comparando os outros filhos a mim e vi diferenças, mesmos os abians tinham funções na casa e era tudo muito organizado e todos tinham uma rotina a cumprir, menos eu. Nessa casa de jeje, eu sempre fui tratada com regalias mas nunca a mãe me disse o porquê, eu chegava e ela me dava toda a atenção do mundo e eu achava meio estranho e me perguntava qual era a diferença. Diante disso, minha curiosidade aumentou e quando ela viajou fui parar nessa casa onde fui raspada, fato que indignou a ela(de jeje) e a mãe de santo que lá no meu nascimento (de ketu) e a muitos outros que vieram analisar meu caso, porque eu não virei com santo e tive que sair acordada no famoso equê para não botar o nome do pai de santo na praça. Depois disso, sete dias depois voltei no barracão dele e pedi que ele tirasse o quelê do meu pescoço. Eu estava me sentindo sufocada e com coceiras pelo corpo, ele tirou a contra gosto e me fez ameaças e eu simplesmente sai portão afora, careca e fui embora pra minha casa. Finalizando, me senti enganada por este homem que ficou com todo meu dinheiro na época mas, ao mesmo tempo abriu meus olhos para a busca e hoje eu sei que sou forte, não sei bem como, só sei que sou.
Kolofé irmão e Axé.
Katia vamos mais uma vez por partes rsrsrs. Independente de promessas, vc foi iniciada para Oxum, se saiu acordada ou não isso é outro assunto. Com certeza foi horrível o que ele fez contigo, mas está feito e deve ser esquecido e superado. Pode ser que vc seja abiku sim, mas isso só jogo pode dizer. O fato de alguém nascer com cordão no pescoço não indica abikú. Vejamos o seguinte, hoje a ciência evoluiu tanto que se consegue fazer operação no útero e salvar a criança, no tempo em que se formulou o conceito de abikú isso não era possível, e aí esta criança que foi operada é ou não é abikú??? sem a cirurgia ela morreria ???? Por isso, porque o mundo mudou muito em todos os aspectos é que precisamos ver sempre o que o orixá diz, não podemos ficar atados ao que o “perfil” de abikú diz. Isso também vale par ao abiaxé. Antes o abiaxé era aquele que passava pelo oro no útero sem que mãe soubesse da gravidez. Hoje podemos saber de uma gravidez 08 horas depois da relação sexual, até o sexo pode ser visto. Uma mulher entra para o roncó sabendo que está gravida, E aí? Esta criança pode ser considerada abiaxé????
Sobre Yewá…… (Ya = mãe) (Iwá = caráter) Yewá significa “mãe do bom caráter” e não tem nada com virgindade, afinal quando ela fugiu de Xangô Ela foi morar com Obaluaye ou Oxumare, não importa com quem, mas nunca li nada dizendo que Ela não teve um rolo com um deles rsrsrsrs. Outro ponto importante neste assunto e que: Será que depois de feitas as filhas de Yewá serão abandonadas por Yewá só porque tiverem sexo? Ou Yewá acha que sus filhas ficaram castas para sempre???? Acho que ainda fico com o que aprendi. Yewá requisita de suas filhas o bom caráter, a pureza, a correção, a limpeza, os bons costumes e isso não tem nada com abstinência sexual. Isso que dizem que mulheres adultas não podem ser feitas de Yewá, para mim, é falta de conhecimento ou um conhecimento muito raso de religião e de orixá. Posso te indicar algumas boas casas para vc jogar, vc é do RJ?. Axé, Tomeje.
Boa tarde, Tomeje. O sr. já leu este texto de Mãe Stella de Oxossi, falando sobre ritual e sacrifício? Muito bom. Asè!!!
http://mundoafro.atarde.uol.com.br/?p=5065
MSC eu acho que não tenho este texto, vou ver, asm de toda forma, vc pode me enviar uma cópia? Ahhhhh aproveita e manda um texto seu também rsrsrsrsrrs, Tomeje.
Ok, enviarei sim. No mais, ainda não consegui parar para escrever o texto, mas assim que der, farei. Rsrs.
Hooomi, tu tá é enrolando? Abian rsrsrsrsrsrssr
Boa Noite Tomeje,
Sou do Rio sim, parece que meu caso é complicado…rsrsrs
Sempre me disseram que eu não poderia ser feita como Yewá, pois já era casada e já tinha até filha e depois de me disseram que não poderia ser feita de jeito nenhum por causa do fato de abiku também. Ou seja, fui feita (raspada) certo ou errado não importa (foi o que entendi). O que sinto hoje com sinceridade é uma imensa humilhação, mas que não vem de mim esse sentimento, uma coisa muito estranha e eu não sei explicar direito. Só sei que amei e amo profundamente cada orixá que encontrei e dei a eles toda a atenção que eu pude dar. Mas, em contrapartida, minha mãe não recebeu a atenção que ela merecia, desculpe-me mas acredito que essa reclamação não é minha e sim dela e não tem nada a ver com o senhor é só um desabafo. Eu agradeço de coração sua ajuda e carinho com suas respostas e esclarecimentos.
Axé.
Katia, também muito sinceramente o que eu acho é que tem muita gente abrindo casa e que não deveria jamais se meter a sacerdote, esse ofício não para qualquer um. Assim como vc, centenas de pessoas passam por problemas semelhantes. Por isso eu sempre digo que o melhor caminho é sempre procurar as Casas tradicionais de candomblé, verificar os antecedentes de quem vc está entregando sua cabeça e procurar mesmo, sem vergonha ou pudores, saber se aquela pessoa é mesmo quem ela diz que é. Vc já se decidiu em que segmento vc quer continuar sua caminhada, se é jeje, ketu ou angola? Posso te indicar alguém em cada um destes segmentos aqui no RJ. Axé e tenha certeza de que orixá nunca te esquece. Tomeje.
Bopm dia!Preciso de esclarecimentos do que me aconteceu!sou abian e sabado ao participar de uma festa,eu senti meu coração acelerado,tontura e um calor ta grande no corpo que eu “penicava” enfim perdi meu chão e caí,acordei com uma ekedi me chamando na varanda da casa.Depois de um tempo a mãe pequena da casa veio e me colocou dentro do ronco,sentada numa esteira,senti uma sensação diferente,tontura e tremor no corpo,automaticamente meus olhos se fecharao e eu nao conseguia me mexer de jeito nenhyum por mais que eu tentasse mais esta va completamente conciente ouvindo o que as pessoas falavam ao meu redor.Me deitaram nessa esteira eu permaneci ali por um bom tempo deitada sem conseguir mexer um dedo nem abrir os olhos mais em pensamento eu pedia assim meu pai me ajuda eu tenho que sair daqui,pois ouvia algumas pessoas falando como se eu tivesse atrapalhando ali naquele lugar.com muito custo consegui abrir meus olhos sozinha,achei uma saia azul em mimnha frente e me segurei nela pedindo ajuda pq ainda nao conseguia me mexer direito.Tonta com o estomago enjoado uma vontade de chorar,gritar,um vazio muito grande.O que aconteceu?Eu bolei?Incorporei?Foi coisa da minha cabeça?ja que eu me senti envergonhada e fui embora sem maiores informações.
Tatiane seja bem vinda. Sem meias palavras ok?. É uma pena que as pessoas ainda se comportem assim com os abians, parece até que estas pessoas nunca bolaram ou nunca viram alguém bolar. No meu entendimento estas pessoas ainda não estão prontas pra exercer a religião e que esta casa ainda é deficiente no cuidado ao abiã, portanto, cuidado onde vc está indo. Vc bolou sim, isso é normal e é uma parte importante do processo de manifestação do orixá. É normal também que as pessoas ouçam e sintam tudo, afinal vc não está morta, só bolou, e é mentira de quem diz que nunca ouve ou sente nada quando estão incorporadas. Outra coisa que me chamou atenção foi vc dizer que ficou triste e sem informação, isso é complicado Tatiana, vc deveria ter sido orientada sobre o que aconteceu contigo. Não caia na história de que, agora que vc bolou vc está obrigada a raspar, isso não existe. Vá com muita calma e verifique muito bem onde vc está, se é de fato uma casa de candomblé. Visite outras casas que vc conheça e que sejam tradicionais e sérias e veja as diferenças, pesquise a origem da pessoa que é seu pai ou mãe de santo, procure saber onde ela foi raspada, se tem 07 anos de iniciada, quem é o pai ou mãe de santo dela. procure informações Tatiane, isso é fundamental. De maneia eu quero te por medo, mas é preferível ser honesto contigo agora e vc procurar uma boa casa do que vc amanhã ficar decepcionada. Axé, Tomeje.
Boa Tarde Tomeje,
Sim já escolhi, apesar da dedicação da minha mãe de jeje por mim e pelo carinho que tenho por ela, nada aprendi nesta casa durante todo tempo que estive lá porque como já disse anteriormente era tratada diferenciadamente e não sei o motivo. Já em Angola, onde fui feita, frequentei pouco e vi tudo que se passou dentro do roncó e acredito que se aprendi algo de fundamento foi o errado, com exceção de rezas e danças que eram ensinamentos passados pelo pai pequeno da roça. Sendo assim, escolho o Ketu que foi onde fiquei como Ekédji de Oxóssi por 3 anos e lá a casa era humilde a mãe era muito generosa e me ensinou muito e além disso foi a casa que mais respeitou minha mãe Yewá e onde eu mais prosperei como pessoa. Hoje, entendo que nada nessa vida nada é perfeito mas na época sai da casa por causa de alguém que nem fazia parte daquele axé, tenho o sangue meio quente sabe?rsrsrs
Hoje mais madura emocionalmente, penso que deveria ter mais paciência principalmente por causa de Oxóssi, como sinto saudades de meu paizinho lindo.
Mas não dá pra voltar no tempo e sim tentar encontrá-lo em alguma casa de Ketu e tenho certeza que ele virá ao meu encontro, apesar da qualidade dele ser um pouco difícil. Muitos outros orixás me fizeram o mesmo pedido que ele depois, mas o dele para mim é inesquecível e único com respeito a todos os outros.
Obrigada Tomeje e Axé.
Katia que bom que vc já se decidiu. Vamos fazer o seguinte, o email que aparece aqui na pagina da administração do blog é válido? Se for, no início da semana que vem eu vou te mandar alguns telefones e endereços de Casas de Axé para vc visitar ou jogar. Ok? Tomeje.
kkkkkkk. Eu enrolando, Tomeje? Imagina. Em breve chegará. Rsrs
Olá Tomeje, sim o e-mail é válido pode mandar. Agradeço muito. Axé.
Motumbá, Tomeje
Sou abian em uma casa de ketu e recentemente comecei a ter algumas dúvidas no que diz respeito à tradição.
Esta casa é de candomblé mas há toques para entidades de umbanda (em dias e rituais separados; o candomblé aos domingos e a umbanda aos sábados), mas às vezes sinto que há uma certa mistura de coisas… Sei que não sei nada sobre a religião, uma vez que sou uma simples abian, mas algumas coisas me confundem. Por exemplo: os yaos que se recolhem em minha casa, passam menos do que 21 dias no roncó. Isso não é estranho?
Há outras dúvidas também, mas esta ficou como principal…
Agradeço o esclarecimento
Maria seja bem vinda. Eu acho que devemos tratar esses assuntos sempre muito francamente. A maioria das Casas, incluindo aí algumas das grandes Casas de Axé, tem toques para entidades de umbanda. São raríssimas as Casas que não tem, e eu acho normal que tenham, afinal muitos de seus filhos tem entidades e precisam ou gostam de cultuá-las, por isso eu penso que seja normal. Se sua Casa separa as coisas já muito bom e muito respeitoso da parte do dirigente. A questão é que por mais que se tente separar as liturgias, elas acabam interferindo de alguma maneira. O que não pode haver é uma mistura exagerada, se é uma Casa de Candomblé os toques principais devem ser de candomblé, os outros toques devem ser esporádicos. Mas não tenha ilusão de que vc vai encontrar Casas que sejam “puras”, isso não existe ou é raro, até porque o candomblé tem uma certa mistura também, vá com calma e veja o que te desagrada e veja principalmente o seguinte: Será que vc está cobrando ver nesta Casa aquilo que TE agrada, mesmo que isso não seja o que agrada a Casa? As vezes nós criamos tantas expectativas, ficamos com tantas referencias de outras religiões e outros conceitos religiosos que isso caba criando uma imagem equivocada de um candomblé que nós julgamos o “ideal” e esquecemos que o candomblé tem também os seus próprios caminhos. Entendeu? Não fui grosso não, né?
Sobre os dias de recolhimento. Este tempo já foi de 06 meses, agora muitos fazem em 21 ou 30 dias (durante as férias), mas muitos estão se adequando a realidade dos seus filhos e do mundo capitalista do trabalho e estão recolhendo em menos tempo sim. O mundo mudou e muita gente tem férias divididas em dois tempos de 15 dias, isso é um fato que tem interferido no candomblé, e ninguém deve perder seu emprego por causa da religião, certo? Mas tem gente que recolhe em menos tempo porque não quer ter trabalho ou não sabe com fazer iniciação. Tem gente que inventa um tal de bori feitura e lasca de fazer gente dessa forma. Isso sim se deve prestar atenção: Quem dirige a Casa é feito? tem raízes? onde foi feito? com quem foi feito? quando foi feito? quem é seu pai ou mãe de santo? ele já deu obrigação de sete anos???????? Mas em geral as reduções de tempo da iniciação está ligado a falta de tempo do próprio filho. Então o que deve contar na realidade é o sagrado, é o orixa, é o tempo que dedicamos a iniciação, se fica 21 ou 15 dias, isso já não é tão importante, desde que seja com qualidade e responsabilidade. Vamos conversando mais?? Axé, Tomeje.
Boa tarde, Tomeje. Só hoje consegui parar para ver alguns vídeos do Programa Ori e pude conhecê-lo, digamos, pessoalmente. Rsrs. Adorei o programa. Parabéns ao sr. e ao Baba Márcio. Vida longa aos srs. Asè!!!!
Eu gosto muito do pgm de TV mas acho que o do rádio era mais legal. Axé
Boa noite, Tomeje. Me tire uma dúvida, por favor. O Candomblé em algum momento utiliza-se dos números? Grata. Asè!
MSC, o sistema oracular de Ifá TEM uma organização dos Odú que de alguma maneira se torna uma classificação numérica. Explicando: Os Odu obedecem a uma ordem de antiguidade ou seja, existem Odu mais novos e mais velhos e isso se dá de acordo com sua chegada na Terra. Desta forma cada Odu tem um número e por consequência cada Orixa tem um número que em geral está ligado ao Odús. Complexo, né? O maior problema é que estes números foram adaptados ao calendário Romano porque a forma de contar os números Yorubá era ligeiramente diferente, mas acabamos aceitando a maneira ocidental de números. Até ai tudo bem, é uma questão de organização. Mas o assunto de números no candomblé, para mim, pelo o que eu sei, acaba aqui. Não temos cabalas numéricas ou outros sistemas numéricos pra identificar orixa ou qualquer outro assunto da religião. Tem gente que faz contas para achar o orixa pessoa, leva em consideração a data de nascimento e faz cálculos a partir desta data, outros dizem que o mês de nascimento determina o orixa. Quem nasce em agosto é de Omolu/Obaluayê, em maio é de Oxum e por aí vai a história. Mas veja este exemplo, eu nasci no mesmo dia mês a ano da Manuela do blog ocandomblé, eu sou de Ogun e ela de Nanã. Além dela eu conheço exatamente mais três pessoas que nasceram nesta mesma data e eles são de Oxossi, Oya e Oxum, mesmo dia mês a ano e todos temos Odu e orixas distintos. Para mim é absurdo utilizar números em candomblé como se fosse um oráculo. Axé, Tomeje.
Complexo mesmo, mas consegui entender. Rsrs.
É, tenho visto por aí muita gente utilizando datas de nascimento para “identificar” o orixá das pessoas. Que lástima isso. Obrigada pela resposta, Tomeje. Asè o!
Boa tarde. Enviei um texto, o sr. o recebeu?
MSC, ordem dada, ordem cumprida rsrsr seu texto já está publicado no blog. Axé, Tomeje.
kkkk. Quem sou eu para dar ordens? Está mais fácil ser o contrário. Rsrs. Obrigada. Asè o!
Já publiquei o lino da coleção africa. Obrigado, Tomeje.
Sobre o pedido ao meu Pai Marcio de Jagum para levar o curso para BA, vamos ver isso??? rsrsrs
Por nada. Quanto ao curso, veremos. Obaaaaa!!!!!! Rsrs
Tomeje, boa noite. Hoje eu li um diálogo entre duas pessoas que me deixou intrigada. Rsrs. Uma delas dizia que em 2014 completaria 6 anos de iniciada e que muito em breve seria uma Yalorixá. Daí eu pergunto ao sr.: como funciona essa questão dos cargos? As pessoas ficam sabendo se terão algum cargo religioso antes da obrigação de 7 anos? Asè!!!!
MSC há casos, como ocorrido no Engenho Velho, onde uma criança foi apontada Yalorixa, sem ter sido iniciada ainda. Mas são casos raríssimos. E há sim, principalmente nas grandes Casas, o costume de informar à pessoa destinada ao sacerdócio o seu cargo de Yá ou Babalorixa, e ao longo do tempo ir lapidando esta pessoa. Mas MSC, quando isso acontece é porque a Casa tem muita confiança na pessoa e já veio “formando” e observando há muito tempo aquela pessoa. O que geralmente acontece é que muitas casas de axé confundem a obrigação de 07 anos com o deká. Na obrigação de 07 anos a pessoa se torna Egbami (irmão mais velho) e pode exercer cargos e assumir compromissos e cuidar de yawo, e principalmente levar coió – grifo meu: O coió deveria ser institucionalizado e ter dia oficial no calendário do candomblé. Por tudo e por todos e de todos se leva coió na Casa de Axé. Mas voltando ao assunto. O deká é outro assunto, é a cerimonia onde se apresenta à sociedade o novo sacerdote, e poucos deveriam receber deká. O problema é que esta confusão, ou desconhecimento, é generalizada e muita gente acha que obrigação de 07 anos é o mesmo que deká e que por causa disso poderão abrir casa de axé ou que serão sacerdotes. Muitos se esquecem que na Casa de Axé tem, literalmente, dezenas de cargos importantes para serem preenchidos, e que estes cargos são vitais num Axé. Todos querem o estrelato e o cadeirão, o beija mão e o abençoar de filhos. isso é status. Axé, Tomeje.
Entendi, Tomeje. A propósito, o que é coió?
MSC vc é mesmo ainda bem novinha na religião, né??? Coió é aquele jeitinho carinhoso que os mais velhos usam ao se dirigir aos mais novos que fazem besteiras. Coisas do tipo: O menna tu não sabe que tu não pode fazer isso? Que isso é coisa que só mais velho pode fazer? Tu não sabe que essa sua roupa esta errada? Tem outros milhões de exemplos de uma baixa/esporro ou carinhosamente um coió. Mas o legal disso é que ninguém te da coió para dizer: O menina tudo fez tudo certo porque????? Vamos me diga porque tu fez tudo certo?????? rsrsrsrsrsrsrs Coió….. coió é tudo de bom
Ola. Estou numa casa de candomble ha 11anos q se diz jeje mahi mas descobri q muitos fundamentos sao de keto. E uma longa historia e gostaria de contatos de casas ou pais de santo de sp para me orientar. Agradecido…
Edu
Edu Yemonjá bom dia e seja bem vindo. Antes de tentar te ajudar eu gostaria de perguntar o seguinte, porque vc quer ir para outra Casa? Não é melhor vc perguntar na sua Casa? Vc frequenta a Casa há 11 anos meu irmão, isso é muito tempo pra jogar fora, é sua família de Axé, e ninguém vai te dar o que esta família te deu até hoje.
Edú Yemonjá, o Jeje e o Ketu são primos e antes de vc pensar em procurar outra Casa eu acho bem legal te dizer o seguinte: Os territórios jeje e ketu faziam fronteira, e nenhum pesquisador conseguiu identificar exatamente estas fronteiras, porque estas fronteiras não eram como a demarcações de hoje, elas se “moviam” dependendo de invasões, guerras, acordos de paz etc etc. Mas é histórico e sabido que os povos transitavam de um lado para o outro da fronteira, se casavam, brigavam, viviam em harmonia e negociavam. Meu irmão isso é como pensarmos hoje nos bairros ou municípios que fazem fronteira um com outro, muita gente diz que mora num bairro/município e na realidade mora no outro, ou que frequentemente faz compras no outro bairro por que o mercado é mais próximo, e acabam criando laços com o bairro ou município vizinho, entende isso?? Portanto é natural que tenhamos influencia dos dois segmentos/candomblés tanto no ketu quanto no jeje. Veja o seguinte, vc é de Yemonjá e isso é normal no jeje, assim como pessoas de Oyás no jeje. No ketu temos culto a Oxumare (Dan), Omolu/Obaluaye, Nanã, Yewá e todos estes são de origem jeje. Portanto é normal que tenhamos esta relativa mistura. Talvez seja bem melhor vc procurar saber das suas aflições na sua Casa de Axé, na sua família meu irmão. Axé, Tomeje.
Tomeje, o sr. não sabia? Eu nem sei “engatinhar” ainda. Rsrs.
Agora sim, mais um item paro meu caderninho de anotações.
Pois é, por que os mais velhos não nos dão um coió quando fazemos tudo certinho? Por quê? Rsrs. Axé!
Boa tarde, Tomeje. É verdade que se uma pessoa mais velha no axé estiver comendo algo e ela oferecer dessa comida para alguém que essa atitude tem uma representação? Axé!
MSC, segundo a minha querida Yá, alguns filhos de um famoso Sacerdote, corriam para aparar água do banho dele para se banharem com aquela água. Certa vez à mesa, minha Yá falou o seguinte pra mim: Tomeje, vc está muito magro, me dê seu prato. Eu dei pensando que ela fosse me servir mais. Mas ela pegou do prato dela e colocou no meu. Foi um reboliço na Casa de Axé rsrsrsrsrsrs.
Existe sim um entendimento de que um filho que come do prato do sacerdote é agraciado com axé. No meu caso eu fui agraciado com “rosnados” rsrsrsrsrs.
É uma cultura estabelecida nos candomblés que, durante alguns orôs, o sacerdote divide o alimento ofertado aos orixás e dá um punhado a cada filho diretamente de suas mãos na boca do filho. Isso tem um significado bastante especial sim. Este gesto simboliza que todos os filhos vão comer a mesma quantidade, a medida que cabe na mão do sacerdote, ou seja, ninguém vai passar fome ou comer mais que o outro. Esta é uma forma de trocar e de receber axé. Depois desta partilha feita pelo sacerdote os filhos se servem a vontade. Axé, Tomeje.
Imagino o que o sr. tenha passado, Tomeje, ainda mais depois de todo esse esclarecimento. Mas acredito que quando uma pessoa é escolhida para receber o axé dessa forma é porque ela merece, não é mesmo? Ou será que estou enganada? Axé ô!!
Dizem os mais velhos que quando a pessoa retorna ao Ayê (terra), ela já predestinada a cumprir uma função, seja a função que for, mas que por uma série de outros motivos esta pessoa esquece ou se esquiva de cumprir sua função. Eu creio que sua pergunta e a minha resposta podem também servir para nos lembrar que cada um tem a sua função, e o ato de alimentar seu filho faz do sacerdote a pessoa que está lembrando ao filho a sua função. Ao menos foi assim comigo rrsrsrsrsrs Que minha querida Yá viva ainda muito tempo. Axé, Tomeje.
É mesmo, Tomeje? O pisca-alerta acendeu por aqui. Rsrsrs. No mais, essas histórias contadas pelo sr. tem me ajudado bastante a entender melhor cada palavra e atitude dos mais velhos dentro do Axé.
Que bom que o sr. “lembrou” qual era a sua função. Rsrsrsrsrs. Axé ô!
Alguns fogem ou se fazem de lesados, né????? Tomeje rsrsrsrsrs
Pois é, para muitos deve ser mesmo, Tomeje. Mas ainda bem que existem pessoas sensatas como o sr. para nos servirem como exemplos dentro da religião. Axé!
MSC… rsrsrsrsrs
Meu exemplo. Rsrsrsrsrs
Ola sou simpatizante do candomble e penso em entrar pois nessa religiao tem tudo o que eu precisso e acredito mais no momento nao tem alguem pra me ajudar queria saber qual seria meu orixa ficarei muito grato pela resposta pois busco isso a muito tempo meu nome Ivanildo Souza Gino Junior nasci no dia 02/06/1992.
Ivanildo seja bem vindo. O primeiro passo é vc encontrar uma boa Casa de Axé, um lugar onde vc confie e onde vc sinta que ali existe uma família. Mas vá com muita calma, observe muito atentamente o comportamento da Casa, dos filhos e do sacerdote. Te recomendo que visite alguns outros sites para estudo como, por exemplo: Axé Oxumare, Ocandomblé.wordpress.com, opo afonjá e outros. Nestes sites vc vai ver noções de candomblé bem tradicionais e poderá estudar bastante.
Sobre saber o seu orixa. Nunca faça isso pela internet, isso não existe. Vou te dar o meu exemplo, só no mesmo dia mês e ano que eu nasci, eu conheço 05 pessoas e todos nós somos de orixas distintos. Para mim, isso é prova de que data de aniversário não tem a menor influencia no orixa da pessoa. Portanto não busque saber orixa por internet, faça um jogo com alguém de sua extrema confiança, alguém habilitado e que seja de candomblé.
Uma coisa me deixou curioso. Vc diz que o candomblé tem tudo que vc precisa e acredita. O que é esse “tudo”, pode me dizer? rsrs
Se tiver mais dúvidas vamos conversar e tentar te ajudar, Axé, Tomeje.
Ola! Comecei com meus orixas tinha 14anos entrei sai varias vezez .sou da ubanda e fiz 4deitadas no candonble tive varios poblemas pois custaram para acertar .o ultimo que eu fiz a deitada saiu tudo bem fiquei fora depois que fiz a deitada.dois anoa depois fui para unbanda so que ta estranho minha mae d cabeca vem como se tivesse no candonbre os meus orixas tao vindo so aqueles perdidos que tavam la tras mais o resto sumiu o que pode esta acontecendo..
Gleice eu realmente não sei te responder. Mas quando vc fala de “deitadas” o que realmente vc quer dizer? Estes recolhimentos foram para fazer bori? Foram ebós? O que foi que vc fez? Gleice estou perguntando isso pra que vc tenha uma noção do que foi feito, a resposta destas perguntas não vai me ajudar a saber o que está acontecendo contigo. O meu conselho é que procure um jogo de búzios com alguém que seja de candomblé e que tenha uma boa reputação e que vc confie, assim vc poderá saber o que está acontecendo contigo e com seus guias e com seus orixas.. Axé e vamos conversando, Tomeje.
Olá! Comecei a frequentar as festas do Candomblé Ketu e gostei muito, me identifiquei bastante, senti uma ótima energia na casa, gosto muito das pessoas de lá, já sei que sou filha de Iemanjá e Oxaguian, foi a primeira casa que fui, não sinto necessidade de procuarar outra pq confio muito no Zelador, a minha dúvida é a seguinte: só têm dois meses que entrei nesse mundo que era desconhecido pra mim, mas sinto um amor tão grande pela casa e pela religião que me deixa sufocada, tenho sonhos diarios com os Orixás, acordo durante a noite sentindo a mesma energia que sinto quando vou lá, não consigo parar de pensar em tudo que vi e conheci, parece que escuto uma voz que me cama o tempo todo, cheguei achar que estava precisando de tratamento, e não sei o que fazer pq tenho medo de incomodar o Zelador da casa, quero uma ajuda antes de falar com ele, saber o que pode está acontecendo comigo. Obrigada
Alexia o amor não tem explicação e não tente encontrar explicação pra isso, deixe acontecer. Não tenho o que te dizer além de: procure o sacerdote sim e pergunte a ele, com certeza vc não estará incomodando. Axé es seja bem vinda ao candomblé, estude muito, leia as obras de Pierre Verger, Nina Rodrigues, Gisele Cossard, Reginaldo Prandi e tantos outros bons autores. Mas busque informação só na sua Casa de Axé. Internet é um campo vasto para maluquiçes e falsas informações, vá com calma. Axé, Tomeje.
Gleice, bom dia. Permita-me fazer um comentário sobre o que você nos informa. Além do que Tomeje falou, e penso que seja o melhor que você faça neste momento, eu quero somente deixar algo para que você também reflita. O primeiro ponto é: por que você está nessa alternância entre Umbanda e Candomblé? Você ainda não se “encontrou” na religião? O segundo ponto é: Você já parou para pensar se o que também esteja faltando para que as coisas se organizem na sua vida não seja você parar para fazer uma reflexão sobre o que de fato procura dentro da religião, seja ela a Umbanda ou o Candomblé? Acredito que se você se acalmar e fizer esses questionamentos a si mesma encontre algumas respostas. Não estou dizendo com isso que basta você refletir e ponto final. Não é isso, mas acredito que nosso ori (cabeça) muitas vezes nos confunda, por isso, penso que seja de suma importância reequilibrar os pensamentos para que não façamos o que não queiramos e depois surjam os arrependimentos. Pense sobre o que te falei e o que Tomeje também te aconselhou. Havendo dúvidas retorne para que conversemos mais, ok? Axé para você.
Gleice, coincidentemente eu encontrei um texto que diz muito do que eu resumi para você nas minhas palavras. Veja:
“… As vezes por desespero temos atitudes baseadas nas suposições, agimos sem o sentir e vamos pelo pensar… pensar que sabemos o que queremos ou o que desejamos e vamos deixando de lado a voz que fala e acalma, a voz sábia que sussurra de mansinho e acalenta com sua paz. Deixamos de lado toda sabedoria para escutar aquela voz que aprisiona, causa medo e faz com que nos sentimos perdidos no turbilhão da vida…” Axé!
Sou de Salvador, meu falecido bisavô que era babalorixa, era feito em uma casa muito tradicional e famosa daqui.
Minha avo e filha dessa mesma casa, e eu sou abian, quando minha vo ja pediu pra farios irmaos dela jogarempra saberem qual meu orixa, mas as vezes da que sou de Oxossi com Xangô em outras da o inverso, eles estao brigando pelo meu ori agora minha avo acha que sou ori meji. Sempre me disseram que era rodante eu antes de levar mais a sério o candomblé eu fui de outra religiao era do Vale do Amanhecer la eu incorporava cablocos, pretos velhos, medicos de cura e outras entidades…
Agora que voltei a ir pro candomblé mas frequentemente fui suspenso pelo Oxumaré de uma egbomi muito velha da casa, quanda fui suspenso comecei a passar mal mas não sei se foi de nervoso ou foi para bolar mais eu me controlei ali não era a hora.
Agora tenho duvida se sou ogan ou adoxu, antes me confirmar a ialorixa vai fazer o que pra saber se sou ogan ou não? E outra duvida ori meji da santo? Raspa qual dos dois ou raspa os dois? quem incorpora em um lugar incorpora em outra religião?
E quando a pessoa bola ela ta desacordada ou tem consiêcia? Sinto a energia dos dois mais tenho medo de ser coisa da minha cabeça porque meus amigos abians quase todos ou bolam ou o santo chega e é levado pra dentro e deitado na esteira até a pessoa se recompor.
Tenho medo de ser coisa da minha cabeça o jogo de buzios diz se sou ogan ou rodante?
Desde ja agradeço.
H. Estrela, seja bem vindo. Vc colocou muito assuntos num comentário só, fica difícil falar de tantas coisas de uma só vez. Mas vamos por partes. Meu irmão, a questão do orixa te suspender é complexa. Eu, em particular, acho isso complicado, mas o orixa pode também ter querido falar outra coisa e podem ter entendido como “suspender ogan”. O problema de fato é vc já ter experiencia de manifestação de entidades e sua avó ainda ter dúvidas se vc é ogan ou não (foi isso que entendi?). Outra coisa que me chamou atenção foi vc dizer que sua avó te levou pra outros irmãos dela jogarem pra vc, isso, para mim, é errado, afinal quem deve jogar é o pia ou mãe da casa que vc frequenta e não os outros.
Eu entendo ori meje de outra forma. São duas qualidades do mesmo orixa numa só cabeça, Ogum com Ogum por exemplo. Dois orixas distintos com Oxossi e Xangô, são no meu entendimento, apenas um desequilíbrio destas energias, e será resolvido com os oros apropriados e no tempo certo.
Meu irmão, por favor, me perdoe, mas preciso parar por aqui hoje, vamos conversar mais em outra hora, ok? Axé. Tomeje.
Ok,
Quando puder responder o ultimo paragrafo, serei grato.
Obrigado!
H Estrela, vamos pensar orimeji. Eu aprendi que são duas qualidades de do mesmo orixa numa mesma cabeça, por exemplo: Ogunjá e Ogum meje. Neste caso na iniciação a energia é Ogum, então fica simples. Mas imagine dois orixas distintos. Não há como dar a uma cabeça aos dois ao mesmo tempo, um sempre vai ser priorizado, vai comer primeiro. Mesmo que seja por uma fração de segundos, um vai estar a frente do outro, portanto, não compreendo isso de dois orixas distintos como orimeji.
Mas de toda forma, um ori meji será iniciado da mesma forma que qualquer outro yawo, sem nenhuma diferenca ou privilégios. Tem gente que diz que é orimeji para se sentir importante, e isso na verdade é uma grande besteira.
H. Estrela, só raspa um único orixa na cabeça do filho. Veja com cuidado estas informações que estão te dando, me parece que as pessoas estão um pouco equivocadas ou então vc está buscando informações em lugares pouco confiáveis.
Se vc incorporava guias, vc é adoxu, não tem o que ver sobre isso.
Sobre bolar, isso vai de casa para casa e só com o tempo vc vai compreender isso, mas fique tranquilo, se vc bolar, seu sacerdote vai te amparar. Axé, Tomeje.
Supondo que num barco tenha pessoas de todos orixas,os yaos de quais orixas
seriam dofono donitinho fomo fomutinho e etc.
MB sej abem vindo/a. NO Ketu nós temos uma hierarquia no Xirê, e ela é seguida também nos barcos, simples assim. Mas em outros segmentos como Efon, Angola, Jeje etc eu não sei exatamente como funciona esta questão, mas já ouvi que é igual, segue a hierarquia do “Xirê”. Axé, Tomeje.
Qual é a ordem do xirê? Logun fica em que posição? e xango?
MB, vc é iniciado? Qual sua idade e a quanto tempo vc frequenta o candomblé? Qual o seu interesse neste assunto? Meu irmão não me leia como se eu estivesse te interrogando ou humilhando, longe mim esta atitude, masa sua pergunta me deixou estas dúvidas. Axé, Tomeje.
MB, sinceramente, eu gostaria que vc respondesse a estas minhas perguntas. Tomeje.
Ola bom dia tenho uma enorme duvida que se transforma ate em medo! Fui quando VC e iniciado o orixá que traz seu ilá certo! E quando VC e um médium consciente existe casos do orixá não trazer o ila?
Leonardo, mesmo com a consciência, o Orixa vai dar o nome sim, fique tranquilo. Orixa não vai te abandonar nesta hora> Tenho certeza disso. Mas te confesso que já vi coisas por ai que me dão tristeza. O ilá é um som, as vezes baixinho, outras vezes um brado, mas sempre um som único que identifica o orixa. O que deixa perplexo é ouvir ilas que contam as história do orixa , do pai de santo, do tio de santo e dos visitantes todos da casa. Ou seja, um ila de duas horas, entende? Há uma diferença bem grande entre ilá e exibicionismo/invenção. Axé, Tomeje.
Muito obrigado. Entendo sim já vi muitos ilas assim cumpridos. Mas muito obrigado. Fui feito pra Ogunté.
Leonardo, em geral o ila de Yemonjá é bem baixinho, parece um acalanto. Já vi alguns muito bravos. Ai me disseram que era por que se tratava de Yá Ogunté, Eu aprendi que o que importa é o orixa e não a qualidade, portanto, aprendi que o ila de Yemonjá é sereno, sempre. Axé Tomeje.
Pai Tomeje, lendo alguns de seus comentários anteriores, um em especial me chamou a atenção. Onde o Sr. dizia para pessoa sossegar os pensamentos e ouvir a voz do coração ou do seu interior. Ouvir a voz interior é o que mais procuro fazer, pois a mente pode nos enganar por diversas maneiras. Porque é tão difícil para algumas pessoas conseguirem seguir sua voz interior e atender seu destino??
Marcos seja bem vindo ao blog. Sua pergunta, segundo nossa tradição religiosa, tem diversas respostas possíveis. Mas vamos conversar sobe uma que é quase unanimidade. As pessoas gostam de sofrer, acham que sofrendo serão recompensadas por Deus, ou pelos homens, e serão poupados dos problemas. Há também quem não saiba mais falar nada sem demonstrar autopiedade ou pedidos velados de ajuda. São pessoas que se acostumaram tanto a este modelo de vida, do coitadinho, do vítima, que não se reconhecem mais como pessoas capazes de serem felizes por conta própria ou sozinhos. As vezes as pessoas ouvem vozes, nem sempre essas vozes são do seu interior verdadeiro, são apensa reflexo da sua necessidade de ser aceito pela sociedade, por grupos ou necessidades que aquela pessoa julga reais e na realidade, na sua realidade, são apenas vontades físicas. Não fazem parte do caminho daquela pessoa. Então, o candomblé, pode ajudar nisso, pode apontar caminhos, mas a pessoa deve estar disposta a trilhar. AXé, espero ter ajudado, Tomeje.
Posso em alguns momentos me fazer de vítima, mas quem nunca fez isso?? Posso tbm, em alguns momentos sentir pena de mim mesmo ou autopiedade, mas quem nunca sentiu pena de sí mesmo??
Quem não quer ser aceito, fazer parte de um grupo que o compreenda, se sentir amado??
Ouvir vozes……nem falei nisto, e poucas vezes ocorreu algo assim comigo!!
Pedir ajuda……sim, sempre procuro ajuda de pessoas que julgo capazes de me ajudar!! O sr. não??
Talvez não tenha sido claro o suficiente, desculpe!!
Marcos, a minha resposta foi genérica e não diretamente a vc, mas se vc se sentiu incomodado com ela, é sinal de que vc age assim, e isso, esse comportamento, talvez, devesse ser revisto por vc.
Falando do ponto de vista religioso. Com absoluta certeza eu peço ajuda em muitos momentos. Mas o que me qualifica a receber esta ajuda é meu comportamento diante da religião e da vida. Até pra receber ajuda nós precisamos ter um comportamento adequado e saber como e de quem eu posso pedir ajuda. Foi, e é, o meu tempo e a minha conduta como homem de Axé, que me possibilitam recorrer a ajuda. Isso, meu amigo, leva um bom tempo de jornada. Axé, e vamos conversando. Tomeje.
Ser incompreendido faz parte da vida de todos nós! O que percebi, foi que, realmente, posso não ter sido claro ou que o Sr. tem muito conhecimento sobre os fundamentos do Candomblé, mas deixa a desejar quando se trata do ser humano e suas dificuldades. Apenas isto. Fazer uma colocação pessoal e não ser entendido, incomoda qualquer um!!! Muito Axé!!
Pai Tomeje, sou Abian e, como todos, tenho muitas dúvidas: por que ou qual o significado da pessoa com o Orixa incorporado, deitar no chão e rolar de um lado para o outro, na frente dos atabaques?
Marcos, sua pergunta é complexa porque precisamos discutir uma série de outros assuntos para que vc entenda o motivo daquelas danças. Em primeiro lugar é preciso explicar que cada Orixa vem ao Ayê para contar e recontar sua história. Nós que cultuamos Orixas, somos guardiões da ancestralidade e esta só será passada a diante se nós recontarmos infinitamente as nossas histórias. O orixa conta suas histórias através das danças, de gestos, de insígnias e ouros. As músicas sacras são condizidas pelos Ognas de forma a que o Orixa possa ir “caminhando” na sua história e mostrando a sua origem mítica. No caso específico que vc citou, eram dois Orixas ligados a terra, Oxumare e Yewá. Ambos tem ligação com a serpente, um ser mítico, ambos estão ligados a terra como elemento criador. Então, em suas danças, estão diretamente ligadas a terra, ao chão. Outro Orixas fazem outros gestos e outras danças. Axé, Tomeje.
Muito boa a explicação!!! Obrigado!!
Muito obrigado me ajudou muito….
Qual a diferença entre Olórun e Olódùmarè?
Marcos, não há diferença conceitual entre estes dois nomes, os dois se referem a um único Deus. Portanto, a resposta, pleo que eu aprendi, é que são grafias diferentes pra um mesmo Deus, ou a forma como Deus era conhecido numa determinada região e em outra, nada além disso. Entende?, Tomeje.
Ok!! Obrigado!!
Bom dia!! Nos terreiros de Umbanda, normalmente, a casa de Exu ou firmeza, fica do lado esquerdo de quem entra no terreiro, pois eles afirmam que o nosso lado esquerdo do corpo é o lado negativo(energia). Notei que no seu terreiro, nas duas entradas, a casa de Exu fica do lado direito de quem entra. Por que?
Abraço!!
Marcos, eu penso que um blog, como o meu, onde mantenho um trabalho sério e respeitoso, não é lugar para debates pessoais e falta de respeito entre um mais novo e um mais velho, fato que vc protagonizou no seu comentário anterior. Portanto, não estou disposto a te informar o por que da Casa de Exú do meu Axé estar posicionada a direita ou a esquerda da entrada. axé, Tomeje.
Certissimo! Na casa onde frequentou também é do lado direito. Axé Pai tomeje.
Axé meu irmão, obrigado. Tomeje.
Se o sr. interpretou como falta de respeito uma opinião pessoal Eu peço desculpas, mas alerto sobre o melindre, que é uma das facetas do orgulho!! E acato o seu direito de não responder!!! Pois, dentro do meu entender, continuo tendo respeito pela sua casa e pelo sr., pois o sr. proporcionou-me um dos melhores finais de semana que já passei!!
Grande abraço!!
Marcos eu falei que não vou dar continuidade a esta discussão pública, e não vou mais responder a nenhuma questão ligada a este assunto. Veja o que vc falou de mim, tendo convivido comigo, no meu Axé, menos de 24 horas. Veja se isso é ou não uma ofensa? Jamais ofendi quem quer que seja nestes anos de trabalho na net, muito menos fiz isso pessoalmente.
“Ser incompreendido faz parte da vida de todos nós! O que percebi, foi que, realmente, posso não ter sido claro ou que o Sr. tem muito conhecimento sobre os fundamentos do Candomblé, mas deixa a desejar quando se trata do ser humano e suas dificuldades. Apenas isto. Fazer uma colocação pessoal e não ser entendido, incomoda qualquer um”.
Como eu disse antes, eu espero que vc não volte mais a este assunto, porque, se vc não conhece o seu lugar na hierarquia, eu conheço o meu e não vou deixar que ninguém se comporte desta forma comigo. Vc não tem o menor direito de me julgar, nem de falar do meu comportamento, sem me conhecer e sem conviver comigo.
Aceito suas desculpas, sinceramente, mas te aconselho a que aprenda a se comportar diante dos mais velhos. Aprendizado de livros, no candomblé, não conta, o que conta é o tempo vivido no Axé entre os seus mais velhos. Axé, Tomeje.
Bom dia, Tomeje. Apoio o sr., e complemento dizendo que desde o primeiro dia que eu pisei numa Casa de Axé tradicional me ensinaram que respeitar os mais velhos é um dos pilares fundamentais para que sejamos bons abians, yawos, egbomis… sem esse respeito desde os primeiros contatos com os nossos mais velhos, sendo nós ainda abians, quando for o caso, não há por que se pensar em iniciação. Quer dizer, pelo menos não nas Casas de tradiçáo, não é mesmo? Axé!
MSC. Obrigado pelo apoio. É por isso que eu martelei tanto no seu juízo sobre as Casas tradicionais. E vejo que deu resultado kkk. Uma boa Casa e um bom sacerdote são os fundamentos mais importantes para uma boa formação das novas gerações de religiosos, e continuidade da nossa religião, nas bases sólidas de disciplina e respeito. Axé, Tomeje.
Respeitar os mais velhos é uma virtude sublime, mas não pode ser confundida, com aceitar ofensas pessoais sobre nossa vida particular!!
O grande errado, aqui, foi eu, que coloquei em um blog de informações religiosas assuntos pessoais!! PEÇO DESCULPAS PUBLICAMENTE PELO MEU ERRO E SE O DESRESPEITEI, DA MESMA FORMA PEÇO DESCULPAS!! Axé pai Tomeje e que Oxala nos ilumine!!
Tudo bem pai Tomeje!! Obrigado por tudo!!
Não vou incomodá-lo mais!!!
Sem dúvida, Tomeje. Eu serei eternamente grata ao sr. pelos conselhos e pelos “puxões de orelhas”. Rsrs. Mas tudo isso valeu e está valendo a pena.
Tenho aprendido a cada dia que respeitar os nossos mais velhos é, antes de tudo, respeitá-los pelo tempo de axé vivido. Tenho certeza de que na Casa do sr. não seja diferente. Axé o!!!!
Meninas, MSC e Maria, obrigado pelo carinho. As vezes isso acontece, mas precisamos ter sempre bem claro que um discussão deve sempre buscar o entendimento e algo de positivo para nossa religião. O que não podemos é ficar paralisados/amarrados em discussões pessoais tentando ver quem está certo, ou desrespeitando os princípios da nossa religião. Agradeço sinceramente cada palavra de vcs duas. Axé e vamos conversando, ok?
Maria, outro dia eu conversei com uma abian justamente porque ela disse que “eu a abençoaria”, isso não é bem assim para mim. Eu aprendi que um mais velho, ao ser solicitado sua benção, ele deve responder: “Que meu Pai/Mãe (Orixa X) te abençoe” e logo em seguida pedir a benção daquela pessoa, que deve responder da mesma forma. Neste caso, nós estamos trocando bençãos, estamos pedindo a benção do Orixa daquela pessoa, e não do filho.
Portanto…….. menos, menos kkkkkkkkkk Axé, Obrigado às duas. Tomeje.
P.S.: Bem, que vcs duas poderiam me enviar um texto autoral, um de cada uma, para publicar no blog, né? kkkkkk
A
Esse tipo de discussão me assusta e me entristece. Todas as vezes que estava confusa, com dúvidas ou triste, procurei o Tomeje e ele sempre, todas as vezes, fez questão de tentar me ajudar da forma mais positiva possível, dentro do que estava ao seu alcance. Com vários puxões de orelha de vez em quando, mas todos muito edificantes. Só tenho a agradecer ao senhor, Tomeje, porque o que não lhe falta é conhecimento de axé e tato pra lidar com o ser humano.
Queria poder ter tido a honra de poder tomar sua benção pessoalmente, seria um orgulho ser abençoada por alguém tão sábio como o senhor. Sem contar que o trabalho que o senhor faz aqui na internet, de divulgar nossa religião, de ajudar as pessoas que buscam o contato online do senhor… isso não tem preço!
Obrigada por tudo e feliz ano novo, meu mais velho.
Axé
Vamos conversando sim, Tomeje.
E sobre a bênção… aprendi assim também, mas tem gente que dá gosto de pedir benção, tem gente que dá desgosto, rs. Já me aconteceu várias vezes de ir beijar a mão do mais velho (de outras casas) e ele simplesmente estender a mão e não pedir benção de volta, desmerecendo minha posição de abian rs (que entendo ser a menor da hierarquia, mas não precisa ser desprezada). Então é mil vezes melhor pedir a benção do orixá de alguém que tenha noção de humildade (que pra mim, é o sentido do candomblé, de entender que ninguém é maior do que orixá nenhum) e de respeito, como o senhor! Hahahaha…
Quanto ao texto, morro de vergonha, mas topo! Sobre o que o senhor gostaria que escrevêssemos?
Maria, sobre o que vc acha que ficaria mais a vontade escrevendo? Escreva, simples assim, escreva e publicaremos. Axé, Tomeje.
Obrigada pela oportunidade, Tomeje. Escreverei após essa loucura de festas de final de ano e te encaminho, ok? Quando estiver pronto te aviso 😉
E sobre a dúvida da Laura (que nome lindo, Laura!), compartilho dessa mesma dúvida. Já recebi catiços, já deu no jogo que eu sou rodante (inclusive, o senhor se lembra, que o orixá queria feitura), fico tonta, sinto muito forte a presença dos orixás, mas……. não incorporo com orixá. Aliás, nunca vi nenhum abian virar de orixá. Nem na minha casa, nem em outras na minha região. Quando eu descobri que isso era possível, fiquei surpresa, porque achava que o máximo que poderia acontecer com um abian era bolar. E apesar de sentir toda a presença, de sentir tontura, etc etc etc, nunca passei por essa experiência (nem de bolar, nem de virar), o que confesso que me deixa um tanto chateada.
Axé
Olá Boa Tarde, gostaria q me tirasse uma dúvida e se possível alguém me respondesse no e-mail. Desde q conheci o candomblé me apaixonei completamente pela religião, no início eu tinha muito medo pq ñ entendia muito bem como funcionava, sou médium, tenho muito aviso sobre os acontecimentos cotidianos, e sempre q posso frequento a uma casa de Santo Nagô. Lá o Babá jogou pra mim e informou q sou de Oxum, hj pra mim ela é tudo em minha vida, porém minha dúvida é, já q sou rodante, pq ainda ñ virei com ela ? Vc poderia me dar uma orientação, ela passa em mim. Já fiquei com tanta dor de cabeça q só faltei endoidar, mas ñ virei ainda, daí ficam minhas dúvidas. Abraço e aguardo resposta!
Laura Faustino, seja bem vinda. Posso tentar te ajudar, mas não vou responder via email, se o fizesse estaria contrariando o princípio de funcionamento do blog, que é: Uma pergunta, sempre ajuda a elucidar dúvidas de outros leitores. Ok? Laura, vc escreveu que o Babá informou seu Orixa, Oxum, e vc informou que vc é medium. Mas como vc sabe disse? Alguma vez algum Orixa ou entidade se manifestou em vc?
Mas de toda forma, na condição de médium, nem sempre o Orixa se manifesta logo de início. Há também uma outra questão que deve ser levada em conta que a ansiedade da pessoa, as vezes isso atrapalha, e muito kkkk
Minha irmã, a primeira coisa a ser vista, é sua condição de mediunidade, se vc já manifestou Orixa ou guias, depois se for o caso, perceba se vc não está muito ansiosa, ok? Espero ter ajudado e vamos conversando. Axé, Tomeje.
Bom dia tudo bem tenho uma duvida
E gostaria que VC me ajuda se
Fiz o santo ogum já em uma casa no momento de desespero pq estava doente sendo que passe por todo processo e depois que cumprir o tempo lá dentro da roça que fui pra casa n não tenho forças pra voltar lá e uma casa de muitas intrigas qque já parte do pai de santo só tenho dois meses de feita e não concigo entender que se eu passo pela passarela que embbaixo passa o trem eu não viro e entre outras coisas que etambem nao viro estou assustada com isso a pessoas me zoa por causa disso mais não vou fingir que estou virada pq estou passando por ali sera que algo foi feito errado e meu pai ogum não quer mais virar me ajuda a entender obrigada e bjs
Cristine seja bem vinda. Vamos devagar, ok? Depois da iniciação da doença cedeu? Vc ficou curada? Mas vamos a questão da sua pergunta. Fazer parte do candomblé é aceitar que nenhuma Casa é perfeita, em todas elas encontraremos pessoas com este comportamento prejudicial. O problema é quando esse comportamento vem do sacerdote, ai fica complicado e não tem como uma Casa desta se sustentar. E sendo assim, não há nada de errado com a sua falta de vontade de ir lá. Não gostamos de lugares onde reina a desavença. Ter fofoca é normal sim, mas o sacerdote estar envolvido é outro assunto bem diferente. Sobre a questão de vc não virar ao passar nestes lugares. Desde quando Ogum tem alguma ligação com estrade ferro? Muito menos com passarelas. Desencana, isso é invenção, e quem fica te zoando, não sabe é nada e com est comportamento só demonstra a falta de conhecimento e desrespeito aos mais novos. Tente não se deixar envolver com estas pessoas e se dedique a conhecer o seu Orixa, não perca o foco do seu Orixa, só isso importa agora. Cumpra seu resguardo com dignidade e carinho e seja feliz. Ajudei? Axé, Tomeje.
Boa tarde, Tomeje. Texto em breve, em breve. Rsrs.
Aproveitando, um assunto para debatermos. Por que muitas Casas ainda hoje mantêm o horário de início das festas públicas tão tarde, por exemplo, entre 21 e 22h? Acredito que isso era importante e estratégico no período em que havia muito a perseguição por parte da polícia e do poder público há algumas décadas, correto? Axé!
Quem bom MSC, axé, os leitores agradecem kkkk. Obrigado, será muito bom ter textos e pensamentos novos aqui no blog. Vc duas representam uma grande parcela de jovens da religião que precisam ter voz, precisam dizer a que vieram, e o que pensam. Nossa função, então, é dar-lhes este espaço. Axé.
Sobre o assunto. Vejo que este costume tem sido, cada vez mais, substituído pelo toque no fim da tarde ou no início da manhã. Concordo contigo, não há motivos pra fazer toque começando tão tarde, isso dificulta muito a presença dos mais idosos e das crianças em nossas festas, e acho que ter idosos e crianças numa festa de candomblé é muito bonito e saudável para manutenção da religião. Algumas casas ainda resistem em se adequar a realidade, que inclui a insegurança de sair dos toques na madrugada, mas achoque em algum momento, com a renovação natural do comando das casas, isso vai mudar também nestas. Axé, Tomeje.
Obrigada pela oportunidade, Tomeje. Que bom seria se tivéssemos muitos sacerdotes como o senhor, que dá voz aos mais novos. Axé o!
Obrigado, fico feliz, emocionado. Mas….. cade o texto? Axé, Tomeje.kkkkkkk
Pai Tomeje, posso voltar a fazer perguntas??
Marcos, vc pode fazer perguntas sim. Sem problemas.
Obrigado!! E mais uma vez lhe peço desculpas!!
Até bem pouco tempo não sabia o significado da palavra Jagun, depois percebi, não sei se estou certo, uma ligação com filhos de Obaluaê, porém, consultando minha mais nova aquisição(um dicionário de Yoruba), a palavra Jagun tem o significado de Título Militar ou Guerrear, lutar. Qual o significado dentro da cultura Afro-brasileira? Abs.
Marcos, Jagum, assim como Ogunjá, Oxaguian e Yá Ogunte, são os guerreiros que vestem-se de branco e que tem ligação com Oxalá. Então, para mim, não se trata apenas de títulos, estes orixas tem uma função específica dentro do culto dos Orixas a que estão ligados (Ogum, Oaxalá, Yemonjá e Obaluaywe), Eles são a face guerreira destes orixas. Axé, Tomeje.
Ok!! Obrigado Tomeje!!
Tomeje, tenho uma ligação de amor profunda com Obaluaê. Foi dentro de uma casa, Omoloco, dele, que ressurgi para vida! No meio Umbanda/ candomblé em que vivi, Omulu seria a “qualidade” mais velha e Obaluaê o mais novo.
No Livro Òrun Ayie – de Jose Beniste, pág. 94; ele diz: “Obalúwáiyé – título que Omulu recebe e que significa ‘Rei e Senhor da Terra'”
Obaluaê e Omulu são Orixas distintos ou Obaluaê é um título como diz José Beniste? Abs
Marcos, sua pergunta me deixa numa situação muito complicada porque envolve, além da resposta, pura e simples, uma questão de respeito ao mais velho e hierarquia. Se O prof José Beniste afirma isso em seu livro, eu devo aceitar como verdade. Estamos aqui tratando de um prof, pesquisador, Ogan, Teólogo e alguém de muito prestígio na religião e que sabe o que está falando. Portanto, eu prefiro que vc fique com o entendimento dele sobre este assunto. Mas posso te afirmar que o melhor pra sua vida religiosa é que vc seja orientado numa Casa de Axé, não leia sem essa orientação de um mais velho responsável pelos seus ensinamentos e aprenda aquilo, e como, se faz na Casa que vc vier a frequentar. Acho isso muito mais seguro pra o aprendizado. Axé, Tomeje.
Obrigado Tomeje, mas acredito que as pesquisas do Profº José Beniste, baseiam-se em estudos feitos mais dentro da cultura Africana e não Afro-brasileira. Pois, pelo que percebi, existe diferenças entre o Candomblé e os cultos Africanos!! Apesar de achar que a colocação de idéias diferentes(com discernimento) proporcionam crescimento, e não desrespeito. Vejo como nobre a sua colocação e aprendo mais sobre a vivencia dentro de uma casa!! Muito Axé!!
Olá Tomeje, passei por uma experiência curiosa há pouco tempo. Tenho em minha casa um firmeza de Exu catiço, feita seguindo uma intuição, nela tem os “ferros” do Exu e alguns elementos como otas etc. Certo dia cortei-me fazendo um trabalho manual, e o sangue começou a escorrer, na hora, veio-me a intuição de colocar o sangue nas ferragens do Exu, e assim o fiz. Pouco tempo depois comecei a sentir uma alívio absurdo na cabeça, o peso desapareceu junto com as dores. Não durou muito tempo, mas deixou uma marca indelével em mim.
Qual o significado disto?? Abs
Marcos, o aprendizado na religião é sempre orientado por um mais velho e pela tradição da sua Casa de Axé, portanto eu descarto a intuição, principalmente pra assuntos tão relevantes como assentamentos e mais ainda quando se trata de Exú. Muitos podem achar diversas respostas para o seu caso, desde a ligação entre vc e Exú até as mais mirabolantes. Mas vc disse que se trata de catiço, ou seja uma energia ainda em gestação e pouco doutrinada e conhecida por nós. Catiço é uma energia perigosa que deve ser cuidada com respeito e mantendo a “distancia” adequada, neste caso estamos falando de egun mesmo. Nó snão fazemos sacrifício humano, não oferecemos sangue humano em nossos ritos. Acho que vc cometeu um grande equívoco quando fez isso. E é justamente neste ponto que eu discuto e não aceito a intuição como fonte de conhecimento, se vc soubesse, de fato, o que é a liturgia e o rito da religião, nunca teria feito isso. Portanto, voltamos ao ponto principal, é preciso ser guiado e orientado segundo uma tradição religiosa. Axé, Tomeje.
Obrigado Tomeje, mas acredito que as pesquisas do Profº José Beniste, baseiam-se em estudos feitos mais dentro da cultura Africana e não Afro-brasileira. Pois, pelo que percebi, existe diferenças entre o Candomblé e os cultos Africanos!! Apesar de achar que a colocação de idéias diferentes(com discernimento) proporcionam crescimento, e não desrespeito. Vejo como nobre a sua colocação e aprendo mais sobre a vivencia dentro de uma casa!! Muito Axé!!
O meu computador esta sendo raqueado e algumas coisas saem errado!! Entendi sua resposta sobre o Exu catiço, mas na última casa de Umbanda onde trabalhei se usava o ojé no assentamento de Exu. E realmente tenho uma ligação muito grande com Exu, inclusive aquele Babalawo que lhe falei, tbm disse que tenho “Exu no pé”. Grande abraço e espero poder continuar contando com suas orientações!! Axé!!
O ojé de animais!!
Marcos, Ojé é um cargo da cultura Babaegun. Ejé é o sangue.
Sim, Troquei “as bolas” só lembrei depois que é ejé, obrigado Tomeje!!!
Olá Tomeje, Já sabemos que o certo como o sr. disse é que aprendessemos os fundamentos da religião dentro de um axé, mas ainda não tenho como e minhas perguntas são baseadas em livros. Li há algum tempo, algo falando sobre reencarnação no Candomblé. Dentro dos seus conhecimentos, isto é verdade?? Abraço e um ótimo 2015!!
Marcos, preciso ser direto e objetivo com vc, e espero que vc não me entenda mau. Suas perguntas não me ofendem nem me tomam tempo, não me sinto invadido nem usado por suas perguntas, pelo contrário, eu compreendo seus questionamentos e seu interesse em saber. Mas o aprendizado, de fato, aquele que fica pra sempre, no candomblé, é feito nas Casas de Axé, com seus mais velhos e a base deste aprendizado é a confiança no seu Axé. Portanto, o nocivo, não aprende aquilo que ele quer, mas aquilo que seus mais velhos percebem que ele está apto a aprender. E é neste processo que se dá o caminhar na religião, o aprendizado consistente e sólido. Por isso, eu me sentiria sendo inconsistente comigo mesmo se continuasse a ter responder todas as suas dúvidas. Percebo muito claramente que são dúvidas aleatórias, desconexas, e que não te ajudam a solidificar o aprendizado. Te recomendo a leitura do texto “O longo caminho do aprendizado” e que vc procure um Axé e um sacerdote que lhe ajude a buscar estas respostas, mas sempre baseadas num único Axé, numa mesma fonte. Axé, Tomeje.
Entendi o que o sr. diz em relação a aprender aquilo que o sacerdote achar que devo aprender, realmente, já tinha ouvido isto!! Em relação as perguntas aleatórias, com todo respeito, eu apenas estou tentando formular uma base de raciocínio, mas tudo bem!! Quanto a procurar uma Casa de Axé, o sr. mesmo sabe que não querem que eu encontre uma, foi o sr. que me disse: “se vc sempre perde, não lute contra”. Guardei suas palavras e as tenho aplicado!! Hoje, se eu tivesse o livre arbítrio de escolher uma Casa, com certeza, seria a do pai Márcio de Jagun, tenho certeza de que aquela casa tem alguma ligação com Obaluaê. O que senti quando entrei lá, não me deixa dúvida. Além de toda confiança que tenho na capacidade e conhecimento do pai Márcio!! Mas Deus(Olorun), sabe o que é o melhor para cada um de nós!!! Agradeço sua compreensão o convite que me fez e tudo o mais!! Vou procurar o texto!! Grande abraço e espero que este não seja o ponto final na amizade que lhe tenho!! Continuarei lhe vendo no programa Ori e no Face!! Muito Àse!! Marcos
Boa Noite, gostaria de saber se tem como me esclarecer uma dúvida! E possível, ser Rodante, e ouvir entidades também? No meu caso ouço Ciganos do Oriente…Principalmente minha Senhora Dona Rosita ou Dona Rose Cállon…ninguém me explica isso com clareza!!! Estou perdida… Desde já agradeço pela atenção!! Axé
Priscila, boa noite. Seja bem-vinda ao blog. Olha só, isso tudo que vc disse é bem confuso. Vc frequenta alguma religião? Pergunto isso porque dentro do Candomblé não lidamos com a energia de ciganos, etc. Aguardaremos a sua resposta para que possamos continuar conversando, ok? Axé!
Parabéns pela aula, enfim encontrei alguém com visão da religião parecida com a minha. Se as pessoas continuarem agindo como se estivessem no tempo da pedra lascada, o candomblé infelizmente será uma religião extinta. O candomblé é tudo para mim, sou apaixonada pelo meu Orixá. Gostaria muito de conhecê-lo pessoalmente. Axé.
Margot, seja bem vinda. Nós somos do RJ. Seja bem vinda ao blog. É muito bom ver pessoas com este amor pelo orixa e pela religião, vamos conversar mais. Axé, Tomeje.
Sou Yawo e tenho a mesma dificuldade de inconsciencia descrita por algumas pessoas acima. Me disseram que existem ervas que quando bebemos ajuda. Isso é verdade, e se for, sabe dizer quais?
Odoya, vamos falar abertamente sobre isso, ok? A maioria dos elegun, (médium) tem consciência, ouvem, e veem durante o transe, e isso é normal, a pessoa não está mistificando nem mentindo. Acho que é um desserviço a religião os mais velhos ficarem mentindo sobre este assunto. São pouco e raros os elegum que ficam realmente sem consciência durante o transe. Existe sim alguns banhos e bebidas que podem ajudar o transe mas isso não vai tirar a sua consciência. O que penso que seja importante mesmo é discutir os limites éticos e morais do transe. Não se deixe influenciar por quem diz que não vê, não ouve, não sente nada. Siga seu orixa e seja feliz. Tomeje.
Kolofé!
Mandei uma mensagem anterior, mas como estava digitando pelo i-phone, creio ñ ter ficado muito boa.
Fui iniciada no candomblé há menos de um ano, e tenho muita dificuldade na sintonia com meu Orixá no momento em que ocorre o transe, pois não consigo atingir o nível de inconsciência. Conversei com Babalorixá e ele me disse que é um processo, preciso me entregar mais. Sei esse assunto é muito polêmico dentro dos candomblés e pouco discutido
Kolofé!
Fui iniciada no candomblé há pouco tempo e tenho dificuldade na hora do transe, pois não consigo atingir total inconsciência. Conversei com meu Babalorixá e ele disse que é um processo, que tenho que me entregar mais, sé que ñ entrou em detalhes e terminou o assunto.
Será que poderia me dizer o que seria se entregar mais? Na hora que sinto a energia, a aproximação do Orixá, misturam-se dúvidas (será que é verdade? será que realmente está acontecendo?), medo (e se eu ñ voltar mais? Será que meu Orixá vai se expressar de forma correta?), ansiedade…
Amo meu Orixá e um dos maiores desejos da minha vida é que ele me tome por completo.
Certa vez, ouvi dizer que há uma mistura de ervas que se bebermos ajuda na hora do transe, isso é verdade? Se for, o senhor sabe dizer qual é?
Okearô, seu medo, me parece, que está ligado a este monte de besteiras que os mais velhos falam sobre o transe. Lembre-se que vc é uma pessoa diferente de todos os outros e por isso, o seu transe e seu orixa será diferente e a manifestação do transe idem. Conheça seu orixa e se conheça, isso, pra mim, é fundamental para vc crer e no seu transe. Axé, Tomeje.
Asè o… obrigada pelo conselho, só não compreendo pq esse assunto é tão delicado e tão pouco aprofundado entre os seguidores do Candomble. Vou rezar e me concentrar mais.
Okearo, as pessoas tem a necessidade de “mostrar” para todos que durante o transe eles estão totalmente entregues ao orixa e que o orixa é absoluto. Mas quando perguntamos o que orixa, estas pessoas logo dizem que orixa é uma parte deles…. etc etc etc. Isso, então é contraditório e estranho, não acha? O que falta discutir é a ética religiosa, isso sim, é que falta ser revisto. Se vc ou eu temos uma mediunidade assim ou assado, é uma questão particular, o importante é que saibamos o nosso lugar nesta relação religiosa. Não se deixe dobrar nem influenciar, vc tem sua mediunidade e seu orixa a aceita como vc é, então, não é caso de concentrar-se ou rezar mais, é questão de assumir-se e aceitar-se. Axé, Tomeje.
Obrigada. Suas palavras foram de suma importância nessa nova etapa da minha
vida. Asè
ou , motumba, eu sou iniciado vai fazer um ano, tenho uma coisa q ta me matando por dentro, pq, desde q entre pra raspar quando fui na cachoeira , eles tentaram me virar , e de tanto q chamou , eu resolvi fingi q estava virado, mais nã deveria pq desde de ai , me viraram no erê , e fizeram todos os atos necessarios como um yao, ai teve o bori , depois o orô , não senti nada , mais mesmo assim la estava eu “virado ” e agora não consigo mais
ir em candomble porque toda vez tenho q virar e isso não consigo mais fingir q estou virado, ,minha mãe joga e fala q sou rodante sim, e q isso é coisa da minha cabeça , pois o orixa não vai me catar de tudo, e aos poucos com obrigações de ano, vai se tornando mais forte, mais eu não me vejo virado, eu escuto tudo , abro os olhos , não sei oq fazer, fico perdido na dança pq estou com o olhos fechados , e por isso estou me distanciando da religião por conta disso. me ajudem , por favor,
Paty, tenho absoluta certeza de que sua resposta será negativa ao que vou te pergunta. Vc foi abian durante um ano nesta Casa? Pois bem, o erro não é só seu, a sua mãe de santo também tem grande parcela de culpa nisso, afinal, se vc tivesse permanecido na casa durante um bom tempo como abian isso não teria acontecido. Querida, não se culpe, não sofra, apesar do erro ser grave, vc foi franca contigo mesma e isso conta muito. Saia da Casa e pense no que vc quer de fato, no quanto vc ama, ou não, a sua religião e decida com calma. O que não pode é continuar errando e fingindo, certo?. Talvez se vc se afastar agora e pensar com calma, vc possa encontrar um caminho de corrigir o erro e voltar de cabeça erguida? Desejo com sinceridade que vc se encontre, se vc for ekedji, que vc possa cumprir sua função com orgulho. Se for rodante, que possa se encontrar numa boa Casa, e ser feliz. Mas minha indicação é que vc saia desta Casa porque isso não é normal numa mãe de santo. Axé, Tomeje.
Nelson, sua benção! Adorei a iniciativa do senhor, que trabalho extraordinário pela web, espero que o candomblé possa nos trazer ainda grandes zeladores como o senhor. Que Deus, todos os orisás e em especial nosso pai Ògún te transborde de asé!
Rodrigo, seja bem-vindo. Muito obrigado. Que Ogun te dê paz e saúde. Axé, Tomeje.
Kolofé. Bom dia. Há tempos tenho acompanhado várias postagens suas e respostas aos mais diversos assuntos relacionados a nossa religião.
A minha questão é a seguinte, frequento uma casa a alguns anos e com o passar do tempo tenho percebido diversas coisas que me desagradam. A princípio entrei empolgado, procurei ajudar muito e me doei muito também nas tarefas quando estava presente. Dei um bori há 2 anos por irientação da Yá e continei seguindo meu caminho, tentando ajudar no que fosse possível, eu e meu companheiro.
Recentemente o meu companheiro (12 anos de relação) foi chamado para a iniciação após alguns acontecimentos traumáticos em nossa vida pessoal, onde tudo parecia indicar mesmo a cobrança do orixá dele como nos foi dito. Pois bem, ele entrou para dar obrigação, raspou, tudo certo e tudo muito lindo apesar das dificuldades e até uma certa desorganização que já é peculiar na casa, mas que pra gente não era relevante pois até então a temos como nossa família e família a gente convive e aceita como ela vem e nada deve ser por acaso…
A história, a partir daí começou a tomar outros rumos que estão me assustando… comecei a sentir uma grande diferença de tratamento comigo, incluindo acontecimentos específicos ainda durante a obrigação do meu companheiro que não vem ao caso comentar em detalhes, indiretas, maus tratos e muitas outras atribulações que me fazem hoje acreditar que a casa e seus costumes não são mais pra mim. Que confiei em quem não merecia minha confiança e de uma certa forma me usou, infelizmente. Já conversei, já me expressei, em vão. Não há abertura para conversas e me fazem pensar que é tudo coisa da minha ORI, que estou maluquinho e preciso raspar pra aprender a ser mais HUMILDE. (foi o que houvi).
Pois bem, fato agora é que meu único desejo é de me libertar de um lugar que não me faz mais bem, não me completa e não mais me religa e eu acredito muito que esses sentimentos não são só meu e também do meu vodum, que estão me orientando e sinalizando que algo não vai bem.
A pergunta é: eu sendo abyã, tendo um bori calçado, onde tenho um exú na casa (que nunca me deram para trazer e cuidar dele) corro algum risco de aborrecer as entidades e vodum ou estar errado em querer sair? Qual seria a melhor maneira de eu fazer isso sem me prejudicar espiritualmente? Independente do meu parceiro que seguirá o caminho dele como ele achar melhor… não irei interferir nisso, já que pelo que parece o desejo lá era esse mesmo. eu não interessava tanto assim, pois tenho sim minhas opiniões sobre algumas coisas que não concordo e nunca me calarei. Respeito sim, mas calar acredito que não tem a ver com humildade ou respeito e sim com coação.
Espero que eu tenha conseguido me expressar para que o Sr. possa me ajudar com uma opinião, um ombro amigo nesse momento tão delicado.
Coiacoia (melhor nem identificar muito)
Axé.
CoiaCoia, seja bem-vindo. Reforçando o que eu já te disse anteriormente, busque um jogo de alguém de sua confiança para confirmar se essa é a posição do seu Orixá em relação a isso. Axé, Tomeje.
Nelson, sua bênção! Essa é a primeira de muitas participações minha..rsrsrs. Vou iniciar falando um pouco de minha história. Fui suspensa como Ekedji na nação Angola onde eu frequentava como visitante ( na epoca eu namorava com um Ogan de lá ) mas como eu quase nada sabia sobre a religião não dei seguimento e parei de frequentar, passaram se 6 anos muitas coisas aconteceram inclusive o termino do namoro… Nesse tempo tambem procurei ler e buscar mais conhecimento sobre a religião, sou muito observadora e curiosa, sei que nem tudo que está na NET devemos tomar como exemplo mas tem muitos livros, textos e blogs ( como esse ) que podemos absorver conhecimento. Agora tenho + ou – 4 anos frequentando o candomblé como visitante porém na nação Ketu. Já fui em duas casas diferentes jogar búzios e nas duas deu a mesma coisa..sou de Oya e sou Ekadji. Amo de Paixão minha mãe e não paro de me surpreender com as características. Já fui suspensa mais duas vezes em casas que fui visitar, em uma das casas decidi ficar como abian porém fui vendo e ouvindo coisas que não condiz com o que eu aprendi e acredito, tipo…( Ekadji de cargo receber Orixá, dentre outras coisas ) chamei o sacerdote pra conversamos e ele me falou que em cada roça as coisas aconteciam de um jeito e lá as coisas aconteciam daquela forma. Não questionei, tomei a bença e fui pra casa, já se passaram 2 anos. Conhecidos me perguntam quando vou me confirmar, falam que vai chegar uma hora em que Oya vai cobrar, mas eu não acredito nisso sei que Orixá é caminho e que se não aconteceu ainda é porque não chegou o momento certo. Como falei anteriormente sou muito observadora e tenho muito medo de dar meu Ori a uma pessoa errada, tenho muita fé em minha mãe e sei que ela me guiará na hora certa pro caminho certo.
Gente!!! Falei pelos cotovelos…rsrsrsrsrs. Bjs.
Sua bênção, minha mãe ekedji Mary de Oya. Gostei muito de ler o seu comentário, a senhora tem toda razão em tudo o que diz, só tenho que pedir que Oya te mantenha assim. Sua bênção. Que Ogum te acompanhe sempre. Axé, Tomeje.
O senhor e muito sincero por está razão gostaria de saber: fui iniciada a seis meses mais por medo que por vontade, fui muito maltratada no roncó. O pai de santo até me xingou,pois fui muito sincera dizendo que eu só sentia vibração do orixá, mas ele me forçava a fingir que estava de ere. Brigava comigo e mandava eu dizer para todos os outros da casa que eu estava manifestada,quando eu me recusava ele dizia coisas absurdas e me fez sofrer muito,no dia saída ele me fez prometer que eu não iria avacalhar sua casa tive que fingir que estava de orixá, e isto me deixou muito mal pois não gosto de mentiras mas depois de alguns dias ele veio a falecer e muita gente disse que foi meu orixá que o matou, mas eu não estou feliz na religião. Respeito muito o orixá, mas não consigo me adapitar. Quero muito sair mas tem gente me diz que o orixá castiga a mim e minha família, mas como vou ser infeliz o tempo todo? O senhor pode me responder por misericordia!
Sara, seja bem-vinda. Orixá não é uma entidade demoníaca que mata alguém por vingança, o que esse senhor fez com você, eu acredito, foi assim que aprendi, ele já está prestando contas com Olodumare (Deus). Sara, o que estão te dizendo é a mais pura falta de conhecimento religioso. Seu Orixá, assim como os seus pais, quer te ver feliz. Eu, Tomeje, acredito que não há grandes diferenças entre cultuar Orixá, Buda, Tupã ou qualquer outro Deus, desde que respeitemos as suas culturas. Portanto, se você não está feliz nessa religião, busque outra forma de falar com Deus, Orixá ou qualquer um dos deuses citados jamais lhe farão mal. Não há necessidade de falar sobre o que esse senhor fez, apenas me sinto envergonhado de ter tido essa pessoa na minha religião. Mas talvez, também, não seja o momento de você abandonar tudo, nossa religião tem Casas sérias, honestas e que preservam muito bem a nossa cultura. Quem sabe você não possa dar uma nova chance de descobrir essa religião. Mas, neste momento, afaste-se mesmo, veja tudo de fora. Felicidades. Axé. Que meu Pai Ogum te acompanhe sempre.
Sara, seja bem-vinda. Orixá existe para nos dar forças e caminhos. Não acredito em Orixá que puna, que maltrate o seu filho e que queira vê-lo infeliz. Isso, para mim, é invenção de quem não conhece nada da religião e que, para amedrontar e “obrigar” as pessoas que desconhecem o real sentido do que seja a nossa religião e os Orixás, a continuarem numa determinada casa e se iniciarem. Como, infelizmente, parece ter sido o seu caso. Sara, o que eu posso te aconselhar neste momento é que você se afaste de onde está e que, se você acredita no seu Orixá e nos demais, que peça proteção a todos eles. É nisso que eu acredito, em Orixá que, se vê o sofrimento do seu filho, o ampara, protege e dá serenidade, paz e equilíbrio para que tudo se organize e que esse filho fique bem. Tenha um tempo só para você e o seu Orixá. Sara, reflita bastante sobre tudo o que aconteceu com você, organize suas ideias e, se um dia você se sentir bem e tiver vontade de retornar à religião, procure uma Casa onde haja seriedade e comprometimento com a religião. Do contrário, siga o caminho que achar melhor para você. Estaremos sempre aqui para lhe ajudar como pudermos. Axé, Cátia.
Me ajude tenho muito medo
De que se tem medo ?
Sou de Oxumaré , Yemanjá & nãnã , Minha avó e mãe de santo tem 42 anos de santo ela começou muito cedo , foi raspada com 10 anos e quase tudo mundo da minha familia por parte de pai é virante, mais eu sou apenas uma iniciante , já jogaram o buzio para saber se sou rodante , e disse que sim , com minha avó e o pai de santo jogando , mais ainda não bolei , já levei oferenda a meu pai bessen , A famosa Edan … Mais só tenho 12 anos quando será que incorporo?
Bruna, seja muito bem-vinda. Não há um critério nem um tempo definido para o Orixá se apresentar, se te disseram que você é rodante, no momento em que o Orixá se sentir confortável ele irá se manifestar. Não tenha medo, Orixá, muitas vezes, não retira de você a consciência, no princípio será normal você ouvir, ver, sentir, e isso não quer dizer que você não esteja manifestado de Orixá, mas isso vai acontecer no tempo do Orixá e não da sua vontade. Que Oxumarê te abençoe. Axé, Tomeje.
Pai sei que me pergunta vai estar fora de contesto do assunto relacionado acima, mais acho que você pode me ajudar.
O que acontece com um filho que passa a se cuidar com varios pais de santo, o que pode acontecer com este filho, sou de omulu com iemanja.
Sou novo na religio e acabo buscando outras casas para conter respostas, mesmo sabendo que isto no ponto de vista dos zeladores é errado.
Desde ja agradeço e muito axe.
Marcelo, seja bem-vindo. Um dos assuntos principais da nossa religião que nunca é comentado é que cada segmento pertence a uma cultura distinta, tem sua língua própria, seus ritos e seus dogmas. Candomblé não é tudo a mesma coisa, precisamos respeitar as individualidades, portanto, quando você diz que está sendo cuidado por diversas pessoas é como se você quisesse aprender a língua portuguesa com um professor japonês, um alemão, um angolano, etc, etc. Você, desta forma, não vai aprender é nada, o mesmo se dá com a religião. Espero ter te ajudado e que você tenha compreendido o que eu estou lhe dizendo. Axé, Tomeje.
olá pai tomeje tenho uma duvida seria possível a gente ser filho de um determinado orixá é na nossa feitura de santo o pai de santo ou a mae de santo colocar outro orixá na nossa cabeça e apartir dai rodarmos com esse outro orixá? desde ´já agradeço
Hugo Leonardo, seja bem-vindo ao blog. Precisamos pensar na sua pergunta de duas maneiras. Existe um ditado no Candomblé que diz que abian não tem Orixá. Eu mesmo já vi em uma Casa de tradição, abian entrar para ser iniciado de um Orixá e ser raspado de outro. Existe, também, a questão do sacerdote “imaginar”que a pessoa é de um Orixá e, na iniciação, o Orixá correto se apresentar. Portanto, é possível que um outro Orixá se apresente como dono da cabeça na iniciação. Nenhum sacerdote tem o poder de colocar um Orixá na cabeça de alguém, o Orixá é determinado por Deus (Olodumare). Espero ter ajudado. Axé, Tomeje.
muito obrigado pai tomeje
Olá! Alguem poderia me responder, se abikun, bola no santo??
Agradeço desde ja!
Patricia, seja bem-vinda. Abiku é uma pessoa comum como outra qualquer. Se alguém te disse o contrário disso, essa pessoa conhece pouco sobre o assunto. Cuidado onde você, porventura, esta recebendo informações. Espero ter ajudado. Axé, Tomeje.
Boa noite, a bença …
Gostaria de saber o porque o ilá do orisá só é solto após o fim do Resguardo de 1 ano, depois que além do kelê e ele já tirou o Contra egum.
Obrigada
Att
Thais
Negah, bem-vinda. Tradicionalmente, o tempo do Orixá soltar o ilá é de um ano mesmo. Algumas Casas associam esse tempo à obediência e respeito ao próprio Axé (Casa), seria uma espécie de teste de fidelidade. Para conhecimento: o termo “jun ji ila”significa um som característico que o Orixá indica a sua presença. Também pode ser compreendido como grito de guerra. Há quem diga que nesse primeiro ano o yaô ainda é muito novo para guerrear, o Orixá ainda não está “maduro”, portanto, não há ilá nesse período. Ilá é um som único, muito diferente do modismo que tenho visto hoje em dia, onde o Orixá está dando nome, sobrenome, CPF e endereço. Se as pessoas soubessem que ilá é um som único e que significa o que eu acabei de falar, não faria o ridículo desses ilás quilométricos que temos visto por aí. Espero ter ajudado. Axé, Tomeje.
Gostaria de aproveitar a oportunidade, e pergunta-lhe sobre a diferença histórica e de culto entre alagbdê e alagbdê Orum.
Obrigado
Att Thais
Negah, bem-vinda. Segundo Yá Gisele Omindarewá, no seu livro “Awô – O mistério dos Orixás”, “Alabedê Orun é o primeiro Ogun que apareceu na terra, logo depois de Obatalá e Orumilá. Ele não incorpora. É um outro Ogun – Alabedê Aiyê – quem vem à terra e toma posse da cabeça de seus adeptos.” Espero ter te ajudado. Volte sempre. Axé, Cátia.
Tomeje, sua benção.
Faz aproximadamente um ano que comecei a adentrar o universo do candomblé. Neste período conheci – como visitante em festas – muitas casas diferentes, dentre elas importantes casas de axé daqui de Salvador, joguei com 5 sacerdotes diferentes e recentemente comecei a me cuidar em uma delas (fiz uma limpeza e um trabalho pra ogum). Apesar da escolha, continuo seguindo a fim de encontrar meu caminho. Contudo, surgem questões que acredito serem naturais desse processo. Visto sua experiência e conhecimento gostaria que o senhor, se possível, me esclarecesse algumas delas. Primeira: em 4 dos jogos que fiz, os zeladores usaram um tipo de cálculo para identificar alguns odus ( a identificaçao do orixá foi feita pelos búzios ), pelo que li em seu blog não existe tal tradição, mas não me pareceu ser marmota e sim uma “linha” que alguns zeladores seguem pra auxiliar na consulta. Isso invalida o ilê ou a veracidade das respostas? Segunda: a casa que escolhi ficar segue essa linha acima exposta, e alguns outros detalhes que dizem por aí serem equivocados como, por exemplo, cultuar alguns orixás (ayra, opara etc) como qualidades. Eu escolhi frequentar esta casa pois achei que a energia de lá se fez mais presente em mim (também interpretei muitos sonhos e sensações que tive como sinais que apontaram para tal). Devemos nos guiar pelas tradições ou pelo que nós sentimos?
Desde já agradeço pela sua atenção.
Asé!
GC, seja bem-vindo(a). Guie-se sempre pela tradição. A respeito de Ayrá e Opará, por exemplo, muitos dizem que estão resgatando tradições antigas e que esses Orixás são independentes. Porém, as grandes Casas de Salvador cultuam esses nomes como qualidades de Orixás. E lembre-se: essas Casas tiveram acesso a informação original, e os que hoje dizem que estão resgatando tradições se baseiam, em sua maioria, em achismos e lendas pouco confiáveis. A tradição sempre será soberana, e isso também vale para o jogo de búzios, na nossa tradição não existe numerologia. Eu sou prova viva de que pessoas nascidas no mesmo dia, mês e ano têm odus e Orixás distintos. Deixei para o final o que realmente importa: se você confia na Casa e na liderança, a Casa pode te dizer que você é filho de gnomo, você estará feliz e confortável e a sua vida vai andar. Portanto, confie na sua Casa e na sua liderança. Axé, Tomeje.
Muito obrigado pela atenção, Tomeje! Seu blog é lindo e cheio de informações úteis.
Peço agô pra falar novamente. Então, felizmente eu sei que esta casa não é marmoteira; vejo que a iyá é dedicada (tem mais de 20 anos de santo e seu pai 30) , conheci também sua árvore genealógica, o que me deixou mais tranquilo por ver que descendem de casas sérias e tradicionais. Além do mais, tenho amigos lá e já participei de festas lindíssimas, tendo sentido seu axé de forma forte e sincera (ainda não manifestei). As únicas questões que estranhei foram essas expostas no comentário anterior, que agora estão mais esclarecidas. Vou seguindo meu caminho usando com sabedoria a balança do coração e da tradição, sem deixar que um dos lados pese mais que o outro. A questão dos números eu entendo que é algo novo que tem sido incorporado, mas sei também que nos jogos que fiz não foram usados os números como fonte final de respostas , já que cada coisa foi confirmada (ou não) pelos búzios.
Enfim, vou caminhar… Grande abraço! Continue com essa sua iniciativa pois ela é de extrema contribuição para o povo de axé. Muito obrigado!
GC, ficamos felizes pelos cometários e carinho de sua parte com o blog, obrigado. Fique sempre a vontade a qui para perguntar, o que soubermos e/ou pudermos, responderemos com todo prazer. Acho que o caminho é esse mesmo que vc está fazendo, ir devagar e observando, se seu coração está feliz e se vc se sente seguro, fique na Casa e seja feliz, só não exija que a Casa e o Sacerdote sejam aquilo que VC idealiza ou imagina como “perfeitos”, ok? Somos falhos e cheios de erros, releve e compreenda isso nos outros que será mais fácil dos outros relevarem e compreenderem que Vc também tem seus erros e defeitos. Axé é uma semente que precisa de terra boa para crescer, seja esta terra para vc e para os outros. Tomeje.
Boa tarde…
Por gentileza, o Senhor conhece alguma casa de Axé na Região de Mogi das Cruzes/São Paulo? Fui iniciada porém acabei saindo e estou procurando um lugar para continuar com minhas obrigações… Agradecida.. Axé
Flávia, seja bem-vinda. Infelizmente eu não conheço ninguém em Mogi das Cruzes. A única referência que eu tenho fica em Campinas. Axé, Tomeje.
Poxa muito obrigada de coração eu precisava disso dessa certeza dessas palavras olha muito axé pra VC e que minha mãe iansã te cubra nas guerras
Axé o! Dani, bem-vinda. Que bom que você gostou do blog. Esteja à vontade para retornar sempre. Axé, Cátia.
Olá obrigada pela resposta… aproveitando podem falar sobre incorporação consciente de orixa… estava numa casa onde muitas pessoas riam e tiravam sarro de mim dizendo que eu não estava incorporada de verdade e que meu santo não tem direção… podem me orientar… tudo que mais quero é que meu santo faça tudo certinho e a mãe dizia que esse problema eu tinha que resolver com o orixa… axe
Flávia, não existe uma pesquisa sobre este assunto, mas cremos que 80% das pessoas têm um certo grau de consciência durante o transe. Os que zombaram de você são, no mínimo, imbecis e ignorantes, pois não conhecem a própria religião. Estendo esse comentário à mãe de santo, pois é o dever dela te orientar, e não se esconder, jogando a responsabilidade sobre você e o seu Orixá. A incorporação consciente ou inconsciente é um momento sagrado, onde o médium empresta o seu corpo a uma divindade, não é condizente que alguém no início da sua jornada religiosa seja mal orientado ou envergonhado. Na minha opinião, se a pessoa acha que você está mentindo deveria chamá-la em particular e explicar, mas nunca deixá-la em dúvida. Procure um Casa séria e comprometida. Axé, Tomeje.
Gostaria de saber se uma pessoa que e deficiente físico bolasse no santo dentro de uma casa de axé .. se e iniciado? Ou terá medo das chacotas ou vaias futuras aguardo resposta!!obrigado! Axé..
Hayssan Júnior, seja bem vindo ao blog. Se alguém fizer chacota ou vaias, tenha certeza o deficiente é ele, que na realidade será deficiente de humanidade e respeito. Conheço 03 pessoas iniciadas que tem deficiências ou necessidades especiais. Uma é cega, a outra é cadeirante a terceira é amputada, e seus orixas são lindos como os de qualquer outro filho. Orixa não escolhe filho e muito menos renega filho. Fique tranquilo. Mas se vc se sentir discriminado ou alguém do seu convívio sentir esta discriminação, saia da Casa e procure um lugar sério. Foi bom vc tocar neste assunto, a minha Casa de Axé, por exemplo, eu desenhei e contruí pensando exatamente nisso, numa Casa onde todos possam ir, lá não tem muitos degraus, e as portas são amplas, tem espaço para idoso e cadeirante. Acho que todas as Casas deveriam pensar nisso, né?. Axé, Tomeje.
Olá!!! Adorei a matéria e o blog…
Mas queria tirar uma duvida. Olha sou filho de Ogun e Yemanja, gostaria de saber se por algum acaso poderia virar para Yemanja? Pois sinto forte vibração dela. Eu ainda não sou ywao, comecei a frequentar uma roça a pouco, mas ja virei no Ogun, mesmo sem tomar o bori (isso é normal?).
Willians seja bem vindo ao blog. Não entendi muito bem sua pergunta mas vou tentar ajudar. Vc diz que é filho de Ogum e Yemonjá, ok? E que Ogum já se manifestou (virou), ok? Se vc está falando em manifestar Yemonjá me vez de Ogum, isso é quase impossível de ocorrer, porque como vc diz, vc é de Ogum e Yemonjá é seu juntó (segundo orixa), então não há como inverter a ordem.
Mas se vc está perguntando se algum dia Yemonjá poderá se manifestar, aí é outro caso, e a resposta é que isso pode acontecer sim, mas só depois da iniciação e da obrigação de sete anos. Acho que foi isso que eu entendi. axé, Tomeje.
Obrigado Tomeje, era exatamente isso que queria saber (“se poderia, algum dia, haver a manifestação de Yemanja”). Axé!!!
Motumba babá eu tenho 2 anos de santo sai da minha casa do meu axé pq tinha MT coisa errada ,começando com minha feitura assentaram meu santo errado e não deixavam eu feita de santo ajudar na cozinha e sim os abians fazer acaçá para bori, os egbomi não me ensino nada so deixavam eu lavar prato e varrer o barracão,eu não tive a vida de abian e nem conhecia a religião aprendi com o blog ori,fiz o santo pq tive problema de saúde, depois que melhorei viu a bagunça da casa sai.fiz um jogo em outra casa e disse que meu santo ta errado, eu nao sei onde fazer minha obrigacao de 3 anos gostaria de uma indicação de uma casa de axé aqui em são paulo para eu fazer um jogo.
Dofonitinha seja bem vinda e obrigado por estar em busca de ajuda, muitos no seu lugar, desistem e falam mal da religião. Eu sempre duvido de quem fala que o Orixa assentado na iniciação de alguém é (está) errado, porque eu sempre me pergunto o seguinte: “Se isso é verdade, onde estava o orixa certo na hora da feitura? Bebendo como os amigos no buteco?” Acho que não né? O período de abian é fundamental e indispensável, mas agora a coisa já aconteceu e não podemos ficar lamentando, ok? Tenho um irmão em Campinas, serve? Dofonitinha coloque sua cabeça no chão, reze pro seu orixa, faça um banho de canjica, ofereça canjica ao seu orixa e descanse a cabeça, refresque a cabeça e deixe seu orixa falar contigo, ok? Que Yemonjá e Ogum te deem paz e caminhos abertos para uma boa Casa de Axé. Tomeje.
Serve siiim campinas,muito obrigada
Queria irmã, ao fazer contato com ele, pro favor, informe que foi o Tomeje quem indicou. Não vou ganhar nada com isso, não rsrsrssrssrrssrsrsrsrsr mas assim ele ficará mais tranquilo de atender.
Mário D’Ogum, Babalorixá (Mário Fernandes Filho) / Ilê Axé Ifé Ogum Oraminan – candomblé queto / Rua Vitorino Ferrari, 100 – Barão Geraldo – CEP 13084-030 – Campinas – SP telefone: (19) 3289-5717, e-mail: babatonican@hotmail.com
achei ótimo seus comentários, é exatamente assim que me sinto, fiz boi a um mês, no candomblé,frequeintei a umbanda 10 anos, sou médium de incorporação mas nunca consegui . ESTOU FRUSTRADA E DEPRIMIDA. o que estou fazendo de errado?ou deixando de fazer? estou quase desistindo e segundo meu caminho espiritual sozinha.
Onilda, seja bem vinda. Pelo seu comentário, acho que vc está no caminho errado sim. Não estou falando da religião, mas da idéia de ser medium de incorporação, se em 10 anos não ouv manifestação de orixa/entidade/guias isso pode ser sinal claro de que vc é Ekedji (no candomble) ou cambona (na umbanda). É melhor procurar um bom jogo e verificar isso. Não se sinta frustrada, ser ekedji é uma dádiva e uma responsabilidade maravilhosa com a Casa e com os filhos, pense nisso. Axé e felicidade. Tomeje.
Bênção a todo.
Tenho dúvidas muito grande joguei búzios no gege me disseram que sou de ogumjá joguei em 2 casa de ketu me disseram que sou de bara o último jogo me disse que sou de exu bara ijena. Gostaria muito de saber sobre ijena.
Jairo, seja bem vindo ao blog. Irmão, antes de saber sobre este Bara/Exú, tem uma infinidade de coisas que vc precisa saber e que são muito mais importantes. O primeiro assunto é vc definir um rumo para sua vida espiritual, definir qual segmento (Ketu, Jeje, Angola ou umbanda) vc se sente verdadeiramente feliz e completo. É preciso que vc encontre uma Casa de Axé que possa de fato te ajudar nestas descobertas e no seu caminho. Só depois de tudo isso, depois de vc frequentar uma boa Casa, depois de ser abian nesta Casa, depois de se ser iniciado e depois de saber o que realmente importa sobre religião e sobre os orixas é que vc deve procurar saber sobre “qualidades” de Exú (se é que de fato vc seja deste Orixa). Esta é minha opinião sincera e responsável. Mas em geral as pessoas se preocupam com as coisas que querem e não com aquilo que de fato deveriam se preocupar. Espero muito sinceramente que v leia e compreenda o que estou te orientando. Axé, Tomeje.
Querido irmão Tomeje, que as bençãos de teu Òrìṣà nos acompanhe à todos e Ògún te cubra de muito àṣẹ.
Quero parabenizá-lo pelas palavras acima, que na verdade é um retrato de quanto vale à pena orientar de forma correta e amorosa os nossos filhos-de-santo, procurando desmistificar a nossa religião.
Assim como disse acima, também acredito. E embora essa nossa visão sobre o assunto, possa assombrar, deixando alguns escandalizados, não importa. O que importa mesmo, é a verdade bem dirigida para um propósito cheio de amor e respeito.
Olórun Mo dúpé, por estar sempre procurando dar o melhor de si.
Meu carinhoso abraço, aqui te deixo e meus desejos de muito àṣẹ.
Ìyá Célia Ògún-Já.
Iyá Ogun-já, sua benção. Também sou de Ogun-Já. Hoje mesmo estive pesando a respeito deste texto, furo que é verdade. As vezes penso que o que o povo quer mesmo é sentir o medo, a cobrança, a mão pesada (no bom sentido) do sacerdote dominador e torturador, desde que isso lhes dê o que eles desejam, que é o resultado positivo, para eles, sem esforço e sem compreensão da religião. Não, não estou desistindo ou triste, pelo contrário, estou firme e convicto de que esse é o meu caminho. VOu te contar uma coisa. Há pouco tempo uma filha de uma filha de santo me agradeceu porque há algum tempo eu falei com ela que o caminho dela não era o candomblé e lhe pedi que procurasse outra religiosidade. Ela buscou a Igreja Batista e está felicíssima lá, e que toda vez que ela pode, ela fala de mim e da minha orientação à ela. Para mim isso valeu todos os anos que eu trabalho aqui ajudando e orientando. Portanto, logo depois de ter pensado sobre o texto eu repensei e vi que vale cada linha que escrevemos e falamos. Sua benção minha Mãe e ue Ogun nos de bom caminho. Axé, Tomeje.
Olá!
Ainda pode responder esse espaço? Rs.
Me chamo Flávia e tenho 19 anos, já fui católica, evangélica.. mas não permaneci, além de eu ter me tornado ignorante, não me fazia feliz. Comecei a ficar doente, não parava em empregos (ainda não consigo me estabilizar) e eu já estava com inicio de depressão, comecei a frequentar uma médium que trabalha com Bezerra de Menezes e logo após, conheci minha mãe de santo (atual), somos de Axé Angola, eu estou começando a conhecer esse mundo, os orixás, mas já acho lindo. Na primeira vez que ela jogou búzios para mim, estava tendo uma certa “cobrança” de feitura, ou para que eu pudesse começar a me desenvolver.. ok. Faz um mês, basicamente, que tomei um borí, mas para saúde, pois passei dois dias num hospital com dores horríveis do lado esquerdo da barriga e não saiu nada em exames, absolutamente NADA! Além de uma dor de cabeça constante, como sou míope, achei que teria relação com o grau do óculos, nada! Estabilizou-se o grau, agora marquei um neurologista para verificar essas dores, mas meu padrinho de Jurema nos avisou que o borí de saúde acordou o resto, que seria preciso um obí água urgente.. Mas eu não sei se sou rodante ou ekedji! Sinto demais a energia dos orixás e guias, fico suando frio, coração acelera, no desenvolvimento eu tento me concentrar nas energias, mas não as sinto como se quisessem se conectar ao meu corpo! É estranho, não sei se sou eu ou a entidade. Além de que no jogo de búzios, muitos orixás respondem, já saiu Obatalá e Oxum. Oxóssi e Iansã. Estou confusa e perdida, não sei se estou no lugar ou caminho certo, tudo está começando a dar errado.
Flávia seja muito bem vinda ao blog. De que região do pais vc é? Bem vamos dividir as questões. Quando alguém fala que é de Angola eu me arrepio de pavor. Explico. Não tenho nada contra, mas ao longo do tempo tenho visto que muitas casas se dizem Angola para disfarçar uma umbanda misturada e sem raiz. Que eu saiba só quem faz Angola de fato é o bate folha de salvador e aqui do rio de janeiro e, lógico, os seus descendentes diretos, o restante nem sabe direito o que é angola, chamam seus Deuses de Orixa, quando deveriam chamar de Inkise e por vai a misturada. Flávia eu acho que vc se equivocou quando falou de bori. Bori, que eu saiba, e que aprendi, é feito pra o Orixa Ori. Pode até ter reflexos na sua saúde e em outros campos da sua vida, mas eu não conheço bori pra saúde, prosperidade e outros. Só conheço bori pra equilibrar a cabeça (Ori). Além disso o bori é uma cerimônia masi complexa do que o Obi, portanto, quando vc falou que a entidade receitou um Obi “urgente” eu fiquei confuso. Não teria sido ao contrário, vc fez um Obi e depois foi receitado um Bori?
Flávia, penso que sua família deve ser de outra religião, católica ou evangélica, ok? Será que isso vai dar certo agora? Quero dizer sobre vc se iniciar. Não será melhor vc esperar mais, ir com calma????? Não aconselho ninguém na sua situação, recém chegada ao candomblé, se iniciar. Observe mais, seja pelo menos um ou dois anos Abian da Casa e veja se é isso mesmo. Procure referências da pessoa, igualzinho vc vai, ou já fez com o especialista que vc pretende ir, faça o mesmo, busque informações sobre a Casa, sobre quem iniciou a mãe ou pai da Casa, quando esta pessoa foi iniciada. Procure saber das raizes da Casa, de quem ela descende????? Um jogo feito numa única Casa, não pode aparecer tantos orixas diferentes. Sendo Angola, piorou, porque todos que vc citou são de ketu. Veja com carinho onde vc está indo e quem é esta pessoa. Vamos conversar mais???? espero ter ajudado. Tomeje
Oi, bom dia!
Foi isso mesmo, um borí que me disseram que foi voltado para saúde, passei pela esteira de pipoca depois! É uma família de santo, todos da nação Angola, até que me sinto bem.. O obi seria para não fazer outro borí!
Esqueci de mencionar que oxum e obatalá saíram no jogo da minha ialorixá, oxóssi com iansã, foi com um senhor que inclusive, paguei pelo jogo.
Flávia, se vc se sente bem e confia na casa, siga em frente. Mas, por via de dúvidas, releia meu texto com calma e reflita sobre tudo que está escrito ali. E principalmente, vá com calma neste seu início religioso. Mas o mais importante é vc ser feliz. Axé, Tomeje
Olá ,Tomeje
Comecei a me desenvolver num centro de candomblé por conta de cobrança de orixá revelado num jogo.
Gosto da casa,são sérios,integros,mas nunca me imaginei fazendo o Santo. Recentemente, tomei um Borí e disseram q minha Iansã queria ser feita pela forma de se manifestar antes do tempo previsto pela cerimônia. Não me identifico muito com a religião a ponto de fazer o Santo,mas ouço sempre dizer que a religião q escolhe a gente…o Santo dá e Santo tira…acabo ficando com medo de mudar ,apesar q frequentar ocasionalmente o Kardecismo que conheço mais e me sinto mais à vontade.
Outro fator é que só incorporo quando tem sessão de Umbanda,tenho cigana,Caboclo,preto velho.
O Pai de Santo afirma que apesar disso a minha Iansã é de corte e que meu lugar então é no Candomblé.
Será que serei mesmo punida de alguma forma se for para Umbanda ou outra religião?
Obrigada,Danielle
Danielle, O Orixas nos escolhe sim, é verdade. A nossa ancestralidade (nossos orixas) estará sempre presente em nossas vidas, isso é fato. mentira é dizer que Orixa tira alguma coisa de um filho, eu não aprendi isso e não acredito nisso. Danielle se vc se sente melhor no kardecismo, vá para o kardecismo, não tenha medo de nada. Orixa não é punitivo. Não existe isso de que sua Oyá é de corte (besteira dita por quem não tem argumento honesto) e por isso vc precisa ser feita. Vc deve ser feita se vc estiver com a vontade de ser feita, ok????????? Não se deixe levar por medos, seja vc o tempo todo e seja feliz, sempre. Axé. Tomeje
bom dia, sou novo aqui.. gostaria de tirar uma duvida, sou iniciado a pouco tempo tem uns 2 meses e queria saber porque tem vezes que eu viro no santo e tem momento que seria certo o santo chegar e ele não chega.. um exemplo e “rum” de yemanja. teria que vir ainda mais eu sendo de osalufon. gostaria de saber se tem algo errado ou se é porque eu fico muito preocupado com essa questao de “e se o santo nao vir” ai acabo me travando.. gostaria de uma posição.
Chalkan, seja bem vindo Babazinho. O início da jornada religiosa é assim mesmo meu irmão. Não se preocupe muito com isso. Sei que muitas Casas querem impor, quase obrigam o Yawo/Orixa a virarem quando o pai ou mãe bem querer ou desejam. Casas com sete modelo não chegam longe. Irmão, não há motivo litúrgico pra que Oxalufá tenha obrigação de virar só porque está tocando para Yemonjá. A não ser que Yemonjá seja a dona da Casa. Mesmo assim o pai ou mãe deve ter o discernimento de compreender que nem sempre o orixa vai passar na hora que ele quer. Axé, Tomeje.
muito grato pela sua resposta, estou adorando o blog e vou indicar a mais amigos 😀
Chalkan, leia também o blog ocandomble.word.press, nele, procure os texto da Dayana, são ótimos. Tomeje
Uma outra curiosidade.. quais são os momentos e cantigas que chamam os santos de yaos e mais velhos?
Chalkan, não há uma regra clara sobre isso, podemos utilizara cantigas da “roda de Xangô” da “roda de Yemonjá” ou da “roda de Oxum”. Há também toques específicos como o Bravum, o Alujá, O aguerê ou o Batá ou ainda o Sató. Isso tudo varia. Mas na minha Casa, eu sou descendente do Asé Oxumare Salvador, nós temos as regras que são utilizadas pela Casa matriz. Então o que vale mesmo é a forma como se faz na sua Casa e na sua Matriz. O que não pode acontecer é vc não saber qual é a sua Casa matriz e como ela faz e, muito menos haver divergência entre a sua Casa e a matriz. Axé, Tomeje.
Então somos parentes, sou neto do babá PC, Qual grau de parentesco do senhor comigo?
Chalkan, o meu Pai é filho do Babá PC, portanto eu sou neto do Oxumare. A Casa do meu Pai vai receber o selo de reconhecimento do Oxumare até o final do ano e, por consequência, a minha Casa, Asé Omi Lonan, também será reconhecida como descendente do Asè. No Oxumare homem não entra na roda, não usa panos na cabeça nem na cintura, e o toque que chama os orixas são so toques para Oxumare. Meu Pai se chama Marcio de jagun. Tivemos um programa de radio e um programa de tv, Ele é escritor e palestrante. Somos do RJ. Dia 20 de agosto tem a festa de Oxumare em SSA e eu estarei lá junto com meu Pai. Asè, Tomeje
Poxa, que legal também sou do rio de janeiro!! se o senhor puder deixar algum contato será bom telo como amigo
Chalkan vou te enviar um email no endereço cadastrado aqui, ok? Mas antes veja na sua Casa qual é a orientação sobre contatos com outros Asé. Ok? Tomeje.
Boa noite Baba, sua bençao.
Antes de mais nada quero agradecer sua generosidade em doar seu tempo, escrevendo esses textos tão esclarecedores e respondendo nossas perguntas. O Sr. não imagina como é bom para quem está cheio de dúvidas, encontrar tantas informações consistententes (posso não entendeu nada de Candomblé, mas pela minha formação academica sei distinguir direitinho um bom texto de uma enrolação, rsrsrs) e apresentadas de forma tào clara e objetiva.
Tenho 49 anos, sou médica e não acreditava em nada até 17 anos atrás, quando tive uma depressão que nenhum tratamento resolvia e a Umbanda me curou. Fiquei na casa (Omoloko) que me acolheu por 13 anos, fiz meu desenvolvimento e dei minhas obrigaçôes, de acordo com as orientações de minha Mãe de Santo. Ela me ensinou que Umbanda se faz com paciencia e se aprende na vivência no terreiro – o que foi bem dificil pra mim, tão acostumada com os livros rsrsrs. Infelizmente qdo minha Mae se foi, a casa acabou. Procurei muito um lugar pra seguir trabalhando na minha querida Umbanda e ha 2 anos entrei finalmente numa casa (Omoloko também) onde me senti bem, que não era puro teatro como a maioria das que visitei.
Como nada é perfeito, acredito “nos Santos” do dirigente desta casa, mas o considero displicente, por vezes negligente como pai. Isso nao tinha como eu perceber antes de entrar, qdo estava na assistência…assim, quando estava com uma questao importante no ano passado (uma entidade – que vcs chamamos de catiço pelo que entendi – pediu p copar um frango p ela mas a casa lá não corta) e pedi para ele jogar pra mim (ele teoricamente foi feito no Blé antes de ir para a Umbanda) , e ele não jogou, comecei a “fuçar” a net, encontrei o blog ocandomble e de lá “segui” o Sr. até aqui 🙂 As suas colocações são parecidas com as da minha falecida Mãe…
O Sr.poderia me indicar um bom olhador que eu prudes se procurer p jogar p mim aqui no rio ?
Desculpe escrever tanto mas achei que devia justification meu pedido…
Mto obrgda, asé
P.m.
Pm seja bem vinda. Obrigado pelo carinho e por me dar este feedback, obrigado mesmo. Também estranho uma casa de omoloko não jogar para vc, se um filho tem problemas, o Pai tem a obrigação de consultar pra ele. Mas cada casa é um caso, né? Eu posso te indicar o meu Pai de Santo. A Casa dele é em Pedra de Guaratiba e ele atende as 5a feiras. Nós somos ketu Asé Oxumare. Serve?
Eu também “sofri” muito no início quando conheci minha falecida Yá (Gisele). Foi complicado não ter livros par ame apoiar. Aos poucos descobri vários livros de antropólogos e outros estudisos da religião que me ajudaram muito a “descobrir o candomblé”, achei minha raiz e minha família de Asé. Com a minha saída da Casa de minha YA, eu fui para esta Casa, de meu Pai, e tornei a encontrar o que procurava, uma Casa de tradição e séria. Somos descendentes do Asé Oxumare Salvador, somo suma família e muito felizes em ter como Patriarca oo nosso querido Babá PC. Bem, esta é a minha breve história rsrsrsrsr Asé e felicidade. Tomeje
Bença Baba,
Obrigada por responder tao prontamente!
Sem dúvida cada casa é um caso e dentro de cada casa, cada caso é um caso! ;).
Meu Pai disse que a moça tinha que aceitar as regras da casa. Ele falou c ela no ano passado e “negociou” 1 bife. Ela aceitou dizendo “por enquanto” . Sinceramente, achei que eu estava ficando maluca porque sempre tive horror de matança, então que história era essa de um guia que trabalhava comigo fazer um pedido assim??? Por isso fui buscar explicacões tanto na net como em livros, tentando entender o sentido do sangue (eje certo? A casa da minha falecida Mãe também não cortava, então é novidade p mim)…. Só que semana passada ela começou a cobrar de novo e o pai está se sentindo desrespeitado, afinal ela teria que comer o q a casa dá. Eu não tiro a razão dele, não. Mas ele falou que vai suspender ela, pra ela não rodar mais na minha cabeça. E eu estou preocupada com isso. Meu Pai diz que se minha mãe, dona da minha cabeça, aceita a comida da casa, ela (catiço) tem q aceitar também. Eu entendo, mas na minha opinião, com todo respeito, suspender uma entidade é algo muito sério p ser resolvido sem jogo. Não quero ser uma filha – como já vi muito – q quer fazer tudo da sua própria maneira, mas acho importante entender porque tudo isso está acontecendo…. me sinto mal de buscar 1 jogo fora da minha casa e também não quero criar uma situação delicada para o olhador…espero que o sr. compreenda…
Se serve? RSRSRS Nossa, é uma honra! Mas, onde na Pedra? Como posso marcar? Tem algum telefone ou é pra chegar e esperar a vez?
O sr. me desculpe essa rajada de perguntas mas é que estou com recolhimento marcado e não queria entrar sem ter visto isso – até porque ele disse q não vai arriar NADA p ela! *ai*
Eu vinha tentando me informar pra entender essa questão sem ter que ir a uma outra casa, mas por causa desses ultimos acontecimentos, fiquei sem muito tempo…e esse estudo demora! 🙂
Obrigada de coração!
Pm, com todo respeito que devo ao seu sacerdote. Mas vc acha mesmo que é assim que se inicia? Com medos e dúvidas? E oura coisa! Quem ele acha que é para “suspender a vinda de uma entidade? A mesma lógica utilizada por ele sobre a “obrigação” da entidade em receber algo, por que a dona cabeça recebe. Se a dona da cabeça permite que a entidade venha, quem é ele para suspendê-la? A lógica só funciona pro lado dele, pra fazer os gostos dele??????? estranho, né? Semana vou te enviar o telefone dele. Mas para isso me envie um email válido porque eu não posso publicar aqui o número do telefone, ok? Estude um pouco mais sobre a imolação e vc vai ver que não tem nada de mais querida.
Pedra de Guaratiba é perto de Sepetiba, Campo Grande. conhece? Tomeje
Entao Baba,
Deixa so eu dizer que nao sei se chamaria ” iniciacao”. Nessa casa eu recolhi poucos meses depois de entrar, ha uns 2 anos e agora vou de novo porque meu pai diz que eh preciso. As entidades ja se identificaram ( nome, ponto riscado e ponto cantado) e trabalham dando consultas e participando de correntes de descarrego (ebos em que passa varios elementos, tipo ovo etc). Pelo que li no candomble eh tudo bem diferente, nao consigo estabelecer uma correlacao… .Nessa umbanda que eu frequento, os filhos recolhem varias vezes , com no minimo 1 ano de intervalo. A partir da 7a camarinha pode ter a feitura, que seria, pelo que entendi, equivalente ao deca do candomble. So quem eh feito pode abrir casa, mas filhos com mais de 7 podem nao ser feitos…mas isso, acho, nem tem tanta importancia…
Com as suas palavras fico mais tranquila pois vi que o sr concorda que preciso desse jogo. Conheco a Pedra sim. Nao sei andar muito bem por la mas consigo achar o caminho pra casa da Sulamita rsrsrs O sr conhece? La eh meio caro mas tem de um tudo!!!!
E vou procurar estudar mais sobre imolacao sim. O sr recomenda algum livro ou site? Descobri que o Pierre Verger tem mais livros alem daquele com as historias dos Orixas. Sera que algum explica esse assunto?
Bom, ja aluguei muito o sr! Muito obrigada pela atencao! Sua ajuda esta sendo realmente inestimavel! Vou aguardar ansiosa pelo telefone. Depois volto p dar noticias 🙂
Otimo fim de semana!
PM
PM eu não conheço esse segmento de umbanda. Vou falar com meu Pai assim que ele estiver no RJ, em breve, fique tranquila. Não conheço um livro específico, mas acho que no blog ocandomblé tem alguma coisa. Eu conheço a loja da sulamita. O caminho é quele mesmo. O melhor é ir até aquela praça de Pedra de guaratiba, chamam de “rodo”. Ali tem moto taxi e eles podem te levar ou guiar até lá. O barracão fica na Capoeira Grande, rua Inimutaba, não lembro o número, mas é bem no fim da rua. Casa do Pai Marcio. Asé, Tomeje.
Bom dia!
Joguei os búzios em duas casas de candomblé, em uma o pai de santo disse que sou de Oxossi com Xango, Oxossi Coiá Coia. Na outro o pai de santo disse que sou de Xangô, mais não conseguiu ver o segundo orixá. Já pesquisei muito e não encontro nada sobre essa qualidade de Odé Coiá Coiá, o senhor pode me ajudar.
ótima semana!
Paulo, seja bem vindo. Habitualmente eu sou muito cuidadoso em minhas respostas, mas….. desta vez rsrsrsrsrsrsr Paulo fuja desta casa que falou deste nome coia coia, isso é mentira e invenção, não existe. Desconsidere. Vamos conversando???? Asé, Tomeje
Tomeje
Hoje vejo em muitas casas de candomblé principalmente Ketu que os pais de santo estão vestindo o orixá Ogum de saia rodada como se veste as yabas isso só porque a pessoa que esta incorporada é mulher. quando Ogum está virado em homem,eles vestem normalmente com bonbacho. isso ocorre só com ogum. eu não compreendo baba porque eles dizem que é porque ogum ta na cabeça de mulher ai vestiram de saia. moas se fosse assim porque eles não vestem o orixá feminino de bombacho quando os mesmos estão virados em homem? já que eles agora estão vestindo o orixá conforme o sexo do médium e não conforme o próprio orixá.. estou sem entender baba…
Cherie, com muito orgulho sou descendente do Asé Oxumare Salvador, temos raiz e temos princípios sólidos. Como diz meu Pai Márcio de jagum, basta 05 minutos numa Casa para saber se é uma Casa tradicional ou se se trata de beco. Tradição é imutável meu irmão. Sinto muito que estejam desvirtuando a tradição e a religião, só podemos lamentar. E não ir nunca mais nestes lugares. Desculpe a dureza do comentário. Asé Tomeje.
Boa noite! Já acompanho suas postagens a muito tempo em um outro site e por acaso hoje achei o seu. Sou uma curiosa na verdade, já fui muito engana na verdade por diversos pais/mães de Santo que se aproveitaram de um momento de fraqueza e sofrimento meu, e só pessoas interessadas em dinheiro. Depois de um tempo buscando soluções mágicas para o meu problema, resolvi voltar para igreja , evangélica. Fui criada na igreja católica. Porém depois de um tempo , quase dois anos, não me sinto mais feliz, e há alguns meses comecei a sentir o desejo em conhecer essa religião, mesmo já tendo sido enganada.
Minha pergunta é: Será que é realmente certo eu querer saber mais? Tendo em vista que tudo que eu aprendi foi com a bíblia? E o Sr sabe o que pensam os evangélicos a respeito, né?
Apenas visito um asé quando há festas .
Aqui por tudo que eu já li é jeje, mais aqui nas festas são orisas que vejo falando e não vodun.
Aqui toca umbanda tbm.
Em todas as festas que vou , sinto um mal estar muito grande, enjoo, minhas mãos soam feio, e continuo a me sentir mal por vários dias.
Não sei o que faço, já não tenho vontade de fazer mais nada.
BM, obrigado pelo carinho. Minha primeira pergunta é. De onde vc é? Talvez eu possa te indicar uma boa Casa de Asé pra vc visitar e quem sabe, se encontrar nela rsrsrsrsrsrss. Asé e felicidades. Tomeje
gente entao por aqui ta ferrado!!! aff nao sei como faço pra cultuar meu santo!!! se é assim entao nao da!! isso nao me entra e como vou ficar numa casa que eu nao me sinto bem? orixas masculinos com saias so poque seus mediuns sao mulheres e virse versa…. so se eu mudar de estado kk
Eu já passei por isso e horrível fui iniciada em uma casa bagunçada as pressas por um tempo eu meio que achei que fosse minha culpa não sei eu infelizmente não tive vida de Abia eu acho que fui uma das poucas pessoas que fazem sua iniciação sem saber MT coisa rsrs sempre senti a pressão que seu orixá tem que ter o pé dr dança ou como porque não respondia o meu santo foi difícil,eu fui acompanhando o blog e outros textos eu não sei de tudo mais to aprendendo,já faz um tempo que eu não posso frequentemente ir na roça e ate minha obrigação atrasada to cheia de dívidas porque fomos praticamente assasltados onde fui iniciada.Enfim fiz 3 anos eu emprestei td para minha mae compra remédio ela e de nana,meu irmão já ta se afastando e de oxalá eu acho que foi porque passamos la casa foram mts recordações ruins,eu não gosto de falar ainda mais em um blog por ex meu contra egun era tao apertado que tenho cicatriz e so que as vzs isso desânima,eu sei que já passou,eu não tenho cura sei la mais eu acho que todos iníciado tem que fazer as curas,se fuui raspada e catulada,eu tenho mt convívio com as entidades no dia a dia eu não sou perfeita so que gostaria poder da um assentamento pro meu orixá esses dias descobri que usaram o que eu fui iniciada e lavo e assento em outro do oxum, to triste não posso ir no olubajé nunca fui rsrsrs motumba baba tomege muito ase
Dofonitinha, seja bem vinda. Eu sempre falo, insistentemente, que é fundamental ser abian e conhecer a Casa e conhecer a Casa matriz (sua raiz), entende? se as pessoas conhecerem de fato o axé que pretendem entrar, tenho certeza de que a maioria nunca entrariam nestes becos. Mas vamos em frente. O que posso te ajudar? rsrsrsrsr Asé e felicidade. Tomeje.
Eu gostaria de saber e que tanto eu como minha mae não se considerada yawo porque não tivemos vida de Abia lalem de eu não ter pai ou mae pequena porque o pai de santo não queria que nos sabemos as coisa do axe,eu tive que fica la uns 15 dias ajudando na feitura da minha mae o jibonan era um yawo de dois meses de santo,nem sabia cozinha e as rezas da pintura que nem os mais velhos sabiam e os banhos eram meio velhos nem ele sabia fazer eu acho que tava errado e com isso ela foi iniciada na saída o pai de santo falou mal porque passou o catico no ronco porque já não estávamos aguentando de tanto trabalha e ele virou as costas e foi tomar sua cerveja na cozinha do axe e nem comiamos bem td hora era um gritando vai pega isso faz akilo uma vez eu lembro que minha mae tava recollhida eu tava com fome e ele nos obrigou eu e meu irmão a lava os pratos e fica na roda porque ele ia dar comida para sua pombo gira e ela estava la,alem das comida serem feitas por Abia e ate acaçá e agente não porque não deixava eles e os mais velhos igual o nosso santo aceito no jogo disse que somos yawo que orixá entendi que teve que apesar já somos yawo so que minha mae queria raspar de novo fazer tudo de novo, isso pode ter outra feitura porque tava tudo errado na nossa ?
Dofonitinha eu sou contra uma nova iniciação, apesar dos possíveis erros, uma vez que a pessoa tenha sido raspada, não se raspa novamente. Há sim casos raros onde isso acontece, mas é bem raro mesmo. Dofonitinha, procure esquecer esse assunto e siga sua vida e faça isso com sua mãe também. Eu passei por uma iniciação complicada, fui abandonado pela minha iniciadora logo depois da minha saída, foi horrível. Mas mesmo assim meu Pai Ogun aceitou e hoje estou aqui, feliz da vida e filho de um grande sacerdote e um estudioso da religião. Iniciação tem que ser correta sim, mas isso só vale se a correção estiver de acordo com o que se faz na matriz, entende? Duvido muito que este seu sacerdote tenha alguma raiz e algum conhecimento religioso. Esqueça minha querida, não fique remoendo o assunto. Procure outra Casa e seja feliz. Asé, Tomeje.
Boa noite , Tomeje
Não havia visto sua resposta, pensei que chegaria no e-mail.
Deixei um outro comentário, em outro post.
Sou de Vila norma – são João de Meriti
Estou sempre acompanhado seu blog e vim tbm tirar uma dúvida! Desde pequena sempre ouvir as pessoas de Santo falar que sou de yansa com Oxossi, e no jogo que eu vou sempre da o mesmo, só que fui fazer uma consulta com outra pessoa que ele é simpatizante da umbanda ele disse que eu Oxala e Omolu tava me protegendo e logo vinha yemanja e Oxum aí quando ele jogou de novo oxossi apareceum mais n deu nada de yansa, eu vou me iniciar agora em setembro minga família toda me apoia menos minha mãe que é da nação Jeje e não quer que eu vá pra outra casa a não ser a delá, quando toca música de yansa eu fico com meu coração acelerado mãos e pés gelado sinto calafrios e arrepios de repente uma coisa me toma e eu caio no chão meu corpo gira de um lado a outro eu n consigo controlar, mais eu escultor tudo. E depois só vem vontade de chorar será que sou rodante? Quando eu entrar no ronco tenho medo de meu orixa nao me deixar inconsciente, tenho medo que na saída eu esteja ouvindo as coisas e o orunko o santo que tem que trazer? São tantas dúvidas não quero ter que fingir por favor me ajude Tomeje? Já vi relatos parecido com o meu, já pensou na minha saída quando eu fechar o olho não está incorporada e me esbarrar em alguma coisa, que vergonha. Será que quando eu tiver no ronco meu orixa vem? Eu estou me iniciando por problemas psicológicos.aguardo resposta
Filha de Oyá, seja bem vinda ao blog. Vamos por partes.Acho muito complicado alguém que seja de umbanda se arvorar em jogar búzios. Em geral estas pessoas dizem que “foram feitas no candomblé e por isso eles jogam”. se for este o caso, pense o seguinte, ser iniciado não dá a ninguém o direito de jogar ou exercer qualquer função dentro do candomblé. Jogar requer conhecimento profundo de candomblé, de itãns e de vários outros fundamentos religiosos do candomblé. Sendo assim, se estas pessoas conhecem tanto a ponto de jogar, porque não seguem o candomblé??????? Deveriam ficar quietos no lugar deles, não acha????
Bolar não significa que vc tenha que ser iniciada na casa onde bolou, significa que vc é rodante, só isso!
Ser consciente é normal no início, anormal deveria ser as pessoas mentirem quando dizem que são totalmente inconscientes, isso é mentira, 90% tem certo grau de consciência sim!!!!!!! É normal!!!!!
Acho que sua mãe tem razão, é tradição no candomblé que os filhos sejam iniciados na casa dos pais ou mães. Eu, no seu lugar, pensaria melhor nisso.
Ser iniciada numa casa onde vc tem dúvidas ou numa casa que vc conhece pouco é arriscado. Converse e ouça mais sua mãe, ela quer o seu bem sempre.
Não se inicie só por causa de problemas psicológicos, se inicie por amar seu orixa e sua religião. Problemas psicológicos se resolve no divã e não no roncó. Espero ter ajudado, asé e felicidades, Tomeje.
Motumba Muito obrigada pela ajuda baba tomege vou falar para ela,o senhor ja fez algum livro?são tantas histórias muitos gostaria de ler
Dofonitinha, obrigado pelo carinho. Na verdade eu penso nesse livro sim, mas ainda não é hora rsrsrsrs. Asé e felicidades. Tomeje
Estou aqui novamente pra agradecer sua resposta!
Quando falei problemasobre psicológico me referir a ver vultos, sonhos, vontade de beber, sinto dor de cabeças constantes, sou muito vítima de inveja inclusive tenho um barzinho que minha vizinha de parede e do candomble e não gosta de mim, ela queima meu ponto direto, reclama do barulho e tals só pra n ver eu crescer todos falam que meu bar não incômoda em nada ela é a única que reclama, teve uma vez que eu sair sem roupa no meio da rua por Deus que minha prima viu e me trouxe pra dentro. Sou casada a 9 anos e meu marido saiu de casa pq eu sair pra beber e cheguei em casa no dia seguinte eu fiquei muito mau, fiquei um dia e meio sem sair da cama sem tomar banho sem comer senti meu corpo doer muito. Peço sua ajuda Tomege pq sei que isso não é normal, meu marido quer que eu cuide do que eu tenho ele voltou pra mim viu meu sofrimento sei que ele me ama. Mais quer que eu me inicie. Eu amo minha yansa amo oxossi vou fazer com amor. Mais te pergunto se eu me iniciar meu orixa vai me pegar no dia dos procedimentos dentro do runco. N quero ficar totalmente consciente. Aguardo resposta.
Filha de Oyá, vc nem tocou no assunto da minha resposta sobre vc falar com sua mãe, porque???? Filho de Oyá eu já vi algumas pessoas que tinham problemas como o seu e a iniciação resolveu o problema. Mas acho que nem todos tem este benefício, a maioria se esconde da realidade pensando que o candomblé é magia e que tudo resolve, estão enganados e eu não quero ver vc se enganando também. Procure o diálogo com sua mãe e veja os argumentos dela antes de se iniciar. Esse é o meu sincero conselho. Depois vamos conversar mais???? Asé, Tomeje
Assim Tomege é pq minha família parte de pai são todas do candomble parte de mae são menos, minha mãe é meu anti quadra ela frequenta um terreiro Dahomé só que como ela mesmo diz que não intende nada ela apenas se sente bem ao ir à festa tomar banhos já fizemos limpeza mais n resolveu em nada em minha vida, minha mãe é daquela que tudo que fala ela confia, como eu sou filha unica ela pega no meu pé mesmo eu já sendo casada tenho 25 anos e um filho de 6, já colocaram na cabeça dela que o candomble daqui de baixo vão me raspar de eruexo não sei nem o que significa na linguagem dele, diz que o que me pega é coisa ruim, então ela tem medo pq quando eu bebo eu fico fora de mim fico sem domínio no meus atos, aí ela acha que é coisa ruim, minha mãe é medrosa eu sinto, então quando bota coisa na cabeça dela ela fica com toda evocada. Ela me criou sozinha sem apoio de meu pai que o mesmo tem outra familia e n se da comigo, ele tbm tem orixa a irmã dele, a mãe dele é ekede, a vó dele foi ekede então temos ligações. Eu converso com minha mãe ela n me diz nada só vai até a casa da zeladora de onde ela frequenta e conversa com tudo isso ela volta e fica sem falar comigo fica zangada com se alguém botasse ela contra mim. Entende a situação o pessoal acha que minha vida tá assim pq minha mãe não aceita que acha que as outras casas são de coisas ruins. Eu não frequento a casa que ela vai já fui antes quando era adolescente mais faz uns 5 anos que não vou. Sempre quando tem festa minha mae q faz os doces e o bolo de lá, a roça é muito rígida la não raspa, só que minhas coisas não são de lá eu sei disso.olha eu tenho muito ligação com eguns, perdir um primo e um tio assasinados parte de mãe, esse meu primo era ogan e o pai de santo dele ao mim ver a uns 10 anos atrás disse que eu era se yansa com oxossi ele é Famo. Esse meu primo que morreu com 7 dias sentir o espírito dele em minha casa, sonhei com caranguejo caindo em cima de mim e um redemoinho mim puxando quando acordei sentir medo minha mãe e meu esposo passou alho em meus pulsó e resavamos juntos, quando fui no centro kadersista a mulher que me deu o passe incorporou ficou tipo gemendo e chorando aí n me disseram nada me deu um copo de água e mandou eu ir embora. O que me diz de tudo isso?
Boa noite , Tomeje
O senhor poderia me indicar uma casa em São João de Meriti/ Nilópolis?
O senhor tem Facebook para que eu possa acompanhar?
BM, que bom que aqui de novo. A melhor indicação em São João é a Casa de Mãe Meninazinha da Oxum, uma Casa tradicional e respeitada e que pode te receber muito bem. Procure na net o endereço dela. Eu não tenho face aberto ao público, somente o da minha Casa, desculpe rsrsrsrs. Asé e felicidades. Tomeje.
Olá bom dia!
A sua bênção Tomege!
Há um ano entrei pra esse mundo.
Lá dentro sempre falei pra Mãe de santo que não sentia nada que a impressão é que eu estava fingindo e mentindo. Era uma sensação que me deixava mal,angustiante,aflitiva. E eu teimava justamente porque orixá tem que pegar nossa cabeça e eu me forçava a fazer.
Enfim acho até hoje que fui feita errada. Saí da casa através de turbilhões e desentendimento.
Só sei que vou aos lugares e continuo não sentindo nada. Alguns arrepios só é nada mais. Será que tudo que houve lá dentro foi misticismo meu?
Realmente será que eu tava fingindo?
Ela garantia que não,pois eu mudava e tals,jogou e viu.
Mas será que era coisa da minha cabeça?
Tô muito agoniada me ajuda,porque quando vou aos centros sinto muita dor de cabeça. E minha vida estagnou !
Axé
Inah
Inah, seja bemm vinda o blog. Olha, eu sempre repito que o mais importante momento da nossa vida religiosa é o tempo de abian. Pelo que vejo vc não foi abian, ou se foi, não foi o tempo suficiente pra vc se acostumar com o Orixa e com a religião. Acho muito difícil alguém mistificar a ponto de “pensar que está de orixa, entende?” Até existem pessoas que mentem sim, mas, mentir é diferente. É falta de carater mesmo, não creio que seja seu caso, afinal, vc está qui querendo solução pro seu caso, né? Pense o seguinte, se vc está agoniada e preocupada com isso tudo, é porque a religião mexeu contigo e vc, de alguma maneira, está apaixonada pela religião, certo???? Querida, não fique se matirizando, li que vc leu o texto. Leia tb o texto, “Longo caminho do aprendizado” acho que vai te ajudar. Não se magoe com isso, procure uma outra Casa, vá devagar, sinta a Casa, deixe-se sentir pela Casa e vá tateando e vendo se vc se encaixa nesta nova Casa. De onde vc é? Talvez eu posso te indicar uma boa Casa. Axé, Tomeje.
A sua bênção tomege!
O que eu tentava explicar pra mds era tipo: Ela virou no orixá,e eu nada?
Cantou pra oxalá e eu nada?
Era essa sensação mesmo de falta de caráter,n sei explicar. Mas pra mim eu estava mentindo,fingindo
Por exemplo: Ela gritava: Nesta reza o orixá tem que passar só que eu não sentia nada. Aí ouvia ela reclamando que eu era teimosa,indisciplinada. Poxa aí vou nos candomblés e nem um arrepio eu sinto. Como assim lá na casa dela eu recebia e nas outras não? Eu cansava de falar que eu era ekedy. Ela até me xingou no recolhimento. Susto? Orixá? Nada! Eu não sentia nada. E sente a gravidade de eu ter ido pro salão dar orunkó? E com agravante que sou uma abiaxé,ela me raspou e catulou. As curas não ficaram. Eu queria muito resolver isso. Alguém conversar comigo de boa pra dizer que Tava errado ou é essa a sensação. Vou nos blés e nem sinal. Sou de Nova Iguaçu Rio de Janeiro!
Obrigada
Vou procurar alguém que possa te ajudar, ok? Mas já penso em Mãe Beata de Yemonjá, conhece este nome? rsrsrsrsrsrs Asé, Tomeje.
A benção Tomege
Tenho uma pergunta a fazer ao senhor?
Abian pode virar de santo ou não vira?
A casa a qual frequento, os abians viram sim, porém, o Orixá não dá ilá, não tem Orunkó, não vestem e não dá rum a este Orixá. Poderia falar sobre isso?
Agradeço
SF, seja bem vindo(a) ao blog. Que 2017 seja feliz e próspero. Primeiro é preciso que seja esclarecido um detalhe. Os mais velhos, muito sabiamente, diziam que: “Cabeça de abian é um mistério”. Eles se referiam a possibilidade de um abian entrar pra ser feito de um orixa e sair de outro, é isso é bem comun. Naquele tempo os sacerdotes levavam seus filhos pra jogar em diversos outros sacerdotes pra ter certeza de que aquela pessoa era mesmo do orixa que ele (sacerdote) afirmava ser. Mesmo assim ele levava a outros pra confirmar. Hoje em dia as pessoas olham para o abian e dão o orixa, a qualidade e todo o “enrredo” da pessoa, isso só no olhometro. Veja que diferença!!!!! Como as coisas mudaram, né?
Pois bem, pensando assim, com ´pensamento antigo, posso te afirmar que sua Casa é séria. Só se define de fato o Orixa dono da cabeça do abian depois da iniciação. Aí é certo que a pessoa seja de “tal” Orixa. Neste período, de abian, é que o sacerdote vai jogar, observar e perceber se aquela pessoa se ajusta a Casa, qual o Orixa que está presente na cabeça do filho e vários outros detalhes. E o abian também vai sentindo se aquela é de fato a Casa pra ele.
Abian vira de orixa sim, e é exatamente para isso que serve o tempo de abian, para diferenciá-lo dos “não rodantes”, certo? Mas Orixa de abian não pode, de forma alguma, tomar Hum (rum), não pode vertir-se, e muito menos dar ilá. Como eu falei antes, o Orixa só será assentado de fato na iniciação e todos estes detalhes citados como, hum, vestir e ilá, são prerrogativas dos iniciados.
Imagina se alguém deixa o Orixa de um abian fazer isso tudo e depois se descobre que o Orixa dono da cabeça é outro????? Commo ficará a cabeça do filho???? Tem muita gente que diz que foi feito de Orixa errado por que nunca passou por esta experiência. Por estes motivos eu parabenizo sua Casa e seu sacerdote. Asè, Tomeje.
Boa tarde Tomege, a benção! Um ano feliz e próspero ao senhor também.
Muito esclarecedor! Fiz essa pergunta ao senhor pois acompanho o blog e percebo sua sabedoria.
Em nossa casa, o sacerdote sempre diz que “o candomblé é para todos, mas nem todos são para o candomblé”, partindo dá premissa que nem todos estão preparados a ficar naquela casa ou até mesmo na religião. O sacerdote de minha casa joga os Búzios ao filho, e depois confirma com seu mais velho, no caso, nosso avô de santo. Algumas pessoas julgam, dizendo que se “ele é tão bom assim” não deveria consultar seu mais velho. Eu discordo desse ponto, acho muito importante ele ter essa responsabilidade. Nós sabemos o Orixá, mas nunca a qualidade, não antes dá iniciação, do tempo necessário. E não adianta ir até ele e perguntar sobre qualidade, a resposta sempre é: “basta saber qual é seu Orixá, a qualidade não fará a diferença neste momento”. E entendo o que ele quer dizer, pois hj com a internet, as pessoas se baseiam no que lá está escrito e levam como verdade absoluta, fazendo coisas que até Deus duvida. E ele sempre diz tambem que qualidade de santo não é pra ser falada por aí. O que também acho muito correto. Por acaso, sou de Ogum rsrsrs… E viro de Orixá, porém, da forma que conversamos anteriormente. E sei que o que sinto é Orixá e não marmotagem, porém existem pessoas dentro de nossa própria casa que questionam, mas não ao sacerdote e sim mas rodinhas.
Outra coisa, o senhor poderia falar sobre uma obrigação chamada “Calabô”
Mais uma vez, obrigada!
SF, desculpe a demora. Eu nuca ouvi falar sobre esta cerimônia. Fico feliz pela sua Casa de Asé ser séria e responsável Siga as orientações do seu sacerdote sempre. O aprendizado se faz na Casa de Asé. Felicidades, Tomeje
Olá boa tarde
Benção… Tenho uma dúvida que está me angustiando… Um iniciado pode fazer tatuagem? Minha mãe de santo liberou mas meus irmãos estão criticando… Axé…
Cícera, a tatuagem não é bem vista na nossa comunidade, mas a religião se modifica e se moderniza, hj não é nada estranho um filho ter tatuagem. Mas as Casas tradicionais não permitem que o filho depois de iniciado faça tatuagem. Se sua mãe liberou, os filhos não tem o direito e nem o menor motivo de questionar a autoridade dela, ok? Quem falou está errado, ok? Asé, Tomeje.
Olá Tomege!
A sua bênção!
Voltei para contar o que houve comigo. Bom meu irmão foi jogar num babalorixá e no jogo dele só deu a minha vida. Ele ficou bem preocupado e mandou me chamar pra conversar. Ele disse que tudo estava errado,que minha santa é Obá,sendo que a ialorixá me fez de oxum,que eu saiba uma é quizila da outra né? Não sei bem.mas é um orixá bem restrito pq só pode entrar pra recolher se tiver só mulher,só mulher colocar a mão no ori. Ok! Mas ele falou que pra consertar tenho que refazer,fazer tudo de novo. E sinceramente eu já passei quase 4 meses de preceito,já sofri bastante por me sentir presa,eu fiquei muito triste durante esse período. Aí ele me falou que eu.poderia só entrar com a parte do enxoval e o resto seria comprado pra depois que eu.tiver trabalhando pagar. Me ajuda! Eu entro,faço? Espero um tempo? Fico como abian? Eu falei e expliquei que não sinto nada,que sentia que era ekedi,ele não me deu certeza.E a moça dele falou que precisa encantar o orixá para poder vir. E que eu era além de ser abiaxé,eu era abiku pq antes de mim minha Mãe tinha tido outro filho que infelizmente não viveu. Só eu sabia dessa história e detalhe no Recolhimento dessa senhora que fiz oxum eu sonhei com minha mãe falando isso,ela não deu importância.
O que eu faço Tomege? Procuro outra casa? Jogo em outros lugares? Apesar que até dinheiro de passagem eu não tenho. Eu não sei o que fazer. Um grande beijo pro senhor! Desculpa perturbar!
Inah, vamos com calma!!!!!! Um bom jogo deve falar da vida do consulente sim, é bom e apropriado. O problema é que muitos utilizam isso pra outros fins. Então me vem a dúvida, se o seu jogo falou da sua vida, de onde saiu o Orixa Obá?????? Eu, Baba Tomeje, uso sempre o respeito aos meus pares quando me dirijo ao que foi feito por eles, entende? Dizer que ” tudo foi feito errado” é desrespeito ao outro sacerdote, mas isso é de cada um, certo? Mas tenho outra questão. Se ele jogou, por que a pombagira dele veio falar isso e aquilo contigo? O jogo não foi suficiente????
Inah, não existem divergências entre Orixas. As lendas contam passagens e ensinamentos que podem nos auxiliar a viver melhor, mesmo que estas lendas falem de “divergências” estas são apenas ilustrações e não realidades absolutas, ok? Portanto não há nada de Oxum com Obá. Orixa está acima destes sentimentos humanos.
Se vc foi feita de Oxum e é de Obá, segundo este sacerdote, onde estava e o que Obá estava fazendo na hora da sua feitura????? No bar, tomando umas rsrsrsrsrs? Se Oxum se posicionou como dona do Ori, respeitemos e aceitemos isso, não devemos desprestigiar o que foi feito e muito menos Oxum. Acho que vc deve procurar alguém que seja de fato de candomblé e fazer um jogo pra ver a sua situação religiosa. Se vc se acha ekedji, deixe o tempo agir um pouco. Aprenda a ser Oxum, deixe oxum falar por vc, deixe Oxum SER.
Encantar o orixa???????? Se Orixa quisesse vir na sua cabeça não precisaria de ninguém encantá-lo, certo? Já teria vindo.
Ou vc é abikú ou abiaxé. São cultos muito diferentes e não se misturam. Acho que a pessoa confundiu tudo. Podemos conversar mais? Posso te indicar alguém pra jogar???
Que Orixa Exú te de bons caminhos e que Ogun te abra portas para trabalho e Oxun te de amor. Vamos conversar.
Antes de terminar quero fazer uma defesa da pessoa que te iniciou. Vc falou que ela não deu importância ao seu sonho que falava de abiku ou abiaxé, certo? Mas pense o seguinte. O candomblé é oracular. Imagina se a cada filho recolhido o sacerdote tiver que “observar” as intuições do filho e avaliar aquilo que o filho “acha certo”? O jogo e o conhecimento do sacerdote serviriam pra que mesmo??? Durante a iniciação o sacerdote faz diversos jogos pra saber diversas coisas sobre a iniciação. Se na sua iniciação o sacerdote não viu este assunto de abiku/abiaxé, é por que, para o sacerdote, vc não é abiku/abiaxe, é simples assim. Por isso ele “não deu importância”. Nós só colocamos nossa cabeça nas mãos de alguém que confiamos, e se confiamos, não temos dúvidas de que ele está fazendo sempre o melhor pra nossa cabeça.
Inah, pelo que li vc ainda está em resguardo de 01 ano, ok? De tempo ao tempo, repense sua saída da Casa e vá com calma. Se vc não quer voltar, pelo menos seja prudente e deixe Oxum te mostrar caminhos.
Vc já leu sobre abiku e sobre abiaxé????? http://blog.ori.net.br/?p=1097 http://blog.ori.net.br/?p=1094 http://blog.ori.net.br/?p=1091
Asé, Tomeje.
Bom dia!
Motumbá! Já postei duas vezes minhas perguntas e não obtive resposta, não sei se estou fazendo certo para o senhor receber minha mensagem.
Mas, ai vai de novo rsrs
Babalorixá feito de Esù pode raspar um filho de Oxossí? Outra existe Odé Onipapô?
Adriana seja bem vinda ao blog. Sim, minha irmão existe um Odé com este nome Onipapô ou Onipabô, tanto faz. E sim, um Babalorixa de Exú pode raspar todo e qualquer filho, até mesmo os de Oxalá (rsrsrsrsrs). Exú é um Orixa maravilhoso e seus filhos tendem a ser dinâmicos e alegres. Eu mesmo tenho um irmão que é de Exú e que tem Casa aberta. Asé e felicidades sempre, Tomeje.
Boa tarde Pai Tomeje, Motumbá!!!
Obrigada por responder, pois é eu estou entrando agora numa casa que o Babalorixá é de Esù, bom eu já sabia que não tem nada a ver um Babá de Esù raspar um filho de Oxossi, falaram pra mim só para eu não ficar na casa, mas eu não acreditei, meu axé está começando agora e meu pds é maravilhoso, amigo, respeita tudo e todos, muito sério no que faz rsrsrs só não pisa no pé dele rsrsrs. Estou amando essa nação Alaketú, fui de Umbanda 23 anos, mas sempre soube que meu orixá não aceitava, já joguei e a principio sou de Oxossí, a qualidade meu pai me deu dois tapas na cara rsrsrs (brincadeira) ele disse que não é a hora pra saber, então tá né? Mas parabéns pelo blog leio todos documentários. Axé!!!!
Adriana seja muito feliz com seu Babalorixa e seu Orixa. Asé, Tomeje.
Ola Boa tarde,
Baba me responda uma coisa, pode-se mudar o nome de orunko do yawo?
Chérie. Nome dado não muda nunca. O nome é parte do Orixa é sua identidade. Asé e felicidades meu irmão. Tomeje
Boa tarde! Motumba
Oi uma dúvida pai, goiaba é quizila de Oxossí?
Adriana, só se for quizila nova. Oxossi não tem quizila com goiaba, ao menos na minha Casa e no meu Asé. Grande abraço Baba Tomeje.
Bom dia pai Tomeje, Motumbá!
Mais uma vez obrigada por responder, mas ela pode ser de algum orixá? Desculpa poderia ter perguntado acima.
Adriana que eu saiba goiaba não é quizila de nenhum Orixa. E pra te falar com franqueza vc só vai precisar de preocupar com quizilas depois de iniciada, afinal, HOJE vc é de Oxossi, ok, bonito, certo. Mas é na iniciação que as coisas se concretizam. Não estou duvidando ou querendo te confundir, mas acontece sim de pessoas na iniciação passarem a ser de outro Orixa, PODE OCORRER ISSO SIM. E aí? como fica esse tempo que vc cumpriu preceito alimentar (quizila)????? Então, eu Baba Tomeje, não falo de quizilas com abian. Acho dispensável. Depois de iniciado é outro assunto rsrsrsrsrsrs Asé Baba Tomeje
Olá boa tarde e motumba a todos.
Queria esclarecer uma dúvida minha, uma pessoa pode ser iniciada de oxum elepewa, ou melhor essa qualidades existe?
Lucimara seja bem vinda ao blog. Eu nunca li em nenhuma lista dos pesquisadores da religião este nome. Eu já via algumas situações interessantes com relação a nomes de qualidades, por exemplo: Oxum miwa é a digina da Mãe Senhora, uma das mães de santo do Opo Afonjá. Algumas pessoas foram iniciadas com este nome que na realidade não existe como qualidade, entendeu? Existem outros exemplos. Como Oya egunita (digina de um antigo sacerdote aqui do RJ). Acho que o ideal é que pessoa que foi iniciada procure a casa matriz do seu asé e veja se lá existe este nome. Mas me parece que é invenção. Asé e felicidades Baba Tomeje
Olá boa tarde motumba Tomeje e a todos.
Obrigada pela sua resposta, o fato aconteceu comigo, entrei para fazer uma e sai de outa que nunca ouvi falar e não acho nada a respeito dela.
Lucimara eu acho realmente que vc deve procurar isso na sua Casa Matriz. Eu nunca li nada com este nome, sinto muito. Asé, baba Tomeje
Bom dia Tomeje.Poderia me dizer quais os “sintomas” que uma pessoa que precisa se iniciar apresenta?Alguns se iniciam por que apresentam problemas de doenças e o jogo indica iniciação,mas e quanto a outros problemas durante a vida,uma necessidade de iniciação pode se apresentar?
Adepto, seja bem vido ao blog. Vc tem razão há pessoas que se iniciam por motivos de doenças. Mas hoje o que mais tenho visto é que as pessoas se iniciam por amor a religião e acho isso lindo. Não há sintomas que possamos definir como significativos. Acho que o melhor que posso te dizer é que o seu orixa, depois de vc passar um temo como abian, (imprescindível) o sei rixa vai te mostrar a hora certa. Confie no seu orixa e no seu sacerdote e na sua casa. Os sintomas virão do seu coração. Ase e felicidades, Baba Tomeje
bom dia benção… quero saber sobre o fato de em algumas casas oga raspar oga e ekedji raspar ekedji…
Luana seja bem vinda ao blog. Tradicionalmente a ritual de raspar alguém é feito pelo pai ou mãe de santo. Não existe isso de entidades ou mesmo orixas rasparem os filhos. A responsabilidade é do sacerdote, e só dele. Ogan e ekedji tem cargos importantes e devem ser respeitados sempre, Mas não são habilitados a raspar ninguém. Isso está errado e não tem fundamento algum, assim como não há necessidade de raspar ogan e ekedji. Cuidado pra não ser iludido com informações erradas. Ase e felicidades, Baba Tomeje.
Obrigado Tomeje.
Qual é a opinião de vocês a respeito da avó carnal cuidar ou selzelar do orixá de um neto, carnal?
Caio seja bem vindo ao blog. Não há nada nas referências litúrgicas que impeça esta relação. Digo, inclusive, que pessoas sérias e respeitadas da nossa religião foram cuidadas pelas suas avós/avôs e são referências em grandes Casas de Asé. Que Ogun nos abençoe sempre, Baba Tomeje.
Obrigado tomeje, minha situação é a seguinte: sou filho de oxalá. Minha vó tem casa aberta e é o único lugar que me sinto bem, dizem que o santo escolhe a casa. E também hoje em dia está muito difícil encontrar casas e pessoas sérias e de confiança para entregar seu ori assim. Estou precisando fazer um borí, gostaria de saber se ela pode fazer? Se teria algum problema ou contra indicação? E futuramente a feitura elA poderia fazer também? Obs. Na nação dela não raspa, só catula.
Caio isso não é incomum, e se vc se sente bem nesta Casa, por que a dúvida? Faça, ninguém vai te recriminar por isso. Sobre feitura. Não conheço a nação dela, mas para mim, quem realiza Bori é candomblé e no candomblé raspa. Se na nação faz bori mas não raspa, para mim é algo que eu desconheço e não tenho como opinar. Mas para o candomblé vc não seria um iniciado, isso eu garanto. São liturgias diferentes, certo? Ase e felicidades, Baba Tomeje
No caso eu minha preocupação não é com a recriminação dos outros, mas sim em dar algo errado ou quizilar o meu santo por ser a minha avó a zelar dele é por a mão no meu príncipe.
Mas pelo o que o sr disse, pelo oque eu entendi, não há problema mesmo então?
Grato babá tomeje pela sua atenção, tempo e conselhos.
Por a mão no meu orí*
Olá Tomeje!
A sua benção!
Voltei porque queria muito uma pessoa de confiança pra jogar..
Eu odeio ser injusta e queria saber se fui precipitada em relação a zeladora que me iniciou. Já contei sobre minha história. sinto que tô em dívida com oxum,acho que não fui correta.
Mas eu tô sem trabalhar.. Sou de nova iguaçu mas frequento bairros como: campo grande,centro do rj,bangu,páciência,qualquer lugar do rj.Menos niterói e são gonçalo pq fica bem longe pra mim.
Preciso acalmar meu coração e ver o que tá certo e o que tá incompleto(não errado)
o senhor pode me ajudar?
pode me enviar algum contato de alguém de confiança ?
NO fundo eu entrei no candomblé pq sentia respeito e um pouco de amor. Só que me adaptei a tantas regras e sou uma pessoa que gosta de ser livre.
Obrigada e desculpa a perturbação!
Axé!
:*
À todos os leitores do blog, pedimos desculpas pela longa ausência, mas nosso blog este com problemas técnicos.
Eu indiquei meu Pai pra vc, não foi? Axe e felicidades.
A sua benção!
O senhor indicou por e-mail?
Pelos comentários eu n vi!
Axé!
Inah eu indiquei o meu Pai de Santo. Envie um email para ori@ori.net.br. Informe que eu te indiquei para jogo, com certeza ele vai te responder. Axé e felicidades. Babá Tomeje
yawo com meses de iniciado pode pular carnaval?
À todos os leitores do blog, pedimos desculpas pela longa ausência, mas nosso blog este com problemas técnicos.
Lucia, seja bem vinda ao blog. O resguardo deve ser cumprido a risca, e isso inclui as interdições impostas. Carnaval não é uma época propícia para que um Yawo esteja na rua. O correto é ficar em casa quietinho. Asé e felicidades, Baba Tomeje
atrasei minhas obrigacoes mas consegui por em dia… meu pai disse que minha vida estava parada por conta das obrigacoes e que, quando colocasse em dia as coisas iam andar… ocorre que nada mudou… o que devo fazer? sera que estou fazendo algo errado?
Suzete seja bem vinda ao blog. Quem te disse não sabe muito bem o que diz. Será mesmo que o seu Orixa deixaria sua vida parada somente por que você não deu as obrigações? Duvido muito disso. E será que basta dar as obrigações que a vida de alguém passa a ser feliz e cheia de realizações? Duvido também. Obrigações de ano são renovações dos votos feitos na iniciação, é o reencontro com o sagrado, mas é principalmente o momento de afirmar que vc está do lugar na religião, de que vc aprendeu o suficiente para estar naquele lugar religioso, seja de um ano ou de sete anos. O problema, em geral, está dentro de nós mesmos e não na religião e muito menos nos Orixas. Procure alguém que seja honesto e saiba sobre candomblé e faça um bom jogo. Mas lembre-se, você é responsável por tudo que acontece na sua vida, ok? Axé e felicidades, Baba Tomeje
desejo pedir uma opinião referente a um sonho que tive… sonhei que estava recolhida e minha mãe criadeira me olhava e dizia que eu ficaria apenas três dias no ronco e que seria rápido para eu me acalmar… eu estava sentada na esteira quietinha e de cabeça baixa.. o pai de santo começou a fazer uma reza que eu nunca ouvi e me perguntou se eu sabia o que era aquilo.. eu respondia que não sabia… ele dizia como não sabe se faz parte da sua missão? eu dizia a ele que não tinha missão de ser mãe de santo que não era pra mim… então ele me dizia que eu seria mãe sim …. esse ano completo cinco anos de iniciada e na minha casa temos por tradição tomar obrigação de cinco… quando contei esse sonho não me deram muita atenção… desejo apenas uma opinião se pode ter algum significado? axe
Mariana seja bem vinda. O sonho pode ser o reflexo do seu desejo interior. Pode também ser uma premonição. Mas em regra geral não se conversa com Yawo sobre cargos antes dos sete anos. Se sua Casa se calou diante da sua indagação, o melhor é deixar quieto e aguardar o tempo certo para você saber qual o seu caminho religioso. Que Oxum te abençoe sempre. Axe e felicidades Baba Tomeje
Tomeje meu amigo!!!!
Quanto tempo! Quais são as novidades? Sumiu em? Já estava preocupado. Ainda bem que o blog voltou!
Não sabe quantas vezes mencionei o seu nome em rodas de conversa. Mencionei dando o exemplo da única pessoa que assumiu não conhecer algum assunto. Algo raro dentro das pessoas que se dizem zeladores, pais/maes, mestres, guias, magos, etc. Falando nisso ate hj não saiu a postagem sobre Iku ne? KKKKK
Tenho uma noticia boa para te contar e queria partilhar duas historias contigo. Minha vida tava um pouco travada. Por este motivo mergulhei nos estudos e na espiritualidade. A entender orixá, a perdoar, a buscar conhecimento em todos os lugares. Já estava decidindo “virar filho de santo” por não ter visto outra opção. Pensei que fosse um indicativo entende? Pq o caminho espiritual para mim estava sendo fácil, já a material….
Aí sabe o que me aconteceu: Passei em um concurso!! KKKK
Foi então que compreendi que se eu não estivesse com o caminho material fechado eu não seria esta pessoa que sou hoje. E percebi que o lado negativo dos odus se manifestam apenas para nos colocar no caminho correto. E por conhecer um pouco sobre Odu estou vendo as coisas de uma forma diferente. Sabe, as vezes eu estou fazendo o bem para umas pessoas e do nada começaram a me perseguir. Agora ao lembrar do Odu eu dou rizada e tento tornar a situação mais leve.
A outra historia foi que um caboclo mandou eu entregar flores para duas pessoas que me magoaram, mesmo que elas não gostassem de flores ou não fossem merecedoras. Mas o presente não era para elas. Era para mim. Quando eu entendi que Orixa nos ama mesmo quando nos desviamos do caminho, eu os perdoei, porque ao perdoa-los, eu estava me perdoando. Estava compreendendo Deus. E sabe o que aconteceu em seguida? Eles vieram me procurar para pedir desculpas. As flores foram entregues no astral! Compreende?
E depois que o caboclo me abençoou, que eu tive estas compreensões e que eu passei no concurso eu estou bem comigo mesmo. Estou pleno. Não sinto necessidade de procurar religião, ilê, ou mestres. Eu sinto tudo isso em mim. Minha oferenda é minha conduta, meu ilê é a natureza.
Obrigado Exu por me corrigir. Vc tb é meu pai. Porque pai diz sim mas tb diz não. Pai educa.
Obrigado Oxalá por me segurar no colo quando eu mais precisei. Sempre busquei a paz e nunca me dei conta que você sempre esteve comigo. Eu que me afastava de você quando o procurava.
Obrigado Oxum por me mostrar o amor. O amor foi a chave de transmutação. Sem ele não existe transformação.
Obrigado Oxossi, por me impulsionar a sempre buscar mais conhecimento.
Que todos os orixás sejam louvados.
Obrigado meu amigo, por ser meu amigo!
RCG, posso publicar o texto no blog? Emocionante e muito importante que as pessoas leiam seu depoimento. Posso????
Sobre o texto de Ikú, eu não tive autorização para escrever sobre o assunto, por isso não fiz kkkkkkk
Odu, para mim, é uma estrada, literalmente. Uma estrada tem duas vias, certo, Odu também tem duas vias, e é você que decide em que direção vc quer seguir. Odu te orienta a seguir numa ou noutra direção, em alguns momentos Odu indica que vc deve temporariamente ficar parado, ou dar um passo para trás, ou pegar um atalho e etc. Mas quem decide é sempre vc. O exemplo do caboclo, que eu adorei, é perfeito, vc precisava fazer aquilo das flores para que o seu caminho se abrisse.
Seja feliz meu irmão e volte sempre. Gosto muito de trocar contigo. Axe e felicidades, Baba Tomeje.
Claro que pode meu amigo! Fique livre para postar da maneira que preferir e aonde quiser.
Um demorado abraço!
Racine.
Obrigado irmão. Vou publicar hoje. Axe e felicidades.
ola Tomeje
a sua benção
estou passando por um momento de duvidas e gostaria de ouvir seu conselho.
fui iniciada no ano de 2010 para oxóssi no tempo correto dei obrigação de 1 ano algum tempo depois dessa obrigação minha mãe de santo começou a deixar de lado as coisas do orixá e se concentrou nas festas de pombo gira e exú.
por duas vezes combinou minha obrigação de 3 anos e cancelou por falta de tempo o que me deixou muito chateada pois eu tinha as condições necessárias para aquela obrigação.
mas e 03 de dezembro de 2014 ela veio a falecer de um infarto fulminante.quando contratamos um pai de santo amigo dela para fazer o axexe segundo ele deu tudo certo mas nenhum de meus irmãos mais velho quiz continuar com o barracão .fui aconselhada a buscar alguém para retirar a mão de vume viajei para pinda monhangaba para fazer o ritual com a mãe de santo de uma amiga pois eu ainda não frequentava nenhuma casa.
em junho de 2016 dei minha obrigação de 3 anos nesse novo axé agora estou me preparando para dar minha obrigação de sete anos muitas duvidas tem passado por minha cabeça tenho notado que meu pai de santo está dando preferência aos filhos raspados por ele e protelando minha obrigação estou me sentindo com uma cliente da casa não como uma filha que participa de todas as funções da mas sempre me deixam de lado voce pode me aconselhar por favor estou ficando desanimada só não deixo tudo de lado porque amo meu pai oxossi e nele tenho buscado razões para continuar.
só preciso saber quando entro em uma nova casa sou filho ou sou cliente deste novo axé pois tenho sido tratada como cliente.
obrigado
Tomeje
Maria Célia, seja bem vinda ao blog. O tempo de dar obrigações nada tem haver com tempo cronológico. Muitos acham que ao completar 01, 03 ou 07 de iniciados é o tempo de renovar seus votos com o sagrado. Não é! O tempo é do Orixa, é o Orixa quem determina isso, é o seu aprendizado e o seu envolvimento com a Casa que determina isso (renovação dos votos).
Muitas Casas e muitos sacerdotes se acham uma ilha, só ali existe orixa feito de verdade, só ali existe a ‘verdade”, só ele conhece os “segredos”. Em geral são pessoas egocêntricas e mimadas, bajuladas pelos filhos. Isso gera uma distorção grave na relação com os filhos feitos no axé e os que chegaram feitos. Já ou chamarem os que chegam de “enxertos” , o que denota uma falta de educação imensa e falta de respeito com a pessoa e com o sacerdote que iniciou a pessoa. Casas que vivem exclusivamente da religião tendem a se comportar assim, deixando de lado os que chegam feitos e os tratando de forma diferente sim. É uma pena que isso aconteça.
Se o Orixa do sacerdote te aceitou na Casa dele, vc é tão filha quanto qualquer outro, o problema é que as pessoas não entendem assim e querem se mostrar maior que os chegados.
Penso que vc deveria perguntar ao seu Orixa (Oxossi) se Ele quer e precisa que vc faça sua obrigação nesta Casa já que vc está se sentindo desprestigiada. Converse com seu Orixa, Ele vai te responder com toda certeza.
Vamos conversar mais. Axé e felicidades e que Oxossi te guie sempre. Baba Tomeje.
boa tarde , Motumba, Tomeje de ogun, estou passando por uma situacao que me ajudou muito seu texto filho de orixa, gostaria muito do seu email, poderia me enviar? muito obrigado
Mari, seja bem vinda ao blog. Em geral eu não respondo via email. ok? Mas o que eu posso te ajudar? Axe e felicidades. Baba Tomeje
Boa tarde,
Adoro seu blog, e admiro muito a sua atenção para com todos!
Eu frequento uma casa de axé de Jeje Mahi, mas onde também cultuam
a Umbanda.
Eu admiro e confio muito na Mãe de Santo de lá, embora eu discorrer de muitas coisas.
Eu fiz um Bori de feitura, onde fiquei recolhida 7 dias e assentei meus orixás, assentei Iemanjá, Xangô e Oxalá, tive que cumprir preceito de 21 dias.
Mas antes de fazer esse Bori, eu havia feito um bori de misericórdia, feito em 24 horas, me senti muito bem depois desse primeiro Bori, já esse Bori de Feitura, me deixou muito esquisita e desconfortável, busquei mais
Informações a respeito desse Bori na Internet e não achei nada, e não quero confrontar minha mãe de Santo,
pois receio ofendê-la.
Enfim, gostaria de saber de o Senhor tem algum conhecimento a respeito desse bori, e também gostaria de saber se procede deixar de comer carne no dia do seu orixá e de Oxalá, ou seja, não posso comer carne todas as sextas e sábados da minha vida.
Obrigada pela atenção.
Att.
Ana
Ana seja bem vinda ao blog. Vamos por partes kkkkk É bastante comum que as Casas de candomblé também cultuem entidades específicas como Preto Velho ou Pombagiras ou caboclos, isso é normal e não há problema nisso. O que vejo como problema é quando um sacerdote, principalmente os que são originários da Umbanda teimam em esquecer suas raízes e origens, e não dão a atenção devida a estas entidades, isso é tentar esconder o seu passado.
O Jeje cultua Voduns e não Orixas, quando alguém diz que é Jeje Mahim, eu penso que esta pessoa aprendeu os nomes dos Voduns, como se faz as cerimônias e tudo quanto necessário para manter a tradição Jeje. Porém vc citou nomes de Orixas, que são cultuados em Ketu. É claro que não existe Ketu puro e nem Jeje puro, temos misturas. Mas o ideal é mantermos a nossa referência, nossa raíz.
Bori feitura não existe. Ou vc é feita/iniciada ou não é. Bori feitura é invenção e não tem a menor validade. Assentar Orixas ou Voduns é uma cerimônia que, em certos casos, pode ser feita para os não iniciados, mas isso não representa uma iniciação, ok? i que vc não falou de ser iniciada, mas o termo bori feitura está ligado a iniciação/feitura, certo? Iniciação/feitura requer um prazo muito maior de recolhimento, muito mais preceitos e liturgia complexas, não é com um Bori que se pode dar alguém como iniciado/feito. Saber fazer um bori é muito diferente de saber os passos de uma iniciação.
Só por curiosidade minha. Sua Yá tem a obrigação de sete anos feita? Vc conhece a sua família de Axé, principalmente seu avô ou Avó? Quando sua Yá foi iniciada e por quem?
Por mais que vc admire a sua Yá, esse procedimento está errado, isso denota uma grave falta de conhecimento dela e uma situação desconfortável para vc.
Recomendo que vc procure um jogo numa boa Casa de tradição e veja o que os seus Orixas ou Voduns te dizem. Axé e felicidades, espero ter ajudado. Babá Tomeje.
Muito obrigada pela sua resposta!!!
O senhor não imagina o quanto estou feliz com os seus esclarecimentos.
Eu sei que a minha Ya tem mais de 50 anos de santo entre umbanda e candomblé , e ela é neta do Zezinho da Boa Viagem, posso garantir isso porque já vi fotos dele lá.
O senhor poderia me indicar alguém para jogar? Sou do Rio de Janeiro.
A respeito de não comer carne nos dias do seu Orixá, isso procede?
Mais uma vez obrigada pela resposta.
Axé.
Ana. Que bom que ela tem uma boa raiz, mas o Zezinho era Jeje? Acho que era Ketu. Mas não importa. O tempo de umbanda não conta para o candomblé, assim como o tempo de candomblé não conta para umbanda. São liturgias diferentes. Se um sacerdote de Umbanda quiser ou necessitar ir para o candomblé, ele deverá ser raspado e começar tudo do zero, ao menos é assim que aprendi e é assim que acontece. Mas também já vi sacerdotes de umbanda que tendo muitos anos de umbanda não aceitam ser raspados e começar do zero. Já vi um sacerdote de umbanda ser apresentado na sala como Babalorixa sem nunca ter passado pelo período de abian, yawo e egbomi (as tres principais etapas que todo sacerdote de candomblé deve vivenciar), e isso é um grande erro. Então é preciso saber se nestes 50 anos a sua Ya foi raspada, cumpriu o tempo de yawo e recebeu o cargo de Yalorixa. Não é critica ou apontando o dedo, apenas uma explicação de como as coisas funcionam no candomblé.
sobre a alimentação. Isso que lhe foi dito ou imposto como a regra, é uma invenção baseada no catolicismo, a umbanda tem muita ligação com o catolicismo, e acaba sincretizando muitos dos ritos católicos. No candomblé não há essa restrição ou proibição de comer carne as sextas feiras ou no dia do seu Orixa/Vodun. Só temos interdição de carne quando o nosso Orixa/Vodun recebeu uma grande oferenda de carne, nestes dias é convencionado que o filho não deve comer carne. Mas é só nestes dias. Não é para o resto da vida.
Que bom que pudemos te ajudar.
Vc é de onde aqui no RJ? Talvez eu possa indicar alguém sim. Axé e felicidades. Babá Tomeje.
Boa noite!!!
Mas uma vez muito feliz com a sua atenção.
Sou de Jacarepaguá.
O Senhor joga?
Mais uma vez muuuito obrigada!!!
Muito axé para o senhor!!
Ana, que bom que pudemos ajudar. Eu conheci um bom Doté na Taquara, na estrada do Tindiba, próximo da praça Jaurú. Posso te indicar o meu Pai, ele atende em Vargem Grande. Eu jogo também, mas meu barracão é em São Gonçalo. Axé e felicidades, aguardo seu retorno. Babá Tomeje
Não sou iniciado, mas no terreiro que frequento a Ialorixá agi justamente dessa forma, passando o conhecimento, explicando tudo o possível, tornando da casa uma verdadeira comunidade onde todos se ajudam e se setem bem. Parabéns pelo grandioso texto, muita verdade sinceridade e Fé. Amei.
Feliz ano novo. Desculpe a demora em responder, tive alguns problemas na plataforma, mas agora está tudo bem. Seja bem vindo ao blog. que nossos Orixas, Voduns e Inkisses nos guiem sempre.
Hora, seja muito bem vindo/a ao blog. Obrigado pelo carinho. Fico muito feliz com seu relato, que é exatamente o oposto do que tenho visto ao longo de tantos anos aqui na net. Cuide de sua Yá, de sua família de Axé e de seu Orixa, vc tem nas mãos uma joia rara. Axé e felicidades, Babá Tomeje
Olá tomeje! Sou abian e possuo meus orixá assentado. Na época estava passando por muitos problemas de ordem espiritual. Tinha muitas visoes, sonhos e via coisas dentro de casa. Busquei ajuda de um rezadeira e me aconselhou a buscar o candomble. Assim eu fiz e levada por uma amiga marquei um jogo. Lá foi dito que sou médium e que as visões que tenho, os sonhos e as pessoas que vejo dentro de casa eram meus guias, se comunicando comigo. O jogo cobrava feitura , porém meu pai assentou meu orixá é exu. E eu passei a frequentar a casa como abian, deixando a feitura pra mais tarde. As coisas melhoraram muiro na minha vida. Eu passei a dormir melhor, as visões diminuíram e a comunicação docou mais clara. Todas aquelas sensações foram levadas embora. Porém com o passar dos anos comecei a me sentir mal novamente. Sinto minha vida estagnada e o meu santo passou a pedir a feitura nas minhas visões. Eu quero me iniciar. Quero cuidar de oxum. Mas, a minha preocupação é porque eu não incorporei.. nunca bolei…. e nem sinto nada, além da boa energia da casa que frequento. Eu fico me perguntando se sou ekedy ou rodante. Já comuniquei ao pai de Santo a minha pretensão de fazer o santo ano que vem. Vamos sentar pra tratar desse assunto. E ele me disse que sabia que eu o procuraria . Que o meu orixá já tinha o avisado . Dado o recado informando que chegado a hora da iniciação. Meu pai de Santo é do tipo que não faz nada que não seja do querer do orixá. Ele me diz que o santo pediu a feitura, mas não era uma questão de urgência como em certos casos. Que naquele momento bastava os assentamentos como paleativo pra esperar o momento mais propício pra mim… pra que eu conhecesse a casa e a religião antes de dar esse passo. Eu participo do xire e tudo, mas até o momento nada de bolar.. já perguntei ao pai o que sou e ele disse que ainda n sabe. Mas, eu tenho certeza que ele sabe sim… eu fico com receio de ser rodante e n entrar em transe e ter de sair acordada. E se eu for ekedy não sei se o processo de iniciação é o memso do yao. Sei que há muitas ekedis que tem uma mediunidade aflorada Tbm…. sou de Oxum e carrego yansã. Meu junto é oxossi. Possuo os exus de ambos assentadora rbm… durante esse tempo vão aparecendo… os orixás e as entidades. Eles mesmo conversam e me cobram através das visões. Mas, até hoje nada de incorporação. Eu não tenho de raspar.. não tenho medo de incorporar. No início quando soube pelo jogo que teria de me indicar eu fiquei assustada, mas hoje, é diferente. Estou determinada a me iniciar, doa a quem doer.. falo da minha família que é preconceituosa.
Cassia, seja bem vinda ao blog. Pelo seu relato seu Sacerdote é do tempo antigo, aprendeu a respeitar as decisões do Orixa e aguardar o tempo do orixa o seu tempo. Sendo assim, a questão de ser Ekedi ou rodante, pra mim, é secundária. Ser ekedi é tão importante quanto manifestar Orixa. Meu conselho é que deixe o Orixa te mostrar isso através do seu Sacerdote. Deixe que ele vai te encaminhar da melhor forma. Mas com certeza ele não vai te pedir pra sair acordada, pelo seu texto ele não é desse tipo. Axé e felicidades. Babá Tomeje.
Muito obrigado pela resposta. Ajudou muito, fiquei mais tranquila. Grata tomTomeje!